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O artigo 189, inciso III do Código de Processo Civil estabelece que tramitam em segredo de
justiça os processos em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade,
sendo que as informações sobre a saúde dos pacientes e a assistência médica por ele recebida se
caracterizam como informações da vida privada.
“Responsabilidade Civil Autarquia Dano Moral Requisição judicial e oferecimento, pelo hospital
acionado, de prontuário médico da paciente, em sede de ação penal Remessa do prontuário médico-
TJSP
Apelação 9104995-09.2003.8.26.0000
psiquiátrico na sua integralidade. com informações pertinentes à vida intima e pessoal da paciente Relator José Santana –
8ª Câmara de Direito Público
Decretação, pelo juízo, do segredo de justiça em razão da vinda dessa documentação Ausência de Julgamento: 04/03/2009
nexo entre a conduta do hospital e o sofrimento moral que a autora diz ter experimentado Ação
improcedente. Recurso improvido”.
Ademais, o artigo 79 do Código de Ética Médica também impõe ao médico e as empresas que
atuam no setor de assistência médica o dever de guardar sigilo profissional na cobrança de
honorários por meio judicial ou extrajudicial.
Em razão do valor da causa, bem como, da ausência de demonstração pelo réu de pagamento da
conta médica e hospitalar, nos termos do artigo 319, inciso VII do Código de Processo Civil,
informa o autor que não opta pela designação de audiência de conciliação.
III. Da Prestação de Serviços Hospitalar
Em 20/06/2018, o réu Josias, deu entrada ao pronto socorro do hospital com dor de dente que
seguia há dias, seguida de tremores e calafrios no corpo. Após receber os primeiros
atendimentos, o paciente precisou ser encaminhado a UTI, por suspeita dos médicos de um
possível abscesso dentário.
Ao contatar o convênio do paciente, ficou claro que não seria coberto o valor de internação na
UTI por exclusão contratual de doença declarada. Sendo assim, o convenio se pôs a disposição
de transferir o paciente até o SUS, porém os réus recusaram a proposta e seguiram com a
internação de forma particular.
Notas Fiscais não adimplidas por nenhum dos réus, Jhonny e sua mãe Greice.
7.1 Não sendo o paciente associado de empresa de convênio médico, as obrigações contraídas
na forma deste instrumento serão consideradas de caráter rigorosamente particular e serão
pagas integralmente pelo RESPONSÁVEL.
7.2 O RESPONSÁVEL declara assumir neste ato e em caráter principal e solidário com o
próprio paciente a obrigação de pagar todas as despesas decorrentes do atendimento prestado
nos termos deste instrumento, autorizando o HOSPITALIS a promover os atos necessários
para recebimento dos valores que forem apurados, inclusive com emissão de boletos e
duplicatas de prestação de serviços.”
7.10 Ocorrendo a hipótese de falta de pagamento na forma ajustada nesta cláusula, incidirá
multa de 2% (dois por cento) sobre a quantia total vencida, mais juros de mora a razão de 1%
(um por cento) ao mês, correção monetária segundo os índices oficiais que vem sendo
adotados pelo Poder Judiciário do Estado de São Paulo, e em caso de procedimento judicial,
serão acrescidas as custas processuais e honorários advocatícios de 20% (vinte por cento)
sobre o valor total do débito.”
Assim, requer que sejam os réus condenados ao pagamento de R$77.272,54 (setenta e sete mil,
duzentos e setenta e dois reais e cinquenta e quatro centavos), conforme demonstrativo de
débito atualizado até novembro de 2022, devendo os encargos incidirem até a data do efetivo
pagamento.
DEMONSTRATIVO DE DÉBITO:
TOTAL R$ 77.272,54
V. Do Pedido
Pelo exposto, comprovada a existência de contrato firmado entre as partes, a efetiva prestação de
serviço, e a ausência de pagamento, requer a V. Excelência:
a) A citação dos réus, por Correio, para que apresentem defesa no prazo legal, sob
pena de revelia e presunção de veracidade sobre a matéria de fato;
Dá-se à causa o valor de R$77.272,54 (setenta e sete mil, duzentos e setenta e dois reais e
cinquenta e quatro centavos).