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II – Distinga:
1 – Voto negativo, veto e duplo veto (no Conselho se Segurança da ONU)
Os membros (permanentes ou não) do Conselho de Segurança da ONU podem, nas deliberações, votar
afirmativamente, negativamente ou abster-se e, em qualquer caso, o órgão delibera por maioria
qualificada de 9 votos (tudo conforme o art. 27.º CNU). Nada obstante, somente os membros
permanentes têm poder de veto, a depender da natureza das questões submetidas à deliberação. Isto
porque, tratando-se de questões procedimentais, a resolução do Conselho pode ser adotada por
quaisquer nove votos afirmativos (n.º 2); tratando-se de questões materiais, porém, na literalidade do
n.º 3, dos nove votos, cinco de entre eles deverão ser de membros permanentes (Estados Unidos,
Rússia, China, França e Reino Unido), fazendo assim emergir o poder de veto. Ademais, considerando
que a própria qualificação de questões – se materiais ou procedimentais – é, ela própria, de natureza
material, emerge o denominado duplo veto: o primeiro, na ocasião da qualificação da questão, para
impedir que seja qualificada como processual; e, o segundo, já na deliberação quanto ao mérito da
questão, eventualmente paralisando a tomada de decisão. Mais, somente o voto negativo de um dos
membros permanentes em deliberações de questões materiais ensejará a caracterização de veto – não a
abstenção, por força da formação de um costume contra legem.
1
ALMEIDA, Francisco António de Macelo Lucas Ferreira de. Direito Internacional Público. 2ª ed. Coimbra:
Coimbra Editora, 2003, pp. 232-233.
equivalente ou indemnização. Em qualquer caso, emergindo danos de natureza moral, a reparação
realizar-se-á por satisfação.
(6 val.)