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Psicologia Da Leitura de Narrativas Infantis e Juvenis
Psicologia Da Leitura de Narrativas Infantis e Juvenis
e Juvenis
Perspectivas disciplinares da leitura de narrativas infantis e
juvenis
● Perspectiva Psicológica
● Perspectiva Literária
● Perspectiva Social/Sociológica
● Perspectiva da Didática da Literatura
● Recepção Leitora
● Perspectivas Interdisciplinares
(COLOMER, 2003)
Perspectivas psicológicas da leitura de narrativas
Psicanalíticas
Cognitivas
− Psicolinguísticas
− Sociocognitivas
Neurocientíficas
Perspectiva psicanalítica – Brainstorming
● Propósitos:
− Divertir; entreter; despertar interesse; estimular a imaginação;
− desenvolver recursos internos; despertar a curiosidade;
− sugerir soluções; ideias para problemas íntimos;
● Características textuais:
− Temáticas: problemas humanos universais; o mal é tão onipresente quanto a virtude;
são personificados; o mal é derrotado;
− Estilísticas/estruturais: sutil; implícito; personagens tipificadas; personagens
esboçadas claramente; trajetória do herói definida.
(BETELLHEIM, 2021)
Perspectivas cognitivas
− (EYSENCK, 2017)
Perspectivas cognitivas
− Em decorrência desse processo são construídos três níveis de representação do texto: superfície;
proposicional; situação.
− (EYSENCK, 2017)
Proposta de
taxonomia
da compreensão leitora
Baretta (2017)
Estratégias de leitura – antes de ler
(SOLÉ, 1988)
Estratégias de leitura – durante a leitura
(SOLÉ, 1988)
Perspectiva cognitivo-social – Brainstorming
● Simulação social
● Aprendizagem socioemocional
● Empatia e Teoria da Mente
● Diferentes pontos de vista
● Comportamentos solidários e pró-sociais
● Aceitação
● Identificação
● O prazer da leitura é mais importante para o sucesso educacional das crianças do que as condições
socioeconômicas de suas famílias;
● O envolvimento do leitor é um forte indicador de pontuações em testes de alfabetização;
● A motivação intrínseca prediz tanto a amplitude quanto a compreensão da leitura (KUCIRKOVA;
LITTLETON; CREMIN, 2017);
● As emoções são centrais em toda a experiência leitora – antes, durante e após o ato de ler (MIALL,
2011).
Evidências – antes da leitura
● Antes da leitura, afeto e humor influenciam a escolha do livro, segundo o objetivo do leitor de querer
mudar ou manter o seu estado emocional. Na etapa da decisão, estão relacionados o estado emocional
ou humor atual, a avaliação prévia de quais emoções resultarão da leitura e os objetivos pessoais com
respeito à emoção.
● Obs: Não é possível predizer que um leitor feliz e de bom humor procurará por livros que não interfiram
nesse estado emocional ou que o ajudem a promovê-lo; nem que leitores infelizes deverão selecionar
um livro que reverta esse estado.
Evidências – antes da leitura
● As previsões de gerenciamento de humor podem ser um pouco mais complexas que essa proposição
inicial e muito mais interativas;
● Os leitores podem gostar de textos de tragédia, terror ou suspense, porque a ansiedade induzida
permite aumentar a sensação de alívio com a resolução do conflito narrativo, gerando maior satisfação;
● Existe a possibilidade de busca e gosto por mídias narrativas que possam evocar ou manter emoções
negativas;
● Objetivos de nível mais alto, que informam mais a cognição que a emoção, como a busca por um
significado, também podem interagir com a afetividade nesse processo de escolha;
● As emoções e os sentimentos do leitor oferecem uma pré-estruturação do significado do texto como um
todo, direcionando a leitura (MIALL, 2011).
Evidências – durante a leitura
● Durante a leitura: o próprio texto atua para evocar e transformar emoções, tanto diretamente, por meio
dos eventos retratados, quanto por meio da evocação de memórias emocionalmente significativas. E,
uma vez evocadas, tais emoções podem influenciar a própria experiência da leitura (OATLEY et al.,
2011).
● As emoções podem surgir de duas maneiras, não necessariamente excludentes, externas ou internas a
uma narrativa, que, uma vez combinadas, podem se modificar mutuamente, promovendo a sensação
de satisfação literária: pela entrada do leitor no universo narrativo e a partir de uma experiência mais
externa à narrativa, no encontro com uma obra de arte, em que o leitor mantém uma relação mais
distanciada pela avaliação subjetiva das propriedades estéticas e estilísticas do texto.
● Emoções estéticas – admiração e apreciação (MIALL; KUIKEN, 2002);
● Emoções narrativas – emoções que surgem ao entrar em um mundo narrativo: simpatia por uma
personagem; identificação ou desejo de ser como o protagonista; experimentação de emoções
semelhantes pela empatia; emoções revividas a partir da experiência pessoal; lembradas a partir de
experiências culturais com outras narrativas (OATLEY et al., 2011). Esses cinco tipos de emoções
evocadas ao ler uma narrativa são, muitas vezes, experimentadas simultaneamente e estão
imbricadas.
Evidências – após a leitura
● BETTELHEIM, B. A Psicanálise dos Contos de Fadas. 41. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2021.
● MAR, Raymond; OATLEY, Keith; DJIKIC, Maja; MULLIN, Justin. Emotion and narrative fiction: Interactive influences before, during,
and after reading. Cognition and emotion. n. 25, v. 5, 2011, p. 818-833.
● MIALL, David. Emotions and the Structuring of Narrative Responses. Poetics Today, n. 32, v. 2, 2011.
● MIALL, David S.; KUIKEN, Don. A Feeling for Fiction: Becoming What We Behold. Poetics, n.30, 2002, p. 221-241.
● VIANA, F. L.; CADIME, I; SANTOS, S.; BRANDÃO, S.; RIBEIRO, I. O ensino explícito da compreensão da leitura. Análise do
impacto de um programa de intervenção. Revista Brasileira de Educação, v. 22 n. 71, 2017. Disponível em
http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v22n71/1809-449X-rbedu-22-71-e227172.pdf. Acesso em 15/01/2018.