Você está na página 1de 5

EXCELENTÍSSIMO SR. DR.

JUIZ DA 12ª VARA DO TRABALHO DE RIO DE


JANEIRO - RJ

Processo nº 0000112-12.2023.5.01.0000

EUCLIDES ESTRELA, já qualificado nos autos em epígrafe da


reclamação trabalhista que move em desfavor da empresa ROUPAS ÁRABES
NASSIFE LTDA., também já qualificado nos autos, vem respeitosamente,
perante Vossa Excelência por intermédio de seu procurador infra assinado, nos
termos do artigo 895, I da CLT, interpor RECURSO ORDINÁRIO, em face da R.
Sentença prolatada nos autos em epígrafe.

Informa-se que todos os pressupostos de admissibilidades forma


observados. Reclamante intimado da R. Sentença em xx/xx/xxxx, fim do prazo
em xx/xx/xxxx, recurso interposto em xx/xx/xxxx, sendo, portanto, tempestivo e
tendo V. Excelência deferido o benefício da justiça gratuita me favor do
reclamante não carece de preparo.

Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação


da parte contraria para, querendo, apresentar contrarrazões, e após seja o
presente recurso remetido ao Egrégio Tribunal do Trabalho da 12ª Região.

Nestes termos, pede e espera deferimento,

Rio de Janeiro, xx de xxxxxxx de 2023.

Advogado
OAB
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

Recorrente: xxxxxxxxxxx
Recorrido: xxxxxxxxxxxxx

RAZÕES DO RECURSO ORDIÁRIO

Processo nº: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Eméritos julgadores,

Nos autos do processo em epígrafe foi prolatada a R. Sentença que julgou


improcedentes os pedidos autorais, porém a R. Sentença não merece ser
mantida pelas razões, que passa a expor:

I- DOS FATOS

O reclamante alegou que iniciou o processo seletivo em 30/12/2022 para


a função de auxiliar de almoxarifado na tenra empresa. Alegou que,
durante a fase de recrutamento, teve que comparecer ao estabelecimento
da empresa por cinco vezes, para apresentação, teste, entrevistas,
entrega de documentos e ambientação. Após a confirmação de sua
contratação, a empresa determinou ao candidato que fossem realizados
trâmites necessários para a efetivação do preenchimento da vagam tais
como exame admissional e abertura de conta bancária para receber o
salário. No entanto, após todos esses procedimentos, o profissional foi
informado que não poderia ser contratado em razão de sua altura.
Encerrou-se, assim, a instrução processual.

Tentativas de conciliação frustradas.

Prolatada a sentença.

Em síntese, são os fatos.


II – PRELIMINAR – CONFISSÃO

A empregadora, em sua defesa, admitiu que o profissional foi aprovado


no processo seletivo e que foi entregue a ele a documentação pertinente para a
contratação. No entanto, alegou que o candidato aprovado não compareceu à
empresa para inicias suas atividades laborais. A empresa negou a rejeição por
conta da altura.

III- DA REFORMA DA SENTENÇA

Há nos autos provas documentais claras e evidentes de ser incontroversa


a contratação, evidenciada por emissão do documento pela Reclamada de
solicitação de abertura de conta-corrente, na qual consta inclusive a data de
admissão e o valor do salário.
Além disso, uma testemunha foi ouvida nos autos e relatou que o
coordenador do setor de RH teria dito que o profissional ‘’no almoxarifado não
poderia trabalhar, pois era alto e o teto era baixo, para evitar acidentes de
trabalho’’.
Os argumentos do outra parte não merecem prosperar pois a atitude da
empresa foi lesionou completamente o autor em sua persona e caracterizou justa
má-fé por parte da empresa.
Senão vejamos:

• TST

Tratamento desrespeitoso e abusivo durante o expediente – assédio


e dano moral
"(...) O Tribunal Regional excluiu a indenização por dano morais sob o
fundamento de que o tratamento desrespeitoso dispensado pela supervisora
somente se reporta a um fato específico. Ocorre que o teor do acórdão recorrido
demonstra fatos contrários à conclusão do julgado. Constata-se que tanto a
instrução processual quanto a prova testemunhal comprovam
robustamente o tratamento abusivo por parte da supervisora
do trabalhador. Extrai-se da decisão o tratamento hostil e impróprio
apresentado pela supervisora, que extrapolava os limites da razoabilidade,
aproveitando-se da sua condição de superior hierárquica. A prova
testemunhal corrobora os argumentos apresentados pelo reclamante,
explicitando a conduta ilícita da superiora, que consistia no tratamento
desrespeitoso, vexatório e abusivo aos empregados, de forma reiterada.
Além das agressões verbais dirigidas diretamente ao empregado, extrai-se
ainda que a supervisora empreendia ofensas ao seu cônjuge, o que
extrapola os limites do poder diretivo do empregador. Diante do quadro, é
incontestável a violação aos valores protegidos no art. 5º, X, da CF/1988 (honra,
imagem e dignidade), sendo desnecessária a comprovação explícita de sua
ocorrência, por se tratar de dano in re ipsa (...)." (grifamos) RRAg-391-
74.2016.5.21.0004

IV- DOS PEDIDOS

Diante dos exposto, requer o conhecimento e provimento do presente


recurso para:
1) Reformar a R. Sentença nos termos da fundamentação;
a) Deferir a lesão à honra do reclamante;
b) Deferir a contratação imediata do reclamante.
2) Condenar a reclamada aos honorários de sucumbência em favor do
advogado do reclamante;
3) Que seja comprovada a lesão ao direito da personalidade do reclamante
e a má fé da empresa empregadora.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Rio de Janeiro, XX de XXXXX de 2023.


Advogada
OAB

Você também pode gostar