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• Logística
Segundo Christopher (1997), logística refere-se ao processo de gerenciar a compra, o
monitoramento e a armazenagem de materiais, peças e produtos acabados por meio da
organização para poder maximizar a lucratividade presente e futura com a utilização de um
atendimento de baixo custo.
Já Ballou (1993) cita que a logística trata de todas as atividades de movimentação e
armazenagem que facilitam o fluxo de produtos/serviços, desde o ponto de aquisição da
matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que co-
locam os produtos em movimento com o propósito de providenciar níveis adequados aos
clientes a um custo razoável.
A logística traz benefícios operacionais e estratégicos para as organizações: em termos de
operações, entrega de produtos e serviços nos locais e horários desejados. ao menor custo
possível; no sentido estratégico, quando administrado com competência central. permitir a
diferenciação de serviços (por exemplo, entregas mais frequentes ou mais rápidas, maior
disponibilidade de produtos, melhor informação sobre encomendas ou por outros meios) ou
tirar partido de custos mais baixos.
Os gerentes de logística se preocupam com a satisfação do cliente. não só o consumidor final
no final da cadeia, mas também o cliente em qualquer ponto intermédio (na estação de
produção, no grossista, etc.). Ainda que o conceito de consumidor esteja geralmente associado
ao cliente no final da cadeia.

1.1
• História e evolução da logística
Após os anos 90, tem-se o que se considera a era do definitivo boom da logística, sendo hoje
considerada uma das áreas mais ferteis e prosperas dos negócios e fontes de oportunidades
de desenvolvimento de carreiras, já que ainda hoje existe uma demanda reprimida por
profissionais com competências e habilidades na área.
(A efervescência das atividades logísticas e intensificação de quantidade de empresas e
negócios a partir dos anos 90 se deveu à conjunção de muitos fatores, dos quais, não se tem
aqui a pretensão de esgotar o assunto, mas apresentar de maneira bastante sintética os
principais fatores impulsionadores:
o rápido desenvolvimento, sem precedentes na história, da tecnologia de ponta em geral,
incluindo tecnologias de sistemas de informação. De uma hora para outra, graças a revoluções
na informática, nas telecomunicações, na
Logística, Armazenagem, Distribuição e Trade Marketing
cibernética e robótica, vêm surgindo de forma cada vez mais célere, poderosos meios de
comunicação e de gestão empresariais, bem como tecnologias avançadas incorporadas aos
meios de transporte, melhorando a confiabilidade, a flexibilidade e a rapidez dos processos;
Segundo Fleury e Fleury (2003), a origem das atividades logísticas se confunde com o início
das atividades econômicas organizadas, ou seja, a partir do momento que o homem começou
a realizar a troca de excedentes da produção especializada, houve a introdução de três das
mais importantes funções logísticas: armazenagem, estoque e transporte.
Tudo o que era produzido em um dia, porém não vendido, era transformado em es- toque e
armazenado para posteriormente ser transportado ao local de consumo. Aí já se notava a
necessidade de conservação e controle de tais itens de forma a preservá-los até o consumo ou
utilização final.
A logística, em sua concepção inicial, consistia no simples ato de entregar o pro- duto
solicitado, no lugar solicitado, dentro de um determinado intervalo de tempo. Com o passar dos
anos, este conceito evoluiu, adquirindo novas vertentes, procurando sem- pre se adaptar às
necessidades específicas de cada década, no decorrer do sécu- lo XX (BOWERSOX; CLOSS,
2001).

1.2
• Funções da logística
A logística é composta de vários processos que tranquilamente podem ser alvo de um estudo
completamente a parte, tamanha é a complexidade de cada um. Podemos destacar como
ramos da logística:
• Transporte – De acordo com Alvarenga e Novaes (2000: 93), para se organizar um sistema
de transporte é preciso ter uma visão sistêmica, que envolve planejamento, mas para isso é
preciso que se conheça: os fluxos nas diversas ligações da rede; o nível de serviço atual; o
nível de serviço desejado; as características ou parâmetros sobre a carga; os tipos de
equipamentos disponíveis e suas características (capacidade, fabricante etc); e os sete
princípios ou conhecimentos, referentes à aplicação do enfoque sistêmico.
Classificação dos modais de transporte

Ferroviário: Conforme Bustamante (1999) a Modal Ferroviário é caracterizado por sua


capacidade de movimentar grandes volumes com eficiência energética, principalmente em
longas distancias, o sistema ferroviário de transporte de cargas apresenta boa segurança em
relação ao rodoviário, com menores índices de acidentes e roubos de carga.

Rodoviário: É o modal mais simples de ser utilizado, basta que existam rodovias, ruas,
avenidas e estradas. O sistema rodoviário corresponde pelo o transporte de 70% a 80% das
carga movimentadas no Brasil. Esse modal é o mais utilizado, pois atinge praticamente todos
os pontos do território nacional.

Aeroviário: É um dos modais mais rápidos para o transporte de cargas, porém os custos para a
implantação de aeroportos e manutenção são muito altos.

Aquaviário: Esse modal é utilizado para o transporte de produtos de baixo custos, como ferros,
cimentos entre outros.

Dutoviário: é utilizado para distribuir gás, petróleo, minérios e outros, através de dutos
projetados para cada finalidade. No Brasil, são pouco utilizados se comparados aos demais
modais, devido principalmente à especificidade da carga a ser transportada e ao altíssimo
custo de implantação

• Estocagem – No que se refere à armazenagem e estoque, a logística tem um papel


fundamental no planejamento, organização e controle. Na armazenagem é responsável pela
administração do espaço para a manutenção do estoque, a localização, o dimensionamento de
área, o arranjo físico, reposição de estoque, projetos de docas ou baías de atração e
configuração do armazém. No estoque é responsável por sua manutenção desde a entrada de
material até a entrega ao cliente.

• Distribuição Física – o profissional encarregado desta gestão deve se preocupar com diversos
fatores, entre eles a embalagem de transporte e armazenagem, além do tempo certo, e da
forma correta com que a mercadoria será entregue.

• Comprar – departamento responsável por repor o estoque de matérias- -primas.


• Logística Reversa – A logística reversa é a área da logística empresarial que tem a
preocupação com os aspectos logísticos do retorno ao ciclo de negócios ou produtivo de
embalagens, bens de pós venda e de pós consumo, agregando-lhes valores de diversas
naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros.

1.3
• Ferramentas na logística
• Activity-Based Costing (Custeio Baseado em Atividades ou ABC) – O Activity Based Costing
(Custeio Baseado em Atividades ou ABC) é um método de custeio que tem como objetivo
avaliar com precisão as atividades desenvolvidas em uma empresa. Ele é utilizado para ter
direção em seus custos e despesas. A característica desse método é a atribuição mais rigorosa
desses ao objeto de custo, permitindo um controle mais afetivo dos mesmos e oferecendo
melhor suporte às decisões gerências (LEONE 2000).
O objetivo do ABC é criar informações para decisões e melhorar a competitividade das
empresas. Segundo Nakagawa (1994) pode ser definida como um processo que combina
pessoas, tecnologias, matérias, métodos e seu ambiente, tendo como objetivo a produção de
produtos e serviços, descrevendo a maneira como a empresa utiliza seu tempo e recursos para
cumprir sua missão, objetivos e metas.
• Direct Product Profitability (Lucratividade Direta por Produto ou DPP)
A ferramenta conhecida como Direct Product Profitability (DPP) ou, em
português, "Lucratividade Direta por Produto", tem ganho grande aceitação na análise dos
custos logísticos, especialmente no setor varejista. Essa técnica procura identificar os custos
que incorrem por produto ou por pedido, à medida que estes se deslocam através do canal de
distribuição.
Sob a ótica dos fornecedores, a compreensão do DPP se torna importante porque
a sua sobrevivência como fornecedor dependerá dos custos que irão ocorrer à medida que o
produto se desloca através do seu sistema logístico. Da mesma forma que distribuidores e
varejistas estão muito mais conscientes da importância de um item é importante que os
fornecedores conheçam os fatores que causam impacto em seu DPP
(Christopher, 1997).

• Total Cost of Ownership (Custeio Total de Propriedade ou TCO)


O Custeio Total de Propriedade é uma ferramenta direcionada para a compreensão dos custos
de aquisição de um bem ou servico de um fornecedor especifico. Como ferramenta, o TCO
requer que o comprador determine quais são os custos mais relevantes para a aquisição,
manuseio e subsequente disposição desse bem ou serviço.

• Efficient Consumer Response (Resposta Eficiente ao Consumidor ou ECR)


O ECR é uma evolução de um conceito nascido de um relacionamento entre Procter&Ganble e
Wal-Mart denominado quick-response - resposta rápida.
O principal objetivo do ECR é atingir a satisfação total do consumidor, pois é desta forma que a
vida longa dos negócios será segurada. E para se atingir esta satisfação é necessário um
trabalho consistente e uma analise dos resultados com foco no consumidor BERTAGLIA.
2005).
Ching (2001) em seu livro Gestão de Estoques na Cadeia Logística Integrada, diz que o ECR é
um conceito inovador no relacionamento cliente X fornecedor, desenvolvido nos EUA a partir
de 1993, visando principalmente obter a eficiência na cadeia logística com a redução de
tempos e custos envolvidos no processo, de modo a gerar um maior valor agregado ao
consumidor. E, portanto uma iniciativa conjunta entre, fornecedores, fabricantes, atacadistas,
varejistas e demais facilitadores com a finalidade de atualizar e sincronizar a cadeia de valor,
desde o produtor da matéria prima até o consumidor final, dando a este a oportunidade de
comprar o produto/serviço certo, no local que lhe é mais conveniente, no momento que
precisar, na quantidade necessária e pagando um preço justo.

1.4
• Logística integrada
O conceito de logística integrada tem sua base em dois pilares centrais: nível de serviço e
custo total. O custo total com manutenção e alcance do nível de serviço desejado, deve ser o
menor possível, o nível de serviço tem relação com a criação de valor de um produto e serviço
para o consumidor.
A logística tem um papel central na criação de valor para o cliente como ambas as logísticas,
de dentro e de fora dos limites das empresas.
Assim, a logística deve ser pensada em um nível estratégico para se ganhar vantagem
competitiva. O ambiente competitivo abrange a demanda de mercado local ou global, incluindo
o preço, as características do produto, a localização em que tal mercado se encontra, o tempo
requerido pelos consumidores e a variabilidade da demanda (STOCK et al., 1999).
A satisfação do cliente é alcançada quando ocorre a criação de valor ao cliente e seus desejos
são atendidos em relação aos quesitos qualidade e disponibilidade. Os quatro tipos de
componentes de valor são a forma, tempo, lugar e posse, sendo o tempo e o lugar controlados
pela logística através de atividades como transporte, fluxos de informação e de estoques.
(BALLOU, 2006a; MENTZER et al., 2001). Bowersox (2006) complementa com o quesito
menor custo que é alcançado com a efetivação do menor custo total possível de um processo.
Para Lambert e Burduroglu (2000) a retenção de um cliente é menos custosa que a conquista
de um novo ou a reconquista de um antigo, onde a insatisfação é um fator de risco para
influenciar negativamente outros potenciais consumidores.
a satisfação do cliente é alcançada quando ocorre a criação de valor ao cliente e seus desejos
são atendidos em relação aos quesitos qualidade e disponibilidade. Os quatro tipos de
componentes de valor são a forma, tempo, lugar e posse, sendo o tempo e o lugar controlados
pela logística através de atividades como transporte, fluxos de informação e de estoques.
(BALLOU, 2006a; MENTZER et al., 2001). Bowersox (2006) complementa com o quesito
menor custo que é alcançado com a efetivação do menor custo total possível de um processo.
Para Lambert e Burduroglu (2000) a retenção de um cliente é menos custosa que a conquista
de um novo ou a reconquista de um antigo, onde a insatisfação é um fator de risco para
influenciar negativamente outros potenciais consumidores.
Bowersox e Closs (2001), identificam como logística integrada a competência que vincula a
empresa a seus clientes e fornecedores. As informações fluem pela empresa na forma de
atividades de vendas e de pedidos, e são filtrados em planos específicos de compras e de
produção. Não é suficiente garantir o desempenho interno de fluxo dos materiais e informações
para ser totalmente competitivo e eficaz, a empresa deve expandir de forma integrada
incorporando clientes e fornecedores.
Essa extensão é denominada de gerenciamento da cadeia logística.
Wood (1998), destaca duas atividades fundamentais para determinar o perfil da
logística integrada: primeiro, a identificação do ambiente competitivo (identificar e estabelecer
comparações e direcionar ações de melhores clientes e fornecedores); e segundo, a
determinação dos custos e valores da cadeia (determinar os custos e
valores de cada atividade e de orientação das ações de otimização).

Livro – Logística

https://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/464/3a_Livro_-
_Fundamentos_da_logistica.pdf?sequence=1&isAllowed=y

https://downloads.editoracientifica.org/articles/210303726.pdf

https://www.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0116476_03_cap_02.pdf

https://recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/94/136

https://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/1562/01%20Classificacao_caracteristica_mo
dais_Logistica-CEPA.pdf?sequence=1&isAllowed=y

https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/37969961/_armazenagem-
libre.pdf?1434990959=&response-content-
disposition=inline%3B+filename%3DLogistica_o_enderecamento_como_ferrament.pdf&Expires
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https://limpezapublica.com.br/wp-content/uploads/2019/03/logistica_reversa_01.pdf

https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/3133/3133

https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos06/784_Artigo%20Abc_Seget1.pdf
https://repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/6669/enegep2007_tr590445_9084.pdf?sequence=
1&isAllowed=y

https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/30964325/ENEGEP2000_E0043-
libre.pdf?1392151508=&response-content-
disposition=inline%3B+filename%3DO_ECR_como_fator_de_crescimento_para_o_s.pdf&Expir
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Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4Z

http://www.atena.org.br/revista/ojs-2.2.3-06/index.php/ASAA/article/viewFile/1808/1679

https://downloads.editoracientifica.org/articles/210303726.pdf

https://ri.uepg.br/riuepg/bitstream/handle/123456789/729/EVENTO_Aplicabilidade%20do%20E
CR%20como%20fator%20competitivo.pdf?sequence=1

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