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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE - UNIVILLE

CURSO DE DIREITO
DIREITO DO TRABALHO I

UNIDADE 4
Remuneração

Profa. Ms. Janaína Silveira Soares Madeira


janaina.madeira@univille.br
janaina@holzmadeira.com.br
(47) 9 9923-6497

2022
NATUREZA SALARIAL
SALÁRIO IN NATURA. CARACTERIZAÇÃO. A parcela in natura, concedida como parte do
salário, ou seja, como contraprestação ao labor realizado, possui natureza salarial e deve ser
integrada à remuneração do empregado (TRT12 - RO - 0001223-30.2014.5.12.0004 , Rel.
GRACIO RICARDO BARBOZA PETRONE , 4ª Câmara , Data de Assinatura: 25/06/2018).

→ Não são consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo


empregador (art. 458, §2º da CLT):
* vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de
trabalho, para a prestação do serviço;
* educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos
a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
* transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por
transporte público;
* assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde,
inclusive o reembolso de despesas;
* seguros de vida e de acidentes pessoais;
* previdência privada;
* vale-cultura;
* habitação (até 25% do salário-contratual);
* Alimentação (até 20% do salário-contratual).
SALÁRIO - Art. 458 CLT

→ É a prestação fornecida diretamente ao trabalhador pelo empregador em decorrência do


contrato de trabalho, seja em razão da contraprestação do trabalho, da disponibilidade do
trabalhador, das interrupções contratuais ou demais hipóteses previstas em lei (Sérgio
Pinto Martins).

SALÁRIO EXTRAFOLHA. ÔNUS DA PROVA. O ônus da prova do pagamento de


salário extrafolha é do empregado, por tratar-se do fato constitutivo do seu direito (art.
818, I, da CLT e art. 373, I, do CPC) (TRT12 - ROT - 0000447-22.2019.5.12.0047, Rel.
Nivaldo Stankiewicz, 3ª Câmara, Data de Assinatura: 01/10/2020).

SALÁRIO EXTRAFOLHA. PROVAS INDIRETAS. A prova do pagamento de salário


extrafolha incumbe ao empregado, ao qual cabe demonstrar o fato constitutivo de seu
direito, a propósito do que dispõem os arts. 818 da CLT e 373, I, do CPC. Contudo, o
direito não pode ignorar a realidade de que o empregador despenderá enorme esforço
para não deixar rastros da ilicitude, daí se impondo ao juiz que considere as provas
indiretas, sob pena de incentivar a prática do ilícito. A exigência de prova robusta e
irrefutável, salvo raras exceções, torna impossível a demonstração e favorece o ilícito
(TRT12 - ROT - 0000858-43.2018.5.12.0001, Rel. Jose Ernesto Manzi, 3ª Câmara, Data
de Assinatura: 13/10/2020).
VESTUÁRIO E EQUIPAMENTOS
Art. 456-A, CLT - Cabe ao empregador definir o padrão de vestimenta no meio
ambiente laboral, sendo lícita a inclusão no uniforme de logomarcas da própria empresa
ou de empresas parceiras e de outros itens de identificação relacionados à atividade
desempenhada.
Parágrafo único. A higienização do uniforme é de responsabilidade do trabalhador,
salvo nas hipóteses em que forem necessários procedimentos ou produtos diferentes dos
utilizados para a higienização das vestimentas de uso comum.

UNIFORMES. RESSARCIMENTO. DIREITO DO EMPREGADO. Demonstrado nos


autos que a demandada exigia que os funcionários utilizassem calças e sapatos de cor
preta, evidenciando que os empregados estavam obrigados a adquirir tais objetos em
função da imposição da ré, ainda que essas mesmas peças pudessem também ser
utilizadas fora do ambiente do trabalho. Certo é que ao exigir o uso de vestuário com
características determinadas a reclamada objetivava estabelecer um uniforme, mas o
uniforme deve ser custeado pela reclamada pois sabido que o empregador é que deve
assumir o risco da atividade econômica (CLT, art. 2º). In casu, o autor tem jus ao
ressarcimento dos valores gastos com uniforme, cujo direito é também alicerçado nas
normas coletivas acostadas aos autos (TRT12 - ROT - 0001182-05.2017.5.12.0054 , Rel.
Wanderley Godoy Junio, 1ª Câmara, Data de Assinatura: 29/07/2019).
TROCA DE VESTUÁRIO. TEMPO À DISPOSIÇÃO DA EMPREGADORA. Tendo em
vista as exigências sanitárias inerentes à atividade econômica desenvolvida em
frigoríficos, a troca de vestuário dos trabalhadores é de interesse exclusivo da
empregadora, motivo pelo qual o tempo destinado a tal providência deve integrar a
jornada laboral, nos termos do art. 4° da CLT (TRT12 - RO - 0002239-
48.2017.5.12.0025, Rel. Irno Ilmar Resener, 6ª Câmara, Data de Assinatura: 27/08/2018).

COLOCAÇÃO/RETIRADA DE UNIFORME. TEMPO À DISPOSIÇÃO DO


EMPREGADOR. O tempo destinado à colocação e à retirada de uniforme como
obrigação imposta pelo empregador ou por norma de saúde pública deve ser
considerado como efetiva labuta, integrando a jornada de trabalho do empregado.
(TRT12 - RO - 0001523-45.2017.5.12.0017, Rel. Narbal Antonio De Mendonca Fileti, 1ª
Câmara, Data de Assinatura: 26/09/2018).

HORAS EXTRAS. MINUTOS DESTINADOS À TROCA DE UNIFORME. TEMPO À


DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. A troca de uniforme ocorre única e exclusivamente
em benefício da própria empresa, já que a higienização é necessária ao empreendimento
produtivo onde a autora exercia suas atividades. Como não pode deixar de ser, é
impossível que o empregado venha de casa já uniformizado, sendo impossível também
que retorne para sua casa dessa mesma forma. Assim, aplicável o entendimento
consolidado na Súmula nº 11 deste Regional (TRT12 - RO - 0001871-27.2016.5.12.0008,
Rel. Gracio Ricardo Barboza Petrone, 4ª Câmara, Data de Assinatura: 01/10/2018).
HIGIENIZAÇÃO DE VESTIMENTA UTILIZADA NO TRABALHO. AUSÊNCIA DE
PROVA DE GASTOS SUPERIORES AOS HABITUAIS. RESSARCIMENTO
INDEVIDO. TEMPO GASTO QUE NÃO DIFERE DAQUELE UTILIZADO PARA
HIGIENIZAR OUTRAS PEÇAS DE VESTUÁRIO. CÔMPUTO NA JORNADA DE
TRABALHO INDEVIDO. Não é devido o ressarcimento das despesas com a
higienização da vestimenta utilizada no trabalho se não houver prova de que exigem um
procedimento diferenciado e com custo mais elevado do que os gastos habituais com a
lavação de peças do vestuário pessoal. Da mesma forma, não se justifica o cômputo na
jornada de trabalho do tempo gasto pela trabalhadora em sua residência na
higienização do uniforme quando o processo não exigir cuidados adicionais ou
demandar tempo superior ao que é despendido para higienizar outras peças do vestuário
(TRT12 - ROT - 0001037-84.2017.5.12.0009, Rel. Gisele Pereira Alexandrino, 5ª
Câmara, Data de Assinatura: 06/06/2019).

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. USO DE UNIFORMES COM


LOGOMARCA. NÃO CONFIGURAÇÃO. A obrigatoriedade do uso do uniforme onde,
eventualmente, possam ser colocadas logomarcas de fornecedores ou parceiros da
demandada, não configura ato praticado com o fim de causar prejuízos aos empregados
e, sim, decorrência de mera prática de marketing, sem conotação pejorativa a ponto de
justificar compensação por constrangimentos, mormente quando sequer noticiados nos
depoimentos das testemunhas ouvidas a convite da parte autora (TRT12 - RO -
0000213-59.2017.5.12.0031, Rel. AMARILDO CARLOS DE LIMA, 3ª Câmara, Data
de Assinatura: 28/08/2018).
EDUCAÇÃO
INSTITUIÇÃO DE SUBSÍDIO PARA EDUCAÇÃO DE EMPREGADO
MEDIANTE NORMA INTERNA EMPRESARIAL. OBSERVÂNCIA POR
AMBOS OS CONTRAENTES A SEUS CRITÉRIOS. CASAN. Instituído
programa de concessão de subsídio para aprimoramento educacional dos
empregados, mediante normas internas específicas, os contraentes a elas
aderem obrigatoriamente. A não observância dos critérios por quaisquer das
partes, autoriza à outra a cobrança dos prejuízos sofridos. Tendo a empresa
efetuado o repasse do subsídio educacional e não tendo o empregado mantido o
contrato de trabalho no prazo mínimo estipulado, é lícito àquela a restituição
dos valores pagos (CLT, art. 444 da CLT) (TRT12 - Processo: 0000038-
26.2011.5.12.0015 - Juíza Maria De Lourdes Leiria - Publicado no TRTSC/DOE
em 10-10-2011).
VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA. Indevido o vale-transporte quando
a empresa demonstra que o empregado não atende aos requisitos legais para o
fornecimento do benefício ou que tenha renunciado expressamente a benesse.
Aplicação do entendimento contido na Súmula nº 460 do TST (TRT12 - RO -
0001094-76.2016.5.12.0029, Rel. ROBERTO LUIZ GUGLIELMETTO, 3ª
Câmara, Data de Assinatura: 04/10/2017).

VALE-TRANSPORTE. PAGAMENTO EM PECÚNIA. NATUREZA


INDENIZATÓRIA. A mera concessão do benefício em dinheiro não tem o
condão de transmudar a natureza jurídica do vale-transporte, que, por
disposição legal, é indenizatória (TRT12 - RO - 0001289-70.2016.5.12.0026 ,
Rel. GARIBALDI TADEU PEREIRA FERREIRA, 4ª Câmara, Data de
Assinatura: 28/05/2018).

*** O uso indevido do vale-transporte pelo trabalhador configura falta grave,


sendo admissível a dispensa por justa causa considerando-se, inclusive, a
reincidência da conduta, na forma do artigo 7º, parágrafo 3º do Decreto
95.247/87 e artigo 482, alínea a, da CLT.
→ Súmula 440, TST
AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. RECONHECIMENTO DO
DIREITO À MANUTENÇÃO DE PLANO DE SAÚDE OU DE ASSISTÊNCIA
MÉDICA. Assegura-se o direito à manutenção de plano de saúde ou de assistência
médica oferecido pela empresa ao empregado, não obstante suspenso o contrato de
trabalho em virtude de auxílio-doença acidentário ou de aposentadoria por invalidez.

PLANO DE SAÚDE. CANCELAMENTO DURANTE PERÍODO DE SUSPENSÃO


DO CONTRATO DE TRABALHO. AUXÍLIO-DOENÇA. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ. ILICITUDE. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA 440 DO EG.TST. Constitui
obrigação patronal a manutenção do plano de saúde durante o período de suspensão do
contrato de trabalho por fruição de benefício previdenciário ou aposentadoria por
invalidez, configurando dano moral a supressão da benesse, por ato unilateral patronal.
Tal premissa encontra amparo no entendimento pacificado pelo C. TST, por intermédio
da Súmula nº 440: "Assegura-se o direito à manutenção de plano de saúde ou de
assistência médica oferecido pela empresa ao empregado, não obstante suspenso o
contrato de trabalho em virtude de auxílio-doença acidentário ou de aposentadoria por
invalidez" (TRT12 - RO - 0001822-25.2017.5.12.0016, Rel. NIVALDO
STANKIEWICZ, 5ª Câmara, Data de Assinatura: 28/08/2018).
PLANO DE SAÚDE CANCELAMENTO DURANTE O AVISO PRÉVIO
INDENIZADO. DANOS MORAIS. Configura ato ilícito o cancelamento do plano de
saúde do qual aderiu o empregado, durante a vigência do contrato de trabalho
decorrente da projeção do aviso prévio indenizado, passível de indenização por danos
morais quando comprovado o abalo moral (TRT12 - RO - 0000805-15.2017.5.12.0028,
Rel. AMARILDO CARLOS DE LIMA, 3ª Câmara, Data de Assinatura: 02/08/2018).

RESTABELECIMENTO DO PLANO DE SAÚDE. INADIMPLÊNCIA DA AUTORA


EM RELAÇÃO ÀS MENSALIDADES DA CAIXA BENEFICENTE, BEM COMO
EM RELAÇÃO AOS VALORES DEVIDOS A TÍTULO DE CO-PARTICIPAÇÃO.
Num contexto em que há prova nos autos de que a autora firmou convênio médico e
odontológico com a Unimed e Uniodonto por intermédio da Caixa Beneficente dos
Funcionários das Casas da Água, comprometendo-se a pagar um valor mensal à Caixa
Beneficente, devidamente autorizado pela contratante, bem como a pagar os gastos por
ela efetuados com a utilização dos convênios, deixando de honrar com esses pagamentos
durante todo o período em que seu contrato de trabalho esteve suspenso por ocasião do
benefício previdenciário e da posterior aposentadoria por invalidez, não há como
determinar o restabelecimento integral do plano de saúde sem que a autora promova a
quitação dos débitos até então existentes (TRT12 - RO - 0002670-14.2016.5.12.0059 ,
Rel. WANDERLEY GODOY JUNIOR, 1ª Câmara, Data de Assinatura: 24/09/2018).
DESCONTO DE PLANOS E SEGUROS

→ Súmula 342, TST


DESCONTOS SALARIAIS. ART. 462 DA CLT . Descontos salariais efetuados pelo
empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado
em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência
privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus
trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art.
462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que
vicie o ato jurídico.
HABITAÇÃO E VEÍCULO
→ Súmula 367, TST
UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA.
VEÍCULO. CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO
I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao
empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm
natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo
empregado também em atividades particulares.
II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à
saúde.

SALÁRIO IN NATURA. CARACTERIZAÇÃO. A moradia fornecida em


retribuição pelo trabalho prestado, para benefício da sua execução,
caracteriza a natureza salarial da parcela (TRT12 - RORSum - 0000105-
08.2018.5.12.0027, Rel. Gilmar Cavalieri, 3ª Câmara, Data de Assinatura:
06/08/2019).
REMUNERAÇÃO
→ É o conjunto de prestações recebidas habitualmente pelo empregado pela prestação de
serviços, seja em dinheiro ou em utilidades, provenientes do empregador ou de terceiros,
mas decorrentes do contrato de trabalho, de modo a satisfazer suas necessidade básicas e
de sua família (Sérgio Pinto Martins).

Art. 457, CLT - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos


legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como
contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
§1º - Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as
comissões pagas pelo empregador.
§2º - As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-
alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos
não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e
não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
§3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao
empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a
qualquer título, e destinado à distribuição aos empregados
§4º - Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de
bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de
desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
PRÊMIO
→ Art. 457, §2º - As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo,
auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e
abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de
trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e
previdenciário.

→ Art. 457, §4º - Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em


forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados,
em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas
atividades.

HABITUALIDADE X DESEMPENHO
ELEMENTOS DA REMUNERAÇÃO
→ Habitualidade: atentar modificações no Prêmio

→ Periodicidade:
Art. 459, CLT - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do
trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no
que concerne a comissões, percentagens e gratificações.
§1º. Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser
efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.

Súmula 381, TST - CORREÇÃO MONETÁRIA. SALÁRIO. ART. 459 DA


CLT
O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido não
está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada,
incidirá o índice da correção monetária do mês subsequente ao da prestação
dos serviços, a partir do dia 1º.
→ Quantificação:
SALÁRIO COMPLESSIVO. COMPENSAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. A proibição ao
chamado salário complessivo visa impedir o pagamento global que compreenda vários
institutos sem a devida discriminação, como medida preventiva para se evitar a
ocorrência de fraudes, a teor do artigo 320 do Código Civil. Examinando os recibos
juntados nos autos, resta claro que não há discriminação de parcelas quitadas ao
reclamante que dizem respeito ao seu contrato de trabalho, o que caracteriza o salário
complessivo. Por conseguinte, não há que se falar em compensação de verbas
rescisórias com os valores constantes dos aludidos documentos (TRT da 3.ª Região -
Processo: 0000958-69.2013.5.03.0018; Data de Publicação: 20/10/2014; Relator: Milton
V.Thibau de Almeida;)

→ Essencialidade: onerosidade.

→ Reciprocidade: obrigação do empregador.


CLASSIFICAÇÃO DA REMUNERAÇÃO
→ Salário por Unidade de tempo: salário por hora, por dia, por semana, por quinzena ou
por mês.

→ Salário por Unidade de obra: pagamento por peça.

→ Salário por Tarefa

→ Salário em Dinheiro e Utilidades: 30%, no mínimo, em dinheiro.

→ Remuneração Variável: vinculada a produção, devendo respeitar o mínimo legal.

TIPOS ESPECIAIS DE SALÁRIO


→ Abonos, Adicionais, Ajuda de custo, Comissões, Diárias, Gorjeta, Gratificações,
Décimo Terceiro Salário, Prêmios, Quebra de Caixa, Salário Família e Participação nos
Lucros.
TIPOS ESPECIAIS DE SALÁRIO
→ Adicional de Horas Extras

Art. 7º, CRFB/88. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...);
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em
cinquenta por cento à do normal.

→ Adicional Noturno
ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO.
POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO
A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao
adicional noturno.
TIPOS ESPECIAIS DE SALÁRIO
→ Adicional de Insalubridade e Periculosidade

Art. 7º, CRFB/88. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...);
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da lei;.

→ Gratificação de Natal – Décimo Terceiro Salário

Art. 7º, CRFB/88. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...);
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria.
TIPOS ESPECIAIS DE SALÁRIO
→ Adicional de Transferência

Art. 469, CLT - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua


anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se
considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do
seu domicílio.
§1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que
exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição,
implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade
de serviço.
§2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que
trabalhar o empregado.
§3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o
empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as
restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento
suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o
empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação.
TIPOS ESPECIAIS DE SALÁRIO
→ Adicional de Acúmulo de Função

Art. 456, da CLT - A prova do contrato individual do trabalho será feita pelas
anotações constantes da carteira profissional ou por instrumento escrito e
suprida por todos os meios permitidos em direito.
Parágrafo único. A falta de prova ou inexistindo cláusula expressa e tal
respeito, entender-se-á que o empregado se obrigou a todo e qualquer serviço
compatível com a sua condição pessoal.

ACÚMULO DE FUNÇÕES. A execução, no horário normal de trabalho e de


maneira concomitante, de tarefas diferentes, compatíveis com a condição
pessoal do trabalhador, não caracteriza acúmulo de função remunerável.
Entendimento de acordo com a Súmula n. 51 deste Tribunal (TRT12 - RO -
0001651-88.2015.5.12.0032, Rel. LILIA LEONOR ABREU, 6ª Câmara, Data
de Assinatura: 18/10/2018).
TIPOS ESPECIAIS DE SALÁRIO
→ Desvio de Função

DESVIO DE FUNÇÃO. DIFERENÇAS SALARIAIS. DEFERIMENTO.


Comprovado o exercício de atribuições que refogem àquelas atinentes ao cargo,
impõe-se deferir o pedido de diferenças salariais fundadas no alegado desvio de
função (TRT12 - RO - 0001478-48.2017.5.12.0047 , Rel. TERESA REGINA
COTOSKY , 6ª Câmara , Data de Assinatura: 15/10/2018).

DESVIO DE FUNÇÃO. DIFERENÇAS SALARIAIS. INDEFERIMENTO.


Sem prova inequívoca do exercício de atribuições que refogem àquelas atinentes
ao cargo, impõe-se indeferir o pedido de diferenças salariais fundadas no
alegado desvio de função (TRT12 - RO - 0000209-15.2017.5.12.0001, Rel.
TERESA REGINA COTOSKY, 6ª Câmara, Data de Assinatura: 15/10/2018).
EQUIPARAÇÃO SALARIAL
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...);
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

Art. 5º, CLT - A todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem
distinção de sexo.

Art. 461, CLT - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao
mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual
salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.
(...);
§6º - No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo
determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor
do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite
máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
(...);
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério
de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

Art. 5º, CLT - A todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem
distinção de sexo.

Art. 461, CLT - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor,
prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial,
corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou
idade.

→ Requisitos:
i) identidade de funções; ii) trabalho de igual valor; iii) mesmo empregador; iv)
mesmo estabelecimento empresarial.
Art. 461, CLT - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor,
prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial,
corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou
idade.
§1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito
com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja
diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a
quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos.

→ Requisitos:
i) identidade de funções; ii) trabalho de igual valor (igual produtividade e
mesma perfeição técnica); iii) mesmo empregador; iv) mesmo estabelecimento
empresarial; v) contemporaneidade na prestação dos serviços, na empresa não
superior a 4 anos e na função com diferença não superior a 2 anos;
Art. 461, CLT - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor,
prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial,
corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou
idade.
§1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito
com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja
diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a
quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos.
§2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver
pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna
da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada
qualquer forma de homologação ou registro em órgão público.

→ Requisitos:
i) identidade de funções; ii) trabalho de igual valor (igual produtividade e
mesma perfeição técnica); iii) mesmo empregador; iv) mesmo estabelecimento
empresarial; v) tempo na empresa não superior a 4 anos e na função com
diferença não superior a 2 anos; vi) inexistência de quadro de carreira ou adoção
de plano de cargos e salários por norma interna ou negociação coletiva,
dispensada homologação ou registro.
Art. 461, CLT - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao
mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual
salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.
§1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual
produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo
de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de
tempo na função não seja superior a dois anos.
§2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal
organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou
de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de
homologação ou registro em órgão público.
§3º - No caso do §2º deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e
por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria
profissional.

→ Requisitos:
i) identidade de funções; ii) trabalho de igual valor (igual produtividade e mesma
perfeição técnica); iii) mesmo empregador; iv) mesmo estabelecimento empresarial; v)
tempo na empresa não superior a 4 anos e na função com diferença não superior a 2 anos;
vi) inexistência de quadro de carreira ou adoção de plano de cargos e salários por norma
interna ou negociação coletiva, dispensada homologação ou registro e feitas por
merecimento e antiguidade ou por apenas um destes critérios.
Art. 461, CLT - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo
empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de
sexo, etnia, nacionalidade ou idade.
§1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual
produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço
para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não
seja superior a dois anos.
§2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado
em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva,
plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão
público.
§3º - No caso do §2º deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por
antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional.
§4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada
pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação
salarial.
§5º - A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na
função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo
tenha obtido a vantagem em ação judicial própria.
→ Requisitos:
i) identidade de funções; ii) trabalho de igual valor (igual produtividade e mesma perfeição
técnica); iii) mesmo empregador; iv) mesmo estabelecimento empresarial; v) tempo na empresa não
superior a 4 anos e na função com diferença não superior a 2 anos; vi) inexistência de quadro de
carreira ou adoção de plano de cargos e salários por norma interna ou negociação coletiva,
dispensada homologação ou registro e feitas por merecimento e antiguidade ou por apenas um
destes critérios; vii) paradigma não poderá ser trabalhador readaptado e deve haver
contemporaneidade na prestação dos serviços.
DESVIO DE FUNÇÃO X ACÚMULO DE FUNÇÃO

→ Desvio de Função: é caracterizado pela contratação de um trabalhador para


exercer atividades próprias de um cargo e, de forma não esporádica, exerce
outras atividades ligadas a um cargo diverso daquele para o qual foi contratado
(YGO, 2014).

→ Acúmulo de Função: se configura quando o trabalhador, além de exercer a


função pela qual foi contratado, exerce de forma habitual outras de diferentes
cargos não previstas contratualmente.
PROTEÇÃO AO SALÁRIO
→ Salário: possui caráter alimentar, é impenhorável e trata-se de crédito
trabalhista privilegiado.

→ Salário Isonômico:
Art. 460, CLT - Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre
a importância ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao
daquela que, na mesma empresa, fizer serviço equivalente ou do que for
habitualmente pago para serviço semelhante.

→ Princípio da Irredutibilidade Salarial


Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
(...);
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo
coletivo.
→ Princípio da Intangibilidade Salarial

Art. 462, CLT - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos


salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de
dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
§1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde
de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do
empregado.
§2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias
aos empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações " in
natura " exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os
empregados se utilizem do armazém ou dos serviços.
§3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou
serviços não mantidos pela Empresa, é lícito à autoridade competente
determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias
sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro
e sempre em benefício das empregados.
§4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por
qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do seu salário.
PROTEÇÃO AO SALÁRIO
Súmula 342, TST - DESCONTOS SALARIAIS. ART. 462 DA CLT
Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por
escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência
odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de
entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores,
em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da
CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que
vicie o ato jurídico.
Art. 463, CLT - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda
corrente do País.
Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste
artigo considera-se como não feito.

Art. 464, CLT - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo,
assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão
digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo.
Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta
bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o
consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de
trabalho.

Art. 465, CLT - O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local
do trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento
deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária, observado o
disposto no artigo anterior.

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