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A determinação das contribuições específicas que cada conteúdo pode prestar a educação tem
merecido estudos.
Há diversas classificações de objectivos, que vão desde formulações muito amplas até
desempenhos específicos. Sumariamente, pode-se apresentar duas classificações de
objectivos.
Objectivos Cognitivos
Objectivos Afectivos
Objectivos Psicomotores
Taxionomia de Bloom
Objectivos Cognitivos
Os objectivos do domínio cognitivo estão relacionados com o conhecimento e habilidades
intelectuais dos alunos. O domínio cognitivo é que tem ocorrido a maioria das actividades em
desenvolvimento curricular e onde se encontra as mais definições claras de objectivos em
termos de comportamento do aluno. Este domínio especifica uma sequência de seis níveis ou
tempos:
As perguntam são concebidas para pedir aos alunos que decomponham a matéria e examinem
as partes componentes. Ex: Em que se assemelham as teorias x e Y e em que diferem?
Escreva uma crítica cuidada de teorias x e y. Pormenorize os seus pontos fortes e fracos.
Justifique a sua conclusão.
2.Objectivos Afectivos: O princípio integrador é o da “internalização”. A internalização
refere a um processo de crescimento interior pelo qual há aceitação de atitudes, interesses e
valores que se tornam parte do indivíduo, chegando ao ponto de caracterizá-lo.
Níveis de Objectivos Afectivos:
IV. Sensibilidade: é a capacidade para responder ao meio ambiente social e cultural e como
uma qualidade única e pessoal, quanto à percepção, significado e reacção. Inclui a capacidade
de empatia, isto é, colocar-se no lugar do outro.
V. Habilidades: são muito numerosas e variadas, incluindo leitura, resolução de problemas e
trabalhos em grupo.
Os objectivos da aula são elaborados pelo professor e na elaboração deve ter em conta os
seguintes aspectos:
- Maturidade
- Aprendizagem actual dos alunos
- Motivação
- Conteúdos
- Métodos
- Recursos disponíveis
- Tempo disponível do aluno em relação a quantidade de objectivos
- Condições espaciais da escola
- Contexto cultural, linguístico e geográfico dos alunos
A descrição do comportamento que se espera seja manifestado pelo aluno, se este alcançou o
objectivo, é o requisito básico. É a acção observável que o aluno desempenha.
O comportamento deve:
Para determinar se o aluno aprendu ou não algo, convem observar o resultado do seu
comportamento final ou desempenho terminal. Exemplo: O aluno deve ser capaz de nomear
dois escritores moçambicanos e suas obras.
Ser observável
O comportamento deve ser visível ou audível, enfim, ser captável pelos sentidos. Exemplo: O
aluno deve ser capaz de costurar um avental.
2o Requisito: Condição
Este requisito indica com que materiais ou objectos trabalha o aluno e que prova se lhe
propõe, e especifica que auxiliar ou recursos pode utilizar ou lhe estão vedados.
Critério é a evidência, a prova ou comprovante que se vai aceitar como garantia de que o
objectivo foi, em parte ou totalmente, atingido; é portanto, o resultado que se observa no
comportamento do aluno.
Em percentagem Ex: O aluno traduzirá, sem auxílio do dicionário, 90% das palavras de uma
lista dada.
Motivo e Motivação
A palavra motivo significa aquilo que faz mover, actua como é uma condição interna que
leva o indivíduo a persistir num comportamento orientado para um objectivo. O motivo é
causa das acções. Em consequência, motivar significa provocar movimento, actividade no
indivíduo. Motivação será, portanto, o processo que conduz tais condições.
Só aprende quem quer aprender. Esta é a primeira lei da educação. Você pode, talvez, ensinar
uma pessoa contra sua vontade. Fazer isso, porém não é aconselhável. A esse desejo de
aprender os educadores e psicólogos chamam motivação.
A motivação envolve duas coisas: (1) saber o que se deve aprender e (2) entender por que tal
aprendizagem é conveniente. Se houver esses dois elementos da motivação, o processo da
aprendizagem pode ter um bom início.
Para compreender o valor da motivação, reflicta sobre sua própria experiência. Talvez tenha
acompanhado um amigo a uma conferência na qual você não tivesse o menor interesse, e,
além disso, não visse nenhuma utilidade nem para si mesmo nem para o seu trabalho. Você
sentou-se, ouvindo atenciosamente, mas sem entusiasmo e sem interesse. Ao reflectir sobre
tal experiência, o que você acredita que tenha mudado em seu comportamento em
consequência desta experiência? Provavelmente nada.
Confronte essa experiência com outra. Você tem uma oportunidade de progredir. Isso
significa elevação de status, melhor salário, melhores condições de trabalho. O supervisor
reúne um grupo de possíveis candidatos para este posto. Você é um deles. A palestra começa.
Desta vez você não tem nada de apático. Você ouve atentamente. Captar cada palavra,
reflectir sobre elas significam seu futuro. Em tal situação não há dúvida quanto à sua
motivação. Trata-se de uma palestra, como a outra que você assistiu, mas que diferença de
reacção / Você está motivado, não há dúvida; está motivado porque quer aprender.
A maioria dos psicólogos acha que algum tipo de motivação seja talvez o único elemento
mais importante para uma aprendizagem eficiente. É o factor que impulsiona para uma
situação na qual outros factores do processo de aprendizagem podem começar a operar e
finalmente combinar-se para levar a eleito a aprendizagem total.
Positiva: é a motivação que resulta do emprego de recursos motivadores que não cria
perturbações na personalidade do aprendiz com, por exemplo, o elogio, o envolvimento do
ego (o estudante sente e aceita um certo desafio).
Negativa: é a motivação que conduz a aprendizagem, sendo contudo, antipsicológica e
deseducativa, porque trás perturbações à personalidade do aluno. Por exemplo, o castigo, a
ameaça, constituem incentivos eficazes, mas levam o aluno a se tornar inseguro, tímido,
violento, etc.
Funções da motivação
Atenção
A atenção define-se como o estado psíquico que consiste na orientação da actividade psíquica
para um objecto com inibição das outras zonas do cérebro.
Tipos de Atenção
Todos tivemos a experiência de ler uma página inteira, palavra por palavra, sem reter o
mínimo do que se leu. Essa condição resulta, com frequência, da falta de concentração e
ilustra a importância desse factor em todo o processo de aprendizagem.
Aptidão
O aluno deverá estar apto para aprender. Se a matéria ensinada está em nível demasiadamente
elevado deve ser dada uma instrução preparatória, visando prepará-lo para assimilação do
assunto em nível mais elevado. Deve-se evitar a sobre-exigência (exigir acriança mais do que
é capaz de fazer) ou sub exigência (exigir a criança menos do que está em condições de
realizar na base do seu estádio de desenvolvimento).
Organização
O propósito da aula, portanto, é ajudar o aluno a reunir as informações e os procedimentos para
compor a habilidade em um todo lógico e significativo. Quando a aula consegue isso, ela
alcançou muito no sentido de tornar a aprendizagem uma experiência criadora e significativa.
Alguns fatos bem apresentados, um objectivo claramente delineado é melhor do que um conjunto
de informações confusas. A mera distribuição de conhecimento importa menos do que a relação
lógica do conhecimento com o todo organizado e completamente integrado.
Tomar um conjunto de dados não-relacionados, observar uma situação complexa, ouvir relatórios
confusos e transformar esses elementos isolados, num quadro significativo é a qualidade de um
executivo ou de um bom professor. Assim com a qualidade de um bom aluno reside na
capacidade de tomar fatos e habilidades não-relacionados e convertê-los em forma eficiente de
trabalho. Tanto o executivo como o professor, ou o estudante, todos empregam técnicas
organizacionais como meio conveniente de resolver problemas. A organização converte a matéria
bruta da aprendizagem em forma construtiva para se alcançar o objectivo educacional.
Compreensão
Compreensão significa, literalmente, reter na mente, isto é, apreender mentalmente sentidos,
significados, implicações e aplicações que tornam uma situação compreensível para o aluno. Ver
o que algo significa, apreender o seu significado, é o objectivo e a culminância de toda
aprendizagem. Sem a compreensão, habilidades, conhecimentos e atitudes não têm valor e o
treinamento de pessoal é inteiramente inútil.
Em geral, a compreensão se desenvolve gradualmente. Através da motivação, concentração e
reacção, desenvolve-se um conjunto de fatos, idéias e habilidades; pela organização esse
conjunto é ajustado a um padrão lógico. À medida que se estuda a matriz dos dados assim
reunidos, gradualmente, começa-se a compreender o significado e as implicações de todo o
assunto. Para estar completa, no mais amplo sentido da palavra, a aprendizagem deve ir um passo
além.
Compreensão requer não apenas que se entenda, mas que se seja capaz de aplicar, apropriada e
eficientemente, o material entendido.
Reacção
No processo de aprendizagem, a acção é também básica e necessária. Ninguém adquire
conhecimento ou aptidão sem estar envolvido num processo educacional. Quer ouvindo uma
palestra, quer observando uma demonstração ou participando de qualquer forma de actividade de
aprendizagem, o aluno deve envolver-se na actividade mental com o afinco de um jogador em
busca da bola. Ele necessita de agilidade mental, vivacidade, cálculo e flexibilidade, para fixar os
fatos e ideias que são fornecidos a ele pelo professor.
Se o estudante mantém-se passivo, assistindo ao que está se passando sem procurar captar as
ideias, os fatos importantes da sessão de treinamento passarão por ele como a bola passa pelo
jogador que fica parado, olhando passiva e desinteressadamente.
A pessoa só aprende, como resultado de seu próprio esforço. Na realidade, não é possível ensinar
coisa alguma ao estudante. Em última análise, mostra-se como aprender. É nessa actividade que
reside a função singular do professor.
A verdade cruel e inflexível permanece: aprendizagem, em última análise, é o que cada um deve
adquirir por seu próprio esforço. Num sentido muito real, aprender é uma "operação individual".
Cada pessoa, em última instância, deve educar-se a si mesma.
Repetição
O esquecimento é o maior obstáculo da aprendizagem. Mesmo assim esquecer é humano. Todos
esquecem. Há pesquisas que mostram que um dia depois de os membros de uma classe ter
estudado uma matéria ou ouvido uma exposição, terão esquecido muito do que sabiam. Uma
semana mais tarde terão esquecido mais ainda; e à medida que o tempo passa, esquecerão mais e
mais, embora em ritmo mais lento. Entretanto, nunca esquecerão completamente tudo que
aprenderam. A curva de esquecimento é representada por uma linha descendente, depois
gradualmente tornando-se plana; a curva maior de esquecimento aparece logo após o término da
aprendizagem.
O antídoto para o esquecimento é a repetição. Repita uma operação ou um fato e aumentará sua
possibilidade de lembrá-los e fortalecerá sua capacidade de executá-los. Reveja um conjunto de
fatos e sua probabilidade de lembrá-los aumenta grandemente. Continue a repetição em
intervalos específicos, primeiro com maior insistência - cada dia, por exemplo, ou cada dois ou
três dias - depois em intervalos cada vez mais frequentes. A possibilidade de você esquecer o
aprendido quase deixa de existir.
Repetição intencional apoia e reforça a aprendizagem. O ato da repetição, entretanto, deve ser
intencional e ter propósito firme. Uma mera duplicação sem pensar de nada vale. Automatismo é
diferente de repetição, com determinação.
Para ser eficiente, portanto, como procedimento de aprendizagem, a repetição deve ser
acompanhada de concentração e reacção mental activa em relação ao assunto que está sendo
repetido.
Diferenças individuais
As diferenças individuais são de vária ordem. Alguns alunos bem dotados do que outros
possuem maior ou menor capacidade de memorizar, atenção e raciocínio, força de vontade.
Possuem essas qualidades de forma diferente, suas aquisições e realizações na vida escolar
variam, como também as técnicas de ensino.
A maioria dos assuntos a aprender não são inteiramente novos e que têm mais ou menos
relação com anteriores aprendizagens. A experiência passada influência profundamente as
aprendizagens, frequentemente mediatizada pela motivação do sujeito. As situações
vivenciadas quer agradáveis quer desagradáveis influenciam as atitudes do sujeito face a
aprendizagem.
Conceito
Nas análises sobre as perturbações de aprendizagem e do comportamento, muitos autores
referem-se de dificuldades ou mesmo problemas de aprendizagem.
SILVA (1997), no seu livro “aprendizagem e problemas”, define problemas de aprendizagem
como termo mais complexo e difícil de defini-lo dado os riscos de rotulá-los, divorciando-os
do contexto sócio-cultural de cada ambiente escolar, isto porque, o que pode ocasionar
obstáculos ou problemas para a aprendizagem num dado espaço sócio-cultural, pode não
ocasionar em outro.
Assim, podemos definir como problemas de aprendizagem, todas e quaisquer variáveis que
bloqueiam ou dificultam o processo natural da aprendizagem.
a) Dislexia
É uma perturbação da linguagem que se manifesta na dificuldade de aprendizagem da leitura
e da escrita, isto é, na dificuldade de distinção ou memorização de letras ou grupos de letras,
e problemas de ordenação, ritmo e estruturação das frases, afectando tanto a leitura como a
escrita.
Sinais Indicadores:
- Início tardio do desenvolvimento da linguagem ao nível fonológico, articulatório e de
fluidez;
- Início tardio `a soletração, `a leitura e `a escrita;
- Problemas de linguagem, tanto na leitura como na escrita, entre 9 `a 11 anos de idade;
- Leitura feita de forma lenta, sem ritmo, com leitura parcial de palavras, perda da linha que
está a ser lida, confusão quanto `a ordem das letras, inversões de letras ou palavras;
- Problemas linguísticos na área da sintaxe (vocabulário reduzido, menor fluidez nas
descrições verbais e na elaboração sintáctica – formação de frases);
- Compreensão verbal deficiente;
- Falta de análise sonora das letras ou grafemas (incapacidade para ler fonologicamente);
- Dificuldade na codificação fonológica (fonética verbal), dificuldade em transformar letras
ou palavras num código verbal; etc.
b) Disortografia
A disortografia constitui uma dificuldade da escrita, que pode manifestar-se
independentemente de haver ou não alterações na leitura. É o conjunto de erros da escrita,
feitos de forma sistemática, que afectam a palavra mas não o seu traçado ou grafia, que
podem provocar a total ininteligibilidade dos escritos.
Sinais Indicadores:
- Substituição de letras semelhantes;
- Omissões e adições, inversões e rotações;
- Uniões e separações;
- Omissão – adição de “h”;
- Escrita de “n” em vez de “m” antes de “p” ou “b”;
- Substituição de “r” por “rr”, etc.
Problemas Associados:
- Perceptivos: deficiência na percepção e na memoria visual auditiva;
- Afectivo-emocional: baixo nível de motivação;
- Linguísticos: problemas de linguagem – dificuldades na articulação, etc.
c) Disgrafia:
É a alteração da escrita que afecta na forma ou no significado, sendo do tipo funcional.
Perturbação na componente motora do acto de escrever, provocando compressão e cansaço
muscular, que por sua vez são responsáveis por uma caligrafia deficiente, com letras pouco
diferenciadas, mal elaboradas e mal proporcionadas.
Sinais Indicadores:
- Postura gráfica incorrecta;
- Forma incorrecta de segurar o instrumento com que se escreve;
- Deficiência da preensão e pressão;
- Ritmo de escrita muito lento ou excessivamente rápido;
- Letra excessivamente grande;
- Inclinação;
- Letras desligadas ou sobrepostas e ilegíveis;
Problemas Associados:
- Perturbação da lateralidade, do esquema corporal e das funções perceptivo-motoras;
- Perturbação de eficiência psicomotora (motricidade débil, perturbações ligeiras do
equilíbrio e da organização cinético-tonica, instabilidade), etc.
d) Discalculia:
O termo discalculia deriva de acalculia, o qual descreve um transtorno adquirido da
habilidade para realizar operações matemáticas, depois de estas se terem desenvolvido e
consolidado.
Sinais Indicadores:
- Dificuldades na identificação de números (visual e auditiva);
- Incapacidade para estabelecer uma correspondência recíproca (contar objectos e associar
um numeral a cada um);
- Dificuldade na compreensão de quantidade, de conjuntos;
- Dificuldades nos cálculos;
- Dificuldade para aprender a dizer hora;
- Dificuldade na compreensão do valor das moedas;
- Dificuldades de compreensão da linguagem matemática e dos símbolos;
- Dificuldades em resolver problemas orais, etc.
Problemas Associados:
- Deficiências em distinguiras diferenças entre formas, tamanhos, quantidades e
comprimentos;
- Dificuldade em observar grupos de objectos e dizer qual deles contém uma maior
quantidade de elementos, em calcular distancias e em fazer julgamentos de organização
visuo-espacial;
- Distúrbio ao nível da imagem corporal, etc.
A segurança emocional esta ligada a forca do ego que é composta de níveis altos de auto-
estima, auto-confiança e auto-controle. A força do ego também permite aos professores
superar fracassos e decepções.
E, com excepção desta última hipótese, podemos medir se um professor está fazendo essas
coisas de forma satisfatória ou não? Assim como não podemos compreender por inteiro o
comportamento infantil sem levar em conta o comportamento do professor, também não
podemos compreender o comportamento do professor sem levar em conta o da criança.
Alguns professores podem ser muito bem-sucedidos, por exemplo, ao estimular o
desenvolvimento socioemocional em determinado grupo de crianças, mas pode ter menos
êxito com outro grupo em que os problemas, embora não mais extremos, são de um tipo
diferente. E a simples presença de um único aluno muito perturbador na classe pode afectar
de forma substancial o desempenho do professor com os demais. Portanto, como e com que
grupo específico de crianças devemos tentar avaliar a competência do professor?
Além disso, a força do ego permite aos professores superar fracassos e decepções que, junto
com realizações e sucessos, são parte inevitável da vida escolar. Permite-lhes analisar e
aprender com os primeiros sem punir-se com sentimentos de culpa e inadequação, e
possibilita-lhes alegrar-se com os segundos sem abandonar certo senso de proporção.
Estudos feitos, não confirmam que o exercício bem-sucedido da tarefa de professor não se
correlaciona com níveis significativos de extroversão ou de introversão. O bom senso diria
que introvertidos extremos não se sairiam bem na sala de aula, pois achariam inaceitáveis as
pressões sociais impostas a eles, mas antes de tudo é raro que tais pessoas sintam atracção
pelo ensino. No entanto, a personalidade das crianças também deve ser levada em conta neste
ponto, com crianças extrovertidas talvez se relacionando melhor com um professor
extrovertido e as introvertidas talvez se dando melhor com um professor que tenda à
introversão.
Além dos vários aspectos da personalidade do professor discutidos acima, há algum indício
de que professores bem-sucedidos possuem o que se chama com frequência de atitudes
profissionais desejáveis. Isso significa que eles têm atitudes positivas em face da
responsabilidade e do trabalho diligente, vêem seu papel como algo além do simples ensino
de matérias escolares para as crianças e além dos limites estreitos do horário das aulas, e têm
uma atitude positiva perante as disciplinas em que se especializaram e a posição do professor
na sociedade.
Há uma série de escalas para medir os aspectos mais evidentes das atitudes dos professores e,
em particular, é claro, suas atitudes com os alunos.
Outra linha útil de pesquisa é examinar as técnicas de ensino preferidas dos professores (isto
é, seus estilos de ensino). De modo geral, métodos formais implicam uma ênfase no assunto
a ser ensinado, sendo a tarefa do professor iniciar as crianças nos aspectos do assunto
considerados essenciais, enquanto os métodos informais implicam uma ênfase nas crianças,
sendo a tarefa do professor identificar suas necessidades e tornar disponíveis as experiências
de aprendizado apropriadas para essas necessidades. Os métodos formais envolvem em geral
um nível relativamente alto de aulas expositivas e de trabalhos iniciados pelo professor, ao
passo que os métodos informais dão mais espaço para a iniciativa das crianças e apresentam
oportunidades maiores para o exercício da criatividade e responsabilidade.
Alguns professores podem utilizar uma mistura de ambas as abordagens, sendo possível ter
objectivos formais de aula, com uma identificação clara das habilidades e técnicas que se
deseja que a criança aprenda, mas trabalhar para alcançá-los por meio de métodos informais.
Isso implicaria, por exemplo, fornecer às crianças os equipamentos e materiais necessários e
apresentar-lhes certos problemas, cuja solução as levaria para o tipo de aprendizado
detalhadamente especificado de antemão.
Outra alternativa é adoptar os estilos de ensino alta iniciativa-baixa iniciativa que são uma
característica do trabalho de Leikart e seus colegas com crianças pequenas. Estes não devem
ser confundidos com os estilos de ensino informal e formal. Um professor de alta iniciativa
pode operar tanto no contexto formal como no informal, e é caracterizado por uma
consciência das necessidades de cada criança, por uma capacidade de variar as tarefas de
aprendizado a fim de atender essas necessidades, e por uma disposição de aprender com as
crianças e permitir que façam pleno uso de suas habilidades e capacidades. O professor de
alta iniciativa administra o ambiente de aprendizado de forma flexível e estimulante,
permitindo às crianças fazer escolhas sensatas, mantendo seu interesse e ajudando-as a
desenvolver a autoconfiança, a independência e a responsabilidade que acompanham a boa
tomada de decisões e a resolução de problemas. Professores de alta iniciativa tendem a ter
alunos de alta iniciativa e, mesmo em situações fortemente baseadas no currículo, são
capazes de identificar e desenvolver trabalhos orientados para a iniciativa.
Professores bem-sucedidos: saberem falar bem. No contexto da sala de aula, saber falar bem
significa ser um pensador disciplinado, com uma mente que saiba concentrar-se de modo
criativo num único grupo de ideias pertinentes em vez de ficar dando voltas. Significa saber
quando dar uma resposta e quando deixar a resposta incompleta para estimular as crianças a
fazer suas próprias pesquisas. Significa usar a voz de maneira expressiva e fluente, e formular
os pensamentos de maneira apropriada ao nível dos alunos com quem se está trabalhando. E
significa, acima de tudo, saber quando parar, para que as crianças sejam direccionadas a um
trabalho mais prático num ponto em que ainda estariam dispostas a escutar um pouco mais.
Ser bom em aulas expositivas pode parecer uma exigência grande demais, uma vez que não é
a mesma coisa que falar bastante. Professores silenciosos, para quem as ideias não vêm com
fluência quando têm de falar sozinhos, podem achar esse tipo de aula muito estressante e
preferir usá-la o mínimo possível. Porém, se alguns professores jamais adquirem a arte da boa
aula expositiva, não há razão para não adquirir a arte de escutar bem. Todo professor deve ser
capaz de incentivar as crianças a falar e de escutá-las com paciência e interesse, intervindo
apenas quando necessário e mostrando a elas que suas ideias merecem ser ouvidas. Mesmo
quando é preciso interromper os comentários de crianças que tendem a monopolizar os
debates em sala de aula, por uma característica natural ou por um desejo de atenção, o bom
professor é capaz de fazer isso de uma forma que proteja a auto-estima da criança e não iniba
sua vontade de voltar a participar numa próxima vez.
A boa aula expositiva também envolve a capacidade de fazer perguntas tanto do tipo factual
como do tipo trampolim, e de formular perguntas adequadas ao nível de capacidade, interesse
e conhecimento prévio das crianças. O estilo de ensino "indagador", o qual se apoiava de
forma particular no emprego de perguntas pertinentes, centradas na tarefa e apropriadas feitas
pelo professor, mostra-se muito bem-sucedido, em especial na escola primária.
Os professores podem ser bons para falar e bons para escutar em qualquer método que
estejam usando. Também não há razão para que não variem seus métodos de acordo com a
matéria que estiver sendo ensinada.
Esses argumentos deixam claro que há outra qualidade do professor para a qual devemos
chamar atenção, a flexibilidade, a capacidade de adequar os métodos ao assunto e às crianças
para as quais se está leccionando. Se os professores forem rígidos demais, ou tiverem uma
crença doutrinária de que seus métodos são certos e os de qualquer pessoa que discorde deles
são errados, estarão privando as crianças de uma gama de possíveis experiências de
aprendizado, para desvantagem de todos. A maioria dos professores nunca pára de aprender e
está sempre pronta a considerar os méritos de novas ideias e novas técnicas.
Stress do professor
O stress em seres humanos tem sido definido de várias maneiras, mas, em essência, é uma
exigência feita às capacidades adaptativas da mente e do corpo. Essa definição implica que:
• O stress em si não é nem bom nem mau;
• Ele se torna bom ou mau como consequência indirecta da força do agente stressante e como
consequência directa de nossa capacidade psicofísica de resistência.
Assim, alguns agentes stressantes são desafios estimulantes, outras são pequenas irritações, e
outros são pressões devastadoras. Similarmente, enquanto alguns indivíduos conseguem
enfrentar muitos agentes stressantes, outros são esmagados por eles. Em todos os casos, o
corpo tenta se adaptar a esses agentes; lidará com eles por um intervalo de tempo maior ou
menor dependendo do indivíduo em questão, mas, se o stress for sério e prolongado, acabará
ocorrendo algum tipo de colapso nessa reacção.
Se o nível de stress for brando, ou se a pessoa tiver alta resistência natural ou for hábil em
adaptação, o terceiro estágio poderá nunca ser atingido. Alguns indivíduos enfrentam o stress
com sucesso por longos períodos, e afirmam até beneficiar-se com ele16. Mas o stress cobra
seu tributo, e é importante saber tanto quanto possível sobre ele para evitá-lo quando
pudermos e lidar com ele com sucesso quando for inevitável.
Por sua natureza, a profissão do professor é uma ocupação stressante. Pesquisas recentes
mostram que, numa amostra de professores primários e secundários no Reino Unido, mais de
72% estão com stress profissional moderado e 23% apresentam stress grave. Não é difícil
encontrar as razões. Os professores enfrentam uma gama constante de pressões das crianças,
dos colegas, dos pais e de políticos e administradores, muitas delas conflitantes e quase
impossíveis de atender. Os professores têm o desafio contínuo de manter o controle da classe.
Não têm limites claros de horário de trabalho. Boa parte de seu trabalho é levada para casa, o
que torna difícil desligar no fim do dia. Estão abertos a críticas de inspectores, pais,
directores, meios de comunicação e políticos. Não dispõem de recursos e oportunidades
suficientes para reciclagem regular e ampla de seus conhecimentos. Espera-se que se
mantenham actualizados com novos formatos e novos desenvolvimentos em sua matéria de
ensino.
São afectados emocionalmente pelos sucessos e fracassos de seus alunos. E, talvez acima de
tudo, têm seu próprio senso de padrões profissionais e sofrem as frustrações decorrentes de
não conseguir alcançá-los.
Confrontado com esses agentes stressantes, o professor vai seguindo em frente, muitas vezes
com pouca ou nenhuma oportunidade de apoio externo. Trabalhando o dia todo com crianças
e em relativo isolamento de outros adultos, o professor tem um campo limitado para buscar
conselhos ou discutir dificuldades com os colegas. Isso pode soar estranho mas, em vários
aspectos, o ensino é uma profissão muito solitária, com cada professor fechado com seus
problemas do início ao fim de cada aula. O apoio e incentivo de pessoas envolvidas na
mesma tarefa e com um entendimento das dificuldades mútuas pode fazer muito para ajudar
os indivíduos a se adaptar ao stress, assim como o pode o auxílio de profissionais
especialmente preparados para aconselhar sobre questões específicas (psicólogos
educacionais e conselheiros de ensino). No mínimo, esse apoio e conselhos ajudam o
indivíduo a se sentir menos abandonado, menos exposto. Mas, no caso da profissão de
professor, os recursos escassos fazem que a grande maioria das pessoas tenha de se defender
sozinha a maior parte do tempo.
Estudos mais gerais do stress constatam que hostilidade (raiva, agressão, impaciência com os
outros) também pode tornar o indivíduo particularmente propenso aos efeitos adversos do
stress, e as frustrações e os conflitos amiúde presentes na situação de ensino parecem
claramente activar esse traço de personalidade em pessoas susceptíveis. Estudos da
Personalidade Tipo A (caracterizada por competitividade extrema, impaciência, insegurança,
irritabilidade e incapacidade de relaxar) indicam que a repressão da raiva, necessidade
frequente na situação de ensino para indivíduos com alta hostilidade (e mesmo para seus
colegas mais passivos!), pode ser ainda mais prejudicial do que sua expressão.
Planchard (1975) apud Oliveira e Oliveira (1999:21), resume as qualidades do bom professor
em duas: 1) aptidão para se impor aos novos; não propriamente por uma autoridade forte mas
pela irradiação da própria personalidade. Houve até quem quisesse caracterizar o bom
professor a partir da caracteriologia clássica (seria um “extrovertido”, na terminologia de
Jung, ou um “apaixonado”, na terminologia de Hermans et Le Senne, e nunca um
“introvertido” ou o tipo amorfo, nervoso, colérico); 2) adaptabilidade constante `as
necessidades e características dos alunos, e daí também espontaneidade e criatividade.
Assim, o ideal seria harmonizar entre as duas características, com predomínio da dimensão
afectiva.
Em outros estudos, fala-se também de algumas características essencialmente afectivas de
que devem estar revistados os professores, que são mais apreciados pelos alunos: simpatia ou
disponibilidade afectiva positiva para com os alunos, constância de humor ou de sentimentos,
autoridade ou segurança, estima e respeito pelos alunos.
Outras análises foram feitas por Dupout (1982) apud Oliveira e Oliveira (1999:23) onde
identificou os indicadores do bom professor ou dos factores determinantes duma boa relação
educativa. Ele procurou discernir no docente quatro (4) características qualitativas sobre a sua
personalidade profissional: educador-ajudante, educador-ensinante, educador-organizante e
educador-pessoa a tempo inteiro.
a) Educateur-aidant (modelo de estimulação afectiva – professor como psicólogo)
O professor deve, antes de mais, ajudar os alunos, uma vez que tem seres humanos diante de
si. Assim, tem de estar munido de qualidades de congruência (autenticidade e sinceridade), de
compreensão empática (pôr-se na pele dos alunos), de consideração (aceitação) incondicional
que confere `a relação educativa uma dimensão humana (ajuda psicológica).
b) Educateur-enseignant (modelo de transmissão de conteúdos – professor como docente)
Este tipo de professor tem como objectivo essencial a transmissão de conteúdos, usando os
métodos adequados. Constatou-se que o professor nesta perspectiva, dá mais importância ao
conhecimento, orientando-se por diversas taxionomias (exploração, compreensão, acção)
c) Educateur-organisant (modelo de estrutura de funcionamento na classe – professor como
gestor)
Nesta situação, o professor apresenta características muitas vezes semelhantes `as suas
primeiras facetas, mas está mais preocupado em planificar o ensino e as unidades da
aprendizagem. são analisados nesta dimensão três eixos, cada um com funções gerais e
particulares: poder-saber (o professor distribui determinados conteúdos ou saberes – função
de planificação); ser-saber (os alunos recebem esses conteúdos, tentando o professor apelar `a
sua participação em ordem `a aprendizagem – função de polarização); ser-poder (o professor
privilegia as relações pessoais com os alunos sobre as relações do saber – função de
personalização).
d) Educateur-personne `a part inti`ere (modelo para a identificação do professor)
O docente e antes de mais uma pessoa e deve ter um conceito positivo de si e uma boa
capacidade relacional com os alunos.
Ligado a personalidade do professor são abordagens sobre o tipo/estilo de professores. O
estilo do professor facilitar-nos a entender melhor as suas atitudes do professor perante os
alunos.
b) Professor democrático
Atitudes do professor: compromisso com os alunos na marcação dos objectivos e dos
métodos de trabalho, reforços atentos aos alunos.
Reacção dos alunos: bom rendimento escolar, continuação do trabalho na ausência do
professor (interesse pelo estudo em si e não por medo do professor), trabalho em comum,
satisfação interpessoal (amizade, altruísmo, elogios mútuos), maior criatividade e
espontaneidade.
Lawrence Kohlberg, descobriu que as pessoas não podem ser agrupadas em compartimentos
definidos com rótulos simplistas: “este grupo é honesto”, “este grupo é aldrabão”, ou “este
grupo é reverente”; o desenvolvimento moral ocorre de acordo com uma sequência específica
de estádios independentemente da cultura, sub cultura, continente ou pais. Em vez de se
definir de acordo com traços fixos, o carácter moral evolui segundo uma série de estádios de
desenvolvimento. Ele identificou três grandes níveis do pensamento moral, cada um
composto por dois estádios. Cada nível representa três formas diferentes de relação do
sujeito com as regras e normas sociais o que se reflecte em modos diferentes de definir o
que é justo e injusto.
Nível convencional sujeito interioriza e adapta como suas as regras morais. O sujeito
concebe as exigências da família, da escola, do grupo social ou da naçào como constituindo
valores em si mesmos, independentemente das consequências.
Implicações Pedagógicas
- Encorajar os valores determinados pelo indivíduo em vez dos ditados pela sociedade.
- Os professores devem ser um padrão de referência para as crianças, pois a educação moral
refere-se fundamentalmente ao desenvolvimento do carácter moral dos alunos incutido pelos
professores. A educação moral deve ser ensinada explicitamente na escola. As ciências
morais devem ser ensinadas na literatura. Assim, a disciplina e o desenvolvimento moral
podem constituir parte integrante de programas educacionais positivos.
- O professor deve conter os seus próprios julgamentos e não ficar excessivamente zangado
ou apenas repreender os alunos;
- Introduzir nas aulas debates sobre dilemas morais usando títulos de artigos de jornais, casos
do dia-a-dia, questões morais populares;
O carácter resulta da avaliação de expectativas que as pessoas têm com o sujeito. Ex: a
criança que habitualmente leva porrada ela acha que é bom bater.
Também tem a ver com a educação do carácter disciplinar. Um indivíduo disciplinado será
aquele que é obediente, obedece normas morais. Mas a obediência pode ser só feita para
evitar castigo, para agradar um grupo, conhecimento da causa e o efeito das acções.
O objectivo da avaliação do rendimento escolar não é a atribuição de notas, graus aos alunos,
mas o controle dos processos educativos e, portanto, do trabalho do professor e dos métodos
e meios empregados.
A avaliação consiste em emitir juízos de valor sobre o rendimento do aluno, o nível dos
conhecimentos, habilidades e aptidões.
Como avaliar?
A elaboração dos questões pode variar quanto:
À actividade mental
À redacção
As perguntam são concebidas para pedir aos alunos que decomponham a matéria e examinem
as partes componentes. Ex: Em que se assemelham as teorias x e Y e em que diferem?
o Questões de Síntese: combinação de elementos e partes de modo a formar um todo. Isso
envolve o processo de trabalhar com peças, partes, elementos, dispondo-os e combinando-os
para que constituam um padrão ou estrutura que antes não estava claramente evidentes. Isto
significa contribuir com algo de novo, reunir ideias para construir uma nova teoria, ir além do
conhecido, proporcionar novas formas de compreender. O aluno cria, integra e combina
ideias num produto, plano ou proposta, novos para ele. Exemplo de verbos: crie, elabore,
invente, desenvolva...
As perguntas devem levar o aluno para além do conhecimento presente. Ex: Descreva as duas
principais teorias, e mostre como é que podem ser combinadas.
Escreva uma crítica cuidada de teorias x e y. Pormenorize os seus pontos fortes e fracos.
Justifique a sua conclusão.
Provas subjectivas: são aquelas que dão maior liberdade ao aluno na resposta.
Alguns tipos de questões subjectivas são os seguintes:
a) Enumere
b) Esboce
c) Diferencie
d) Compare
e) Explique
f) Discuta
g) Desenvolva
h) Sintetize
i) Avalie
Vantagens:
Desvantagens:
Provas objectivas: são aquelas que exigem questões inequívocas. Envolvem respostas muito
curtas.
Deve-se evitar a dificuldade de leitura dos itens, a menos que a finalidade do teste seja medir
a capacidade de leitura ou vocabulário. Os itens do teste devem medir o que o aluno sabe
sobre o assunto;
Os itens do teste devem ser enunciados de modo a serem respondidos, mais pelo conteúdo do
que por sua forma;
Um iten não deve revelar pistas para outro e a capacidade para responder um certo item não
deve depender da capacidade de responder um que antecedeu;
Validade: é a extensão em que um instrumento mede aquilo a que se destina medir. Para que
a validade de um teste seja alta é preciso que meça o que foi ensinado, ou o que os alunos
tiveram oportunidade de aprender.
Fidedignidade: quando se medem os produtos da aprendizagem, torna-se bastante evidente a
necessidade de usar instrumentos que levem a resultados consistentes. A Fidedignidede
refere-se a consistência de um teste ao fazer qualquer medida.
Um teste pode ser altamente fidedigno para um determinado fim, isto é, por acontecer
resultados consistentes quando aplicado, e ser ainda pouco válido para este mesmo fim. Um
teste pode ser fidedigno sem ser válido, para um mesmo fim, mas não poder, ao mesmo
tempo, válido para um fim, sem ser fidedigno.
Tipos de Avaliação
Avaliação formativa: permite verificar o progresso dos alunos em relação aos objectivos
propostos, possibilitando a correcção de eventuais desvios, ou seja, pretende averiguar se
aprendizagem está a decorrer como o previsto. É uma avaliação que incide sobre segmentos
curtos da matéria.