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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 3ª VARA DO

TRABALHO DE MACEIÓ.

Processo nº 0000557-32.2017.5.19.0003

EDNALDO PEDRO PEREIRA, já qualificado nos autos


do processo, vem a Vossa Excelência, com fulcro no Art. 329, inc. II apresentar

MANIFESTAÇÃO SOBRE
DEFESA/DOCUMENTOS

em face de MVC COMPONENTES PLÁSTICOS LTDA


(MVC SOLUÇÕES EM PLÁSTICOS), igualmente qualificada, pelos motivos a
seguir expostos.

I - PRELIMINAR DE INÉPCIA DA INICIAL ARGUIDA:

A preliminar indigitada, seguindo a jurisprudência


prevalente nas Cortes Laborais, não deve prosperar, uma vez que a inépcia das
petições iniciais trabalhistas não deve ser analisada sob o prisma rigoroso do
processo civil comum, tendo em conta não apenas os princípios da simplicidade e
do informalismo que animam o processo especializado, mas, sobretudo, a própria
possibilidade de exercício do “jus postulandi” no âmbito da Justiça do Trabalho
(CLT, art. 791).

Por oportuno, pontue-se ainda que a reclamada aponta


que quantos aos PEDIDOS estes não devem ser apreciados pelo juízo uma vez
que, segundo a requerida, estes são “infundados”.

Pois bem, conforme se infere pelo ADITAMENTO


promovido pelo reclamante, tais pedidos (em face de erro material), foram
devidamente corrigidos, sem que, existisse impugnação especifica da reclamada
acerca dos mesmos.

Desta forma, improcede a sobredita preliminar arguida.

I - PRELIMINAR DE LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ arguida:

É consabido que o instituto da litigância de má-fé, além


da natureza indenizatória quanto aos danos sofridos pela parte contrária, possui
também a natureza de sanção em relação à conduta do improbus litigator, por
revelar um desvio inaceitável, com uso de ardis e meios artificiosos para conseguir
objetivos não defensáveis legalmente e com a intenção de causar prejuízo ou dano
à parte adversa.

Ora, Celso Agrícola Barbi, em seus comentários ao


CPC, invocando a argúcia de Liebman, ressalta que o processo civil, porque
estruturado no princípio do contraditório e admitindo a verdade formal, é
essencialmente refratário a uma rigorosa disciplina do comportamento das partes.

Nessa contextura, inexistindo prova robusta de dolo ou


fraude, não há que se falar que o autor teria “alterado a verdade dos fatos”.

De tudo se permite concluir que, embora não


comprovada a tese exordial, o trabalhador limitou-se a exercer seu direito de ação,
traduzido no acesso à justiça e no devido processo legal, garantias constitucionais
asseguradas a todos os jurisdicionados.

Desta forma, também improcede a sobredita preliminar


arguida.

DA ADMISSÃO E DEMISSÃO
O reclamado em sua defesa nega o vínculo
empregatício havido com o reclamante.

A reclamatória em comento, contrariamente ao que


tenta induzir ao erro este juízo, não guarda nenhuma relação com o filho do
reclamante, haja vista que, são duas situações absolutamente distintas.

O filho do autor, laborou de fato para a reclamada no


período consignado na exordial, contudo, o reclamante, contrariamente ao que
tenta fazer crer a reclamada, laborou clandestinamente para a reclamada,
inicialmente como pessoa física, e, logo após, como pessoa jurídica (pejotização).

DOS PEDIDOS

Pelo exposto requer se digne Vossa Excelência


receber a presente impugnação a fim de julgar totalmente procedente a presente
ação, com ratificação dos pedidos contidos na inicial.

Respeitosamente, pede deferimento.

Maceió/AL, 21 de junho de 2017.

Alexandre Ayres Câncio


OAB/AL nº 5.225

Julius César Lopes V. Santos


OAB/AL nº 6.969

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