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MERITÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA

SALA DO CÍVEL E ADMNISTRATIVO


DO TRIBUNAL DE COMARCA DO
LUBANGO

José Francisco António Correia, Solteiro, de 22 anos de idade, natural do Lubango,


residente no bairro Tchioco, Zona 7, Município do Lubango, Província da Huíla,
portador do B.I. n.º 008333636HA041 (doc.1) emitido pela Direcção Nacional de
Identificação, aos 22 de 09 de 2021, podendo ser contactado pelo terminal telefónico n.º
935 464 921 ou pelos meus mandatários judiciais, B de Advogados, situado na rua Dr
António Agostinho Neto defronte do edifício das Finanças pelo terminal telefónico
939 780 768.

Vem interpor e fazer seguir a presente,


ACÇÃO DECLARATIVA DE CONDENAÇÃO, em processo Ordinário, nos termos
da alínea b) do n.º 2 do artigo 4.º e nos termos do n.º 1 do artigo 462.º ambos do Código
de Processo Civil, contra

Fernanda Domingos Pequenino Cambuta, Solteira, de 21 anos de idade, natural do


Lubango, residente no Município do Lubango, Província da Huíla, portadora do B.I. n.º
007890345HA044(doc.2), podendo ser contactada pelo terminal telefónico n.º
923 493 487.

Com os seguintes fundamentos de factos e de direito:

I) DOS FACTOS:
-1º
Aos 08 de Janeiro de 2021, foi celebrado um contrato de Mútuo (doc.3) entre José
Francisco António Correia e Fernanda Domingos Pequenino Cambuta no valor de
7.000.000.00 AKZ (SETE MILHÕES DE KWANZAS) e seria devolvido no dia 08 de
Fevereiro de 2022 tendo como testemunhas do contrato: Carlos Rodrigues e Claudeth
Rodrigues.
-2º
Com base nas relações de amizade de longa data entre José e Fernanda e por serem
colegas de trabalho na AGT (Administração Geral Tributária) do Município do
Lubango, Província da Huíla, o valor foi emprestado à ré com fim de mobiliar a sua
nova residência localizada no Bairro Casa Verde.

-3º
Por ser um valor muito elevado, o contrato celebrado seguiu as formalidaes exigidas
pela lei, junto do Notário do Lubango (doc.4).
-4º
No mesmo contrato acordou-se que a ré faria a devolução dos 7.000.000.00 AKZ
(SETE MILHÕES DE KWANZAS) mais 20% de juros num periodo de um ano a
contar da data que recebeu o valor (08 de Janeiro de 2021).
-5º
Acordou-se também que no caso de a ré Fernanda não cumprir com a obrigação
assumida no prazo estipulado, esta entregaria o seu carro de Marca Jetour X70 2019 de
dois anos de uso.
-6º
Passado o prazo acordado, a ré não cumpriu com nenhuma das obrigações assumidas
(não devolveu os 7.000.000.00 AKZ (SETE MILHÕES DE KWANZAS) mais 20% de
juros ou a entrega da viatura no caso de não devolver o valor).
-7º
No dia 15 de Fevereiro de 2022, o Autor, José foi à casa da ré a fim de esta cumprir com
as suas obrigações, na ânsia de receber os 7.000.00.00 AKZ (SETE MILHÕES DE
KWANZAS) mais os 20% de juros, ou a viatura. Porém, a ré Fernanda ofereceu
resistência, argumentando que não pagaria porque pretendia realizar uma viagem de
lazer com a família usaria o dinheiro para o efeito, pois gozava de férias neste mês de
Fevereiro e nem pretendia entregar a viatura porque, alegou ela, que dificultaria a sua
mobilidade de casa ao trabalho.

II) DO DIREITO:
-8º
O contrato de mútuo é o contrato pelo qual uma das partes, empresta a outra dinheiro ou
qualquer coisa fungível, ficando a segunda obrigada a restituir outro tanto do mesmo
género e qualidade nos termos do artigo 1143.º do Código Civil.
-9.º
O contrato celebrado entre as partes obedece a uma forrma especial, isto é, sujeito a
escritura pública por ser um valor elevado, isto nos termos do artigo 1143.º do Código
Civil.
-10º
O contrato celebrado é de mútuo oneroso, pois as partes convencionaram o pagamento
de juros (7.000.00.00 AKZ mais 20% de juros) com retribuição do mútuo nos termos do
artigo 1145.º do Código Civil.
-11º
No caso em questão, foi formalizado a claúsula penal (a entrega da viatura da marca
Jetour X70 2019 de dois anos de uso) no contrato de mútuo onerso, nos termos do artigo
810.º do Código Civil, a mesma claúsula penal que fixa o montante da indemnização a
pagar pelo devedor, no caso de incumprimento culposo do devedor ou, no caso de não
devolver o valor emprestado mais os juros.
-12º
No entanto, houve incumprimento por parte da devedora que seria, ou a devolução dos
7.000.000.00 AKZ mais os 20% de juros, ou a entrega da viatura.

III) PEDIDO:
Nestes termos e nos mais de direito, vem requerer a V. Ex.ª, por intermédios dos
seus mandatários judiciais, que seja recebida a presente petição inicial e a acção
julgada procedente e, por via disso, a ré seja condenada:

a) A pagar a quantia certa de 7.000.000.00 AKZ (SETE MILHÕES DE


KWANZAS) mais 20% do pagamento de juros que foi convencionado; ou

b) A entregar a sua viatuara como claúsula penal.

Valor da acção: 8.400.000.00 AKZ (OITO MILHÕES E QUATROCENTOS MIL


KWANZAS);
Junta: Procuração Forense, cópia do contrato, documento do notário assinado
pelas partes, cópia do B.I do Autor e da Ré, bem como os duplicados legais.

O Advogado

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