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Gestão de Estoque

INTRODUÇÃO
A Gestão de Estoque é o processo que garante planejamento, execução e controle dos
recursos armazenados dentro de uma empresa. E Bráulio Wilker, fala que o gerenciamento
de estoque atua sobre os processos de suprimento, destaca que esses objetivos são
conflitantes entre si, de modo que ao tentar potencializar o desempenho de um, o dos
demais podem ficar comprometidos.
Todavia é diante desse cenário que o mesmo define que o gerenciamento de estoque é a
arte de gerenciar esses objetivos conflitantes, direcionando as estratégias e priorizando
devidamente as metas.
O Controle de Estoque é o processo de gerenciar os insumos e produtos de uma empresa,
objetivando maior eficiência, que permite maximizar o lucro à medida que minimiza os
custos de manutenção do mesmo com isso, prejuízos são evitados e até mesmo desvios
combatidos, tendo em vista que muitas empresas perdem mercadorias quando não
possuem uma rígida organização. Ou seja, é a sistematização do capital de giro da sua
empresa, mantendo em movimento as mercadorias, cumprindo prazos e planejando
adequadamente as compras e vendas.

MÉTODOS PARA CONTROLE DE GESTÃO


Em um Controle de Estoque existem várias metodologias para auxílio do negócio, e é muito
importante fazer o uso de algumas delas.
Isto porque, com eles é possível complementar todo o trabalho de monitoramento e gestão
do estoque elas ajudam na administração do estoque, estes representam uma parcela bem
importante do controle gerencial.
1) PEPS (“Primeiro que Entra, Primeiro que Sai”):

É possível evitar que produtos próximos a data de vencimento se percam.


2) UEPS (“Último a Entrar, Primeiro a Sair”):

Produtos que chegaram recentemente no estoque serão os que irão ser vendidas antes.
Porém, o uso desse método não é autorizado pela Norma Brasileira de Contabilidade
3) Curva ABC:

Conhecida também como Análise de Pareto, tem como objetivo direcionar o seu
planejamento e controle nos itens mais significativos, que classifica os itens em A, B e C, ou
seja, no valor financeiro de cada mercadoria.
4) Custo Médio:

Nessa técnica o preço final das mercadorias vendidas é definido após o cálculo dos valores
das mercadorias adquiridas anteriormente somado as recentes. Basta somar os custos dos
produtos antigos com os valores dos produtos novos e dividir pela quantidade total dos
itens ainda disponíveis no estoque.
5) Custo Específico ou Preço Específico:

Esse método atribui valor a cada unidade do estoque. Logo, ele é usado apenas quando é
possível apurar o preço ou o custo de cada item. Depois disso é preciso somar tudo e assim,
você chegará ao valor final do estoque.
6) Custo a Preço de Venda a Varejo:

Em seu livro, Gestão de Estoques, Bráulio explica que esse método analisa a soma dos
estoques a preço de venda, seja através da contagem física ou por meio da implementação
de controles permanentes avaliados com base no preço unitário de venda.
Por fim, ele avalia os estoques finais a preços aproximados de custo e apura os estoques
finais a preço de custo, caso avaliasse a preço de venda as margens de lucro seriam
eliminadas.
7) Just in Time (“no momento certo”):
É uma metodologia desenvolvida para reduzir custos. Nele, o estoque é mantido apenas
para atender os clientes, ou seja, contém apenas o suficiente para o momento.
Por isso, é preciso muita atenção por parte dos gestores, para que a empresa não seja
prejudicada com a falta de produtos e assim, perca vendas e clientes.

GESTÃO DE ESTOQUE EFICIENTE


 Cadastre e faça um levantamento de todos os itens armazenados:
Conhecer todos os itens armazenados e verificar se eles estão cadastrados.
 Desenvolva processos:
Processos internos eficientes e eficazes. Entre eles estão o de recebimento de produtos,
inspeção deles, modos utilizados para o armazenamento, reposição dos itens na loja, além
do armazenamento e inscrições dos novos pedidos realizados. O controle dos processos
internos evita perdas e impede que sejam feitas compras indevidas, o que leva à redução de
custos.
 Esboce um fluxo de entrada e saída de mercadorias:
A ideia é evitar a ocorrência de falhas.
 Registre todas as movimentações dos produtos:
Esses dados são essenciais para fazer o controle de estoque e saber exatamente quantos
itens estão armazenados.
 Defina as datas de compra:
O controle de itens a serem adquiridos deve ser muito bem realizado para evitar as compras
urgentes, que são prejudiciais às finanças da organização.
 Faça auditorias frequentes da gestão de estoque:
A ideia é ter certeza de que a quantidade de itens registrada confere com a realidade. Se houver
algum erro, é preciso identificar o que aconteceu para realizar melhorias nos processos.

QUAIS SÃO AS FERRAMENTAS QUE PODEM SER USADAS?


 Kanban:
O Kanban é uma metodologia que, de forma geral, divide as atividades em “fazer”,
“fazendo” e “feito”. À medida que as tarefas evoluem, o post-it é movido à coluna
correspondente. Dessa forma, é mais fácil visualizar se algum processo está atrasado e
identificar possíveis problemas. Além disso, garante que os prazos sejam cumpridos.

 Six Sigma:
A ferramenta Six Sigma é reconhecida internacionalmente porque fornece mais eficiência,
economia e qualidade aos processos de produção da empresa, é uma metodologia que
buscar representar uma escala de qualidade onde “1–sigma” é o nível com maior número
de defeitos e “6-sigma” é o padrão ideal, onde a qualidade é garantida. O Seis Sigma
também está relacionado à frequência com que uma operação específica utiliza mais dos
recursos mínimos necessários para satisfazer os clientes. Isso representa uma taxa de
desperdício por operação, o que permite um diagnóstico do nível de desempenho do
processo.
 Kaizen:
O Kaizen significa melhoria contínua, ou seja, trata-se de processo cíclico, que deve ser
constantemente revisado. Essa teoria tem o trabalho coletivo como ponto principal.
Portanto, os recursos humanos são altamente valorizados, devendo ser motivados para aliar
seus interesses pessoais aos objetivos da organização.

 Poka-Yoke:
Essa ferramenta é aplicável em qualquer situação que envolva riscos de defeitos ou falhas.
Ou seja, é um método de gestão da qualidade que visa reduzir custos, eliminando falhas ou
problemas (desacordo) com os produtos

6 PRINCIPAIS PILARES PARA CONSTRUIR PROCESSOS EFICIENTES EM


CONTROLE DE ESTOQUE.
 Previsão de demanda:
Os processos de controle de estoque dependem diretamente de cálculos precisos da
demanda, amparados por um processo constante de análise dos ambientes interno e
externo. A previsão de demanda está relacionada a outro pilar do controle de estoque
eficiente, que é o monitoramento da entrada e saída de mercadorias.

 Monitoramento de entrada e saída:


Monitoramento permite manter o estoque constantemente atualizado, garantindo uma
margem de segurança para que a empresa desenvolva todas as suas operações com
equilíbrio.

 Documentação padronizada:
A documentação padronizada dos processos de controle permite maior eficácia na
atualização do inventário de todos os itens do estoque, como você verá agora.

 Inventário atualizado:
Sem um inventário atualizado, é impossível realizar um controle de estoque eficiente. Além
disso, fica difícil encontrar os materiais procurados, saber o que deve ser reposto ou
identificar os itens fora da validade, por exemplo. A realização do inventário e a
sistematização de todos os dados relacionados ao controle de estoque pode ser otimizada
pelo uso de softwares e outros recursos tecnológicos de logística.

 Processos automatizados:
A automatização dos processos gerenciais e logísticos é uma tendência que veio para ficar.
Existem vários programas e aplicativos desenvolvidos especialmente para solucionar os
problemas relacionados ao controle de estoque, garantindo mais agilidade e eficácia em
todos os processos.

 Bom relacionamento com fornecedores:


Por fim, para que uma empresa de qualquer segmento tenha sucesso no controle de
estoque e nos demais processos logísticos, é fundamental fazer parcerias com prestadores
de serviço bem qualificados. A transparência nas negociações, a agilidade na entrega de
produtos e a excelência na execução de serviços são alguns dos aspectos que devem ser
valorizados no relacionamento com os fornecedores.
Desse modo, é possível vencer os desafios do controle de estoque e tornar a logística um
componente efetivo do sucesso da empresa.

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