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Licenciado para - Moara Regina de Carvalho Lustosa - Protegido por Eduzz.

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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................. 2

TÉCNICAS DE ENTREVISTA .................................................................................... 4

ENTREVISTA INICIAL ........................................................................... 4

TIPOS DE ENTREVISTA ......................................................................... 6

TÉCNICAS DE ENTREVISTA E SEUS OBJETIVOS........................................... 8

A TEORIA DA ENTREVISTA ................................................................... 12

ENTREVISTA X ANAMNESE ................................................................... 14

SIMULAÇÃO X DISSIMULAÇÃO .............................................................. 14

MAIS QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................... 16

LISTA DE QUESTÕES ..................................................................... 21

GABARITO: ....................................................................................25

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APRESENTAÇÃO
Olá, Psi!

Este é um pequeno resumo gratuito que preparei com muito carinho sobre Técnicas de
Entrevista para Concursos de Psicologia. O conteúdo deste material é composto pelos
tópicos mais cobrados da matéria, além de questões comentadas das principais bancas
de concursos públicos (considero a resolução de questões a melhor estratégia para
fixação do conteúdo aprendido). Mas antes de iniciarmos, vou me apresentar e contar
um pouco da minha história:

Chamo‐me Thayse Duarte, sou psicóloga e Especialista em


Avaliação Psicológica e Psicologia Jurídica ‐ CFP. Atualmente,
sou servidora (Analista de Psicologia) do Ministério Público da
União – MPU, lotada no MPDFT. Também já fui psicóloga do
Conselho Federal de Psicologia – CFP. Minha jornada no mundo
dos concursos começou há alguns (bons) anos e, durante esse
período, também fui aprovada em outros concursos para o
cargo de Psicologia: Petrobras, SERPRO, Anvisa, Secretaria de
Saúde do DF, CBM/DF e Câmara Legislativa/DF.

Vou te confessar que, quando iniciei os estudos para concursos, eu não usei uma boa
metodologia. Eu estava “desesperada”, querendo passar em qualquer coisa e acabava
“atirando pra todos os lados”. Fazia todos os concursos que saíam! É claro que isso não
deu certo, né? Gente... para conquistar a aprovação, é preciso ter FOCO. É essencial
escolher uma carreira comum (ex: Tribunais, carreiras de segurança pública, Agências
etc).

Então, de repente, eu me “toquei” que havia me formado em Psicologia e que amava a


minha profissão. A partir daí, eu decidi: somente farei concursos para a minha área de
atuação, só certames para o cargo de Psicóloga! Assim, as coisas começaram a fluir.

Sabemos que, infelizmente, a oferta de vagas para o nosso cargo não costuma ser
grande. Mas vejo isso como uma vantagem: quanto mais reduzido o número de vagas,

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menor será a concorrência. Se compararmos a demanda de candidatos por vaga de um


concurso para um cargo de Psicologia com um concurso para um cargo de área comum
(como técnico administrativo, por exemplo), logo perceberemos a diferença de
proporção no quesito concorrência: para carreiras de cargos técnicos/específicos, a
concorrência costuma ser “beeem” menor.

Uma coisa é certa: concurso é uma fila. Pode levar um tempinho, mas uma hora sua vez
vai chegar e vai valer a pena todo o esforço! Não desista! Conte comigo para ajudar na
conquista de sua tão sonhada vaga! Ouvi uma frase uma vez que fez todo o sentido: “a
sorte favorece a mente bem preparada”. É isso! Existe o fator sorte em concursos?
Existe! Mas, quanto mais preparados estivermos, mais a sorte estará a nosso favor.

Neste material você terá:

Conteúdo direcionado
MAIS questões resolvidas

Acesso direto à professora


para você sanar suas dúvidas DIRETAMENTE comigo sempre que precisar

Caso você queira tirar alguma dúvida sobre este material, me envie um e‐mail ou uma
direct pelo Instagram:

psi.thayseduarte@gmail.com

@psi.thayseduarte

Bons estudos!

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TÉCNICAS DE ENTREVISTA
A entrevista é um instrumento que faz parte do processo de Avaliação Psicológica e
deve considerar os fatores psicológicos com o objetivo de atender demandas da
profissão, como auxiliar em atividades de seleção e orientação profissional, pesquisas
psicológicas, estudos de opinião pública, exame de personalidade, etc. (Almeida, 2004).

Dessa maneira, a entrevista consiste em uma das técnicas frequentemente utilizadas


por Psicólogos, sendo uma ferramenta indispensável para se obter determinadas
informações a respeito de um indivíduo, conforme elaborada e orientada por meio de
um propósito específico. Para isso, torna‐se imprescindível que o profissional esteja
preparado, dispondo de conhecimentos que abarquem a finalidade de uma entrevista,
domínio sobre a técnica, delimitação de seu foco, boa capacidade de comunicação,
empatia e escuta atenta (Santos, 2014).

Entrevista Inicial

Num primeiro momento, o psicólogo depende dos motivos alegados ou reais do


encaminhamento, ou seja, os objetivos da avaliação psicológica a fim de elaborar seu
plano de avaliação. Concomitantemente, o psicólogo deve observar os níveis de
influência que deve ser alcançado com o sujeito, incluindo idade, gênero, nível
sociocultural etc. Segundo Ocampo, constituem objetivos da primeira entrevista em
psicodiagnóstico:

o Perceber a primeira impressão que nos desperta o paciente e ver se ela


se mantém ao longo de toda a entrevista ou muda, e em que sentido. São
aspectos importantes: linguagem corporal, vestimentas, gestos, maneira
peculiar de ficar quieto ou mover‐se etc;

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o Considerar a verbalização do paciente: o que, como e quando verbaliza e


seu ritmo, comparando isto à imagem que transmite através de sua
maneira de falar quando solicita a consulta;

o Estabelecer o grau de coerência ou discrepância entre o que foi


verbalizado e o que captamos através da sua linguagem não verbal;

o Planejar a bateria de testes mais adequada quanto aos elementos,


sequência e ritmo;

o Estabelecer bom rapport (aliança terapêutica) com o paciente;

o Ao longo da entrevista é importante observar o que o paciente nos


transfere e o que isto nos provoca;

o Na entrevista inicial com os pais do paciente (no caso de crianças e


adolescentes), é importante detectar qual o vínculo que une o casal, o
vínculo entre casa e filho, o de cada um deles com o filho, o do filho com
cada um e com o casal, e o do casal com o psicólogo;

o Avaliar a capacidade dos pais de elaboração da situação diagnóstica atual


e potencial.

Há também uma entrevista que ocorre ao final do processo, a entrevista de devolução


ou devolutiva. Pode ser uma ou várias e é o momento em que o psicólogo se posiciona
e faz a devolutiva sobre os aspectos que surgiram durante a avaliação realizada, bem
como as considerações finais e eventuais encaminhamentos. É feita com o paciente ou
com os pais, quando se trata de uma criança.

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Tipos de Entrevista

A entrevista é uma técnica que toma diversas formas conforme o objetivo e a


orientação do entrevistado. De modo geral, a entrevista pode ser classificada em:

DIRIGIDA OU ESTRUTURADA  quando o entrevistador segue um roteiro com


perguntas previamente estabelecido.

SEMIDIRIGIDA, SEMIESTRUTURADA OU MISTA  entrevista que comporta a


combinação de perguntas estruturadas e liberdade de expressão do entrevistado.

LIVRE, NÃO‐DIRIGIDA OU NÃO‐ESTRUTURADA  se houver perguntas ou


intervenções do entrevistador, essas são poucas e formuladas durante a
entrevista.

Dois aspectos que devem ser observados durante as entrevistas são a transferência e
a contratransferência:

Transferência: sentimentos, condutas e atitudes inconscientes, por parte do


entrevistado, ligados a sua história e a sua dinâmica familiar que são projetados no
entrevistador.

Contratransferência: sentimentos e atitudes inconscientes pertencentes a relações


do passado que o profissional projeta inconscientemente no paciente. O psicólogo
deve estar atento a eles para não interferir no processo.

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1. FGV – 2014 – SUSAM

A entrevista psicológica é um momento importante para o levantamento de dados


em um processo de avaliação. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.

I. Na entrevista livre, não há roteiro prévio para a condução do processo de


avaliação.

II. A entrevista estruturada não é utilizada em uma avaliação clínica.

III. Na entrevista semiestruturada, o entrevistador formula um roteiro básico e vai


fazendo as perguntas de forma mais livre, procurando seguir o que entrevistado fala.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.


b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Resolução: Vamos à análise das assertivas.

I – Certa. Não há roteiro prévio na entrevista livre ou não‐estruturada. Se houver


perguntas, estas serão formuladas durante a entrevista.

II – Errada. A entrevista estruturada pode ser utilizada em qualquer contexto.

III – Certa. A entrevista semiestruturada possui um roteiro básico que comporta a


combinação de perguntas estruturadas e liberdade de expressão do entrevistado.

Gabarito: C

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Técnicas de Entrevista e seus objetivos

Anamnese  investigar sobre a história de vida do paciente/cliente (desenvolvimento


de forma geral, histórico de doenças, rotina, dinâmica da família, trabalho, etc). O intuito
é compreender o motivo que levou o sujeito à consulta.

Diagnóstica  proporcionar o levantamento de informações que subsidiem a


elaboração de hipóteses diagnósticas, indicando também o tratamento adequado.
Quase sempre, faz parte de um processo de avaliação que inclui a aplicação de testes.

Psicoterápica  ajudar no processo de solução dos problemas por meio da aplicação


de técnicas psicoterápicas fundamentadas em determinada referência teórica.

De Encaminhamento  indicar o tratamento adequado ao entrevistado. Deve ser


informado ao paciente que o tratamento não será realizado pelo entrevistador, para
que não se crie um vínculo muito significativo.

Lúdica  buscar compreender a dinâmica de funcionamento psíquico da criança por


meio da avaliação clínica do brincar infantil. A ideia central no uso de entrevistas
lúdicas é a de que as crianças irão projetar suas questões‐chaves no conteúdo do
brinquedo e na maneira com que utilizam o material.

De seleção  busca levantar mais informações a respeito do profissional. O


entrevistador deve conhecer o currículo do entrevistado, deve ter em mente o perfil do
cargo e deve avaliar se o candidato se encaixaria bem ou não no emprego pretendido.

De desligamento  pode ocorrer devido à alta do paciente, momento em que


entrevistador e entrevistado fazem planos futuros ou avaliam a necessidade de se
trabalhar ainda algum aspecto. É utilizada também com o funcionário que está saindo
de empresa, com o objetivo obter um feedback sobre o trabalho e a organização.

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De pesquisa  investigar temas para determinado estudo. O participante deve ter


ciência do caráter voluntário e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Não existe um tipo específico de entrevista superior a outro, contudo, há o mais


adequado para cada finalidade e condições. Ressalta‐se que algumas cautelas devem
ser adotadas a fim de garantir um processo adequado e satisfatório, atingindo, de forma
científica, os resultados oriundos desse processo de investigação. Tais cuidados devem
consistir na criação de um clima favorável, como um ambiente adequado, iluminado e
climatizado, estabelecer o rapport, garantir que o indivíduo esteja à vontade antes de
iniciar a entrevista, preparo prévio, foco, dando ciência dos processos e objetivos da
entrevista a realizar. Além disso, o profissional deve seguir todas as recomendações do
Código de Ética Profissional do Psicólogo, garantindo o sigilo e cuidado para com o
material, da mesma forma que é necessário esclarecer as etapas do processo a quem é
submetido (Santos, 2014).

Observa‐se que a entrevista é um dos mais importantes instrumentos para coleta de


informações que o Psicólogo tem à disposição, visto que tal instrumento pode ser
utilizado nos mais diversos contextos, podendo ser adequado às necessidades de cada
caso, sem perder a validade científica.

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2. FGV – 2021 – TJ/RO

Os pais de Thiago, 5 anos, procuraram o psicólogo Eduardo para conversar sobre o


quadro de fobia social que o menino vem apresentando. No primeiro atendimento a
Thiago, Eduardo utilizou jogos e brincadeiras. A essa técnica se dá o nome de:

a) anamnese psicológica;
b) entrevista devolutiva;
c) psicodiagnóstico infantil;
d) entrevista lúdica;
e) testagem psicométrica.

Resolução: Reparem que a questão fala de entrevista com uma criança e que utilizou
jogos e brincadeiras. A partir daí, já podemos supor que se trata de entrevista lúdica.

Letra A: Errada. A anamnese busca investigar sobre a história de vida do paciente/cliente


(desenvolvimento de forma geral, histórico de doenças, rotina, dinâmica da família,
trabalho, etc). O intuito é compreender o motivo que levou o sujeito à consulta. No caso
em tela, a anamnese será feita com os pais da criança.

Letra B: Errada. A entrevista devolutiva ocorre no final do processo, na qual o psicólogo


apresenta as considerações finais e eventuais encaminhamentos.

Letra C: Errada. O psicodiagnóstico infantil é um processo de avaliação psicológica que


ocorre no contexto clínico e tem como objetivo identificar forças e fraquezas do
funcionamento psicológico do sujeito, com enfoque nos aspectos psicopatológicos. A
entrevista lúdica é uma das técnicas que podem ser utilizadas no psicodiagnóstico
infantil.

Letra D: Certa. Percebe‐se que Eduardo se utilizou de jogos e brincadeiras para buscar
compreender a dinâmica de funcionamento psíquico da criança, tal técnica diz respeito
à entrevista lúdica.

Letra E: Errada. A testagem psicométrica diz respeito à aplicação de testes psicométricos


e faz parte do processo de avaliação psicológica.

Gabarito: D

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3. FGV – 2021 – FUNSAUDE/CE

A entrevista psicológica busca fornecer ao avaliador, por meio de subsídios técnicos,


informações sobre a conduta, os valores e as opiniões do entrevistado. Com relação
aos objetivos, a entrevista psicológica pode ser:

I. Diagnóstica.
II. Psicoterápica.
III. de Encaminhamento.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

Resolução: Conforme vimos, os três itens podem ser objetivos da entrevista psicológica:

Diagnóstica  proporcionar o levantamento de informações que subsidiem a


elaboração de hipóteses diagnósticas, indicando também o tratamento adequado.
Quase sempre, faz parte de um processo de avaliação que inclui a aplicação de testes.

Psicoterápica  ajudar no processo de solução dos problemas por meio da aplicação


de técnicas psicoterápicas fundamentadas em determinada referência teórica.

De Encaminhamento  indicar o tratamento adequado ao entrevistado. Deve ser


informado ao paciente que o tratamento não será realizado pelo entrevistador, para
que não se crie um vínculo muito significativo.

Gabarito: E

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A Teoria da Entrevista

Segundo Bleger, na avaliação psicológica destacam‐se os seguintes conhecimentos:

 DIMENSÃO INCONSCIENTE DO
COMPORTAMENTO

 TRANSFERÊNCIA

 CONTRATRANSFERÊNCIA

A teoria da entrevista foi fortemente influenciada por conhecimentos provenientes


da psicanálise, da Gestalt, da topologia e do behaviorismo. Ainda que não
seja possível selecionar especificamente a contribuição de cada uma dessas
teorias, convém assinalar sumariamente que a psicanálise influenciou com o
conhecimento da dimensão inconsciente do comportamento, da transferência e
contratransferência, da resistência e repressão, da projeção e introjeção, etc. A
Gestalt reforçou a compreensão da entrevista como um todo no qual o entrevistador
é um de seus integrantes, considerando o comportamento deste como um
dos elementos da totalidade. A topologia levou a delinear e reconhecer o
campo psicológico e suas leis, assim como o enfoque situacional. O behaviorismo
influenciou com a importância da observação do comportamento.

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Segundo Bleger (1998), a entrevista pode ser de dois tipos fundamentais: aberta e
fechada:

Aberta  entrevistador tem ampla liberdade para as perguntas ou para suas


intervenções, permitindo‐se toda a flexibilidade necessária em cada caso particular. A
entrevista psicológica aberta é um campo que deve se configurar, ao máximo possível,
pelas variáveis que dependem da personalidade do entrevistado, possibilitando uma
investigação mais ampla e profunda dessa personalidade.

Fechada  as perguntas já estão previstas, assim como a ordem e a maneira de


formulá‐las, e o entrevistador não pode alterar nenhuma destas disposições. A
entrevista fechada é, na realidade, um questionário que passa a ter uma relação estreita
com a entrevista, na medida em que uma manipulação de certos princípios e regras
facilita e possibilita a aplicação do questionário.

Ainda, pode‐se diferenciar também as entrevistas segundo o beneficiário do resultado;


assim, podemos distinguir:
a) a entrevista que se realiza em benefício do entrevistado – que é o caso da consulta
psicológica ou psiquiátrica;
b) a entrevista cujo objetivo é a pesquisa, na qual importam os resultados científicos;
c) a entrevista que se realiza para um terceiro (uma instituição).

Cada uma delas implica variáveis distintas a serem levadas em conta, já que modificam
ou atuam sobre a atitude do entrevistador, assim como do entrevistado, e sobre o
campo total da entrevista. Uma diferença fundamental é que, excetuando o primeiro
tipo de entrevista, os dois outros requerem que o entrevistador desperte interesse e
participação, que “motive” o entrevistado.

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Segundo Bleger, a regra básica da entrevista consiste em OBTER DADOS COMPLETOS


DO COMPORTAMENTO TOTAL NO DECORRER DA ENTREVISTA. Portanto, afirma a
importância dos cuidados com a interpretação. E diz que, quanto maior for a
compulsão para interpretar, tanto mais será necessário calar‐se. Poético, não?

O campo da entrevista deve ser configurado fundamentalmente pelas variáveis da


personalidade do entrevistado. Dessa maneira, para permitir maior engajamento
da personalidade do entrevistado, aquilo que o entrevistador oferece deve
ser suficientemente ambíguo.

Entrevista x Anamnese

ENTREVISTA ANAMNESE
O paciente tem organizada uma Supõe que o paciente conhece sua vida
história de sua vida e um esquema de e está capacitado para fornecer dados
seu presente, e desta história e deste sobre a mesma.
esquema deve‐se deduzir o que ele
não sabe.

Simulação x Dissimulação

SIMULAÇÃO DISSIMULAÇÃO
Compreendida pela forma que o Ocorre quando se procura esconder ou
indivíduo tenta fingir sintomas que não amenizar os sintomas que realmente
existem, estando sempre relacionada a existem.
uma recompensa externa.

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4. VUNESP – 2017 – TJ/SP

A entrevista psicológica por vezes é criticada por ser pouco científica. Na visão de José
Bleger (2011),

a) a crítica é justificada, porque o instrumento é o entrevistador, que, na relação


interpessoal, será afetado por aspectos não resolvidos de sua personalidade.

b) a crítica é parcialmente justificada, porque o entrevistador não tem como controlar


as estratégias do entrevistado para ocultar a verdade.

c) a crítica procede, porque o entrevistador é parte do campo da entrevista e, como


tal, condiciona os fenômenos que vai registrar.

d) a crítica não se justifica, porque o entrevistador terá em mãos um roteiro de


perguntas que, uma vez seguido, poderá assegurar o rigor de sua conduta.

e) a crítica não procede, porque se quer estudar o fenômeno psicológico, e a relação


humana entre entrevistador e entrevistado configura uma condição natural desse
fenômeno.

Resolução: Segundo Bleger (2011), "toda conduta se dá sempre num contexto de


vínculos e relações humanas, e a entrevista não é uma distorção das pretendidas
condições naturais e sim o contrário: a entrevista é a situação "natural" em que se dá o
fenômeno que, precisamente, nos interessa estudar: o fenômeno psicológico. Desta
maneira o enfoque ontológico e gnosiológico (relação entre o sujeito que conhece e o
objeto de conhecimento) coincidem e são a mesma coisa." Dessa forma, as críticas se
tornam improcedentes.

Letra A: Errada. Isso não torna a entrevista pouco científica. Lembrem os conceitos de
dimensão inconsciente do comportamento, transferência e contratransferência, que
são aspectos da entrevista psicológica que o terapeuta deve considerar.

Letra B: Errada. Existem técnicas em que possíveis estratégias, simulação ou


dissimulação podem ser reduzidas. Exemplo: técnicas projetivas.

Letra C: Errada. Não é o terapeuta sozinho que condiciona os fenômenos registrados,


pois eles dependem das variáveis da personalidade do entrevistado.

Letra D: Errada. Existem outros tipos de entrevistas que não são fechadas (abertas e
semi‐abertas).

Letra E: Correta. Vide comentário inicial.

Gabarito: E

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MAIS QUESTÕES COMENTADAS

5. FCC – 2017 ‐TRE‐SP

No processo psicodiagnóstico, segundo Ocampo e Arzeno (1990),

a) definir o enquadre (ou enquadramento) permite dar garantias de que no


processo de psicodiagnóstico o paciente não tenha contato com aspectos da
sua infância já que são muito regressivos, dificultando a entrevista.
b) a entrevista inicial é caracterizada como uma entrevista dirigida, que permite
ao entrevistador ter a liberdade de investigar as principais questões foco da
avaliação psicológica.
c) a entrevista clínica é uma técnica insubstituível, pois cumpre os objetivos do
processo psicodiagnóstico, sendo a utilização de testes facultativa, uma vez
que são apenas complementares.
d) ao planejar a bateria de testes a ser utilizada no psicodiagnóstico, é importante
discriminar a sequência em que os testes escolhidos serão aplicados, sendo que
os primeiros devem ser os que mobilizam a conduta que corresponde ao
sintoma do avaliado.
e) na entrevista clínica deve‐se observar o motivo latente, subjacente ao
manifesto, sem ater‐se à queixa que preocupa o paciente e pode manter‐se,
anular‐se e ampliar‐se.

COMENTÁRIOS: Vamos analisar as assertivas.

Letra A: Errada. Não se pode definir o enquadramento com maior precisão porque seu
conteúdo e seu modo de formulação dependem, em muitos aspectos, das
características do paciente e dos pais.

Letra B: Errada. Entrevista semidirigida é a entrevista inicial quando o paciente tem


liberdade para expor seus problemas começando por onde preferir e incluindo o que
desejar.

Letra C: Errada. A entrevista clínica é "uma" técnica e não "a" técnica. É insubstituível
enquanto cumpre certos objetivos do processo psicodiagnóstico, mas os testes
(projetivos) apresentam certas vantagens que os tornam insubstituíveis e
imprescindíveis.

Letra D: Errada. O teste que mobiliza uma conduta que corresponde ao sintoma nunca
deve ser aplicado 1º, pois isso supõe colocar o paciente na situação mais ansiogênica ou
deficitária sem o prévio estabelecimento de uma relação adequada.

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Letra E: Correta. Na Avaliação Psicológica, é importante levar em conta o motivo latente,


o que não foi dito que habita o subterrâneo do paciente e interagem com a queixa. Não
podemos ficar apenas naquilo que é motivo explícito da procura, uma vez que uma
dinâmica será ativada durante o processo investigatório. Por essas razões é que a queixa
principal poderá desaparecer, ser ampliada, ficar conectada com outros aspectos não
ditos ou mesmo se resolver pelo simples fato da catarse.

Gabarito: E

6. FCC – 2013 – TRT 5ª Região (ADAPTADA)

Ocampo e Arzeno (11ª ed. 2009), estudiosas do psicodiagnóstico, acreditam que ao


longo de toda a entrevista inicial é importante captar que tipo de vínculo o paciente
procura estabelecer com o psicólogo (se procura seduzi‐lo, confundi‐lo, evitá‐lo,
manter‐se à distância, depender excessivamente dele, por exemplo) e também certos
sentimentos e fantasias de importância vital para a compreensão do caso que surgem
no psicólogo e que permitem determinar o tipo de vínculo objetal que opera como
modelo interno inconsciente no paciente. Este processo refere‐se aos aspectos
transferenciais e contratransferenciais.

COMENTÁRIOS: Transferência e contratransferência são uma forma de projeção que


ocorre também na relação entre paciente e psicólogo que realiza o psicodiagnóstico. A
transferência diz respeito às reações emocionais do paciente dirigidas ao psicólogo. A
contratransferência consiste nos sentimentos, sensações e percepções que o
profissional tem de seu paciente durante o processo psicodiagnóstico. E isto orienta o
psicólogo, uma vez que o que ele sente, pensa e percebe no paciente são dados para a
conclusão do psicodiagnóstico.

Gabarito: Certo.

7. FCC – 2013‐ TRT 5ª Região (ADAPTADA)

No processo psicodiagnóstico, a entrevista na qual se transmite ao paciente ou aos


pais, a compreensão obtida durante este processo, é denominada de entrevista
diagnóstica.

COMENTÁRIOS: No processo psicodiagnóstico, a entrevista na qual se transmite ao


paciente ou aos pais, a compreensão obtida durante este processo, é denominada de
entrevista devolutiva. A entrevista diagnóstica é a entrevista inicial do processo
diagnóstico.

Gabarito: Errado.

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8. CESPE – 2017 – TRE‐BA

Caso clínico 9A1AAA

Uma criança de seis anos de idade foi levada pela mãe para avaliação psicológica
por apresentar enurese noturna, ansiedade, compulsão alimentar, insônia, baixo
rendimento escolar e medo de pássaros, de acordo com o relato materno. O pai da
criança não quis acompanhá‐las na consulta porque se posicionou contra a
intervenção psicológica.

Na escolha da técnica de entrevista adequada para a anamnese da paciente do caso


clínico 9A1AAA, o psicólogo deve evitar a entrevista

a) de livre estruturação, pois crianças tendem a omitir informações quando os


pais estão presentes.
b) estruturada, devido a sua baixa aplicabilidade clínica, já que não considera
suficientemente as demandas do paciente.
c) semiestruturada, porque ela dificulta a aplicação de testes psicológicos,
procedimento ideal para o caso em questão.
d) de triagem, devido à tenra idade da paciente.
e) de triagem, por ser irrelevante para a decisão acerca da intervenção a ser
adotada no caso.

COMENTÁRIOS: De acordo com Tavares (2007), as entrevistas estruturadas são de


pouca utilidade clínica. A aplicação desse tipo de entrevista é mais frequente em
pesquisas, principalmente nas situações em que a habilidade clínica não é necessária ou
possível. Sua utilização raramente considera as necessidades ou demandas do sujeito
avaliado – usualmente, ela se destina ao levantamento de informações definidas pelas
necessidades de um projeto.

Letra A: Errada. A entrevista não estruturada ou de livre estruturação é uma entrevista


aberta, com nenhuma estrutura ou uma estrutura mínima em que se deixa livre o
entrevistado para decidir como irá expor as informações, sem com isso perder a sua
finalidade. Ela é utilizada em vários contextos, em especial quando se pretende
esclarecer uma situação, desenvolver um conceito, saber mais sobre atitudes e
comportamentos. Pode ser utilizada com crianças, sendo um forte instrumento de
coleta de informações, em especial quando empregada em contextos lúdicos que
facilitam a expressão infantil.

Letra B: Correta. A entrevista estruturada apresenta uma estrutura previamente


definida, um roteiro fixo de perguntas ou um questionário, cuja ordem e redação
permanecem exatamente iguais em cada aplicação, não sendo possível sua alteração

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durante a aplicação. É bastante utilizada em processos seletivos e pesquisas científicas,


que buscam um levantamento de dados mais objetivo e mais rápido que as outras
modalidades. No contexto clínico, apresenta pouca utilidade, visto que suas
informações mais quantitativas não são muito capazes de considerar a demanda do
sujeito, que exige um diálogo mais aprofundado.

Letra C: Errada. A entrevista semiestruturada tem um foco principal definido, roteiro


estabelecido, podendo, porém, ser complementado por outras questões que possam
surgir ao longo da entrevista. Permite que informações emerjam de forma mais livre e
espontânea, e favorece não só a descrição dos fenômenos investigados, mas também
sua explicação e a compreensão. Elas não apresentam dificuldades à aplicação de testes
psicológicos, como são muitas vezes utilizadas como instrumento de aprimoramento
das respostas de testes projetivos, por exemplo.

Letra D: Errada. A triagem é caracterizada com uma breve entrevista inicial com a
finalidade apenas de avaliar a demanda do indivíduo para que se possa propor o
encaminhamento. É bastante utilizada em serviços de saúde pública, servindo
especialmente para avaliar a gravidade da crise, se é necessário encaminhar para algum
outro profissional, e assim por diante. Não existe nenhuma contraindicação de que tal
procedimento seja realizado com crianças em tenra idade, mas que seja realizada
também com os pais ou responsáveis pelas crianças que poderão fornecer dados mais
precisos a respeito da demanda, história pregressa, histórico familiar, dentre outras
informações da criança.

Letra E: Errada. Conforme letra D.

Gabarito: B

9. CESPE – 2013 – TRT 10ª Região

Julgue o item a seguir, acerca da avaliação psicológica em diferentes contextos.

Em uma entrevista clínica conduzida para avaliação de um paciente idoso que


apresente perplexidade ou desconfiança diante de situações consideradas comuns e
típicas do cotidiano, é importante contestá‐lo e desafiar sua desconfiança, mostrando‐
lhe elementos óbvios.

COMENTÁRIOS: Não se recomenda contestar ou desafiar o paciente que demonstra


traços esquizofrênicos, como perplexidade, desconfiança, alucinação ou algum outro
sintoma do tipo.

Gabarito: Errado.

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10. CESPE – 2013 – TRT 10ª Região

Julgue o item a seguir, acerca da avaliação psicológica em diferentes contextos.

Ao avaliar o grau de comprometimento do comportamento etilista de um paciente em


entrevista clínica, é inadequado e antiético perguntar a ele se algum amigo, colega ou
familiar o considera alcoolista.

COMENTÁRIOS: Segundo Tavares (2000), o entrevistador deve estar atento aos


processos no outro, e a sua intervenção deve orientar o sujeito a aprofundar o contato
com sua própria experiência. O papel do entrevistado é o de prestar informações. O
entrevistador tem a necessidade de conhecer e compreender algo de natureza
psicológica, para poder fazer alguma recomendação ou sugerir algum tipo de atenção
ou tratamento. Nos casos em que houver resistência, a técnica de explorar a
repercussão do comportamento no plano afetivo e relacional pode trazer o problema à
consciência do paciente. Assim, não há inadequação na técnica ou ética do psicólogo ao
perguntar a ele se algum amigo, colega ou familiar o considera alcoolista.

Gabarito: Errado.

Chegamos ao FIM!
Obrigada 

Um abraço,
Thayse Duarte.

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LISTA DE QUESTÕES

1. FGV – 2014 – SUSAM

A entrevista psicológica é um momento importante para o levantamento de dados em


um processo de avaliação. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.

I. Na entrevista livre, não há roteiro prévio para a condução do processo de avaliação.

II. A entrevista estruturada não é utilizada em uma avaliação clínica.

III. Na entrevista semiestruturada, o entrevistador formula um roteiro básico e vai


fazendo as perguntas de forma mais livre, procurando seguir o que entrevistado fala.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.


b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

2. FGV – 2021 – TJ/RO

Os pais de Thiago, 5 anos, procuraram o psicólogo Eduardo para conversar sobre o


quadro de fobia social que o menino vem apresentando. No primeiro atendimento a
Thiago, Eduardo utilizou jogos e brincadeiras. A essa técnica se dá o nome de:

a) anamnese psicológica;
b) entrevista devolutiva;
c) psicodiagnóstico infantil;
d) entrevista lúdica;
e) testagem psicométrica.

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3. FGV – 2021 – FUNSAUDE/CE

A entrevista psicológica busca fornecer ao avaliador, por meio de subsídios técnicos,


informações sobre a conduta, os valores e as opiniões do entrevistado. Com relação
aos objetivos, a entrevista psicológica pode ser:

I. Diagnóstica.
II. Psicoterápica.
III. de Encaminhamento.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

4. VUNESP – 2017 – TJ/SP

A entrevista psicológica por vezes é criticada por ser pouco científica. Na visão de José
Bleger (2011),

a) a crítica é justificada, porque o instrumento é o entrevistador, que, na relação


interpessoal, será afetado por aspectos não resolvidos de sua personalidade.

b) a crítica é parcialmente justificada, porque o entrevistador não tem como controlar


as estratégias do entrevistado para ocultar a verdade.

c) a crítica procede, porque o entrevistador é parte do campo da entrevista e, como


tal, condiciona os fenômenos que vai registrar.

d) a crítica não se justifica, porque o entrevistador terá em mãos um roteiro de


perguntas que, uma vez seguido, poderá assegurar o rigor de sua conduta.

e) a crítica não procede, porque se quer estudar o fenômeno psicológico, e a relação


humana entre entrevistador e entrevistado configura uma condição natural desse
fenômeno.

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5. FCC – 2017 ‐TRE‐SP

No processo psicodiagnóstico, segundo Ocampo e Arzeno (1990),

a) definir o enquadre (ou enquadramento) permite dar garantias de que no


processo de psicodiagnóstico o paciente não tenha contato com aspectos da
sua infância já que são muito regressivos, dificultando a entrevista.
b) a entrevista inicial é caracterizada como uma entrevista dirigida, que permite
ao entrevistador ter a liberdade de investigar as principais questões foco da
avaliação psicológica.
c) a entrevista clínica é uma técnica insubstituível, pois cumpre os objetivos do
processo psicodiagnóstico, sendo a utilização de testes facultativa, uma vez
que são apenas complementares.
d) ao planejar a bateria de testes a ser utilizada no psicodiagnóstico, é importante
discriminar a sequência em que os testes escolhidos serão aplicados, sendo que
os primeiros devem ser os que mobilizam a conduta que corresponde ao
sintoma do avaliado.
e) na entrevista clínica deve‐se observar o motivo latente, subjacente ao
manifesto, sem ater‐se à queixa que preocupa o paciente e pode manter‐se,
anular‐se e ampliar‐se.

6. FCC – 2013 – TRT 5ª Região (ADAPTADA)

Ocampo e Arzeno (11ª ed. 2009), estudiosas do psicodiagnóstico, acreditam que ao


longo de toda a entrevista inicial é importante captar que tipo de vínculo o paciente
procura estabelecer com o psicólogo (se procura seduzi‐lo, confundi‐lo, evitá‐lo,
manter‐se à distância, depender excessivamente dele, por exemplo) e também certos
sentimentos e fantasias de importância vital para a compreensão do caso que surgem
no psicólogo e que permitem determinar o tipo de vínculo objetal que opera como
modelo interno inconsciente no paciente. Este processo refere‐se aos aspectos
transferenciais e contratransferenciais.

7. FCC – 2013‐ TRT 5ª Região (ADAPTADA)

No processo psicodiagnóstico, a entrevista na qual se transmite ao paciente ou aos


pais, a compreensão obtida durante este processo, é denominada de entrevista
diagnóstica.

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8. CESPE – 2017 – TRE‐BA

Caso clínico 9A1AAA

Uma criança de seis anos de idade foi levada pela mãe para avaliação psicológica
por apresentar enurese noturna, ansiedade, compulsão alimentar, insônia, baixo
rendimento escolar e medo de pássaros, de acordo com o relato materno. O pai da
criança não quis acompanhá‐las na consulta porque se posicionou contra a
intervenção psicológica.

Na escolha da técnica de entrevista adequada para a anamnese da paciente do caso


clínico 9A1AAA, o psicólogo deve evitar a entrevista

a) de livre estruturação, pois crianças tendem a omitir informações quando os


pais estão presentes.
b) estruturada, devido a sua baixa aplicabilidade clínica, já que não considera
suficientemente as demandas do paciente.
c) semiestruturada, porque ela dificulta a aplicação de testes psicológicos,
procedimento ideal para o caso em questão.
d) de triagem, devido à tenra idade da paciente.
e) de triagem, por ser irrelevante para a decisão acerca da intervenção a ser
adotada no caso.

9. CESPE – 2013 – TRT 10ª Região

Julgue o item a seguir, acerca da avaliação psicológica em diferentes contextos.

Em uma entrevista clínica conduzida para avaliação de um paciente idoso que


apresente perplexidade ou desconfiança diante de situações consideradas comuns e
típicas do cotidiano, é importante contestá‐lo e desafiar sua desconfiança, mostrando‐
lhe elementos óbvios.

10. CESPE – 2013 – TRT 10ª Região

Julgue o item a seguir, acerca da avaliação psicológica em diferentes contextos.

Ao avaliar o grau de comprometimento do comportamento etilista de um paciente em


entrevista clínica, é inadequado e antiético perguntar a ele se algum amigo, colega ou
familiar o considera alcoolista.

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25
10) Errado
9) Errado
GABARITO:

7) Errado
6) Certo

8) B
5) E

2) D
1) C

3) E

4) E
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