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PREBIÓTICOS
Diante da grande importância que tem sido dada ao intestino e sua conexão
com os mais diversos sistemas do nosso organismo, é importante que o
nutricionista saiba utilizar prebióticos para promover uma boa modulação
intestinal e melhorar a saúde e qualidade de vida do seu paciente.

Os prébióticos são componentes alimentares não-
digeríveis que afetam beneficamente
hospedeiro pelo estímulo seletivo da proliferação
ou atividade de populações de bactérias
desejáveis no cólon. Os prebióticos são
representados, em sua maioria, pelas fibras
alimentares, havendo a presença de algumas
outras substâncias, como é o caso do ômega-3.
Os prebióticos são metabolizados em ácidos
graxos de cadeia curta, que irão estimular uma
proliferação de cepas benéficas de bactérias,
como é o caso dos firmicutes e bacteroidetes,.
melhorando a permeabilidade intestinal e todo o
parâmetro metabólico.
O trabalho publicado por Vulevic et al., no ano de
o 2015, avaliou o efeito da mistura de 5,5 g de GOS
(Bimuno (B-GOS) na microbiota intestinal,
marcadores da função imunológica e alguns
metabólitos em quarenta voluntários idosos
durante 10 semanas. Como resultados, houve
aumento significativo de bacteroidetes e
bifidobactérias e também foram observadas IL-
10, IL-8, atividade das células natural killer e
proteína C reativa mais altas, além de IL-1β mais
baixa. Isso demonstra que a suplementação de
GOS pode afetar positivamente a microbiota e
alguns marcadores da função imunológica
associados ao envelhecimento.

É importante salientar que a maioria dos CLIQUE PARA ACESSAR O ARTIGO

prebióticos são representados por fibras
alimentares, mas nem todas as fibras alimentares
são consideradas prebióticas.

O trabalho publicado por Jalanka et al, no ano

Alguns exemplos de prebióticos são: FOS (fruto-
de 2019, realizado com 24 pacientes (8
oligossacarídeos), GOS (galacto-oligossacarídeos),
saudpaveis e 16 constipados), analisou o efeito
inulina, psyllium e o próprio ômega-3.
da suplementação de Psyllium em alguns
parâmetros como: trânsito gastrointestinal (GI)
dos pacientes, o conteúdo de água fecal, os
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ácidos graxos de cadeia curta (SCFA) e a
composição da microbiota das fezes. Como
resultados, a suplementação um efeito
Bifidobactérias
pequeno, mas significativo na composição
Firmicutes
microbiana de adultos saudáveis ​(aumentando
Bacteroidetes a Veillonella e diminuindoSubdoligranulum ).
em indivíduos constipados houve aumentos
significativos em três gêneros conhecidos por
produzir butirato, Lachnospira, Roseburia e
Faecalibacterium, correlacionado com o
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aumento da água fecal.
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Além disso, houve aumento nos níveis de acetato
e propionato (AGCC). Isso demonstra a utilidade
da suplementação de psyllium, modulando a
microbiota intestinal, aumentando os níveis de
água fecal, principalmente em indivíduos
constipados.
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Favorecem a produção de AGCC e
crescimento de bactérias favoráveis à
saúde
Podem modular o intestino, gerando uma
melhora metabólica geral
Alguns exemplos são: FOS, GOS, Inulina,
Psyllium e, mais recentemente atribuido,
ômega-3.

O trabalho publicado por Holscher et al., no ano

de 2015, analisou os efeitos da suplementação de
0, 5 ou 7.5g de Inulina Agave em 29 adultos
saudáveis durante 21 dias. Como resultados,
houve aumento de Actinobacteria fecal e
Bifidobacterium em 3 e 4 vezes, respectivamente.
Também houve redução Desulfovibrio em 40%.
Além disso, observou-se um aumento de butirato
fecal com a suplementação. Diante disso,
demonstra-se que a suplementação de Inulina
agave pode modular positivamente a microbiota
intestinal de adultos saudáveis.

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Grupo nutricamp

O trabalho publicado por Constantini et al, no ano

de 2017, trouxe alguns mecanismos pelo qual o
ômega-3 exerce efeitos prebióticos. Dentre eles, o
aumento de Lachnospiraceae (produtor de
butirato) e de Bifidobacterium. Isso leva a uma
maior produção de ácidos graxos de cadeia curta, @danielcoimbranutri
favorecendo uma eubiose, reduzindo a
permeabilidade intestinal e culminando em
redução de endotoxemia e , consequentemente,
de liberação de citocinas inflamatórias.