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Casos práticos:

I. Suponha que

Em 2009 é concluída no quadro da Organização das Nações Unidas

uma convenção que estabelecia o alargamento da zona económica


exclusiva para 300 milhas marítimas.

Aquando da negociação, os Estados A e B manifestaram a sua total

oposição ao alargamento, votando contra e recusando


posteriormente a sua vinculação.

Em 2014 o Estado X pretendendo evitar envolver-se numa disputa

regional relativa aos direitos de pesca impede o acesso de navios


pesqueiros de A e D na faixa entre as 200 e as 300 milhas marítimas,
invocando o costume formado nessa matéria a partir da regra
convencional.

Ambos os Estados protestam

a. Por entenderem haver uma confusão entre regras convencionais e

consuetudinárias;

b. Por, em qualquer caso, não se considerem vinculados a qualquer

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regra consuetudinária eventualmente formada, já que A sempre se

opusera à mesma e D (que acedera à independência apenas em 2012)


não havia dado o seu consentimento.

Qvid jvris?

Levantam-se, na presente hipótese prática, duas questões: 1) saber se

a prática do levantamento dos meios utilizados nas explorações


subaquáticas configurava um costume, e 2) saber se (existindo esse

costume) ele é oponível ao Estado em questão.

[1] Quanto à primeira questão, sabemos que para haver um costume


tem de conferir-se a existência dos seus dois elementos: a prática e a

convicção da obrigatoriedade (cf. concl. 2).

Não parece existirem dúvidas quanto à verificação da prática: ela


vem expressa nos parágrafos primeiro e segundo do enunciado.

A oposição soviética não afecta esta consideração, já que o

comportamento dos Estados não tem de ser unânime (cf. concl. 8.1).
Essa oposição teria apenas como consequência que, formando-se o

costume, este não seria aplicável ou oponível à União Soviética


enquanto objector persistente (durante a formação do costume) – cf.

concl. 15

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Quanto à convicção da obrigatoriedade, esta parece poder retirar-se
da decisão da AGNU (parece evidente que a discussão havida e a

deliberação tomada apenas faça sentido em relação a esta convicção,


já que ninguém questionava a existência da prática levada a cabo por

todos menos a União Soviética).

[Repare-se, no entanto, que não se trata de retirar a convicção da

obrigatoriedade do acto da AGNU (que, enquanto tal, não tem


carácter vinculativo e só acessoriamente serve para demonstrar a

existência de um costume) mas antes da posição esmagadora dos


estados ao aprovarem a resolução. – cf. segunda alternativa da concl.

6.2]

Isto contraria a pretensão do Estado quando se refere a uma

liberalidade meramente vinculativa.

Assim sendo, devemos concluir que existe um costume.

[2] Quanto á segunda questão (saber se o costume se aplica ao


Estado em questão) importa, em primeiro lugar, conferir se o facto

de este nunca ter aceitado tal prática, o desobriga, do costume.

Ora é pacífico o entendimento atual no sentido de que os Estados

novos – como é o caso – estão obrigados aos costumes entretanto


formados, já que o fundamento da obrigatoriedade do costume não

radica no consentimento (cf. ponto C da Lição VIII).

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Dever-se-ia ponderar ainda se a o Estado em questão podia
beneficiar da objecção persistente da União Soviética. A resposta tem

de ser negativa: a objecção persistente de um Estado não beneficia


novos Estados (ignoramos, no caso, o facto de o Estado em questão

resultar de desagregação da União Soviética, o que nos levaria a


matéria ainda não considerada).

Concluímos, portanto, que [1] existe em costume e [2] esse costume

obrigava o Estado em questão.

II. Suponha que

Em 2014 foi aprovada, por unanimidade e aclamação, na Assembleia

do Conselho da Europa, uma Resolução que solenemente declarava


banida a pena de morte no continente.
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Desde essa data nunca mais foi aplicada a dita sanção.
No corrente ano as autoridades da Polónia pretendem a aplicação da

pena de morte (que continua prevista na lei, por não ter ocorrido
qualquer alteração formal) num caso de grande impacto público.

A defesa do cidadão em causa invocou a resolução de 2014 para

evitar tal condenação, mas o governo polaco – cujo partido de apoio


prometeu no debate eleitoral de 2018, voltar a aplicar da pena de

morte – impôs ao Ministério Público que, nesse sentido, solicitasse


essa aplicação, naquele caso.

Em duas sentenças anteriores (de 2015 e 2016) os tribunais polacos

haviam considerado que a Resolução de 2015 formara costume,


impedindo, por isso, a aplicação da pena de morte prevista na lei.

Qvid jvris?

A existência de duas sentenças judiciais húngaras considerando a


existência de um costume era elemento de prova da existência do

mesmo (e dos respectivos elementos).

De facto, as decisões judiciais são um dos meios expressamente


previstos para a demonstração da prática (cf. proj.º conclusão 6, nº2

in fine) e da convicção da obrigatoriedade (cf. proj.º conclusão 10, nº


2).

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É certo que a prática deve ser geral (proj.º concl. 8). Sobre isso do

enunciado resulta apenas que a pena de morte não mais foi aplicada
– sendo certo que isso poderia ter acontecido (pelo menos na

Hungria, em duas ocasiões) o que parece indicar haver uma prática e


não apenas uma omissão.

É também certo que uma resolução de uma O.I. ou de uma

conferência intergovernamental não é suscetível de criar uma regra


consuetudinária de per se, mas pode refletir uma norma

consuetudinária – se estabelece tratar-se de uma prática


acompanhada da convicção da obrigatoriedade – ou constituir um

elemento de prova para estabelecer a sua existência ou para


contribuir para o seu desenvolvimento – cf- projº conclusão 12. Este

parece ser o enquadramento da situação descrita.

Pode ainda invocar-se o diminuto período de tempo decorrido (dois


anos) mas, sendo certo que não há período mínimo (ac TIJ de

20.02.1969, Plataforma continental do Mar do Norte;

também. proj.º concl. 8.º/2), a situação descrita poderia até

configurar um caso de costume selvagem ou instantâneo (com a


opinio juris a anteceder a prática) – que o TIJ se vem mostrando

disposto a aceitar.

Subsiste também o problema da incompatibilidade com o direito


interno húngaro.

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Neste domínio é pacífico que os Estados (independentemente do

regime constitucional relativo à vigência do direito internacional na


ordem interna) estão obrigados a adequar o direito interno ao

cumprimento das suas obrigações internacionais, as quais podem


decorrer de quaisquer fontes, incluindo o direito consuetudinário.

EM CONCLUSÃO, os dados constantes no enunciado indicam a

existência de uma regra consuetudinária (que tanto pode ter sido


acolhida pela resolução do Conselho da Europa como este acto pode

ter contribuído decisivamente para a sua formação) a qual obriga o


Estado húngaro enquanto direito internacional geral ou comum,

devendo os tribunais continuar a recusar-se a aplicar a pena de morte


(tal como anteriormente haviam feito).

III. Suponha que

Durante um período longo de tempo os Estados com capacidade de


explorarem recursos mineiros nos leitos marinhos assumiam a

obrigação de retirar todos os meios utilizados nessas explorações


quando terminava a actividade de prospecção ou mineração. 

O governo soviético, cuja posição sempre foi a inversa, defendeu a

legitimidade da mesma em diversas ocasiões. A questão gerou um


animado debate, a vários níveis, chegando à Assembleia Geral das

Nações Unidas, onde veio a ser aprovada por maioria esmagadora,


uma resolução favorecendo a prática que vinha sido desenvolvida. Os

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estados com capacidade de exploração dos fundos marinhos

continuaram, por isso, nos anos subsequentes a obrigar-se ao


levantamento dos materiais utilizados na exploração.

Recentemente um novo Estado, resultante da desagregação da União

Soviética iniciou a exploração de fundos marinhos, não seguindo a


prática internacional na matéria.

Apesar de alguns estados insistirem, haver um costume, esse Estado


manteve a sua posição, alegando nomeadamente que nunca havia

aceitado tal prática como legítima, que tal prática consistia numa
liberalidade não vinculativa (sem que existisse convicção da sua

obrigatoriedade) e recordou a oposição soviética para negar a


existência de um costume.

Qvid ivris? 

Levantam-se, na presente hipótese prática, duas questões: 1) saber se

a prática do levantamento dos meios utilizados nas explorações


subaquáticas configurava um costume, e 2) saber se (existindo esse

costume) ele é oponível ao Estado em questão.

[1] Quanto à primeira questão, sabemos que para haver um costume

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tem de conferir-se a existência dos seus dois elementos: a prática e a

convicção da obrigatoriedade (cf. concl. 2).

Não parece existirem dúvidas quanto à verificação da prática: ela


vem expressa nos parágrafos primeiro e segundo do enunciado.

A oposição soviética não afecta esta consideração, já que o

comportamento dos Estados não tem de ser unânime (cf. concl. 8.1).
Essa oposição teria apenas como consequência que, formando-se o

costume, este não seria aplicável ou oponível à União Soviética


enquanto objector persistente (durante a formação do costume) – cf.

concl. 15

Quanto à convicção da obrigatoriedade, esta parece poder retirar-se


da decisão da AGNU (parece evidente que a discussão havida e a

deliberação tomada apenas faça sentido em relação a esta convicção,


já que ninguém questionava a existência da prática levada a cabo por

todos menos a União Soviética). [Repare-se, no entanto, que não se


trata de retirar a convicção da obrigatoriedade do acto da AGNU

(que, enquanto tal, não tem carácter vinculativo e só acessoriamente


serve para demonstrar a existência de um costume) mas antes da

posição esmagadora dos estados ao aprovarem a resolução. – cf.


segunda alternativa da concl. 6.2] Isto contraria a pretensão do

Estado quando se refere a uma liberalidade meramente vinculativa.

Assim sendo, devemos concluir que existe um costume.

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[2] Quanto à segunda questão (saber se o costume se aplica ao

Estado em questão) importa, em primeiro lugar, conferir se o facto


de este nunca ter aceitado tal prática o desobriga do costume.

Ora é pacífico o entendimento actual no sentido de que os Estados


novos – como é o caso – estão obrigados aos costumes entretanto

formados, já que o fundamento da obrigatoriedade do costume não


radica no consentimento (cf. ponto C da Lição VIII).

Dever-se-ia ponderar ainda se a o Estado em questão podia

beneficiar da objeção persistente da União Soviética.

A resposta tem de ser negativa: a objeção persistente de um Estado

não beneficia novos Estados (ignoramos, no caso, o facto de o Estado


em questão resultar de desagregação da União Soviética, o que nos

levaria a matéria ainda não considerada).

Concluímos, portanto, que [1] existe em costume e [2] esse costume


obrigava o Estado em questão.

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IV. Suponha que

Chocados com a destruição dos budas de Bamiyan pelos taliban, no


Afeganistão, em 2001, a Assembleia Geral das Nações Unidas

adoptou, sem votação, uma resolução que, não apenas condenava


veementemente a destruição de património artístico, mas também

impunha aos Estados a obrigação de tipificarem esse comportamento


como crime e consequentemente punirem os autores materiais ou

morais de tais actos.

Neste enquadramento responda às seguintes questões:

a. Explique se, neste enquadramento de facto, a inacção subsequente


de um Estado poderia configurar uma violação do direito

internacional. (8 valores)

Para que a inacção configure um incumprimento terá de violar


alguma regra internacional. No caso, apenas está em questão a

resolução das NU que impunha aos Estados a obrigação de


tipificarem esse comportamento como crime.

Importa, todavia, conferir se dessa resolução resultaram obrigações

jurídicas para os Estados.

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As resoluções da AG das NU não têm carácter vinculativo (art. 11.º
CNU). Donde, as eventuais obrigações apenas poderiam existir se a

Resolução formasse costume, o que parece não poder ocorrer (concl.


12/1).

Não obstante, a conduta relativa às resoluções aprovadas por

organizações internacionais constitui um meio de prova da aceitação


da convicção da obrigatoriedade (concl. 10.º/2).

No caso, tratando-se de uma resolução na qual não se sentiu sequer


a necessidade de a submeter à votação, poderíamos considerar que

existe um claro indício dessa convicção da obrigatoriedade.

Todavia, a existência de um costume supõe ainda a verificação da


existência de uma prática geral. E sobre essa prática o enunciado

nada diz, pelo que se terá de considerar que não existiu.

Poderemos apenas ponderar a hipótese de se tratar de um costume


selvagem – que se terá formado sem prática (um dos casos em que a

obrigatoriedade antecede a prática), assente apenas na assinalável


convergência dos Estados em volta da regra (cr. Lições.., pp. 126 ss. e

nota 206).

Assim, se considerarmos ter-se formado um costume selvagem, a

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inacção de um Estado poderia configurar uma violação do direito

internacional.

b. Admita que o conteúdo da resolução formou um costume que


conflituava pontualmente com a CRP. Explique se esse conflito

prejudicava a aplicação da regra consuetudinária na nossa ordem


interna. (4 valores)

Havendo um costume, a sua aplicação na ordem interna portuguesa

está prevista no art.º. 8.º/1 CRP (integra o conceito de direito geral


ou comum).

Verificando-se um conflito entre o direito internacional geral ou

comum e o direito constitucional português, a doutrina vem


defendendo a prevalência daquele (Lições…, pp.96 ss.), pelo que a

aplicação da regra consuetudinária não deveria ser prejudicada.

Suponha agora que a AGNU entendia desencadear um processo de


codificação do costume em causa.

No articulado da convenção estabelecia-se expressamente que a


vinculação decorria da ratificação.

O Estado A assinou e ratificou, mas não se considerava ainda


vinculado já que o seu direito interno impunha como condição da

vinculação a existência de um parecer favorável do tribunal


constitucional.
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c. Face ao direito internacional aplicável, estará o Estado A vinculado?
Justifique (4 valores)

Os Estados são livres para determinarem o procedimento necessário

á sua vinculação internacional (cf. Lições… pp. 165 e 191).

Todavia, quando esse procedimento divergir daquele que esteja

previsto no texto convencional, devem informar os demais Estados,


aquando da assinatura, garantindo assim os efeitos pretendidos.

No caso, não tendo A efectuado esse aviso, deve cumprir a


convenção em causa.

No caso, tratando-se da codificação de uma regra consuetudinária, A

sempre estaria vinculado a ela, nessa qualidade (excepto se houvesse


protestado durante a sua formação)

d. Suponha ainda que a constituição de um dado Estado reconhece a

vigência do costume, mas sujeita o direito convencional a uma


transformação, como requisito para a sua aplicabilidade. Classifique

fundamentadamente este mecanismo. (4 valores)

Os regimes que combinam mecanismos de transformação e de


receção – como é o caso, já que a referida constituição recebe o

costume mas condiciona a vigência do direito convencional a uma

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transformação – são normalmente designados por mecanismos ou

cláusulas de recepção semi-plena (cf. Lições…, p. 76).

V. Suponha que

Numa determinada região montanhosa, existiam 4 Estados (A, B, C e

D) sendo que deles, apenas um (A) tinha acesso ao mar. O


abastecimento de mercadorias de todos os Estados em causa fazia-se,

desde há séculos, pelo porto marítimo de A.


Em 2005 A e B assinaram uma convenção bilateral que codificava e

desenvolvia o costume relativo ao abastecimento de B através do


porto e território de A (eliminando definitivamente qualquer
discriminação aos cidadãos e empresas de B). Nesse ano, todavia,
mudou o governo de A e o novo executivo preferiu suspender o

processo, impedindo a ratificação da convenção. Não obstante, os


termos convencionais foram sempre cumpridos por A e B.

Em 2010 um outro governo de A introduziu pesadas taxas na


utilização do seu porto marítimo por estrangeiros, o que mereceu

protesto da parte de B, C e D, os quais, invocando o costume,


pretendiam continuar a abastecer-se através do dito porto, sem os

encargos impostos.

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A respondeu aos protestos explicando que B, C e D deveriam, isso

sim, agradecer a sua generosidade em facilitar durante muitos anos o


abastecimento sem exigir contrapartidas, mas que dessa liberalidade

não decorrera qualquer obrigação. E, por isso, no exercício dos seus


poderes soberanos, era livre para impor, a partir dessa altura,

naturais contrapartidas.

Neste enquadramento, responda às seguintes questões:

a. Explique se, neste enquadramento de facto, A estava obrigado a


manter o regime ou, pelo contrário, podia introduzir as limitações

anunciadas. Na sua resposta explique se o regime relativo a B era


diferente, face à convenção celebrada em 2005. (10 valores)

b. Classifique a referida convenção de 2005 indicando a relevância

prática de cada uma das classificações atribuídas. (5 valores)

c. Indique os possíveis termos de um artigo constitucional (de um


Estado Z) que estabelecesse uma cláusula de recepção plena

relativamente ao costume e uma cláusula de recepção automática,


relativamente aos princípios gerais de direito. Justifique os termos

propostos. (5 valores)

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CASO II

DIFERENÇA ENTRE ESTE CASO II E O CASO I

Neste caso temos duas decisões de tribunais internacionais – pelas


CONCLUSÕES 6/2 E 10/2, SÃO VÁLIDAS

CONCLUSÃO

- MEIOS DE PROVA DA PRÁTICA

- MEIOS DE PROVA DA OPINIO IURIS - CONVICÇÃO DA OBRIGATORIEDADE

1.º

SABEMOS QUE DESDE 2014, DESDE A DATA DA RESOLUÇÃO, ESTA É QUE É


IMPORTANTE PARA A FORMAÇÃO

SE NUNCA MAIS DESDE 2014 NUNCA MAIS FOI APLICADA POR MERA
CONVIVÊNCIA OU SE FOI POR O ESTADO TER A IDEIA DE QUE NÃO O DEVERIA
FAZER

OS TRIBUNAIS JÁ ANTERIORMENTE 2015 E 2016 TINHA DECIDIDO

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POR QUE SE APLICA AQUI? O DI DE CARATER GERAL SE IMPOE À OJ
INTERNA,

QUAL A SANÇÃO PARA A EXISTÊNCIA DE CONTRADIÇÃO DA APLICAÇÃO


DO DI?

A INAPLICABILIDADE DA NORMA INTERNA, o legislador deve retirar da OJ a


norma, ainda assim se ela não for aplicada está a cumprir o primado do DI, no
entanto se aplicar , o Estado é passível de Responsabilidade internacional

CASO III

SEMELHANTE AO CASO I

DESDE O INICIO

Sempre que se fala de um NOVO ESTADO é para tomar a obrigação quanto


AO COSTUME GERAL, é importante a resolução ser das Nações Unidas (NU)

A PRATICA ALEM DO CONSTANTE, NÃO TEM QUE SER UNANIME:

- TEM É QUE RECEBER A ACEITAÇÃO DE UM NÚMERO ALARGADO DE ESTADOS

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Art.º 2.º

NÃO ACEITOU A PRÁTICA COMO LEGITIMA, - POIS NÃO ACEITOU PORQUE ERA

UM ESTADO NOVO

- UM ESTADO NOVO NÃO HERDA AS VINCULAÇÕES ÀS ORDENS JURIDICAS


INTERNACIONAIS QUE O ESTADO ANTERIOR ACEITOU

- ELE APENAS TEM DE ACEITAR A OJ DO MOMENTO EM QUE ADERE

DUAS QUESTÕES:

- SE EXISTE OU NÃO COSTUME, 2, 6, 10 E EVENTUALMENTE A CONSLUSÃO 11

- A OPOSIÇÃO SOVIÉTICA PODE AFASTAR A IMPOSIÇÃO DO COSTUME Á


UNIAO SOVIETICA, MAS NÃO AOS RESTANTES ESTADOS –

CONCLUSÃO 8

REJEITOR PERSISTENTE:

CONVICÇÃO DE OBRIGATORIEDADE – CONCLUSÃO 10

Quanto à posição do NOVO ESTADO importa em primeiro lugar conferir se o


facto de não aceitar a tal prática, O DESOBRIGA DO COSTUME?

Já vimos que não podia invocar a oposição da URSS nem invocar o facto de ser
novo, assim o COSTUME SERIA DE VINCULAÇÃO OBRIGATÓRIA PARA ELE

VER MAIS UM CASO PRÁTICO QUE A PROFESSORA CRISTINA VAI COLOCA RNO
MOODLE

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PERGUNTAR DUVIDAS PELO TEAMS

SE APARECER PT TEMOS DE IR BUSCAR O Art.º 8.º DA CRP

MATERIA TEORICA MONISMO DUALISMO ATE AO COSTUME

AULA 18/11/2022

A Convenção Internacional pode revestir duas formas:

-TRATADO SOLENE

- ACORDO EM FORMA SIMPLIFICADA

161 CRP É SUPER IMPORTANTE EM TERMO DE VINCULAÇÃO DO ESTADO PT

161 i) DA CRP- 1ª PARTE:

- TRATADOS, DESIGNADAMENTE, OS DE DEFESA, PAZ, AMIZADE,


PARTICIPAÇÕES EM OI, E ASSUNTOS MILITARES, RETIFICAÇÃO FRONTEIRAS

TEM QUE SER DE FORMA SOLENE: 136 /B- TEM QUE HAVER RATIFICAÇÃO DO
PR

161 i) DA CRP- 2ª PARTE:

- TRATADOS BEM COMO OS ACORDOS DA SUA COMPETÊNCIA RESERVADA

PARTICULARIDADE:

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As matérias que se inserem na 2ª PARTE SEGUEM A FORMA SOLENE OU
SIMPLIFICADA, conforme for decidido na CONVENÇÃO

MATÉRIAS DA COMPETÊNCIA RESERVADA – Art.º 164 e 165: AQUI NÃO HÁ


RESERVA ABSOLUTA OU RELATIVA, PORQUE essas RESERVAS são PARA A
COMPETENCIA LEGISLATIVA,

O titulo do Art.º 161 REFERE-SE É COMPETENCIA POLITICA E RELATIVA

Ora o Art.º 161 i):

É COMPETENCIA POLITICA E NÃO LEGISLATIVA, logo a RESERVA É PARA A


COMPETENCIA LEGISLATIVA E NAO SE APLICA no âmbito das MATÉRIAS
INTERNACIONAIS

Num CASO PRÁTICO pode sair que:

A AR aprovou uma LEI de AUTORIZAÇÃO ao GOVERNO PARA ELE APROVAR


uma CONVENÇÃO NA ORDEM INTERNA

NÃO PODE SER, pois esta LEI de AUTORIZAÇÃO, é apenas dada no âmbito
da COMPETÊNCIA LEGISLATIVA e NÃO DA COMPETÊNCIA POLITICA.

QUAL A COMPETENCIA DO GOVERNO ENTÃO:

Art.º 197/C – aprovar os acordos internacionais que NÃO SÃO DA


COMPETÊNCIA DA AR

O GOVERNO SÓ APROVA AS MATÉRIAS QUE NÃO SÃO DA COMPETÊNCIA DA

AR, OU SEJA, ACORDOS EM FORMAS SIMPLIFICADA

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Significa que todas as matérias dos Art.º 161 i), 164, 165, por força da segunda
parte do 161/i) , são todos da competência da AR – TRATADOS E ACORDOS

161 i) DA CRP- 3ª PARTE:

Todas as matérias que não são da competência da AR, mas que o governo
resolve submeter-lhe

Significa que todas as matérias dos Art.º 161 i), 164, 165, por força da segunda
parte do 161/i) , são todos da competência da AR – TRATADOS E ACORDOS

Sendo assim pelo Art.º 197/C que nos diz qual é a obrigatoriedade de forma
do Governo:

- O Governo só aprova ACORDOS EM FORMA SIMPLIFICADA

- No Art.º 161 temos TRATADOS E ACORDOS - AR

- No Art.º 197 temos SÓ ACORDOS – GOVERNO

161 i) DA CRP- 1ª PARTE:

Todos os Tratados sobre defesa, paz, amizade, retificação de fronteiras,


participação em OI e Assuntos militares

161 i) DA CRP- 2ª PARTE:

Todas as matérias constantes do Art.º 164.º e 165.º

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161 i) DA CRP- 3ª PARTE:

Os acordos que o governo entenda submeter à AR.

Todas as matérias que não são da competência da AR, mas que o governo
resolve submeter-lhe, mesmo sendo próprias da competência DELE.

Daqui resulta que a AR aprova TRATADOS SOLENES, pelo Art.º 161/i – 1ª


parte

Aprova novamente TRATADOS SOLENES, pelo Art.º 161/i – 2ª parte

Ou

ACORDOS EM FORMA SIMPLIFICADA também pelo Art.º 161/i – 2ª parte

E AINDA

ACORDOS EM FORMA SIMPLIFICADA, que o Governo entenda submeter-lhe,


pelo Art.º 161/i – 3ª parte

O GOVERNO só aprova ACORDOS EM FORMA SIMPLIFICADA pelo Art.º 197/c

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NUM CASO PRÁTICO COMO VAMOS VER?

1.º - Ver qual a matéria objeto da hipótese

2.º - Dentro da matéria objeto de hipótese, ver primeiro se se enquadra na


obrigatoriedade dos tratados solenes, se estamos perante PAZ, DEFESA,
AMIZADE, RETIFICAÇÃO DE FRONTEIRAS, PARTICIPAÇÕES EM OIs OU
ASSUNTOS MILITARES, não sendo nenhuma destas matérias do 161 i

3.º - Ver se se enquadra no 164 ou 165, se se enquadrar, já sabemos que pode


ser FORMA SOLENE ou FORMA SIMPLIFICADA

4.º. Se não se enquadrar no 164 ou 165 tem de ser FORMA SIMPLIFICADA DA


COMPETÊNCIA DO GOVERNO- Art.º 197/c

Este é o ponto de partida para o pr

ocesso de vinculação do Estado Português

As CV Internacionais pelo n.º 2 do Art.º 8.ºCRP têm de ser aprovadas a nível


interno

Essa APROVAÇÃO É UM ATO DE COMPETÊNCIA POLITICA SEJA DA AR SEJA DO


GOVERNO

E o ponto de partida é o Art.º 161/i)

DIP – HELENA DE ALBUQUERQUE LAEZZA – U. LUSÍADA -PORTO


Em função do Art.º 161/i) vamos determinar:

1.º - Quem tem competência para aprovar

2.º - Qual a forma da convenção

Ou seja, quem define quem é competente para aprovar a CV e a forma que a


CV tem de revestir, para Portugal é a CRP.

O que significa que podemos ter uma CV Internacional que pode ser um
TRATADO EM FORMA SIMPLIFICADA para um determinado Estado e ser um
TRATADO SOLENE para outro.

Obviamente que os Estados quando fazem a negociação fala-se das chamadas


“Disposições Finais” ou “Clausulas transitórias” decidem qual a forma de
vinculação de cada um deles

Estudar muito o 161 para resolver o caso pratico

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SABER APLICAR O 161.º É METADE DO CAMINHO PARA RESOLVER O CASO
PRÁTICO

a forma como é feita, É A MESMA, INDEPENDENTEMENTE DE QUEM TEM


COMPETÊNCIA PARA APROVAR, É SEMPRE A MESMA COISA

Temos 3 esquemas, que têm fases comuns.

1.º MOMENTO DO PROCESSO DE VINCULAÇÃO INTERNACIONAL DO


ESTADO PORTUGUÊS:

A NEGOCIAÇÃO, quem tem competência para NEGOCIAR?

- A negociação é da competência EXCLUSIVA DO GOVERNO – Art.º 197/1


CRP

- Tem competência genérica para a negociação o MNE

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- Podem participar na NEGOCIAÇÃO, naqueles assuntos que lhes digam
respeito participar (e não é fazer a negociação, apenas participar) as
REGIÕES AUTÓNOMAS

– O Art.º 197/b, diz respeito a dois momentos: fala-nos de NEGOCIAR e


de AJUSTAR

O que é que é o AJUSTAR?

AJUSTAR É A ASSINATURA INTERNACIONAL

QUEM TEM COMPETÊNCIA GENÉRICA PARA A FAZER É O PM

É O AJUSTAR QUE CORRESPONDE À ADOÇÃO DO TEXTO E À

ASSINATURA DO TEXTO – Art.º 9.º e 10.º da CV69 - ADOÇÃO E A


AUTENTICAÇÃO

Por isso SE PERGUNTAREM:

QUEM É QUE EM PORTUGAL ASSINA OS ATOS INTERNOS DE


APROVAÇÃO DAS CONVENÇÕES INTERNACIONAIS?

NÃO É O PR

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QUEM TEM COMPETÊNCIA PARA ASSINAR OS ATOS INTERNOS DE
APROVAÇÃO DAS CONVENÇÕES INTERNACIONAIS EM PT,

É O PRIMEIRO-MINISTRO

ASSIM:

O PM ASSINA:

AS CVs

O PR ASSINA:

AS RESOLUÇÕES DA AR E OS DECRETOS DO GOVERNO

RESUMINDO:

- A NEGOCIAÇÃO É FEITA PELO GOVERNO, ENCABEÇADO PELO MNE (Ministro


dos Negócios Estrangeiros) ATRAVÉS 12/1 DO DL…

- COM A PARTICIPAÇÃO DOS VÁRIOS DEPARTAMENTOS MINISTERIAIS


ENVOLVIDOS

- QUEM PÕE TERMO À NEGOCIAÇÃO ATRAVÉS DO TAL “AJUSTAR” É O PM,

É A PARTIR DESTA ALTURA QUE TEMOS UM TEXTO DE UMA CONVENÇÃO QUE


VAI SER ENVIADO PARA APROVAÇÃO
DIP – HELENA DE ALBUQUERQUE LAEZZA – U. LUSÍADA -PORTO
Nós sabemos que a AR não delibera sem proposta do GOVERNO

O que é que temos aqui?

TEMOS:

- O TEXTO DA CONVENÇÃLO QUE É COMPOSTO PELO PREÂMBULO, PELO


ARTICULADO E PELAS DISPOSIÇÕES FINAIS, QUE NOS DIZ QUE É UMA
COMPETÊNCIA POLÍTICA

VAI SER ENVIADO PARA APROVAÇÃO

É NESTA ALTURA QUE DECIDIMOS SE TEMOS APROVAÇÃO PELO GOVERNO OU


SE TEMOS APROVAÇÃO PELA AR.

Em que é que consiste a APROVAÇÃO?

EM TERMOS DE COMPETÊNCIA POLITICA OU D COMPETÊNCIA


LEGISLATIVA

O TEXTO É O QUE LÁ ESTÁ E A APROVAÇÃO CONSISTE NUM SÓ APROVADO

SE FOSSE COMPETÊNCIA LEGISLATIVA, O QUE É QUE O ESTADO IRIA FAZER?

ESTE TEXTO IRIA REPRODUZI-LO NUM ATO DE DIREITO INTERNO,

MAS NÃO É ISSO QUE SE FAZ EM PORTUGAL , SENÃO TERÍAMOS


CLAUSULAS DE TRANSFORMAÇÃO

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ASSIM SE ISSO ACONTECESSE ESTARÍAMOS UM SISTEMA DUALISTA, OU UM
SISTEMA MONISTA COM PRIMADO DE DIN

NÓS ESTAMOS COM O OPOSTO, SISTEMA MONISTA COM PRIMADO DO DI

O QUE É QUE SE FAZ?

VAI-SE ADOTAR UM DIPLOMA ONDE SE DIZ QUE O ESTADO PORTUGUÊS, OU A


AR, OU O GOVERNO EM REPRESENTAÇÃO DO ESTADO PORTUGUÊS, APROVA
A CONVENÇÃO EM ANEXO

ESTÁ ASSIM APROVADA TENDO EM ANEXO O TEXTO DA CV

NUMA DAS LÍNGUAS OFICIAIS E NA LÍNGUA PORTUGUESA

- NÃO HÁ QUALQUER INTERVENÇÃO NO TEXTO DA CV QUE HÁ - DE SER O


MESMO PARA TODOS OS ESTADOS, OU SUJEITOS QUE INTERVENHAM NA CV

NO ENTANTO, É NESTE MOMENTO AQUI DA APROVAÇÃO, QUE SE O


ESTADO ENTENDER PODEM SER APOSTAS RESERVAS

Sendo assim aprovada a CV X com as RESERVAS Y, Z…

QUEM É QUE APROVA AS RESERVAS?

É QUEM TEM COMPETENCIA PARA APROVAR A CONVENÇÃO,

- SE FOR DA COMPETÊNCIA DA AR, AS RESERVAS SÃO DA SUA COMPETÊNCIA


TAMBÉM

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- SE FOR COMPETÊNCIA DO GOVERNO A APROVAÇÃO DA CV TAMBÉM É DA
SUA COMPETÊNCIA A APROVAÇÃO DAS RESERVAS

ASSIM:

- SE FOREM MATÉRIAS DA COMPETÊNCIA DA AR, AS RESERVAS TAMBÉM SÃO


APROVADAS POR ELA

- SE AS MATÉRIAS FOREM DA COMPETÊNCIA DO GOVERNO TERÁ QUE SER ELE


A APROVAR AS RESERVAS

VAMOS ENTÃO VER UMA APROVAÇÃO DE RESERVAS DA


COMPETÊNCIA DA AR:

VAMOS COMEÇARA POR:

ACORDO EM FORMA SIMPLIFICADA DA COMPETÊNCIA DA AR

ESTA FASE É COMUM:

- AOS TRATADOS SOLENES DA COMPETÊNCIA DA AR

- AOS ACORDOS EM FORMA SIMPLIFICADA DA COMPETÊNCIA DA AR

- AOS ACORDOS SIMPLIFICADOS DA COMPETÊNCIA DO GOVERNO

PORTANTO A FASE DA NEGOCIAÇÃO É SEMPRE A MESMA

- SENDO DA COMPETÊNCIA DA AR, O GOVERNO É O PRIMEIRO A INTERVIR,


NOS TERMOS DO Art.º 197/d) CRP,

O GOVERNO TEM DE APRESENTAR À AR, UMA PROPOSTA DE RESOLUÇÃO


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QUE VAI SER ENVIADA À AR, QUE APROVA A RESOLUÇÃO NOS TERMOS DO

Art.º 166/5 CRP :

“REVESTEM A FORMA DE RESOLUÇÃO OS MAIS ATOS DA COMPETÊNCIA DA


AR”

- OU SEJA TIRANDO OS ATOS QUE ESTÃO PARA TRÁS, AS CV INTERNACIONAIS

REVESTEM A FORMA DE RESOLUÇÃO

ISTO DIZ RESPEITO À FORMA E COMO ESTAMOS NO ÂMBITO DE


ACORDOS EM FORMA SIMPLIFICADA SÓ PODEMOS ESTAR NUMA DE
DUAS SITUAÇÕES:

- 161/ i) – 2ª parte que remete para o Art.º 164.º e 165.º

- 161/ i) – 3ª parte

A RESOLUÇÃO VAI SER ENVIADA AO PR PARA ASSINATURA – Art.º


134/b

ATENÇÃO:

O PR ASSINA A RESOLUÇÃO, NÃO PROMULGA. PORQUÊ?

PORQUE A PROMULGAÇÃO É PARA A COMPETÊNCIA LEGISLATIVA

O PR:

PROMULGA LEIS,
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NÃO PROMULGA RESOLUÇÕES,

ASSINA SIM, DECRETOS DO GOVERNO E RESOLUÇÕES DA AR – Art.º 134/b

Assim, PR assina a Resolução, mas se entender que tem dúvidas


pede a FISCALIZAÇÃO PREVENTIVA DA CONSTITUCIONALIDADE

Esta RESOLUÇÃO, a seguir vai para REFERENDA MINISTERIAL –

Art.º 143.º, sob pena de INEXISTÊNCIA DO ATO.

O que é a REFERENDA MINISTERIAL?

É FEITA PELO GOVERNO,

É UMA CONTRA ASSINATURA, OU SEJA,

A REFERENDA MINISTERIAL É A ASSINATURA DO PM (1.º MINISTRO) QUE


SE LIMITA A VERIFICAR, QUE É APOSTA APÓS A ASSINATURA DO PR.

A SEGUIR À REFERENDA MINISTERIAL:

- PUBLICAÇÃO NO DR – Art.º 119/1/b) CRP SOB PENA DE INEFICÁCIA


NOS TERMOS DO – Art.º 119/2 CRP

A SEGUIR À PUBLICAÇÃO NO DR ESTÁ PRONTA PARA ENTRAR EM VIGOR


NOS TERMOS DO Art.º 8/2 CRP

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O QUE É QUE TEM A RESOLUÇÃO:

1.º - É UM DOCUMENTO QUE DIZ:

2.º- A AR APROVA A CONVENÇÃO X, EM ANEXO NA LINGUA


PORTUGUESA E OFICIAL

3.º - SE HOUVER UMA RESERVA OU NÃO, DIZ NA RESOLUÇÃO QUE


CONSTA A RESERVA Y

4.º - É ASSINADA PELO PR DA AR

5.º - É ASSINADA A SEGUIR PELO PR

6.º- DEPOIS APARECE NO MESMO DIPLOMA “REFERENDA


MINISTERIAL” E APARECE A ASSINATURA DO PM

7.º - DEPOIS É ESTE DOCUMENTO QUE CONTENDO EM ANEXO A


CONVENÇÃO NA LÍNGUA OFICIAL E NA LÍNGUA PORTUGUESA VAI
SER ENVIADO PARA PUBLICAÇÃO

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2- AR - TRATADO SOLENE

As fases são idênticas

TEMOS NA MESMA A ADOÇÃO EM CONCELHO DE MINISTROS DA PROPOSTA


DE RESOLUÇÃO QUE VAI ENVIADA À AR PARA APROVAÇÃO

MUDA A PARTIR DAQUI

PARA TERMOS UM TRATADO SOLENE, QUAIS SÃO AS MATÉRIAS PARA

TERMOS UM TRATADO SOLENE? Art.º 161/ i) 2ª PARTE + 164+165

Não esquecer que estas matérias são aquilo que se chama de

“COMPETÊNCIA RESERVADA DA AR”

FAZER REMISSÃO PARA OS Art.º 164 e 165

PODE SER ACORDO EM FORMA SIMPLIFICADA OU TRATADO SOLENE E


Art.º 161/i) – 1ª parte QUE É OBRIGATORIAMENTE da parte que é em
FORMA SOLENE

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Assim, A APROVAÇÃO HÁ-DE SER SOBRE CONVENÇÕES OU DO Art.º
161/i) 1.ª PARTE, TRATADOS DE PARTICIPAÇÃO DE PORTUGAL EM OIs,
TRATADOS DE AMIZADE, PAZ, DEFESA, RETIFICAÇÃO DE FRONTEIRAS OU
ASSUNTOS MILITARES, OU DAS MATÉRIAS DO Art.º 164.º ou do Art.º
165.º

Como estamos NO ÂMBITO DOS TRATADOS SOLENES, NÃO HÁ

ASSINATURA HÁ SIM RATIFICAÇÃO PELO PR – Art.º 135/b

ALTERNATIVAS QUE O PR TEM NESTE MOMENTO:

- RATIFICA

- PEDE A FISCALIZAÇÃO PREVENTIVA DA CONSTITUCIONALIDADE

- RECUSA A RATIFICAÇÃO – Isto porque:

A RATIFICAÇÃO:

É UM ATO DE CARATER POLÍTICO (ISTO QUER DIZER QUE


NÃO É SINDICÁVEL PELOS TRIBUNAIS, A ÚNICA SINDICÂNCIA QUE
PODE HAVER É POLITICA, SE O PR NÃO TIVESSE SUBSCRITO O
TRATADO DA U.E, NAS ELEIÇÕES SEGUINTES O POVO PODERIA
CASTIGA-LO ),

É UM ATO LIVRE E DISCRICIONÁRIO.

O PR NÃO É OBRIGADO A RATIFICAR A CV , SE


ENTENDER QUE NÃO É ESSE O INTERESSE DO PAIS

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Não sendo obrigado a RATIFICAR pode levar mil anos a
RATIFICAR ou pode simplesmente RECUSAR A
RATIFICAÇÃO

Ou SE TEM DÚVIDAS, PEDE A FISCALIZAÇÃO


PREVENTIVA DA CONSTITUCIONALIDADE

O QUE SE SEGUE É IGUAL:

- REFERENDA MINISTERIAL

-PUBLICAÇÃO

- ENTRADA EM VIGOR NOS TERMOS DO Art.º 8/2 CRP

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1- ACORDO EM FORMA SIMPLIFICADA DA COMPETENCIA DO
GOVERNO

O GOVERNO, REÚNE EM CONCELHO DE MINISTROS E APROVA O


“DECRETO DE APROVAÇÃO”

“DECRETO DE APROVAÇÃO “- Art.º 197/1/c)

- Daquelas matérias QUE NÃO SÃO da COMPETÊNCIA DA AR.

- A forma do Decreto, é determinada pelo Art.º 197/2

- SE aparecer “DL” É PARA ESQUECER, POIS ESTE É PARA A


COMPETÊNCIA LEGISLATIVA.

- AQUI ESTAMOS NO ÂMBITO DA COMPETÊNCIA POLÍTICA

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- Este Decreto vai ser enviado ao PR para ASSINATURA Art.º
134/b

O PR, se assim entender pode PEDIR A FISCALIZAÇÃO


PREVENTIVA DA CONSTITUCIONALIDADE

E AS FASES SEGUINTES SÃO AS MESMAS:

- REFERENDA MINISTERIAL

-PUBLICAÇÃO

- ENTRADA EM VIGOR

Obviamente que este PROCEDIMENTO DO GOVERNO É MUITO MAIS


CÉLERE do que A APROVAÇÃO PELA AR

MAS

A APROVAÇÃO PELA AR TEM OUTRA LEGITIMIDADE DEMOCRÁTICA QUE


NÃO TEM A APROVAÇÃO PELO GOVERNO

POR ISSO MESMO É QUE O LEGISLADOR SE DEU AO TRABALHO DE

DEFINIR QUAL ERA A COMPETÊNCIA DA AR E O GOVERNO SÓ É

COMPETENTE NAQUELA MATÉRIA RESIDUAL QUE NÃO FOI ATRIBUÍDA À


AR

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