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MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5024666-19.2020.4.02.5001/ES

IMPETRANTE: PATRICIA LUIZA SAMPAIO MIGUEL
IMPETRADO: COORDENADORA GERAL DO CURSO DA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SÉRGIO
AROUCAS - FIOCRUZ - FUNDACAO OSWALDO CRUZ - RIO DE JANEIRO

SENTENÇA

Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA impetrado por PATRICIA

LUIZA SAMPAIO MIGUEL contra ato atribuído à COORDENADORA GERAL DO
CURSO DA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SÉRGIO AROUCAS -
FIOCRUZ - FUNDACAO OSWALDO CRUZ - RIO DE JANEIRO objetivando,
inclusive em sede de tutela de urgência, a sua matrícula no curso de especialização "Impactos
da Violência na Saúde", na modalidade a distância com momentos presenciais, com início
previsto para o dia 27/10/2020.

Em síntese, alega ter sido classificada no processo seletivo deflagrado pela

FIOCRUZ para ingresso no curso de especialização "Impactos da Violência na Saúde", na
modalidade à distância, com momentos presenciais, com início previsto para 27/10/2020.
Diante de sua aprovação, fora convocada para a matrícula, tendo apresentado, para tanto, a
documentação prevista no edital respectivo.

Prossegue dizendo que, após a divulgação da lista de matriculados, notou que

seu nome não estava na mesma, pelo que entrou em contato, por e-mail, com a organização
do certame para saber as razões da sua desclassificação. Fora, então, informada de que o seu
documento de identificação estaria ilegível, tendo em vista o carimbo aposto por cima do
campo destinado ao Órgão Emissor.

Ao requerer a revisão daquela decisão, tendo em vista que os arquivos enviados

foram os mesmos que autorizaram a sua inscrição e, também, a sua aprovação na primeira
fase certame, obteve resposta no sentido de que já havia transcorrido o prazo para recurso.

A Impetrante afirma, por fim, que o seu documento de identificação fora

emitido pelo Departamento de Identificação da Polícia Civil, sendo que o carimbo aposto por
cima das informações reclamadas dificultou a leitura destas, como dito pela organização do
curso, e que tal se deve à transposição da imagem do código de barras que fora inserido no
verso do documento. No entanto, a inserção desse código é feita pelo Departamento Técnico
Cientifico da Policia Civil do Estado do Espírito Santo, embora não haja qualquer rasura
capaz de tornar a identificação ilegível.

Petição inicial instruída com procuração e documentos (evento 1).

Decisão do evento 3: 1) deferindo parcialmente o pedido de tutela de urgência

formulado pela Impetrante, apenas para determinar que a autoridade competente proceda à

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reanálise dos documentos apresentados pela mesma ao requerer a realização da sua matrícula
no "Curso de Especialização Impactos da Violência na Saúde - 2020, na modalidade a
distância, com momentos presenciais"; 2) determinando a emenda da petição inicial com a
indicação da Autoridade da qual emanou, de fato, o ato combatido nesta ação, em
conformidade com o art. 6o e §3º, da Lei no 12.016/2009, sob pena de seu indeferimento e da
consequente revogação da tutela de urgência concedida; e 3) deferindo o pedido de concessão
do benefício da justiça gratuita em favor da Impetrante.

Emenda da inicial, no evento 10, recebida no despacho do evento 12.

A Autoridade Impetrada presta suas informações, no evento 22, limitando-se a

dizer que "já atendeu ao determinado judicialmente, bem como, informar que a interessada
já foi regulamente matriculada no curso em questão, estando nesse momento cursando as
aulas."

No evento 25, a FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ - FIOCRUZ requer o seu

ingresso no feito, na forma do art. 7o, II, da Lei no 12.016/2009.

O Ministério Público Federal informa que não intervirá no feito, opinando pelo
seu regular prosseguimento (evento 27).

Vieram os autos conclusos.

É o relatório. DECIDO.

Após a análise dos autos, não vislumbro razão hábil a desautorizar a

manutenção do entendimento firmado na decisão que deferiu parcialmente o pedido de tutela
de urgência formulado na petição inicial.

Como ressaltado no dito provimento (evento 3), a Impetrante objetiva

ser matriculada no curso de especialização "Impactos da Violência na Saúde", na modalidade
à distância com momentos presenciais, para o qual fora aprovada, nos termos do edital
publicado em 13/07/2020 (anexo 7, do evento 1).

Pelo que afirma, fora convocada para a realização da sua matrícula no dito
curso, mas, após a divulgação da lista de matriculados, notou que seu nome não estava ali
inserto, pelo que entrou em contato, por e-mail, com a organização do certame para saber as
razões da sua desclassificação. Fora, então, informada de que seu documento de identificação
estaria ilegível, tendo em vista o carimbo aposto por cima do campo destinado ao órgão
emissor.

Ao requerer a revisão daquela decisão administrativa, tendo em vista que os

arquivos enviados foram os mesmos que autorizaram a sua inscrição e, também, a sua
aprovação na primeira fase do certame, obteve resposta no sentido de que já havia
transcorrido o prazo para a interposição de recurso.

A Impetrante afirma, por fim, que a sua carteira de identidade fora emitida

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pelo Departamento de Identificação da Polícia Civil, sendo que o carimbo aposto por cima
das informações reclamadas dificultou a leitura destas, como dito pela organização do curso,
e que tal se deve à transposição da imagem do código de barras que está inserido no verso do
documento.

Pois bem. Em análise aos documentos que instruem a peça exordial, verifica-se
que, de fato, a então candidata fora convocada para matrícula por meio do edital publicado
em 02/09/2020 (anexo 9 do evento 1).

Consta do referido instrumento a observação de que "os candidatos

selecionados devem cumprir rogorosamente todos os procedimentos para efetivação da
matrícula, descritos neste documento".

No tópico "Documentos exigidos na matrícula", o instrumento descreve o

seguinte:

"(...)

c. Carteira de identidade em que conste o campo naturalidade (frente e verso na mesma folha).
A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) não é aceita porque não consta o campo
naturalidade. Não será aceito nenhum documento de identidade que tenha prazo de validade.
Todos os dados da fotocópia autenticada da carteira de identidade, inclusive os do órgão
emissor necessitam estar legíveis. Não serão aceitas fotocópias autenticadas da carteira de
identidade cujos dados estejam ILEGÍVEIS (1 arquivo);

(...)"

Por fim, consta a observação: "Acompanhe a divulgação da lsita dos candidatos

selecionados com matrícula confirmada no Portal www. ensino.ensp.fiocruz e/ou no Portal
www.ead.fiocruz, a partir de 01/10/2020".

Prosseguindo na análise dos documentos apresentados, constata-se que, após a

divulgação da lista de candidatos que tiveram a sua matrícula confirmada, o que ocorreu em
08/10/2020 (anexo 10, do evento 1), a Impetrante enviou um e-mail para o endereço
eletrônico pseletivo@ead.fiocruz.br, no dia 09/10/2020, às 15h04, solicitando informação
sobre o motivo pelo qual o seu nome não constava na lista de candidatos matriculados.
Vejamos (anexo 11 do evento 1):

"Senhores

Solicito informação sobre a matrícula no curso sobre Impactos da violência na saúde. Fui
classificada e selecionada para matrícula, realizeu o envio dos documentos solicitados, porém,
não vio o nome na lista final."

No mesmo dia (09/10/2020), às 18h13, a Impetrante obteve resposta no seguinte

sentido:

"Prezada Patrícia,

Informo que o seu doumento está inadequado com o edital. O carimbo em cima do Órgão

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Emissor, estando assim ilegível.

Atenciosamente,

Andreia Maciel

Serviço de Gestão Acadêmica

ENSP/FIOCRUZ"

Observa-se que a Impetrante insistiu nos questionamentos acerca dos motivos

pelos quais não fora comunicada para corrigir o equívoco e, também, solicitou informação
sobre como poderia recorrer de tal decisão.

As mensagens nesse sentido foram enviadas em 09/10/2020, às 19h07e 19h08

(anexo 11, do evento 1).

Em 13/10/2020, às 09h16, a Impetrante enviou dois arquivos

intitulados RG.pdf e diploma.pdf. Em seguida, às 09h19, encaminhou a seguinte mensagem:

"Senhora

verifiquei os meus arquivos e não identifiquei o erro apontado.

Solicito revisão e em tempo hábil para que eu não perca a oportunidade.

Penso que houve um erro na análise, mesmo porque os arquivos enviados para munha seleção
foram os mesmos enviados para efetuar a matrícula.

Atenciosamente,

Patrícia Miguel"

O Serviço de Gestão Acadêmica, pela Sra. Andréia Maciel, respondeu à

candidata, em 13/10/2020, às 10h04:

"Prezada Patricia

Informo que órgão emissor legível é primordial para certificação, portanto com o carimbo em
cima das informações importantes fica impossível certificá-la corretamente".

Ao questionar, em seguida, os procedimentos administrativos para a

interposição de recurso, alegando que a sua Carteira de Identidade original seria daquela
forma, a Impetrante fora informada de que "o prazo para o recurso são dois dias após a
publicação".

Não consta dos autos as respostas atribuídas aos demais questionamentos da

candidata.

De fato, o documento de identidade da Impetrante possui um código de barras

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exatamente atrás da informação relativa ao Órgão Emissor, o que, a depender da qualidade
da digitalização, torna ilegível essa informação, como se vê no anexo 12, do evento 1.

Contudo, no documento juntado a estes autos, resta claro que o órgão emissor
ali constante é a Secretaria de Estado de Segurança Pública - Polícia Civil -
SPTC/Departamento de Identificação.

De toda sorte, foge à vontade e, sobretudo, ao controle de qualquer candidato a

disposição das informações constantes no seu documento de identificação, por se tratar de
ação atribuída à autoridade pública competente.

Ademais, desde o dia imediatamente posterior à divulgação da lista de

matriculados, a então candidata procedeu às tentativas de regularizar a sua situação, sem,
contudo, obter sucesso. Ainda, fora informada sobre a possibilidade de interposição de
recurso contra esse resultado, apenas, quatro dias após o seu questionamento quanto ao
pormenor.

Em análise ao edital de abertura do processo seletivo de alunos para a "3a oferta

do Curso de Especialização Impactos da Violência na Saúde, na modalidade a distância com
momentos presenciais" (anexo 7 do evento 1), verifica-se a existência de tópico prevendo a
interposição de recurso1:

"8. RECURSOS

8.1. O candidato que desejar interpor recurso contra o resultado do processo seletivo deverá
fazê-lo no prazo de 2 (dois) dias úteis após a data de publicação do resultado.

8.2. Para recorrrer, o interessado devera encaminhar o formulário de recurso (Anexo V) para
o e-mail recursoead@ensp.fiocruz.br (observado o prazo do subitem 8.1), fazendo constar de
maneira inequívoca que está recorrendo do resultado publicado na primeira etapa do
processo seletivo.

8.3. Todos os recursos serão analisados pela Comissão de Seleção e respondidos para o
endereço eletrônico da interposição do mesmo.

8.4. Se a Comissão de Seleção julgar pertinente o recurso, o deferimento do mesmo será

publicado no portal EAD/ENSP/Fiocruz (www.ead.fiocruz) e também no porta Ensino ENSP
(www.ensino.ensp.fiocruz.br), a partir do dia 11/09/2020.

8.5. Não serão aceitos recursos via postal, via faz ou para qualquer outro e-mail que não seja
disponibilizado para esse fim, ou ianda, fora do prazo.

8.6. Em nenhuma hipótese será aceito pedido de revisão de recurso."

O edital de abertura, portanto, traz previsão de interposição de recurso em

relação ao resultado da primeira etapa do processo seletivo. É o que se extrai, outrossim, do
seu Anexo VI, que veicula o "Cronograma" das etapas do processo seletivo. Vejamos (anexo
6, do evento 1):

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ETAPAS DO PROCESSO SELETIVO DATAS
PERÍODO DE INSCRIÇÃO De 13/07 a 14/08/2020
RESULTADO DA SELEÇÃO A partir de 02/09/2020
PERÍODO DE RECURSOS 03 e 04/09/2020
RESULTADO DOS RECURSOS (caso haja A partir de 11/09/2020
deferimento)
PERÍODO PARA ENVIO DOS DOCUMENTOS DE A ser informado a partir de 02/09/2020
MATRÍCULA
DIVULGAÇÃO DA RELAÇÃO DE CANDIDATOS A ser informado a partir de 02/09/2020
MATRICULADOS
INÍCIO DO CURSO 27/10/2020

Logo, ao contrário do informado à Impetrante pela Sra. Andréia Maciel,

representando a Secretaria de Gestão Acadêmica do ENSP/FIOCRUZ, não há a previsão de
recurso contra o resultado divulgado após a confirmação, ou não, da matrícula.

Inclusive, o próprio ato publicado em 08/10/2020, pelo Serviço de Gestão

Acadêmica, veicula, nas "OBSERVAÇÕES", ao fim do documento, que "os candidatos
matriculados receberão, por e-mail, uma Carta de boas-vindas informando login, senha e
outras informações importantes para a participação no curso".

Outro detalhe que chama a atenção do Juízo quanto ao edital em epígrafe é que
o mesmo não prevê a eliminação do candidato, o que leva à conclusão de se tratar de certame
meramente classificatório. As únicas hipóteses de eliminação estão descritas
nas "Observações sobre as vagas de ações afirmativas" (suibtem 5.3), ao dispor que "as
informações prestadas são de inteira responsabilidade do candidato. Se for constatada
falsidade na declaração, o candidato será eliminado do processo seletivo, sem prejuízo de
outras sanções legais cabíveis".

Também o subitem 7.3 estabelece que "serão considerados reprovados

e automaticamente eliminados do concurso os candidatos que não alcançarem nota 6
(seis)."

Todavia, a situação da Impetrante não se enquadra em qualquer das hipóteses

dispostas acima.

Destaque-se, por oportuno, a previsão contida no subitem 12.5, de

que "os casos omissos e as situações não previstas serão resolvidos pela coordenação do
curso".

Desse modo, conclui-se que, pela ausência de previsão de eliminação na etapa

de matrícula e, sobretudo, pela inexistência de previsão de apresentação de recurso contra o
indeferimento da matrícula, a situação da Impetrante, deveras peculiar, deveria ter sido
levada à análise da Coordenação do curso, apesar de ter ficado, apenas, sob a alçada
do Serviço de Gestão Acadêmica que, em vez de dar uma solução concreta aos
questionamentos da então candidata, limitou-se a informar que o documento apresentado não
condiz com as regras do edital.

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Além disto, em que pese os esforços erigidos para obter informação sobre a
forma de resolver a questão, à candidata, ora Impetrante, fora comunicado, quatro dias
depois, que o prazo para interpor recurso era de 2 (dois) dias após a publicação do resultado.
Mas, como já dito, sequer há essa previsão no edital de abertura, tampouco no ato de
convocação para a matrícula, ou no de publicação dos candidatos matriculados.

Ressalte-se, mais, que, ao enviar os documentos para a matrícula, o candidato

tinha o dever de declarar a veracidade das informações e a autenticidade dos documentos
apresentados, por meio do formulário próprio, sob as penas previstas no Código Penal
Brasileiro, como se extrai do Anexo I, do ato de convocação de 02/09/2020.

Não se verifica, portanto, razão ao indeferimento da matrícula da

Impetrante sem que, antes, lhe fosse dada a oportunidade de resolver a situação.

A decisão ora combatida encontra-se, claramente, dissonante das regras

previstas no edital do processo seletivo em foco, além de desprovida de qualquer resquício de
razoabilidade e proporcionalidade, sobretudo por se tratar de documento cuja
ilegibilidade, sendo esse o caso, sequer fora causada pela candidata, mas por ato praticado
pelo órgão público reponsável pela sua expedição.

Vale repetir, trata-se de situação alheia à vontade e ao controle da candidata.

Ora, não se está a tratar do esquecimento da mesma, ou do envio equivocado de um ou outro
documento. A candidata apresentou seu documento de identificação na forma com que fora
expedido pela autoridade competente.

E pelo que consta dos autos, e pela análise do documento acostado ao anexo 12,
do evento 1, a digitalização fez com que o código de barras do verso provocasse uma
"sombra" no campo destinado ao Órgão Emissor.

Trata-se de caso não previsto no intrumento regulador do processo seletivo, a

despeito de sua consequência direta ser a ilegibilidade do documento por motivo alheio ao
controle da candidata.

Frise-se que a própria Secretaria de Gestão Acadêmica informou que tal

decorreu do "carimbo em cima das informações importantes".

Todavia, por não caber a este Juízo determinar a matrícula imediata da

Impetrante no curso de especialização "Impactos da Violência na Saúde", para a qual fora
aprovada, tendo em vista que os requisitos pertinentes a tal mister devem ser analisados pela
Autoridade Competente, a decisão do evento 3 determinou que esta procedesse à reanálise
dos documentos apresentados por aquela ao requerer a realização da sua matrícula.

Para tanto, deveria ser considerado o fato de que no documento de identificação

da Impetrante consta, exatamente atrás do campo que indica o Órgão Emissor, o código de
barras aposto pela autoridade pública competente, o que pode ter prejudicado a correta leitura
do documento digitalizado.

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E, assim o fazendo, em razão da determinação em foco, a Autoridade Impetrada
informa, no evento 22, que reviu a situação da Impetrante procedendo, em consequência, à
matrícula da mesma, cabendo a este Juízo, destarte, a entrega definitiva da tutela buscada no
presente feito.

Dispositivo

Pelo exposto CONCEDO PARCIALMENTE A SEGURANÇA pretendida

para, confirmando a decisão do evento 3, confirmar a determinação dirigida à Autoridade
Impetrada para que proceda à reanálise dos documentos apresentados por PATRICIA
LUIZA SAMPAIO MIGUEL ao requerer a realização da sua matrícula no "Curso de
Especialização Impactos da Violência na Saúde - 2020, na modalidade a distância, com
momentos presenciais", levando em consideração o fato de que no documento de
identificação consta, exatamente atrás do campo que indica o Órgão Emissor, o código de
barras aposto pela autoridade pública competente, o que pode ter prejudicado a correta leitura
do documento digitalizado.

Sem condenação em honorários advocatícios, por força das Súmulas 105 do STJ
e 512 do STF.

Condeno as partes ao pagamento das custas processuais pro rata, na forma do

art. 86, do NCPC, sendo que ficará suspensa a cobrança da proporção devida pela Impetrante
(50%), à luz do disposto no art. 98, § 3º, do NCPC, e da parte devida pela FIOCRUZ (50%),
na forma do art. 4o, I, da Lei no 9.289/96.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Remessa necessária na forma do art. 14, § 1º, da Lei no 12.016/2009.

Com o trânsito em julgado, nada sendo requerido, dê-se baixa e arquivem-se.

Documento eletrônico assinado por CAIO SOUTO ARAÚJO, Juiz Federal Substituto, na forma do artigo 1º, inciso III,
da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 2ª Região nº 17, de 26 de março de 2018. A conferência da
autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico https://eproc.jfes.jus.br, mediante o preenchimento
do código verificador 500000892648v13 e do código CRC 1ca13c1a.

Informações adicionais da assinatura:

Signatário (a): CAIO SOUTO ARAÚJO
Data e Hora: 23/11/2020, às 17:53:18

1. Sem grifos no original

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