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FONTES DO DIREITO

 Fontes formais: primárias, diretas e imediatas (art. 4º LINDB).


 Lei
 Analogia
 Costume
 Princípios gerais de direito

 Fontes materiais: secundárias, indiretas e mediatas


 Doutrina
 Jurisprudência

NORMA JURÍDICA
 O Direito, como visto, é "normativo": disciplina o comportamento do homem,
prescreve deveres para a realização de valores. E o faz através de certos
esquemas ou padrões de organização e de conduto, que denominamos "norma"
ou regras jurídicas. Deste modo, o conceito de Direito ganha corpo e se realiza
historicamente na norma jurídica (Antônio Bento Betioli);
 O que é a norma?
 Como a norma se forma? Na formação do conteúdo das normas jurídicas
concorre todo um conjunto de fatores sociais e de valores. Estes estão
representados pelo conjunto de fatores econômicos, religiosos, políticos, morais
e naturais.
 Elementos axiológicos: Queremos viver em uma sociedade em que se dê a cada
um o que é seu (valor justiça), em que haja organização e disciplina de suas
forças (valor ordem), em que se garanta a cada um a certeza da continuidade
das relações (valor segurança), em que haja plena concórdia entre os indivíduos
e grupos sociais componentes (valor paz).
 Fontes: processo legislativo, costumes jurídicos, decisões judiciais, negócios
jurídicos...
 Gênese da norma jurídica para Miguel Reale:
1. Pelo menos um valor;
2. Pelo menos um fato social;
3. Um leque de normas possíveis;
4. Interferência de um Poder;
5. Geração da norma jurídica.
 Conceito: a norma jurídica é a expressão de um dever-ser de organização ou de
conduta; são padrões obrigatórios de conduta e de organização social que fixam
pautas de comportamento interindividual e por elas também o Estado dispõe
sobre sua própria organização.
 Estrutura da norma jurídica
 Hans Kelsen: juízo hipotético
 Toda norma jurídica se reduz a um juízo hipotético ou a uma proposição
hipotética, na qual se prevê um fato ao qual se liga uma consequência (se
for A - deve ser B).
 Na teoria de Kelsen, essa consequência corresponde sempre a uma sanção.
 Normas jurídicas como imperativos sancionadores.
 Norma jurídica é a prescrição de uma sanção a um comportamento.
 Problema: há normas que o jurista reconhece como jurídicas e que não têm
sanção.
 Miguel Reale: juízo hipotético e categórico
 Normas de conduta: destinadas a disciplinar os comportamentos sociais.
Juízo hipotético ("Se for A, deve ser B").
 Normas de organização: aquelas que visam à estrutura e funcionamento
de órgãos do Estado ou distribuem competências e atribuições. Juízo
categórico ("A deve ser "B"), ou seja, nada é dito de forma condicional.
 Carlos Cossio: endonorma x perinorma
 Juízo disjuntivo composto de dois juízos hipotéticos enlaçados pela
conjunção disjuntiva "ou", constituindo uma só norma.
 Dado A deve ser B ou dado não B deve ser S.
 Endonorma: é a proposição que enuncia um dever, impõe uma conduta,
verificada uma hipótese, segundo a fórmula "se for A, deve ser "B".
 Perinorma: proposição que prevê uma sanção na eventualidade de o
destinatário não agir em conformidade com o que foi determinado, cuja
fórmula é: "se não B, deve ser S".
 Endonorma e perinorma não são duas normas diferentes e autônomas, mas
integrantes da estrutura única da norma jurídica completa.
 Atributos das normas jurídicas
 Generalidade: A norma jurídica é preceito de ordem geral, obrigatório
a todos que se acham em igual situação jurídica.
 Abstratividade: A norma jurídica é abstrata, regulando os casos dentro
do seu denominador comum, ou seja, como ocorrem via de regra.
 Imperatividade: O Direito se manifesta através de normas que possuem
caráter imperativo. O caráter imperativo da norma significa imposição
de vontade e não mero aconselhamento.
 Coercibilidade: Possibilidade de uso da coação.

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