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REGIME JURÍDICO
ADMINISTRATIVO
- Serviços Públicos
INTRODUÇÃO
Há certa dificuldade na doutrina em definir com precisão o que vem a ser serviços
públicos, pois trata de expressão que admite mais de um sentido e de conceito
que, sobre ter variado em decorrência da evolução do tema relativo às funções do
Estado.
Por força dessa dificuldade é que varia o conceito de serviço público entre os
estudiosos da matéria, nacionais e estrangeiros.
Para fins de nosso estudo é no sentido objetivo que o tema será desenvolvido
avaliando os critérios orgânico, formal e material.
INTRODUÇÃO
Não é difícil perceber que o realce de um ou outro critério acaba por ensejar
conceitos díspares de serviço público.
“Serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados,
sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou
secundárias da coletividade, ou simples conveniências do Estado” (HELY LOPES
MEIRELLES).
CONCEITO
Maria Sylvia Di Pietro, considera serviço público “toda atividade material que a lei
atribui ao Estado para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados,
com o objetivo de satisfazer concretamente às necessidades coletivas, sob regime
jurídico total ou parcialmente de direito público”.
CARACTERÍSTICAS
1. S U J E I TO E S TATA L
2. I N T E R E S S E C O L E T I VO
3. R E G I M E D E D I R E I TO P Ú B L I C O
Como o serviço é instituído pelo Estado, nada mais natural que ele se submeta ao
regime jurídico de direito público, todavia, não se precisa admitir que a disciplina
seja integralmente de direito público, porque como é sabido alguns particulares
prestam serviços em colaboração com o Poder Público. Embora essas hipóteses
CARACTERÍSTICAS
1. S E R V I Ç O S D E L E G ÁV E I S E I N D E L E G ÁV E I S
São delegáveis aqueles que, por sua natureza ou pelo fato de assim dispor o
ordenamento jurídico, comportam ser executados pelo Estado ou por particulares
colaboradores (serviços de transporte coletivo, energia elétrica, sistema de
telefonia, saneamento básico etc.)
Serviços indelegáveis, por outro lado, são aqueles que só podem ser prestados
pelo Estado de forma direta, ou seja, por seus próprios órgãos ou agentes (serviços
de defesa nacional, segurança interna, fiscalização de atividades, serviços
assistenciais etc.).
CLASSIFICAÇÃO
2. S E R V I Ç O S A D M I N I S T R AT I VO S E D E U T I L I DA D E P Ú B L I C A
3. S E R V I Ç O S C O L E T I VO S E S I N G U L A R E S
1. C O M P E T Ê N C I A
Serviços privativos são aqueles atribuídos a apenas uma das esferas da federação.
Como por exemplo, temos a emissão de moeda, serviço postal, polícia marítima
aeronáutica e de fronteiras (art. 21, VII, X e XXII, da CF/88); serviço de distribuição
de gás canalizado compete aos Estados (art. 25 § 2º da CF/88); a arrecadação de
tributos municipais e o transporte coletivo intramunicipal, são conferidos aos
municípios (art. 30, III e V da CF/88).
Os serviços comuns, ao contrário, são os que podem ser prestados por pessoas de
mais de uma esfera federativa. A constituição enumerou vários serviços comuns no
art. 23, referindo expressamente a competência da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios. Entre eles estão os serviços de saúde pública (inciso II), promoção de
programas de construção de moradias (inciso IX); proteção ao meio ambiente
(incisos VI e VII). Trata-se do chamado federalismo cooperativo.
TITULARIDADE
2. R E G U L A M E N TA Ç Ã O
A regulamentação do serviço público cabe à entidade que tem poder para prestá-
lo. O poder de regulamentar impõe um conjunto de faculdades legais para a
pessoa titular do serviço. Pode optar por executá-lo direta ou indiretamente, e
nesse caso celebrar contratos de concessão ou firmar termos de permissão.
TITULARIDADE
3. C O N T R O L E
Bens Públicos
CONCEITO
A matéria pertinente aos bens jurídicos em geral é tratada no Código Civil, que
dedica um capítulo aos bens públicos e particulares a regra básica está no art. 98
que dispõe:
Com base nesse dispositivo do Código vigente, a doutrina conceitua bens públicos
como: “todos aqueles que, de qualquer natureza e a qualquer título, pertençam às
pessoas jurídicas de direito público, sejam elas federativas, como a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, sejam da Administração
descentralizada, como as autarquias, nestas incluindo as fundações de direito
público e as associações públicas”.
O elenco das pessoas jurídicas de direito público está no art. 41 do Código Civil.
São elas:
a) União Federal;
b) Os Estados-membros e o Distrito Federal;
c) Os Municípios;
d) Os Territórios;
e) As Autarquias (inclusive fundações de direito público e associações públicas);
f) Outras pessoas de caráter público criadas por lei.
TITULARIDADE
1. B E N S F E D E R A I S
A Constituição enumera os bens da União e dos Estados, mas essa relação não é
taxativa, tem mais um aspecto de partilha básica de alguns bens de caráter
especial, eu, por isso, devem merecer enfoque também especial. Os bens da União
são relacionados no art. 20 da CF, e leva alguns critérios ligados à esfera federal
como, segurança nacional, a proteção à economia do país, o interesse público
nacional.
TITULARIDADE
2. B E N S E S TA D UA I S E D I S T R I TA I S
A relação por óbvio, não é taxativa. Ao Estado pertencem outros bens, como por
exemplo, os prédios públicos estaduais, a dívida ativa, os valores depositados
judicialmente para a Fazenda Estadual e outros.
3. B E N S M U N I C I PA I S
1. B E N S D E U S O C O M U M D O P O V O
São aqueles que se destinam à utilização geral pelos indivíduos, podendo ser
federais, estaduais ou municipais.
Nessa categoria de bens não está presente o sentido técnico de propriedade, aqui
o que prevalece é a destinação pública no sentido de sua utilização efetiva pela
coletividade. São bens de uso comum, os mares, as praias, os rios, as estradas, as
ruas, praças (art. 99, I do Código Civil).
DESTINAÇÃO
2. B E N S D E U S O E S P E C I A L
São aqueles que visam a execução dos serviços administrativos e dos serviços
públicos em geral. A denominação não é muito precisa, mas indica que tais bens
constituem o aparelhamento material da Administração para atingir os seus fins.
Quanto ao uso em si, pode-se dizer que primordialmente cabe ao Poder Público.
Os indivíduos podem utilizá-lo na medida em que algumas eventualmente
precisam estar presentes nas repartições estatais.
DESTINAÇÃO
3. B E N S D E U S O D O M I N I C A L
A noção é residual, pois nessa categoria se situam todos os bens que não se
caracterizam como de uso comum do povo ou de uso especial.
Desse modo, são bens dominicais as terras sem destinação pública específica, tais
como terras devolutas, prédios públicos desativados, os bens móveis inservíveis.
AFETAÇÃO E DESAFETAÇÃO
O tema da afetação e desafetação diz respeito aos fins pata os quais está sendo
utilizado o bem público. Se um bem está sendo utilizado diretamente pelo Estado,
ou pelo uso dos indivíduos em geral, diz-se que está afetado a determinado fim
público. (exemplo: prédio de um serviço de saúde, praça etc).
Ao contrário, o bem se diz desafetado quando não está sendo usado para qualquer
fim público (exemplo: área pertencente ao município na qual não haja qualquer
serviço administrativo é um bem desafetado de fim público, uma viatura do Estado
que esteja inservível, etc).
FORMAS DE AQUISIÇÃO
1. C O N T R ATO
3. D E S A P R O P R I A Ç Ã O
4. A Q U I S I Ç Ã O C AU S A M O RT I S
5. A R R E M ATA Ç Ã O