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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 3ª VARA DO TRABALHO DE

OSASCO, ESTADO DE SÃO PAULO.

Processo n° 1001050-77.2023.5.02.0383

ZATZ EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES


LTDA., já qualificada, por seus advogados infra-assinados, nos autos em destaque, referentes à
Reclamação Trabalhista, movida por RAICE GABRIELA RODRIGUES DA SILVA, não
se conformando, data máxima vênia, com as r. Sentença de Id. 824709e, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 895, inciso I, da CLT, consoante as
razões anexadas, interpor tempestivamente o presente:

RECURSO ORDINÁRIO

devendo, após as formalidades legais, com as guias do depósito recursal e das custas processuais
devidamente recolhidas, ser os autos remetidos ao E. Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.

I. DO DEPÓSITO RECURSAL E DAS CUSTAS PROCESSUAIS

II. DA ADMISSIBILIDADE

1
Quanto ao depósito recursal, o presente recurso merece ser
recebido, pois o depósito recursal está garantido por seguro garantia, conforme Ato Conjunto
CGJT Nº 1, de 16 de outubro de 2019 e art. 899, § 11º, da CLT.

Ou seja, na simples leitura do artigo 899, § 11º, da


Consolidação das Leis Trabalhista, conclui-se que o deposito recursal poderá ser substituído por
fiança bancária ou seguro garantia judicial.

Cabe frisar quanto à natureza de garantia de depósito


recursal, que enquanto o processo não transitar em julgado, a quantia depositada não pode ser
sacada pela reclamante ou pela reclamada.

Destarte, a Recorrida requer a juntada de apólice, bem como


de guia GRU a qual comprova o recolhimento das custas processuais.

Sendo assim, presentes os requisitos de admissibilidade do


Recurso Ordinário ora interposto, requer-se seu regular processamento e encaminhamento ao
Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, para os devidos fins de direito.

Termos em que,

P. DEFERIMENTO.

Jundiaí-SP, 10 de novembro de 2023.

Eduardo Soares Lacerda Neme Fernanda dos Santos Mello

OAB/SP n° 167.967 OAB/SP nº 247.674

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RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

Recorrente: Zatz Empreendimentos e Participações Ltda.

Recorrido: Raice Gabriela Rodrigues da Silva

Origem: 3ª Vara do Trabalho de Osasco

Processo n° 1001050-77.2023.5.02.0383

EGRÉGIO TRIBUNAL

COLENDA TURMA

DOUTOS JULGADORES

De início, registre-se que, como se verá nas razões recursais,


a MM. Juíza “a quo” simplesmente ignorou o conjunto probatório ao proferir a r. Sentença,
uma vez que sem a correta análise dos depoimentos e documentos carreados aos autos.

Referido decisum, portanto, não há de prosperar, eis que não


condiz com a realidade dos fatos, conforme passaremos a expor:

I. DA TEMPESTIVIDADE

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A r. Sentença, ora recorrida, foi publicada na data de 31 de
outubro de 2023.

Desse modo, o prazo de 8 (oito) dias para interpor o Recurso


Ordinário iniciou-se em 06 de novembro de 2023 e se encerrará em 16 de novembro de 2023.

Portanto, tempestivo o presente Recurso Ordinário.

II. DO RESUMO DOS AUTOS

A Recorrida propôs Reclamação Trabalhista, pleiteando a


nulidade do contrato de prestação de serviços com o consequente reconhecimento do vínculo
empregatício, anotação da CTPS, verbas rescisórias, férias + 1/3, 13º salários, depósitos de FGTS
+ multa de 40%, seguro desemprego, multas dos artigos 467 e 477 da CLT, recolhimento das
contribuições previdenciárias e danos morais.

O r. Juízo Monocrático, rejeitou as provas de ausência dos


requisitos da relação de emprego, e a condenou essa Recorrente ao pagamento dos direitos
pleiteados pela ora Recorrida, durante todo o período do contrato de prestação de serviço.

Dessa forma, a ação fora julgada parcialmente procedente


pela MM. Juíza a quo, sendo deferido o reconhecimento de fraude e a nulidade do contrato de
prestação de serviços, reconhecimento do vínculo de emprego no período de 16/08/2021 a
27/04/2023, anotação da CTPS, pagamento das verbas contratuais e rescisórias, FGTS + multa
de 40%, multa do artigo 477 da CLT, adicional de horas extras e reflexos, justiça gratuita e
honorários advocatícios.

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Mas, em que pesem os judiciosos critérios estabelecidos pelo
Juízo de Primeira Instância, a r. Sentença merece reforma, posto que inteiramente divorciada dos
preceitos legais, senão vejamos.

III. DO MÉRITO

III.1. DA VALIDADE DO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E


AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.
onde está a FIS
Não tem especificação


se .

- &
Zentro 20
processo
O MM Juízo de Origem condenou esta Recorrente ao
pagamento dos direitos decorrentes da relação de emprego, sob o fundamento de que os requisitos
caracterizadores do vínculo de emprego estavam presentes.

Contudo, merece reforma a decisão, posto que, restou


devidamente comprovado nos autos que a Recorrida nunca foi empregada da Recorrente, restando
demonstrado a inexistência de subordinação jurídica e habitualidade o que, por si só, já deveria
acarretar a improcedência do pedido.

onde
Conforme se verifica nos autos de origem, a Recorrida
formalizou com a Recorrente, contrato de prestação de serviços, sendo a empresa da Recorrida
era responsável por entregar a essa Recorrente serviços de assessoria em segurança do trabalho.

-porque não foi men conada a questão na


Tal contratação restou devidamente comprovada por
metragem


contrato de prestação de serviços, firmado pelas partes, o qual perdurou por um ano e oito meses,
como segue:

Disposta no proprio contrato


-
esta
que 5
Ademais, restou devidamente provado através da oitiva das
testemunhas que a Recorrida nunca foi empregada da Recorrente, eis que não restaram
demonstrados os requisitos da relação de emprego.

A própria juíza “a quo” reconhece no decisório, que para que


exista a caracterização do vínculo do empregatício, devem estar, concomitantemente presentes, os
seguintes requisitos: onerosidade, habitualidade, pessoalidade e subordinação.

↳ Por que não foi anexado a confissão


que consta
6
La Redamante
-

no Linkedin ?
Por que foram
não exauridos todos
o meios

Se
argumentarão que tinha a

alcance o Centro processo e por simples pesquisa?


Assim, com base em tal entendimento verifica-se que a
sentença merece reparo, eis que a Recorrida não provou tais requisitos. Ausentes, portanto, um ou
mais requisitos, não há que se falar em relação de emprego.

No tocante a onerosidade, considerada pela Nobre


Magistrada, frise-se que a Recorrida emitia mensalmente as notas fiscais porque foi pactuado
entre as partes, que pagamento ocorreria de forma parcelada, assim vejamos:

No caso em apreço claramente ocorreu uma associação de


vontades, tanto da Recorrente como da Recorrida, para ambas firmarem ao longo dos meses
contrato de prestação de serviço, com benefícios financeiros recíprocos.

E mais! Vê-se que a relação perdurou por vários meses, sem


que qualquer reclamação por parte da Recorrida.

7
firke

Prova
e
oncurso que participou
Durante
-

o contrato Le
prestaco
-

Destarte, não é aceitável o argumento de configuração do


requisito onerosidade, por ter a Recorrente combinado com a Recorrida que os pagamentos
seriam realizados de maneira parcelada. Assim cai por terra o requisito da onerosidade.

Também não é admissível a fundamentação constante do


decisório de primeiro grau, o qual considera que a Recorrida sempre trabalhou com habitualidade
e subordinação carecendo o mesmo de reforma. Assim vejamos:

Restou provado nos autos que a Reclamante tinha total


liberdade para escolher os dias que compareceria na obra da empresa Reclamada, vez que,
conforme já elucidado não tinha qualquer relação de subordinação. Assim segue trechos do
depoimento das testemunhas da Recorrente os quais confirmam a inexistência de tais requisitos:

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Frise-se que não existia e subordinação, já que a própria
recorrida admite em seu depoimento pessoal que no final do ano de 2022 a empresa entrou em
recesso, precisamente no período de 24 de dezembro de 2022 a 02 de janeiro de 2023, sendo que
a Reclamante somente retornou a atividades bem depois desse período em 06 de janeiro de 2023,
haja vista que estava viajando. Nesse sentido é o depoimento pessoal das testemunhas da Recorrida
Sr. Mauro e Sr. Alexandre:

Verifica-se ainda, pelo áudio (Id. ----) enviado pela Recorrida


ao coordenador da segurança, que ela apenas informa o seu atraso para o retorno as atividades, o
que demonstra cabalmente que ela não era subordinada.

É evidente que qualquer trabalhador que tenha vínculo


empregatício possa se utilizar dessas benesses.

Logo, restou evidente pelas provas produzidas que a


presença da Recorrida nas dependências da Recorrente era livre e o horário de permanência e
prestação dos serviços era determinado por ela própria, uma vez que a empresa Reclamada não
tinha qualquer gerência quanto a sua jornada de trabalho, desde que a Recorrida prestasse seus
serviços nos horários de funcionamento da obra, conforme bem pontuado nos depoimentos.

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Em que pese, o brilhantismo da R. Decisão, ainda é
importante ressaltar que a Recorrida afirma em seu depoimento que compensou os dias de
afastamento do período de do recesso, no entanto a Recorrida não produziu qualquer prova
referente a ocorrência ou obrigatoriedade da referida compensação.

Impera elucidar que durante todos esses meses de prestação


de serviços nunca houve qualquer solicitação da Recorrida para que a Recorrente anotasse sua
CTPS, sendo resguardada a Recorrida total autonomia e inexistência de exclusividade, não
havendo, assim, qualquer ingerência da Recorrente sobre a forma e o modo da prestação de
serviços, restando, portanto, afastada existência de subordinação e habitualidade, além dos demais
requisitos da relação empregatícia.

Como já demonstrado, por meio da documentação anexada


nos autos de origem e da oitiva das testemunhas, não há ainda que se falar em pessoalidade já que
possuía livre autonomia para cumprir sua agenda pessoal e até mesmo firmar contratos com outras
empresas.

Ora Nobre Julgadores, não podemos deixar passar


despercebido a evidente má-fé da ora Recorrida, que em um primeiro momento aceitou o trabalho
em todos os seus termos e se beneficiou de todas as benesses durante toda a prestação de serviço.

Sendo que, após a rescisão do contrato de prestação, por


parte da ora Recorrente, agora quer a Recorrida alegar a nulidade do contrato e o reconhecimento
do vínculo empregatício.

Ademais, é ainda importante ressaltar que a Recorrida é


detentora de nível educacional elevado e tinha a plena consciência dos termos da prestação dos
serviços mediante empresa própria.

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No presente caso, não se trata de um indivíduo trabalhar a
qualquer custo, em qualquer emprego, aceitando qualquer situação vexatória ou ilegal que se
imponha. Ao contrário! Se trata de uma relação existente entre pessoa física capaz, formada e
que assinou, por livre e espontânea vontade o contrato de prestação de serviços.

Evidente que a Recorrida tinha plena ciência de seus atos, e


agora quer socorrer-se ao judiciário na busca pela relação de emprego que atualmente lhe parece
mais benéfica.

E mais! Vê-se que a relação per2durou por mais de um


ano, sem que qualquer reclamação nesse sentido fosse realizada.

Caso inexistisse tal benefício recíproco, com a absoluta


certeza a vontade de quaisquer das partes envolvidas obstaculizaria o negócio em questão.

E ainda, conforme jurisprudência atual, bem como a


legislação vigente, o vínculo de emprego só pode ser reconhecido quando caracterizada a fraude
da relação já existente somada ao preenchimento dos requisitos do art. 2º e 3º da CLT. Assim
segue o julgamento:

RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE.


RECONHECIMENTO DE VÍNCULO DE EMPREGO.
SÓCIO DA PESSOA JURÍDICA CONTRATADA.
PEJOTIZAÇÃO NÃO CARACTERIZADA. no caso
presente, a reclamada desincumbiu-se satisfatoriamente do seu ônus de
provar que a sistemática contratual adotada era de mera prestação de
serviço por parte de pessoa jurídica, cujo sócio era o reclamante,
afastando, assim, os elementos caracterizadores da relação de emprego
elencados no art. 3º da CLT. Ademais, em nenhum momento
vislumbrou-se a ocorrência de qualquer vício de consentimento na

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criação da pessoa jurídica para o fim de prestar serviços nas
dependências da reclamada. Indevidas, portanto, as verbas pleiteadas
na inicial. TERCEIRIZAÇÃO DA ATIVIDADE FIM.
Segundo dispõe a antiga redação do art. 4º-A, da Lei nº 6.019/74,
a "Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de
direito privado destinada a prestar à contratante serviços determinados
e específicos" (g.n.), o que se amolda perfeitamente ao caso presente.
Logo, não há que se falar em aplicação do disposto no item III da
súmula 331/TST. Recurso Ordinário conhecido e não provido.(TRT-
11 - RO: 00013518820165110010, Relator: MARCIA
NUNES D2A SILVA BESSA, Data de Julgamento:
17/06/2019, 2ª Turma, Data de Publicação: 19/06/2019)

Destarte, alegado pela Recorrida a prestação de serviços


assalariada, competia a ele o encargo de demonstrar a existência do vínculo empregatício com a
parte ré, segundo o disposto no artigo 818, da CLT e 373, I, do CPC/2015, ônus do qual não se
desvencilhou a contento.

Desta forma, observando que não existem os elementos que


justifiquem o deferimento da pretensão, já que não demonstrados concomitantemente os
requisitos do artigo 3º da CLT, requer a empresa Recorrente pela reforma do julgado que a
condenou ao reconhecimento do vínculo empregatício. E, uma vez indevidos os principais, os
acessórios seguem a mesma sorte (accessorium sequitur principale).

III.2. DA ANOTAÇÃO DA CTPS

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O MM. Juízo monocrático acolheu o pedido do autor para
que fosse assinada a sua CTPS para constar sua data de admissão em 16/08/2021 e data de
demissão em 30/05/2023, contudo, a r. sentença proferida merece reforma, uma vez que a
Recorrida nunca fora empregada da empresa Reclamada, sendo que não trouxe aos autos qualquer
documento que comprovasse robustamente o alegado vínculo empregatício.

Ademais, como já demonstrado no tópico acima, a alegação


de vínculo empregatício está eivada de vícios e má-fé, já que a Recorrida por quase dois anos se
beneficiou do contrato de prestação de serviços. Sendo que, somente após o seu desligamento,
por parte da Recorrente, a Recorrida queira pleitear os seus alegados direitos, já que agora é o que
lhe convém.

Outrossim, o ônus da prova quanto a existência de vínculo


empregatício competia a Reclamante, ora Recorrida, sendo que este não se desincumbiu do seu
ônus e nem se desvencilhou.

Destarte, o MM. Juiz a quo não poderia simplesmente acolher


o pedido de vínculo empregatício, principalmente quando sua sentença foi integralmente
fundamentada em alegações da testemunha Sra. Maria Rosângela, a qual se configura como
suspeita, uma vez que possui amizade íntima com a ora Recorrida e que além disso, possui interesse
direto na ação, já que também está processando a empresa ora Recorrente.

A testemunha se torna ainda mais suspeita, quando


analisamos o fato de estarem representadas pelo mesmo advogado, sendo instruídas a agirem de
má-fé no intuito de se beneficiarem dos reflexos que o reconhecimento do vínculo empregatício
ensejará.

Contudo, estranhamente, a r. Sentença reconheceu o vínculo


empregatício e ainda determinou a averbação na CTPS, decisão está que não merece prosperar, já
que está eivada de vícios, contradições e a má-fé da ora Recorrida, seu patrono e a testemunha Sra.
Maria Rosangela, que possui interesse direito no provimento dessa ação.

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Desta forma, observando que não existem os elementos que
justifiquem o deferimento da pretensão, requer reforma do julgado que condenou a anotação da
CTPS da Recorrida. E, uma vez inde8vidos os principais, os acessórios seguem a mesma sorte
(accessorium sequitur principale).

III.3. DA CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE VERBAS CONTRATUAIS E


RESCISÓRIAS8

O Juízo de primeiro grau, condenou a ora Recorrida ao


pagamento das verbas contratuais e rescisórias em decorrência do reconhecimento de vínculo de
emprego.

Ocorre que, como já demonstrado, a r. sentença merece


reforma, uma vez que NUNCA houve vínculo empregatício entre as partes, tratando-se apenas
de prestação de serviços.

Portanto, uma vez indevida a obrigação principal, os


acessórios seguem a mesma sorte (acessorium sequitur principale). Indevidos, pois, a condenação aos
pagamentos de verbas contratuais e rescisórias.

Outrossim, a reanálise da matéria é medida que se impõe, já


que a ora Recorrida manipulou a verdade na intenção de obter a decisão a seu favor.

Sendo assim, nenhuma verba rescisória e contratual é devida


a ora Recorrida, merecendo reforma a r. sentença de primeiro grau.

III.4. DA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT

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O r. juízo de origem condenou a Recorrente ao pagamento
de multa do artigo 477 da CLT, tendo em vista o reconhecimento do vínculo empregatício.

Contudo, por tudo que já se demonstrou a r. sentença merece


reforma, uma vez que inexistente qualquer elemento da relação de emprego.

Portanto, não havendo que se falar em vínculo empregatício,


não pode haver a aplicação da multa do artigo 477 da CLT, merecendo a reforma do julgado. E,
uma vez indevidos os principais, os acessórios seguem a mesma sorte (accessorium sequitur
principale).

III.5. DO ADICIONAL DE HORAS EXTRAS E REFLEXOS

O MM. Juízo a quo, condenou ainda, a ora Recorrente, ao


pagamento do adicional de horas extras e reflexos.

Contudo, merece reforma a r. sentença, uma vez que não há


que se falar em pagamento de horas extras, já que não houve qualquer relação empregatícia entre
as partes.

Outrossim, ainda que não seja esse o entendimento dessa C.


Turma, restou evidente nos autos e por meio das testemunhas, que os horários de trabalho
descritos pela ora Recorrida, não correspondem com a realidade dos fatos, haja vista que NÃO há
labor nas obras desta Recorrente após às 17h00 de segunda a quinta feira e após as 16h00 nas
sextas feiras, sendo que também não há labor aos sábados, domingos e f8eriados.

Ficando evidente, mais uma vez, a má-fé da Recorrida, já que


tenta insinuar horários que não correspondem à realidade fática nem para os empregados,
tampouco para os prestadores de serviços os quais não possuem controle de jornada.
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Portanto, Nobres Julgadores, por tudo o que dos autos
consta, ou seja, dos documentos acostados e do depoimento colhido, resta evidente que o
Recorrida NUNCA realizou qualquer tipo de hora extra.

Desta forma, a Recorrente requer a reforma do julgado que


condenou ao pagamento do adicional de horas extras. E, uma vez indevidos os principais, os
acessórios seguem a mesma sorte (accessorium sequitur principale).

IV- DA CONCLUSÃO

Pelo exposto, confiantes no elevado grau de sabedoria que


norteia as decisões desse Egrégio Tribunal, requer-se o recebimento, processamento e
conhecimento do presente Recurso Ordinário, para que sejam providas as razões aduzidas, com a
finalidade de reforma in totum do r. decisum, como medida da mais lídima, costumeira e salutar
Justiça!

Jundiaí-SP, 10 de novembro de 2023.

Eduardo Soares Lacerda Neme Fernanda dos Santos Mello

OAB/SP n° 167.967 OAB/SP nº 247.674

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