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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA

Escola de Direito do Porto


DIREITO DA UNIÃO EUROPEIA

Critérios de correção - exame (época ordinária) - 18 de junho de 2018

Grupo I
Questão a)
− Mercado interno - enquadramento da liberdade aplicável
o Manuel Silva como beneficiário da prestação de serviços da Clínica – Livre
prestação de serviços -art. 56.º
o atividade independente e temporária - Ac. Gebhard; art. 57.º, 3.º parag. TFUE
o conceito de serviços é axiologicamente neutro - Ac. Schindler
o natureza dos serviços – 57.º

− Conteúdo
o direito do destinatário se deslocar para receber a prestação
o LPS abrange (e pode ser invocada), também, pelo beneficiário da prestação de
serviços-Ac. Van Binsbergen; Ac. Luisi e Carbone

− Restrição à LPS - art.56.º TFUE


o Razão Justificativa – autoridades portuguesas invocam razões de ordem pública –
Art. 52.º TFUE por remissão do art. 62.º TFUE

− Análise da restrição e argumento das autoridades portuguesas


o Princípio da proporcionalidade; acórdão Omega
o Se justificada – restrição como exceção admitida; se não justificada – restrição
proibida que viola DUE

− Restrição como violação do Direito da UE


o princípio da responsabilidade do EM por violação do DUE (Acórdão Francovich)
o se pressupostos da responsabilidade – responsabilidade do Estado Português por
violação do DUE

Questão b) – i)

− Direito de Estabelecimento - art 49.º e ss TFUE


− distinguir da LCT e LPS - Ac. Gebhard;
− beneficiários – nacionais e pessoas coletivas
− requisitos – 54.º TFUE
− direito de estabelecimento secundário - art. 49.º, n.º 1 TFUE

Questão b) - ii)
− Princípio do efeito direto (ac. Van Gend en Loos); ligação ao princípio do primado;
− Diretivas (caraterização) – artigo 288.º TFUE;
− Efeito direto das Diretivas (fundamentos); requisitos (ac. Ratti, Van Duyn, Comissão
v. Bélgica);
− Efeito direto vertical ascendente;
− Não transposição de uma diretiva constitui violação suficientemente caraterizada do
direito da União para efeitos de uma eventual ação de responsabilidade civil a intentar
contra o Estado Português por violação do direito da União (ac. Francovich,
Dillenkofer);

Questão b) – iii)

− reenvio prejudicial (art. 267º TFUE)


− não é possível invocar neste caso a jurisprudência Cilfit, porque em matéria de
validade das normas não vale qualquer doutrina de acto claro
− Ac. Foto-Frost - reenvio é sempre obrigatório quando está em causa a validade dos
atos de direito derivado
− Razões dessa obrigatoriedade
− Irrelevância da possibilidade de recurso - art. 267(2) TFUE
− eventual responsabilidade extracontratual do Estado por facto imputável à função
jurisdicional, de acordo com Ac. Köbler

GRUPO II

− Comissão - artigos 17.º TUE e 237.º e ss TFUE;


− Composição:
o 1 Comissário por cada EM (com um estatuto de independência) (17/3 TUE)
o Duração do mandato: 5 anos
− Função: Órgão colegial que representa e promove, com total independência, o
interesse geral da União (17.º /1 TUE)
− Competência:
o Competência executiva: executa o orçamento e gere os vários programas (17/1
TUE);
o Competência legislativa (17/2 TUE) + negociação de acordos internacionais (218
TFUE)
o Guardiã dos Tratados: controla aplicação de DUE (17/1; 258; 263;265; 337);
o Representação externa da União com exceção da PESC.
− Legitimidade democrática:
o Dupla legitimidade democrática
o Procedimento de nomeação (17/7);
o Cessão de funções individual (17/6) e coletiva (17/8).

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