Aula 14/10/2022

FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL

São várias, mas o:

ESTATUTO DO TIJ (TRIBUNAL INTERNACIONAL DE JUSTIÇA) – Art.º 38.º -

pg 90

a- Convenções internacionais
b- Costume Internacional
c- Os princípios GERAIS DE Direito – princípios que vêm das diferentes
Constituições dos estados-membros

d- Com ressalva do art.º 59.º do ETIJ, temos as decisões JUDICIAIS.

JURISPRUDÊNCIA

Críticas:

1- Põe as Convenções em 1.º lugar, deveria ser sempre o COSTUME

INTERNACIONAL

2- MISTURA FONTES FORMAIS COM FONTES…

- O COSTUME NÃO É A PROVA DE UMA PRÁTICA, É A PRÓPRIA PRÁTICA,

o COSTUME É CONSTITUÍDO POR DOIS ELEMENTOS – Prática Reiterada +
Convicção de Obrigatoriedade

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3 - Mistura FONTES PRIMÁRIAS COM FONTES SECUNDÁRIAS

- Não são fontes em si, mas sim meios de interpretação das primeiras -
jurisprudência e doutrina

- Equidade não é uma fonte de direito

- Este artigo não é taxativo, evolução da ORDEM JURÍDICA INTERNACIONAL

(OJI):

ex: DECISÕES DAS OI - ATO JURÍDICOS UNILATERAIS

Que são :

1 - A RENUNCIA (QUE É DIFERENTE DA DENÚNCIA– Art.º 56 CV69):

– ATO PELO QUAL UM ESTADO SE DESVINCULA DE UMA CONVENÇÃO

INTERNACIONAL

– E NÃO É FONTE DE DIREITO, NÃO TEM INICIATIVA POR ELE

- É UM ATO QUE DETERMINA A VONTADE DO SEU AUTOR

1.º- RECONHECIMENTO

É o Ato pelo qual um Estado constata a existência de uma determinada

situação e declara que a considera conforme ao direito

2.º- PROTESTO

É o Ato pelo qual um Estado se opõe, ou seja, é o ato pelo qual um Estado

verifica uma determinada situação e declara que não reconhece

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3.º NOTIFICAÇÃO

É o Ato pelo qual um Estado considerada FONTE DE DIREITO, ou seja, é o

Ato pelo qual um Estado leva ao conhecimento de outro a prática ou a

intenção de particar de forma unilateral determinado ato

EXEMPLO DE NOTIFICAÇÃO ENQUANTO FONTE DE DIREITO:

Art.º 23.º RESERVAS

Art. º X
4.º PROMESSA

É o Ato pelo qual um estado se compromete perante os demais a ter um

determinado comportamento ou não

A violação dos atos unilaterais é passível de responsabilidade internacional

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 FONTES DO DI:

1.ª FONTE DO DI:

I - O COSTUME:

- É A PRIMEIRA FONTE E A MAIS IMPORTANTE DO DI

A TEORIA EM RELAÇÃO À OBRIGATORIEDADE ENTRE VOLUNTARISMO E

Nota à parte:

IDENTIFICAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL – PG 100 PG 102 SLIDE DA LIÇÃO

8

CONCLUSÃO 6 SAI SEMPRE NOS TESTES – PG

100

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II- ELEMENTOS DO COSTUME

COMPOSTO POR DOIS ELEMENTOS:

1- ELEMENTO MATERIAL:
CORRESPONDE AO USO E À PRÁTICA

2- ELEMENTO PSICOLÓGICO:

OPINIO UIRIS – CONVICÇÃO DE OBRIGATORIEDADE (isto é diferente de

tolerância ou de oportunidade)

Se estivermos SÓ FRENTE AO ELEMENTO MATERIAL estamos perante o

HÁBITO

Assim, no costume temos o facto do individuo ter praticado determinado

ato, com a convicção da sua obrigatoriedade

PRÁTICA REITERADA:

Tem de se repetir no tempo

PRÁTICA UNIFORME:

Sempre no mesmo sentido

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 PRÁTICA CONSTANTE:

- Na medida em que durante um período relativamente longo de

tempo o Estado sempre que teve oportunidade para isso, adotou sempre

o mesmo tipo de comportamento (o normal são 7 anos a formar-se

outros 100 anos

- Não há número determinado uma vez que O QUE RELEVA É AS

VEZES QUE SE VERIFICARAM DETERMINADAS SITUAÇÕES QUE
LEVARAM Á PRATICA REITERADA POR PARTE DO ESTADO, CADA VEZ
QUE AS SITUAÇÕES SE VERIFICARAM, ELE ADOTOU SEMPRE O MESMO
COMPORTAMENTO).

É A OPORTUNIDADE que OS ESTADOS têm para REITERAR A PRÁTICA,

TENDO O MESMO TIPO DE COMPORTAMENTO ao longo do tempo.

-CONVICÇÃO DA OBRIGATORIEDADE:

É A OPINIO IURIS:

– Tem de acompanhar a PRÁTICA REITERADA E CONSTANTE

- O PROBLEMA é a PROVA:

EX:

- Como sabemos que o Estado deixou passar os barcos pelas suas águas
porque era obrigado ou porque não se quis chatear?

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 - Certo é que se se questionar o estado ele vai declarar o que lhe for
mais FAVORÁVEL

PRESUNÇÃO IURIS TANTUM: ADMITE PROVA EM CONTRÁRIO

ASSIM ASSUMIU-SE QUE QUANDO SE VERIFICASSE A PRÁTICA

DIZIA-SE QUE ERA A CONVICÇÃO DA OBRIGATORIEDADE

MAS:

HOJE :
PASSAMOS À NECESSIDADE DE SE PROVAR A EXISTÊNCIA DA CONVICÇÃO DE
OBRIGATORIEDADE:

PARA ISSO SÃO NECESSÁRIAS, ATUAÇÕES DIPLOMATAS, REUNIÕES, PARA SE

CONSEGUIR APURAR COM BASE EM QUÊ É QUE DETERMINADO ESTADO
ADOTOU AQUELE ATO.

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QUEM VAI FAZER ESSA PROVA?

É FEITA PELO ESTADO QUE QUER IMPOR A OUTRO DETERMINADA A

OBRIGATORIEDADE DESSA PRÁTICA COSTUMEIRA E NÃO PELO ESTADO QUE

QUER X

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IMPORTANTE – MAIS QUE A MATÉRIA ANTERIOR:

EM RELAÇÃO AO FUNDAMENTO DA OBRIGATORIEDADE

TAL como se passa no DI GERAL aqui discutimos também duas posições:

- A DOS VOLUNTARISTAS:

- O COSTUME É VISTO COMO UM PACTO TÁCITO ENTRE OS ESTADOS

– QUAL É O PROBLEMA NESTA TEORIA?

Não fundamenta a obrigatoriedade do costume de natureza geral e

também não fundamenta a obrigatoriedade para NOVOS ESTADOS

- A DOS ANTI- VOLUNTARISTAS :

- O COSTUME É UMA FORMA ESPONTÂNEA DE CRIAÇÃO DO DIREITO DA

COMUNIDADE INTERNACIONAL – DIZ-SE AQUI: A REGRA JURÍDICA SURGE
COMO CONVIVÊNCIA ENTRE OS ESTADOS

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III- TIPOS DE COSTUME
1- GERAIS
2- INTERNACIONAIS DE CARACTERES GERAIS
-Impõem ao estado independentemente da sua participação na sua
criação
3- COSTUME REGIONAL
Apenas numa região do globo.
Ex:
Direito de Asilo Politico na América Central – a nível da UE – há um
vazio dai o costume não ter grande relevo
4- COSTUME LOCAL:
Traduz-se em relação de vizinhança entre os Estados

FALAMOS DO SUPRA PORQUE O FUNDAMENTO DA OBRIGATORIEDADE…?

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2.ª FONTE DO DI:

CONVENÇÕES INTERNACIONAIS:

UMA CONVENÇÃO INTERNACIONAL – PG 145 DAS LIÇÕES –:

É um acordo de vontades em forma escrita entre sujeitos de direito

internacional, agindo nessa qualidade, regido pelo DI, de que resulta a
produção de efeitos jurídicos vinculativos qualquer que seja a sua
denominação

ACORDO DE VONTADES?

PORQUE ELAS TÊM DE SER CONVERGENTES, NÃO TÊM DE SE MANIFESTAR

SIMULTANEAMENTE.

EX:

Adota-se um texto sobre o qual os estados vão trabalhar, cada Estado tem um
processo de vinculação internacional distinto do dos restantes estados, assim
não se vinculam em simultâneo

EM FORMA ESCRITA: SEGUNDO O Art.º 3.º PG 11 DA CV 69

A CONVENÇÃO DE VIENA 69 ENTRE NÃO SE APLICA:

- AOS ACORDOS/TRATADOS INTERNACIONAIS FEITOS ENTRE OS ESTADOS E

OUTROS SUJEITOS DO DI ;

- AOS ACORDOS/TRATADOS FEITOS ENTRE OUTROS SUJEITOS DO DI

- AOS ACORDOS/ TRATADOS QUE NÃO SEJAM FEITOS SOB A FORMA ESCRITA,

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RECONHECENDO-LHES, NO ENTANTO, O SEU VALOR
INTERNACIONAL JURÍDICO ENTRE SUJEITOS DE DI

AS 1.ª s CONVENÇÕES NÃO TINHAM COMO INTERVENIENTES OS

ESTADOS

SÓ QUE A PARTIR DA COMUNIDADE INTERNACIONAL E DO DI – QUE É

DINÂMICO – COMEÇARAM A EVOLUIR , APARECERAM OUTROS SUJEITOS DE
DIREITO :

EX: OI, ATÉ A PROTEÇÃO DOS DIREITOS DO SER HUMANO. AQUI O SER
HUMANO É VISTO COMO

O CRITÉRIO DOS ESTADOS DEIXOU DE SER IMPORTANTE E PASSAMOS A TER DI

ENTRE SUJEITOS INTERNACIONAIS EM TERMOS LATOS

QUASE TRATADOS:

Tratados efetuados ENTRE ESTADOS E GRANDE GRUPOS EMPRESARIAIS –

MULTINACIONAIS (ENORMES - SUPERIORES AO PIB DE ALGUNS ESTADOS)

INICIALMENTE ERAM REGULADOS UN UNI E EXCLUSIVAMENTE PELO DIN,

HOJE JÁ CAEM NO ESFERA DO DI

- JÁ TEMOS ESTADOS QUE ATUANDO COMO IUS IMPERIO COM PODERES DE

AUTORIDADE PUBLICA

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- PT COMPRA IMÓVEL EM ESPANHA , NÃO É UMA CONVENÇÃO
INTERNACIONAL TODAS AS OUTRAS SITUAÇÕES CAEM FORA DE DI

- SO NOS INTERESSA AQUELAS CONVENÇÕES EM QUE OS EFEITOS JURÍDICOS

SÃO VINCULATIVOS

AINDA FAZ PARTE DA DEFINIÇÃO QUALQUER QUE SEJA A SUA

DENOMINAÇÃO:

CONVENÇÃO: TRATADO, ACORDO, CARTA, PACTO, CONSTITUIÇÃO,

CONVÉNIO ECT…

NAS AULAS APENAS VAMOS USA R A TERMINOLOGIA QUE ESTÁ PRESENTE NA

CRP :

ASSIM PARA PT . 8. 272, 277/2, 278. 164/I – CONVENÇÕES INTERNACIONAIS

DENTRO DESTA CONVENÇÕES TEMOS

- TRATADO SOLENE – PR

- ACORDO EM FORMA SIMPLIFICADA – TEM A PARTICIPAÇÃO DO PR MAS

MAIS SIMPLES 164/I CRP

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ACABA AQUI A MATÉRIA DE CONVENÇÃO INTERNACIONAL

TRAZER A CONVENÇÃO E CRP

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