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Profª Me.

Tailanne Pecorelli– DIREITO DO CONSUMIDOR

RESPONSABILIDADE CIVIL – FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO

- Fundamentos: conduta (comissiva ou omissiva quando há o dever de agir), nexo de causalidade e dano.

*Fato social e fato jurídico – dever jurídico originário e sucessivo

- Responsabilidade civil derivada, legal ou extracontratual x responsabilidade civil contratual

- Culpa (Responsabilidade civil subjetiva) x Risco (Responsabilidade civil objetiva)

- Nexo de causalidade: Condição (podem ser diversas) x causa (causa suplementar) x concausa (causa complementar)

- Risco do empreendimento (admite excludentes do nexo de causalidade, CDC. Ex.: seguro de vida) x risco integral (não
exclui o nexo se há conduta + dano com possibilidade ex.: DPVAT e benefício do INSS por acidente de trabalho).

- Defeito do produto (dano de grandes proporções – acidente de consumo - extrínseco) x Vício do produto (intrínseco
ao produto – mau ou não funcionamento).

 FATO DO PRODUTO E DO PRODUTO E DO SERVIÇO (arts. 12 a 17 CDC)

- Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem,


independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou
acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e
riscos.

- Circunstâncias relevantes para apuração do defeito do produto e do serviço (Art. 12, § 1º e 14, § 1º):

1. Apresentação e modo de fornecimento

2. Uso ou resultado e riscos esperados

3. Momento

- Fato do produto: quando não há segurança ou informações insuficientes ou inadequadas sobre utilização e riscos na:

1. concepção (desenvolvimento, criação),

2. produção (maquinário),

3. distribuição (ou comercialização – ausência de informação adequada – dever de segurança).

- Risco inerente (que se espera – não gera indenização) x risco adquirido (decorre de um defeito no produto – violação
do dever de segurança).

- Risco do desenvolvimento: o fornecedor não responderá se surgir produto de melhor qualidade no mercado (§ 2º).

- Inversão do Ônus da prova ope legis (§ 3º.):

1. provar que não colocaram o produto no mercado,

2. embora haja colocado o defeito inexiste ou

3. culpa exclusiva do consumidor ou da vítima

- Ônus da prova ope judicis (vício do produto e teoria da aparência – ex.: Luísa Vitom)
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- Responsáveis pela reparação* (art.12): real (fabricante, produtor e construtor), presumido (importador) e aparente
(comerciante – art. 13)

– art. 13: Comerciante só responde quando:

1. os demais não puderem ser identificados,

2. produto sem identificação clara do fabricante e

3. não conservação adequada [responsabilidade por fiscalização ou não?].

- Direito de regresso conforme participação no evento danoso (art. 13, § único).

*Quando for fornecedor internacional pode haver mitigação da responsabilidade solidária em virtude do direito básico
da facilitação da defesa do consumidor.

- Solidariedade, via de regra, aplica-se ao fornecedor real e presumido.

- Não cabe intervenção de terceiros no Juizado, nomeação à autoria é permitida quando provada ilegitimidade do réu.

- Admite-se litisconsórcio passivo.

 Fato do serviço:

- Quando a prestação de serviço for defeituosa ou por informações insuficientes ou inadequadas sobre utilização e
riscos.

- não há distinção dos fornecedores.

- Não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas (art. 14, § 2º).

- Há inversão da prova ope legis quando (§ 3º):

1. tendo prestado o serviço o defeito inexiste ou

2.culpa exclusiva da vítima

- Responsabilidade do profissional liberal (§4º): subjetiva (culpa) – obrigação de resultado (cirurgião plástico culpa
presumida com inversão do ônus) x obrigação de meio (advogado)

- Consumidor por equiparação (art. 17)

- Prazo prescricional CDC (art. 27) x Prazo prescricional CC (art. 206)

- Unificação de prazo contratual - STJ: 10 anos

- Contagem: do momento do dano

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