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Introdução:
A existência do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) na
forma adulta foi oficialmente reconhecida pela Associação Americana de
Psiquiatria na publicação da terceira versão do Manual Diagnóstico e Estatístico
de Transtornos Mentais (DSM-III). A partir de então foram feitas mudanças
sutis a respeito de seu diagnóstico. A edição atual do manual, o DSM-V, traz
algumas alterações que contribuem para facilitar um melhor diagnóstico a
respeito do transtorno, mesmo ainda sendo motivo de muitas controvérsias
(MCCOUGH; BARKLEY, 2004).
O TDAH foi descrito pela primeira vez na literatura pelo médico escocês
Alexander Crichton no século XVIII, mais precisamente em 1798. Foram descritas
características de desatenção, para ele os sintomas iniciavam-se na infância e
diminuíam com a idade (PALMER; FINGER, 2001). Em seguida, já no século XIX, o
médico Heirinch Hoffman relatou casos de crianças em seus poemas com queixas de
hiperatividade/impulsividade, trazendo para a literatura novos olhares para o
transtorno. As características apresentadas por ele aproximam-se mais do conceito
atual (BARKLEY, 2002).
Still, por meio de suas observações, traz contribuições importantes para o que
ele chamava de “defeito permanente ou temporário do controle moral”. Este “defeito”
estaria associado a um distúrbio cerebral, mesmo sendo descartada a possibilidade de
déficit intelectual. Foram atribuídos todos os sintomas a uma falha no
desenvolvimento do controle motor, que para ele, seria a capacidade que o indivíduo
possui em regular a volição dos processos cognitivos e atencionais (BARKLEY, 1998).
A literatura científica de George Still é considerada por muitos estudiosos como
a primeira descrição clínica de sintomas de TDAH. O autor preconiza ideias relevantes,
principalmente a respeito dos comportamentos apresentados por estas crianças,
sugerindo anormalidades cerebrais. Estes estudos possibilitaram conhecimentos
posteriores (BARKLEY, 1998).
Ainda não se sabe precisar as causas do TDAH, mas acredita-se que fatores
genéticos, bioquímicos, ambientais e sociais estão envolvidos (GARCIA, 2007), assim
como, o uso de tabaco e álcool usados pela mãe no período da gestação (GARCIA,
2007 apud THAPAR; COLS, 2003). Estudos mais recentes apontam para a
hereditariedade como uma das principais causas relacionadas ao transtorno,
apresentando uma prevalência de 80% para a causa genética (BARKLEY, 2002).
1. Desatenção: Seis (ou mais) dos seguintes sintomas persistem por pelo menos seis meses em um
grau que é inconsistente com o nível do desenvolvimento e têm impacto negativo diretamente nas
atividades sociais e acadêmicas/profissionais:
Os sintomas não são apenas uma manifestação de comportamento opositor, desafio, hostilidade ou
dificuldade para compreender tarefas ou instruções. Para adolescentes mais velhos e adultos (17
anos ou mais), pelo menos cinco sintomas são necessários.
2. Hiperatividade e impulsividade: Seis (ou mais) dos seguintes sintomas persistem por pelo menos
seis meses em um grau que é inconsistente com o nível do desenvolvimento é têm impacto negativo
diretamente nas atividades sociais e acadêmicas/profissionais:
Em adolescentes ou adultos, pode se limitar a sensações de inquietude.
• Um sintoma de impulsividade.
Ex: “Se não me sair bem nessa apresentação, significa que sou um fracasso
total”.
Ex: “Não cumpri o que prometi ao meu filho, portanto sou uma péssima mãe”.
Feedback da sessão
A TCC vem se desenvolvendo muito nos últimos anos, estando entre seus
objetivos identificar e modificar comportamentos e pensamentos também
característicos do TDAH. No tratamento irão se desenvolver habilidades que
contribuirão para uma melhor qualidade de vida por meio de atividades que levem ao
planejamento, organização e conhecimento acerca do problema e de si mesmo
(CORDIOLI, 2008).
6. Considerações Finais
Existe ainda a ineficiência das escalas que avaliam este público adulto com o
transtorno. Além de haver inúmeras controvérsias sobre características e diagnósticos
diferenciais. Portanto, o tema apresentado no trabalho abre um leque de
possibilidades a respeito de novas e modernas pesquisas para que, assim, de fato
possa-se contribuir com a qualidade da vida profissional e pessoal dos portadores do
TDAH na fase adulta.