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Sociedades simples
O tipo de sociedade simples é um tipo societário subsidiário. As sociedades que não
desenvolvam atividade empresarial, como as que exerçam atividade intelectual, de
natureza cientifica, literária ou artística poderão escolher um tipo de sociedade
empresarial. Caso assim o façam, serão submetidas à disciplina do tipo societário
escolhido, do contrário, serão disciplinadas pelo tipo da sociedade simples.
Esse tipo da sociedade simples fora estabelecido como disciplina geral e suas regras
serão aplicáveis supletivamente aos demais tipos societários.
Quanto à sua formação, a sociedade simples exige contrato escrito, que identifique o
nome dos sócios, sua qualificação, o objeto e capital social e as obrigações dos
sócios. O contrato deverá ser inscrito no Registro Civil de Pessoas Jurídicas no local
de sua sede e deverá indicar a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas.
O sócio pode ser pessoa jurídica e física. O incapaz poderá ser sócio desde que não
exerça a administração da sociedade e o capital esteja totalmente integralizado.
Cada um desses sócios deve realizar as contribuições sociais, conforme determinado
no contrato. Na sociedade simples, os sócios podem integralizar as quotas com servi-
ços, bens ou dinheiro.
As contribuições devem ser realizadas no prazo determinado no contrato social.
Decorrido o prazo sem o adimplemento, a sociedade poderá notificar os sócios para a
realizarem em 30 dias. Não satisfeita a obrigação, o sócio será considerado remisso e
responderá pelos danos causados à sociedade. Em vez de responsabilizá-lo, a
sociedade poderá preferir excluir o sócio remisso ou reduzir suas quotas ao montante
já integralizado.
Caso o contrato social não discipline qual a participação dos sócios nos lucros e nas
perdas, os sócios participarão na proporção das respectivas quotas.
O sócio que contribuiu em serviços, entretanto, somente participará dos lucros na
proporção da média do valor das quotas (art. 1.007).
Na sociedade simples, os sócios respondem ilimitadamente com seus bens pessoais
pelas dívidas sociais. A execução dos bens dos sócios, contudo, exige que os bens
sociais já tenham sido previamente esgotados.
Se nomeado no contrato social, o sócio não poderá ser destituído, pois se exige a
unanimidade para alteração do contrato. São irrevogáveis os poderes administrativos
atribuídos ao sócio por cláusula do contrato.
São revogáveis, a qualquer tempo, por maioria absoluta do capital social, os poderes
administrativos atribuídos aos sócios por ato separado, ou a quem não seja sócio.
5.6.1.3. Resolução e dissolução da sociedade simples
A dissolução da sociedade poderá ser total ou parcial. A dissolução parcial ou
resolução do sócio em relação à sociedade ocorre quando da retirada ou exclusão de
um dos sócios. Nesse caso, a sociedade continua a desenvolver sua atividade com os
sócios remanescentes. Liquida-se a quota apenas do sócio que se retira da
sociedade.
O valor da liquidação da quota deverá, a menos que haja disposição em contrato ao
contrário, ser aferido mediante balanço patrimonial à data da resolução, e o
pagamento deverá ocorrer em dinheiro em até 90 dias.
São hipóteses de resolução parcial:
a)falecimento de sócio, caso os sócios remanescentes não prefiram a dissolução
total ou o acordo com os herdeiros para a substituição do falecido;
b) exercício de direito de retirada dos sócios, nas hipóteses em que, se a sociedade
for por prazo indeterminado, o sócio notifique sua saída com 60 dias de antecedência.
Se prazo determinado, desde que prove judicialmente que tenha ocorrido uma justa
causa, como um ato que quebre sua confiança perante os demais;
c) exclusão do sócio. A exclusão poderá ser de pleno direito ou por maioria de votos.
Na exclusão de pleno direito, o sócio será excluído se for declarado falido ou houver
a liquidação de sua quota por credores particulares.
A exclusão também pode ocorrer por vontade da maioria dos demais sócios, caso
ocorra falta grave no cumprimento de suas obrigações, incapacidade superveniente,
ambas mediante ação judicial, ou caso o sócio seja considerado remisso.
Na dissolução total, por seu turno, ocorre o fim da atividade social, com a liquidação
das quotas de todos os sócios e a apuração do montante a ser distribuído. Com a
dissolução total, liquidam-se os bens para que o produto, após o pagamento dos
credores, possa ser distribuído proporcionalmente à participação do capital social
aos sócios.
A dissolução total pode ocorrer de pleno direito, sem que haja a apreciação pelo
Poder Judiciário. Ocorre, nos termos do art. 1.033 do Código Civil, com: a) o
vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não
entrar .. - a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo
indeterminado; b) o consenso unânime dos sócios; c) a deliberação dos sócios, por
maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado; d) a falta de pluralidade de
sócios, não reconstituída no prazo de 180 dias; e) a extinção, na forma da lei, da
autorização para funcionar.
Judicialmente, a dissolução total pode ocorrer com a anulação do ato constitutivo da
sociedade, o exaurimento do seu fim social ou a impossibilidade do cumprimento
deste.
Caracteriza-se por ser uma sociedade de natureza híbrida. A sociedade limitada não
pode nem ser caracterizada como sociedade totalmente de pessoa, em que
prevalecem as características pessoais dos sócios, nem como sociedade de capital,
em que é relevante apenas a contribuição social, mas não a pessoa do sócio.
Os sócios poderão disciplinar no contrato social quais características
preponderantes, ora de uma sociedade de pessoas, ora de uma sociedade de
capitais, regerão a vida societária. Podem assim determinar a regência supletiva
pelas normas das sociedades anônimas, como uma sociedade de capital, ou podem
permitir a livre cessão das quotas dos sócios a terceiros ou imporem maior restrição
etc.
5.6.2.1. Constituição
A dissolução total, por seu turno, tem as mesmas hipóteses da sociedade simples.
Poderá a sociedade ser dissolvida se vencer o seu prazo de duração, a menos que se
prorrogue automaticamente por não ter ocorrido oposição de sócios; pelo consenso
dos sócios; por deliberação da maioria absoluta dos sócios, na hipótese de sociedade
por prazo indeterminado; pela falta de pluralidade de sócios, caso não seja
reconstituída em 180 dias (o que deve ser considerado tacitamente revogado em
razão da nova possibilidade estabelecida de sociedade limitada com sócio único -
alteração realizada no art. 1.052, parágrafo único, pela Lei n. 13.874/2019), e pela
extinção da autorização para funcionar.
Nas companhias fechadas, o estatuto pode impor limitações à circulação das ações
nominativas, contanto que não impeça a
negociação das ações e não sujeite o acionista ao arbítrio dos órgãos de
administração da companhia ou da maioria dos acionistas (art. 36 da
LSA).
Caso essa limitação ocorra por alteração estatutária, a limitação somente será
aplicável às ações cujos titulares expressamente tenham concordado com ela.
Para que o capital social seja conforme a realidade efetiva dos bens conferidos pelos
acionistas ao integralizarem suas ações, a lei determinou que os bens deverão ser
avaliados por três peritos ou por empresa especializada, ambos nomeados na
assembleia geral de subscritores. O laudo será apresentado à assembleia que, caso o
aprove, permitirá a incorporação dos bens ao patrimônio da companhia.
Caso referidos bens sejam imóveis, a transferência dos bens não exige escritura
pública. A certidão de arquivamento dos atos constitutivos no Registro Público de
Empresas Mercantis é suficiente para a transferência, por transcrição no Cartório de
Registro de Imóveis, dos bens que o subscritor tiver contribuído para a formação do
capital social (art. 98, § 2°,
da LSA).
A responsabilidade civil dos subscritores que contribuírem com bens para a formação
do capital social será idêntica à do vendedor. Eles respondem, juntamente com os
avaliadores, com culpa ou dolo na avaliação dos bens pelo prejuízo que causarem à
companhia ou a terceiros.
Embora o capital social seja fixo, poderá ser reduzido ou aumentado.
O capital poderá ser aumentado por deliberação da assembleia geral ordinária para a
correção monetária de seu valor; por deliberação da Assembleia Geral ou do
Conselho de Administração para emissão de ações dentro do limite autorizado no
estatuto; por conversão de debêntures, partes beneficiárias e bônus de subscrição,
em ações; por deliberação da Assembleia Geral Extraordinária, mediante subscrição
pública ou particular, desde que depois de três quartos do capital social ter sido
integralizado; por capitalização dos lucros e das reservas.
O capital social poderá ser reduzido se a Assembleia Geral aprovar a redução em
razão de perdas sociais ou em razão de julgar o capital social excessivo (art. 173 da
ISA). Essa redução somente poderá ser eficaz após 60 dias da publicação da ata da
assembleia que a tiver deliberado, pois, no prazo, os credores poderão se opor à
redução e, caso o façam, o arquivamento da ata apenas poderá ser feita na Junta
Comercial caso o pagamento dos credores tenha sido realizado. Caso a companhia
tenha emitido debêntures, a redução de capital exige que os debenturistas aprovem a
redução.
A única exceção a essa regra ocorre com a sociedade anônima subsidiária integral.
Essa pode ser constituída por escritura pública e pode ter um único acionista
consistente numa sociedade brasileira.
Ao se tornar proprietário de ações, o acionista passa a obter direitos e a contrair
obrigações perante a companhia. Dentre as obrigações, a principal do acionista é o
seu dever de integralizar as ações por ele subscritas, conforme o previsto no estatuto
ou no boletim de subscrição.
Caso o acionista não faça o pagamento na data prevista, ficará de pleno direito
constituído em mora e se sujeitará ao pagamento de juros, correção e de multa que o
estatuto determinar, a qual não poderá ser superior a 10% (art. 106 da LSA). O
acionista em mora é considerado re-
misso.
Em face do remisso, a companhia poderá cobrar as importâncias devidas e/ou mandar
vender as ações em Bolsa de Valores. Caso ainda assim não consiga a integralização
das ações, poderá declará-las caducas e fazer suas as entradas realizadas.
Em relação aos direitos, os acionistas são titulares de direitos essenciais que não
poderão ser suprimidos nem pela Assembleia Geral, nem pelo próprio estatuto social.
Dentre esses direitos, os acionistas deverão participar nos lucros sociais. Os
acionistas têm direito a um dividendo obrigatório, consistente em um montante de
lucro estabelecido no estatuto social e, em sua omissão, será a de metade do lucro
líquido do exercício, com a dedução daquilo destinado às reservas sociais.
Se atribuído à classe, o voto plural não poderá ser superior a 10 votos por ação
ordinária e deverá ter prazo de vigência de até sete anos, prorrogável por deliberação
dos demais acionistas. Na companhia aberta, a criação do voto plural somente pode
ocorrer previamente à negociação de qualquer valor mobiliário conversível em ações
em mercados organizados.
As ações com voto plural serão convertidas em ações ordinárias sem
voto plural se forem transferidas a terceiros.
As ações de cada classe conferirão iguais direitos aos seus titulares, os quais
poderão ser tutelados, inclusive judicialmente. Nada impede que o estatuto da
sociedade estabeleça que as divergências entre os acionistas e a companhia ou
entre os acionistas não sejam submetidas ao judiciário, mas sejam solucionadas
mediante arbitragem.
O penhor da ação não impede o voto pelo acionista, mas o estatuto poderá exigir o
consentimento do credor pignoratício. O credor garantido por alienação fiduciária não
poderá exercer o direito de voto, apenas o devedor - e nos termos do contrato. Caso a
ação seja gravada com usufruto, o direito somente poderá ser exercido se houver
prévio acordo entre o proprietário e o usufrutuário.
A assembleia poderá suspender o direito de voto dos acionistas, se o acionista não
realizar suas obrigações, como, por exemplo, efetuar suas contribuições sociais.
5.6.3.7.1. Ações
Ações são bens representativos do capital social da companhia. Consideradas bens
móveis, as ações conferem ao proprietário direitos e deveres como acionista da
companhia.
As ações poderão ter valor nominal, preço de emissão e valor patrimonial.
As ações preferenciais, por seu turno, podem conferir direito de voto, voto restrito ou
não conferirem direito de voto. Não podem ter voto plural, restrito este às ações
ordinárias.
Caso possuam voto restrito, as ações preferenciais não podem ultrapassar 50% do
valor total das ações. Independentemente se companhia aberta ou fechada, as ações
preferenciais podem ser de uma ou mais classes, de forma a diferenciar os direitos e
limitações conferidos a cada classe de ações preferenciais.
Podem garantir prioridade na distribuição de dividendo, prioridade no reembolso do
capital ou ambos. Caso as ações limitem o direito de voto do acionista, elas precisam
garantir a eles um privilégio. Se limitar o direito de voto, a ação preferencial deve
garantir o direito de participar do dividendo a ser distribuído e que deve corresponder
a, pelo menos, 25% do lucro líquido do exercício; ou direito de recebimento de
dividendo por ação preferencial pelo menos 10% maior do que o atribuído a cada
ação ordinária; ou direito de serem incluídas na oferta pública de aquisição de
controle.
Se a companhia deixar de pagar os dividendos fixos ou mínimos, por prazo previsto
no estatuto, mas que não pode ser superior a três exercícios consecutivos, as ações
preferenciais com limitação de voto passarão a ter esse direito.
Ações de fruição são as em que já houve a amortização do valor que seria atribuído
numa partilha. Os acionistas já foram pagos em relação ao montante a que teriam
direito em uma liquidação da companhia. A ação de fruição garante os demais
direitos com exceção de participação no acervo por ocasião da partilha dos bens.
5.6.3.7.3. Debêntures
Debêntures são valores mobiliários emitidos pela companhia para captação de
recursos de longo e médio prazos. Não confere direitos de acionista, mas apenas
direitos de crédito em face da companhia.
Podem ser de quatro espécies: com garantia real (o empréstimo tem uma garantia
real de pagamento), com garantia flutuante (garantem um crédito com privilégio geral
sobre o ativo), quirografárias (não garantem nenhum privilégio aos titulares),
debêntures subordinadas (os titulares somente têm preferência sobre os acionistas
para receber partilha do ativo, em liquidação, mas menos privilegiada do que os
demais acionistas).
O estatuto social poderá garantir que as debêntures possam ser ou não conversíveis
em ações, caso o titular prefira, em vez de receber o que lhe fora garantido, converter
seu crédito em ação da companhia.
Os debenturistas podem se fazer representar, nas relações com a companhia, por um
agente fiduciário. Esse agente terá poderes para proteger os interesses dos
debenturistas.
Não são de emissão mais restrita às sociedades anônimas. Podem emitir os títulos as
sociedades anônimas, as sociedades limitadas e as sociedades cooperativas.
São promessas de pagamento conferidas aos titulares para pagamento entre 30 e 180
dias pelas companhias fechadas e entre 30 e 360 pelas companhias abertas,
conforme art. 7° da Instrução Normativa n. 134 da CVM,
Ainda que haja irregularidades na convocação, o vício será suprido caso todos os
acionistas tenham comparecido à assembleia.
A Assembleia Geral será realizada, preferencialmente, no edifício onde a companhia
tiver sede ou, por motivo de força maior, em outro lo-cal, desde que seja no mesmo
município da sede e seja indicado com clareza nos anúncios (art. 124, § 2°, da Lei n.
6.404/76).
Em virtude da alteração promovida pela Lei n. 14.030/2020, nas companhias, tanto
fechadas quanto abertas, poderá haver assembleia geral digital ou eletrônica. O
acionista poderá participar e votar à distância, nos termos do regulamento da
Comissão de Valores Mobiliários e do órgão competente do Poder Executivo Federal.
Os quóruns de instalação são de um quarto do total de votos em primeira convocação
e de qualquer número na segunda convocação. Se a deliberação for de alteração do
estatuto, o quórum de instalação é de dois terços do total de votos em primeira
convocação e a segunda convocação tem o quórum de qualquer quantidade de
acionistas com direito a voto.
Em regra, o quórum de votação é de maioria do total de votos dos acionistas
presentes. Nas sociedades anônimas fechadas, o estatuto pode aumentar o quórum
de algumas matérias.
Exige-se quórum qualificado de maioria absoluta do total de votos existentes e não
presentes exclusivamente à assembleia geral, se número maior não for exigido pelo
estatuto social, para as deliberações sobre: criação de ações preferenciais ou
aumento de classe dessas, alteração nas preferências, casos em que o quórum de
aprovação será de maioria absoluta de cada classe de ações preferenciais
prejudicadas; redução do dividendo obrigatório; fusão da companhia, incorporação e
cisão; participação em grupo de sociedade; mudança de objeto da companhia;
cessação do estado de liquidação da companhia; criação de partes beneficiárias;
dissolução da companhia.
m5.6.3.8.2. Administradores
São administradores das sociedades anônimas os membros do conselho de
administração e os diretores, ou somente os diretores.
Aos administradores, de modo geral, foi atribuído o dever de agir com diligência,
lealdade e sem conflito de interesses.
Com base no dever de diligência, o administrador deve empregar a diligência que
todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios
negócios. De modo que não pode praticar ato de liberalidade à custa da companhia,
salvo autorização da assembleia ou do conselho de administração, tomar por
empréstimo recursos ou bens da companhia, usar em proveito próprio os bens ou
serviços da sociedade, nem poderá receber de terceiros qualquer vantagem em razão
do exercício de seu cargo.
Pelo devedor de lealdade, deve manter reserva sobre os negócios sociais. Não poderá
usar em benefício próprio oportunidades comerciais de que tenha conhecimento em
razão do cargo nem poderá omitir-se no exercício ou proteção dos direitos da
companhia visando à obtenção de vantagens pessoais.
Terá ainda o dever de informar e de sigilo. O administrador deverá comunicar
imediatamente à bolsa de valores e divulgar pela imprensa fatos relevantes.
São fatos relevantes qualquer acontecimento que possa influir na decisão dos
investidores de comprar ou vender seus valores
mobiliários.
Caso a informação possa comprometer a estratégia da companhia, deverá manter
sigilo sobre o fato relevante e comunicar à Comissão de Valores Mobiliários sobre a
prestação de informações.
É o administrador responsável se violar suas atribuições ou poderes, com culpa ou
dolo ou com violação da lei ou do estatuto. Entretanto, o administrador não responde
pessoalmente pelas obrigações que contrair em nome da sociedade e em virtude de
ato regular de gestão, pois nesse caso age como órgão da companhia, obrigando-a
perante terceiros.
5.6.3.8.2.2. Diretores