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São Paulo
2021
4
Sumário
Resumo.............................................................................................................. 4
ABSTRACT.........................................................................................................5
Introdução..........................................................................................................6
Desenvolvimento...............................................................................................7
Outras características do Transtorno do Espectro Autista.........................12
O cérebro no TEA............................................................................................13
Neuroplasticidade e poda neural...................................................................15
Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD).......................................................16
Ondas cerebrais e TDAH................................................................................19
Prematuridade e TEA......................................................................................25
Características da Síndrome de Asperger....................................................26
Tratamento e intervenção...............................................................................28
CONCLUSÃO................................................................................................... 29
Referências......................................................................................................30
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Resumo
O presente artigo trata de uma pesquisa bibliográfica que buscou investigar os aspectos do Transtorno
de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) aliados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) por
meio de artigos em língua portuguesa e em língua inglesa em bases de dados como SCIELO, Pubmed
e PePSIC por meio da metodologia SNAPPS e uso do método indutivo. Buscou-se compreender o
funcionamento cerebral de um indivíduo com TDAH bem como a condição de hiperfoco. Além desses
aspectos, procurou-se esclarecer as diferenças entre indivíduos com e sem o transtorno, assim como os
neurotransmissores envolvidos. Ademais, foram contemplados aspectos referentes às ondas cerebrais
no transtorno. Também se buscou informações acerca do TOD, uma das comorbidades que podem
acontecer concomitantemente com o TDAH, além de discussão acerca das formas de intervenção
frente ao transtorno. Também são feitos comentários acerca dos fatores de risco para o TEA
ABSTRACT
This article is a bibliographic research that sought to investigate the aspects of Attention Deficit
Hyperactivity Disorder (ADHD) and Autism Spectrum Disorder (ASD) through articles in Portuguese
and English in databases such as SCIELO, Pubmed and PePSIC through the SNAPPS methodology
and use of the inductive method. The aim was to understand the brain functioning of an individual
with ADHD as well as the condition of hyperfocus. Besides these aspects, the differences between
individuals with and without the disorder were clarified, as well as the neurotransmitters involved. In
addition, aspects related to brain waves in the disorder were contemplated. Information was also
sought about ODD, one of the comorbidities that can occur concomitantly with ADHD, as well as a
discussion about the forms of intervention against the disorder. Comments are also made about the risk
factors for ADHD.
Introdução
A etiologia do TEA está relacionada com fatores genéticos e ambientais, tais como:
baixo peso ao nascer (< 2500g), uso de drogas, infecções maternas durante a gestação e
prematuridade (MOORE et al., 2000, CEDERLUND; GILLBERG, 2004; SCHENDEL;
BHASIN, 2008)
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Desenvolvimento
Segundo Riesgo e Rohde (2004), alguns eventos pré ou perinatais como, por exemplo,
o baixo peso ao nascer, a exposição ao álcool ou cigarros durante a gestação, aumentam o
risco para o desenvolvimento do TDAH.
meninas, e a apresentação predominantemente hiperativa tem prevalência mais alta, algo que
não acontece nos adultos. Além disso, estudos clínicos demonstram que o TDAH também
pode sofrer remissão na vida adulta, justificando a possibilidade de flutuações do diagnóstico
ao longo da vida. Por fim, estudos em coortes populacionais indicam que o TDAH de adultos
talvez não seja sinônimo de TDAH persistente, já que também existe a possibilidade do
surgimento da doença mais tardiamente na adolescência e mesmo na vida adulta.
(QUEVEDO; IZQUIERDO, 2020, p. 320)
Além disso, um TDA tem baixa tolerância à frustração e, quando não consegue esperar
por algo, lança-se impulsivamente no seu objetivo de consegui-lo. O indivíduo também se
irrita com facilidade quando algo não acontece conforme ele planejou.
Ainda de acordo com Silva (2009), a mente do indivíduo com TDAH age sem pensar
ou avaliar possíveis consequências. Costuma, por exemplo, falar sem pensar, o que pode
acarretar ofensas.
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Outros achados apontam alguns problemas genéticos relacionados com o TEA que são
as convulsões, a deficiência mental, a diminuição neural, assim como a diminuição sináptica
na amígdala, no hipocampo e no cerebelo. Da mesma forma o tamanho aumentado do
encéfalo e concentração aumentada de serotonina circulante também são causas
neurobiológicas que estão associadas ao TEA. Estas fortes evidências acerca do fator genético
de doenças psiquiátricas como o Transtorno do Espectro Autista, permeiam há mais de três
décadas. Há 15 anos, estudos começaram uma análise de ligação gênica, no qual uma
quantidade muito pequena de genes foi identificada e poderá ser reconhecida somente quando
um número muito alto de pessoas afetadas e familiares passarem por análise
(CARVALHEIRA et al, 2004).
10
Em outro estudo, Faraone et. al (1992) concluíram que 57% das crianças com TDAH
têm pais afetados com o transtorno, com um risco de 15% entre irmãos. Também
confirmaram esta teoria os estudos feitos com gêmeos monozigotos, nos quais se constatou a
concordância de 51%, enquanto em dizigoticos a concordância é de 33% com maior
incidência de TDAH em familiares de primeiro grau do indivíduo afetado.
Embora haja um componente genético para o TDAH, não se tem certeza de qual é. Os
genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição
ao TDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas são cerca de 2 a
10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de recorrência
familial) (ATENÇÃO, 2022)
Em outro estudo, Faraone e colaboradores (1992) concluíram que 57% das crianças
com TDAH têm pais afetados com o transtorno, com um risco de 15% entre irmãos. Também
confirmaram esta teoria os estudos feitos com gêmeos monozigotos, nos quais se constatou a
concordância de 51%, enquanto em dizigotos a concordância é de 33% com maior incidência
de TDAH em familiares de primeiro grau do indivíduo afetado (COUTO, MELO-JUNIOR,
GOMES, 2010)
pesquisas atuais têm resultados que atribuem a este transtorno duas possíveis causas: uma
relacionada ao déficit funcional do lobo frontal, mais precisamente o córtex cerebral; e a outra
ao déficit funcional de certos neurotransmissores.
Pesquisadores como Barkley (2002) acreditam ainda que o TDAH se evidencia por um
déficit básico no comportamento inibitório. Uma deficiência em determinadas áreas nas quais
o cérebro deveria comandar. Ainda para este pesquisador, um dos problemas preponderantes é
que a criança com este transtorno tem dificuldade em manter sua atenção focalizada por um
período mais longo.
A impulsividade é marcada por ações que não são precedidas de pensamento e parece
não se limitar apenas ao aspecto motor, sendo observada também nos pensamentos da pessoa.
Além disso, de acordo com Klin (2006), crianças com TEA têm dificuldade em aceitar
alterações na sua rotina. Uma tentativa de alteração da rotina de uma criança por parte dos
pais pode ser recebida com sofrimento por ela. As alterações na rotina ou no ambiente podem
evocar grande oposição ou contrariedade.
A compreensão das alterações dos mecanismos do cérebro de uma pessoa com TEA
pode estimular a elaboração de novas e mais adequadas estratégias sociais para estes pacientes
(ZILBOVICIUS, 2006)
Tanto a hiper quanto a hipossensibilidade aos estímulos sensoriais são típicos das
crianças com TEA. Elas podem ser muito agudamente sensíveis a sons (hipossensibilidade), e
tapar os ouvidos ao ouvir um cão latir ou o barulho de um aspirador de pó. Outras podem
parecer ausentes frente a ruídos fortes ou a pessoas que as chamam, mas ficam fascinados
pelo fraco tique-taque de um relógio de pulso ou pelo som de um papel sendo amassado.
(KLIN, 2006, p. 7).
O cérebro no TEA
Na década de 80, para não precisar remontar a história destas técnicas, estudos post-
mortem deram início aos estudos básicos de neuroanatomia em pessoas autistas. Foram
descritas alterações no lobo frontal medial, temporal medial, gânglios da base e tálamo
(DAMÁSIO e MAURER, 1978, apud MOURA et al, 2005).
Os artigos sobre o tema relatam que pacientes autistas apresentam prejuízo em regiões
cerebrais como o cerebelo, a amígdala, o hipocampo, gânglios da base e corpo caloso, no
entanto, as anormalidades celulares e metabólicas permanecem desconhecidas (BOLIVAR et
al, 2007; DEVITO et al, 2007; MINSHEW & WILLIAMS, 2007 apud PEREIRA, 2007).
De acordo com este autor, ainda foram observadas alterações no lobo temporal,
responsável pela linguagem, pelo processamento visual, pela memória, pelo gerenciamento
das emoções e pela memorização.
Um estudo publicado em 2010 revelou que as crianças com TDAH não têm as mesmas
ligações entre o córtex frontal do cérebro e a área de processamento visual. Isto sugere
que o cérebro com TDAH processa a informação de forma diferente do que um cérebro sem
TDAH.
Segundo Phan et.al (2020), a mielinização inadequada dos neurônios pode, também,
ser um fator do TDAH. A falta de oligodendrócitos maduros está ligada ao Transtorno do
Espectro Autista (TEA), de acordo com um estudo realizado em ratos e cérebros de cadáveres
humanos.
A mielina é uma substância gordurosa que envolve e isola os axônios dos neurônios.
Em neurônios mielinizados, devido a condução saltatória, os impulsos nervosos propagam-se
com maior velocidade
desmielinização pode ser causada por mutações que provocam alterações nas células
precursoras dos Oligodendrócitos, alterando a produção da bainha de mielina.
No primeiro ano de vida de um ser humano o cérebro forma os circuitos neurais. Essa
“rede”, que se assemelha a uma teia de aranha, é repleta de ligações entre os neurônios – as
chamadas sinapses -, sendo a responsável por conduzir a informação que transita entre o
cérebro, sistema nervoso central e organismo. Nesse período do desenvolvimento infantil, a
criança possui o dobro de sinapses que um adulto. Isso ocorre porque o cérebro lança circuitos
para inúmeras atividades, já que não conhece o estilo de vida que levaremos.
Períodos críticos são fases de desenvolvimento, nas quais alguns sistemas neurais
estão mais suscetíveis à plasticidade. Há duração e início específicos para cada sistema em
dependência da idade e da exposição à experiência. Sem ativação neural, o sistema fica em
um estado de espera com desenvolvimento inadequado. Por outro lado, ambientes
enriquecidos podem prolongar o período de maior plasticidade. (ANDRADE; MARTINS
JUNIOR; FRANCO, 2013)
Uma das comorbidades que um indivíduo com TDAH pode apresentar é o TOD
(Transtorno de Oposição e Desafio). O DSM-IV (APA, 1995) caracteriza o transtorno de
oposição e desafio como um transtorno comportamental que apresenta um padrão recorrente
de comportamento negativista, desafiante, desobediente, principalmente com figuras de
autoridades que levam a um prejuízo na vida acadêmica, social e familiar do paciente.
Para o diagnóstico de TOD são necessários pelo menos quatro dos seguintes sintomas:
1) Irrita-se frequentemente; 2) discute com adultos ou figuras de autoridade;
3) costuma desafiar as regras dos adultos; 4) faz coisas deliberadamente para aborrecer a
terceiros; 5) culpa os outros pelos seus próprios erros; 6) se sente ofendido com facilidade; 7)
tem respostas coléricas quando contrariado; e 8) é rancoroso e vingativo quando desafiado ou
contrariado.
Como apontado por Grevet et al. (2007), pacientes com TDAH e TOD apresentaram
maior agressividade, maior ocorrência de notas baixas e mais
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Uma das hipóteses para isso é que, no TDAH, há deficiência nas trocas contínuas entre
a TPN e a DMN e acredita-se que seja porque há dificuldade em desligar a DMN durante a
realização de tarefas. Essa mudança entre o estado de repouso e o de pensamento é
prejudicada nesta condição (SIDLAUSKAITE, 2016)
impulsividade. Além disso foram detectadas alterações no fluxo sanguíneo para o cérebro
em pessoas com TDAH, isso ocorre, por exemplo, nas áreas pré-frontais.
Existem vários mitos sobre o TDAH, dentre eles o que existe maior prevalência de
meninos do que de meninas no quadro, isso se dá porque nos meninos ocorrem mais as
características de hiperatividade e impulsividade, o que acaba por incomodar mais pais e
professores fazendo com que procurem ajuda mais rápido; já nas meninas a característica que
prevalece é a de desatenção, como não incomodam são poucas as diagnosticadas com o
transtorno. O TDAH varia em intensidade, nas características e na forma em que se manifesta.
Deriva de um funcionamento alterado do sistema neurobiológico cerebral, os
neurotransmissores apresentam-se alterados quantitativa e/ou qualitativamente na área pré-
frontal do cérebro.
Alguns pesquisadores acreditam que esta diferença se deve ao fato de os neurónios nos
cérebros e sistemas nervosos das pessoas com TDAH não medicadas terem concentrações
mais elevadas de proteínas chamadas transportadores de
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Podem ser alvo do hiperfoco: músicas, livros, filmes, um personagem, letras, números,
uma disciplina, entre outras infinitas possibilidades.
Evidências sugerem que o mau funcionamento do lobo frontal direito com atividade
elétrica de ondas lentas (teta), que possuem frequência de 4 a 7 Hz e diminuição de ondas
rápidas (beta), que possuem frequência de 13 a 20 Hz estão relacionadas ao TDAH. Os
sintomas resultantes são falta de atenção, distração e hiperatividade. Um estudo feito em
2007, apresentado na revista Neuroscience, mostrou que a ativação das ondas beta e a inibição
das ondas Theta têm efeito sobre o comportamento desatento e aumenta o foco de crianças
com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
a onda que mais se destaca são as ondas beta, conforme haja um nível mais
elevado de estresse e ansiedade, o nível de ondas beta também irá se elevar
Além desse espectro, há também as ondas alfa, que estão presentes em estados de
relaxamento, meditação concentração e aprendizado.
Figura 1- Classificação das faixas de ondas cerebrais e seus respectivos estados mentais
Fonte: http://www.brainvistta.com/português/fundamentos/o-que-são-ondas-cerebrais/
(CLASSIFICAÇÃO..., 2013)
Como mostra a figura, ondas abaixo de 8 pulsos por segundo são consideradas ondas
lentas (Teta, 4-7 Hz), estando o cérebro num estado de profundo relaxamento e inatividade. O
que ocorre no TDAH é um excesso de atividade dessas ondas lentas no córtex pré-frontal.
O estado de Flow (fluxo) pode ocorrer de maneiras diferentes para pessoas diferentes.
Muitas vezes ocorre quando você está fazendo algo que gosta e em que é bastante habilidoso.
Além disso, a tarefa possui objetivos desafiadores, porém claros. A atividade é
recompensadora, tanto que, frequentemente, a noção de tempo é perdida (CHERRY, 2021)
O cérebro no TEA é hiper excitado, então o hiperfoco pode ser um refúgio durante o
estresse, situações desconfortáveis ou momentos de ociosidade.
De acordo com Brown (2005); Conner (1994) e Doyle (2007), o indivíduo entra em
hiperfoco quando está fazendo algo que gosta como ver TV ou jogar videogame.
Vale ressaltar que o hiperfoco não é um critério diagnóstico para o TDAH (American
Psychiatric Association, 2013)
O paciente com TDAH apresenta tendência a executar várias tarefas ao mesmo tempo,
deixando muitas inacabadas. Além disso, falha na organização de tempo e espaço, dificuldade
de planejamento, problemas de memória em curto prazo, dificuldade para lidar com regras
sociais, falhas de julgamento, interpretações errôneas por não perceber detalhes, dificuldade
em expressar sentimentos, ansiedade crônica, falta de motivação, hiperatividade e dificuldade
em aprender com a experiência (BENCZIK; CASSELA, 2015; MATTOS e ROHDE, 2012).
Estas reações emocionais, tanto para as emoções positivas como para as negativas, são
tipicamente breves, durando na ordem de minutos a horas, em vez de
24
O cérebro dos autistas está o tempo todo lidando com uma grande quantidade de
sensações, informações e múltiplos pensamentos ao mesmo tempo. O indivíduo dentro do
espectro necessita uma maior sistematização para que todos estes estímulos não o
sobrecarreguem e em consequência há uma tendência a ser mais rigoroso e rígido nas suas
ideias.
Um hiperfoco em filmes, por exemplo, pode ser o ponto de partida para uma pessoa
com TEA desenvolver sua habilidade de escrita e escrever um roteiro de filme quando adulto.
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Prematuridade e TEA
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo
médico austríaco Leo Kanner, em seu artigo “Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo”.
Kanner usa o termo “mãe geladeira” para descrever a relação de distância e frieza materna,
enquadrado no modelo psicodinâmico (CRAVEIRO DE SÁ 2003, p. 95).
O uso do termo "autismo" para discriminar a natureza de uma alteração tanto por
Kanner quanto por Asperger não é mera coincidência, uma vez que, no começo do século XX,
o eminente psiquiatra Eugen Bleuler havia introduzido o termo, referindo-se à limitação de
relações interpessoais e com o mundo externo típico da esquizofrenia (Frith, 2004). As
palavras "autista" e "autismo", que foram utilizadas para descrever a restrição da vida social
para um retraimento em si mesmo, derivam do grego autos, que significa "si mesmo".
Crianças com Síndrome de Asperger podem ou não procurar uma interação social, mas
têm sempre dificuldades em interpretar e aprender as capacidades da interação social e
emocional com os outros.
Hobson (1995) postulou que crianças com SA têm incapacidade para interagir
emocionalmente com os outros, portanto a criança com TEA não recebe as experiências
sociais necessárias para desenvolver as estruturas cognitivas para a compreensão.
Crianças com TEA tendem a demonstrar mais desatenção e são impulsivas, elas têm
mais dificuldades de coordenação motora e problemas cognitivos mais sérios. No Asperger,
isso vem de maneira mais leve. Além disso, o nível de inteligência em um portador de
Asperger é normal.
Baron, Cohen e col. (1993), indicam que as primeiras experiências são as cognitivas.
As teorias destes autores sobre a mente são baseadas na ideia de que as crianças com TEA
falham no desenvolvimento da compreensão de que a mente e o estado mental relatam o
comportamento.
Tratamento e intervenção
A Ritalina (Metilfenidato) é uma droga que age como estimulante do sistema nervoso
central, tendo efeito positivo no ser humano quanto à concentração e ao desempenho de
atividades, diminuindo a fadiga. Droga também usada no tratamento do TDAH, enquadra-se
na medicalização de psicofármaco mais utilizado na Psiquiatria infantil (BRZOZOWSKI;
DIEHL, 2013).
Venâncio (2015) destaca muito bem as intervenções não farmacológicas que devem
ser incluídas ao tratamento do TDAH, e nelas mostra a união da força entre a família, a escola
e o psicólogo. Pode-se destacar que o treinamento de comportamento para os pais serve como
um manual de ajuda para orientar quanto ao comportamento da criança sem gerar
consequências punitivas; intervenções psicossociais visam ajudar as crianças e suas famílias
com terapias psicológicas e sociais, como psicoeducacional, aconselhamento dos pais e
treinamento de habilidades sociais; intervenções de comportamento em forma de manual que
ajuda a utilizar recompensas e não consequências punitivas; intervenções como base na
escola, em que os professores são os principais mediadores e ocorrem na sala de aula.
CONCLUSÃO
Por meio dessa pesquisa tornou-se possível aprofundar e descobrir novos aspectos a respeito
do TDAH, como o seu funcionamento e suas bases neurobiológicas. É importante elucidar
que o TDAH não é totalmente compreendido, o que, muitas vezes, ocasiona o aparecimento
de informações falsas e de estereótipos a respeito do TDAH e do Transtorno do Espectro
Autista.
A Ritalina é o principal medicamento utilizado no tratamento. Além disso, o apoio familiar,
psicológico e no ambiente escolar também é de extrema importância.
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