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Não se pode contestar a história sobre o Princípio da Separação do Poderes, assim

como os fatos que deram sua origem, é esse princípio que contraria o Estado totalmente
majoritário e faz com que haja o respeito entre os institutos e a sociedade. Sua delimitação
baseando-se no Checks and Balances, faz com que seja atuante todos os poderes e que se
harmonizem entre si.

Para este trabalho ficou ainda mais visível a distinção entre as competências e funções
tanto do STF, quanto dos outros órgãos. O Estado Democrático de Direito existe e com ele
garantias fundamentais assim como direitos surgem cada vez mais.

Delimitar a atuação e uma possível forma de contenção do STF, faz com que impere a
harmonia e a paz social, estas tão importante, para a sociedade e para a justiça em si.
Sabemos que o judiciário é inerte e apenas após sua provocação é que ele deve agir,
respeitando e fazendo valer os ditames legais a ele incumbido, dando a resposta necessária
que estiver palpada na lei.

Sendo assim, fica destacado, em primeiro lugar que o fenômeno do ativismo judicial
não pode ser visto apenas como uma mera discricionariedade do Poder Judiciário, mas sim,
como resultado das demandas da sociedade e da imobilidade dos outros poderes que
deveriam dirimir corretamente suas funções.

Cabe aqui destacar, em que pese a constitucionalidade de uma postura mais ativa, o
Poder Judiciário assim como o STF deve ser guiado prezando sempre o respeito à tradicional
regra da separação dos Poderes e a salvaguarda da garantia das normas constitucionais assim
como sua máxima efetividade. Diante disso, cabe no nosso caso, em especial ao Supremo
Tribunal Federal, uma postura interpretativa coesa, clara e muito bem fundamentada, de
modo a dirimir qualquer subjetivismo.

Assim, a especificidade deverá ser a sua autocontenção judicial, e de fato indo para
longe o máximo possível de questões estritamente políticas. Mas se for para agir que seja de
uma forma ativista ligada à necessidade de garantir a correta aplicação da Constituição nos
casos concretos, colocando sempre à frente a supremacia dos Direitos Fundamentais e a
garantia do Estado Democrático de Direito.

Tais premissas se aplicaram ao caso concreto referente à ADPF nº 635, ao passo que
direitos e garantias individuais foram quebradas e houve uma necessidade de fazer algo.
Dessa forma, diante da nítida omissão do Poder Executivo do RJ quanto à gestão da
segurança pública, especificamente na pandemia COVID-19, coube ao STF agir à luz do
texto constitucional a pedido das entidades.

Também nesse espaço de tempo foi possível ver como os outros poderes estavam
estagnados e a partir de certo tempo já começaram a enxergar algumas possíveis formas de
conter o ativismo judicial do STF. Assim também, Georges L. H. Humbert, 2022, coloca duas
reformas importantes como método de autocontenção e gerenciamento do próprio poder
judiciário, finando não minuciosamente mais explicando alguns possíveis jeitos de afastar o
ativismo judicial trazendo assim uma autocontenção e novamente a harmonia pregada por
Montesquieu e os Checks and Balances, freios e contrapesos.

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