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Revista Científica de Neurometria Ano 2 - Número 2 - abril de 2018

Neurometria funcional como ferramenta na prática


Psicopedagógica em casos de dificuldades de
aprendizagem, por meio do treino do Controle de
Ansiedade

Functional neurometry as a tool in practice Psychopedagogic in cases


of learning difficulties, through the training of Anxiety Control
MORELLO, Glória Maria*

RESUMO
O presente trabalho é uma revisão bibliográfica de obras que demonstram como a Neuro-
metria Funcional, quando aplicada a dificuldades de aprendizagem, pode tornar-se uma ferramen-
ta eficaz, na atenuação dessas dificuldades e no auxílio da avaliação e intervenção psicopedagó-
gica, por fornecer instrumentos que permitem, ao indivíduo, controlar a ansiedade e melhorar o
desempenho escolar.

Palavras-chave: neurometria functional; fisiologia; atividades cognitivas; sistema nervoso


autônomo; dificuldades de aprendizagem; psicopedagogia.

SUMMARY
The present work is a bibliographical review of works that demonstrate how Functional Neu-
rometry, when applied to learning difficulties, can become an effective tool, in the attenuation of
these difficulties and in the aid of evaluation and psychopedagogical intervention, by providing
instruments that allow the to control anxiety and improve school performance.

Keywords: Functional Neurometry; physiology; cognitive activities; autonomic nervous sys-


tem; anxiety; learning difficulties; psychopedagogy.

1- INTRODUÇÃO das áreas cerebrais hipo/hiperativadas, com


intuito de intervir precocemente e interromper
O estudo da Neurometria Funcional, re-
a evolução dos sintomas, fazendo com que os
vela que o aprendizado e a memória não estão
circuitos pré-sintomáticos, disfuncionais, dei-
confinados a um único local no encéfalo. No
xem de se transformar em sintomas prodrômi-
aprendizado ocorre, basicamente, uma modifi-
cos e os sintomas subsindrômicos deixem de se
cação estrutural do sistema nervoso — o en-
transformar em síndromes completas de trans-
grama (memória celular). Tudo o que se faz e
tornos psiquiátricos. Através da interpretação
se treina, contribui para a criação de engramas.
Quando se muda o comportamento, muda-se a * Psicologa, Pós-Graduada em Psicopedagogia, Especia-
memória celular. lização em Psicoterapia Psicodinâmica Winnicottianna,
Especialização em Neuropsicologia, Especialização em
A Neurometria possibilita a análise funcio- Neurometria Funcional. E-mail:gloriamorello.psicologia@
gmail.com
nal do sistema nervoso autônomo, bem como

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do exame do D.L.O., é possível a visualização indivíduo, independentemente de sua faixa etá-


desses sintomas, muitas vezes ainda não per- ria. Através de exercícios específicos, é possí-
ceptíveis (assintomáticos) para, em seguida, vel estabelecer novas conexões neuronais. A
tratar cada paciente, através dos protocolos, Neurometria Funcional fornece instrumentos
favorecendo a diminuição ou remissão da sin- que permitem ao indivíduo controlar a ansieda-
tomatologia. Assim, a Neurometria Funcional, de e melhorar o desempenho escolar.
pode ser uma eficiente ferramenta no auxílio
2.4 Objetivo Geral
da avaliação e intervenção psicopedagógicas,
e no tratamento das dificuldades apresentadas. Demonstrar que a Neurometria é uma fer-
ramenta útil na prática psicopedagógica.
Sintomas de ansiedade, dificuldade no
2.5 Objetivos Específicos
controle dos impulsos, na concentração, na or-
ganização e no planejamento, estão presentes Demonstrar como o treino do Controle
nas dificuldades de aprendizagem onde os cir- de Ansiedade, através dos protocolos da Neu-
cuitos cerebrais disfuncionais, podem ser cau- rometria Funcional, podem ser um instrumento
sados por fatores de risco genético e/ou por eficaz em casos dificuldades de aprendizagem.
estressores ambientais, como traumas emocio-
nais, físicos, ou aprendizado inadequado.
3- METODOLOGIA
Esta dissertação pretende refletir sobre
a maneira como o treinamento do controle de Foi utilizada uma revisão bibliográfica so-
ansiedade pode afetar positivamente a prática bre os temas: “Dificuldade de Aprendizagem”,
psicopedagógica nos casos de dificuldades de “Ansiedade” e “Neurometria Funcional”.
aprendizagem Os Artigos estudados foram pesquisados
em livros, nas bases de dados do Google Aca-
dêmico e nas apostilas da Sociedade Brasileira
2- OBJETIVOS
de Neurometria Funcional, utilizando os seguin-
2.1 Tema tes descritores: distúrbios de aprendizagem,
transtornos e controle da ansiedade, Neurome-
Neurometria Funcional como ferramenta
tria Funcional, exame de D.L.O. e estresse
na prática psicopedagógica em casos dificul-
dades de aprendizagem, por meio do treino do Sendo contemplada revisão bibliográfi-
controle de ansiedade. ca de literaturas com contextos relacionados
a Neuroanatomia e Neurofisiologia Funcional
2.2 Problema
Computadorizada do Cérebro.
De que maneira o treinamento do controle
Este trabalho avalia as interações do ade-
de ansiedade pode afetar positivamente a prá-
quado controle de ansiedade no intuito de auxi-
tica psicopedagógica nos casos de dificuldades
liar a pratica psicopedagógica, para determinar,
de aprendizagem?
de uma maneira mais assertiva e objetiva, os
2.3 Justificativa diagnósticos e prognósticos funcionais, através
O presente trabalho pretende demons- do monitoramento coerente das análises neu-
trar os efeitos positivos da utilização da Neu- rométricas.
rometria Funcional na prática psicopedagógica, Para a organização do material, foram
como instrumento eficaz na atenuação e con- realizadas as etapas e procedimentos do traba-
trole da ansiedade, em pacientes que apresen- lho, em que se busca a identificação preliminar
tam dificuldades de aprendizagem. bibliográfica, análise e interpretação do mate-
A ansiedade é um fator de estresse que rial, bibliografia, revisão e conclusão.
pode prejudicar a aprendizagem de qualquer

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Trata-se de um estudo de revisão de litera- Embora a dificuldade de aprendizagem


tura científica. Esse método oportuniza um em- não seja indicativa do nível de inteligência, os
basamento científico, que permite compreender seus portadores apresentam dificuldade na
o universo cognitivo e fisiológico, tendo como execução de habilidades de atenção, concen-
benefício a síntese dos estudos publicados. O tração, organização e planejamento.
método em questão possibilita, ainda, conclu-
As dificuldades escolares ou de aprendi-
sões gerais a respeito da área em estudo; pro-
zagem são, Segundo Gil, (apud WAJNSZTEJN,
porciona uma compreensão mais completa do
2005), aquelas apresentadas ou percebidas no
tema de interesse produzindo, assim, um saber
momento do ingresso da criança no ensino for-
fundamentado e uniforme para melhor atuação
mal, enquanto o distúrbio de aprendizagem,
prática.
está associado à presença de uma disfunção
Segundo Cooper (1989). Esse tipo de do Sistema Nervoso Central.
revisão é caracterizado como um método que
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatís-
agrega os resultados obtidos de pesquisas pri-
tico de Transtornos Mentais (DSM-5)
márias sobre o mesmo assunto, com o objeti-
vo de sintetizar e analisar dados para desen- A - Dificuldades na aprendizagem e no uso de habilida-
volver uma explicação mais abrangente de um des acadêmicas, conforme indicado pela presença de
fenômeno específico. Ainda segundo o mesmo ao menos um dos sintomas a seguir que tenha persis-
tido por, pelo menos 6 meses, apesar da provisão de
autor, a revisão é a mais ampla modalidade de
intervenções dirigidas a essas dificuldades:
pesquisa de revisão, devido à inclusão simul-
tânea de estudos experimentais e não experi- 1 - Leitura de palavras de forma imprecisa ou lenta e
mentais, questões teóricas ou empíricas o que hesitante, frequentemente adivinha palavras, tem difi-
permite maior entendimento a respeito de um culdade de soletrá-las.
fenômeno ou problema de saúde. 2 - Dificuldades para compreender o sentido do que
Justifica-se a revisão bibliográfica como é lido (p.ex., pode ler o texto com precisão, mas não
sendo uma aplicação de estratégias científicas compreende a sequência, as relações, as inferências
que limitam o viés da seleção de artigos, onde ou os sentidos mais profundos do que é lido).
se avaliam, com espírito crítico, os artigos e se 3 - Dificuldade para ortografar (ou escrever ortogra-
sintetizam todos os estudos relevantes em um ficamente) (p.ex., pode adicionar, omitir ou substituir
tópico especifico. (PERISSÉ, 2001). Em relação vogais e consoantes).
à sua importância, estudiosos afirmam que este
4 - Dificuldades com a expressão escrita (p.ex., come-
recurso pode criar uma forte base de conheci-
te múltiplos erros de gramática ou pontuação nas fra-
mentos, capaz de guiar a prática profissional e ses; emprega organização inadequada de parágrafos;
identificar a necessidade de novas pesquisas expressão escrita das palavras sem clareza).
(MANCINI, 2007) e que, segundo Hek (2000),
constitui-se em um método moderno para a 5 - Dificuldades para dominar o senso numérico, fa-
avaliação simultânea de um conjunto de dados. tos numéricos ou cálculo (p.ex., entende números, sua
magnitude e relações de forma insatisfatória; conta
com os dedos para adicionar números de um digito em
4- REVISÃO DE LITERATURA vez de lembrar o fato numérico, como fazem os cole-
4.1 Dificuldade de aprendizagem gas; perde-se no meio de cálculos aritméticos e pode
trocar operações).
Dificuldade de Aprendizagem é, de acor-
do com Caixeta (2012), uma designação ampla 6 - Dificuldades no raciocínio (p.ex., tem grave dificul-
que engloba um grupo heterogêneo de desor- dade em aplicar conceitos, fatos ou operações numéri-
dens manifestadas por dificuldades significati- cas para solucionar problemas quantitativos).
vas na aquisição e uso da audição, fala, leitura, B - As habilidades acadêmicas afetadas estão subs-
escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. tancial e quantitativamente abaixo do esperado para a

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idade cronológica do indivíduo, causando interferência os cientistas identificaram três padrões que
significativa no desempenho acadêmico ou profissio- ocorrem, com frequência, em indivíduos com
nal ou nas atividades cotidianas, confirmada por meio dificuldades acadêmicas: (SMITHT, 2001)
de medidas de desempenho padronizadas adminis-
1 - O hemisfério esquerdo é hipoativo/o hemisfério di-
tradas individualmente e por avaliação clínica abran-
reito é hiperativo. [...] a hiperatividade no hemisfério
gente. Para indivíduos com 17 anos ou mais, história
cerebral direito pode produzir atrasos na aprendiza-
documentada das dificuldades de aprendizagem com
gem da leitura, já que o lado direito do cérebro está
prejuízo pode ser substituída por uma avaliação pa-
fracamente adaptado à tarefa de decodificação de pa-
dronizada.
lavras por sua decomposição em sons e sílabas indi-
C - As dificuldades de aprendizagem iniciam-se duran- viduais.
te os anos escolares, mas podem não se manifestar
2 - O hemisfério direito é hipoativo/o hemisfério es-
completamente até que as exigências pelas habilida-
querdo é hiperativo. [...] Os indivíduos com deficiência
des acadêmicas excedam as capacidades limitadas
no córtex cerebral direito podem ter problemas com
do indivíduo (p.ex., em testes cronometrados, em leitu-
o senso do tempo, consciência corporal, orientação
ra ou escrita de textos complexos longos e com prazo
espacial, percepção e memória visual. Um hemisfério
curto, em alta sobrecarga de exigências acadêmicas).
esquerdo hiperativo geralmente acarreta uma aborda-
D - As dificuldades de aprendizagem não podem ser gem excessivamente analítica à solução dos proble-
explicadas por deficiências intelectuais, acuidade vi- mas [...]
sual ou auditiva não corrigida, outros transtornos men-
3 - Hipoatividade nos lobos frontais. Os lobos frontais
tais ou neurológicos, adversidade psicossocial, falta
do córtex cerebral governam o comportamento motor
de proficiência na língua de instrução acadêmica ou
e também incluem regiões envolvidas no planejamen-
instrução educacional inadequada. P 66-7.
to e no julgamento, no foco da atenção, na organiza-
Estudos mostram que o desenvolvimento ção e na avaliação das emoções. [,,,] Os indivíduos
das crianças é influenciado pela dinâmica fami- com erros em sua ativação cortical devem desenvolver
liar, ambiente acadêmico, sociedade, além dos trajetos neuronais alternativos para o processamento
fatores biológicos. de informações. Uma vez que esses trajetos nem sem-
pre são tão eficientes quanto os circuitos normais o
SMITHT, (2001) explica que os fatores
seriam, os alunos com dificuldades de aprendizagem
biológicos que contribuem para as dificuldades
tendem a processar as informações mais lentamente
de aprendizagem podem ser divididos em qua-
[...].(SMITHT, 2001). P.24-6.
tro categorias gerais: lesão cerebral, heredita-
riedade, desequilíbrio neuroquímicos e erros do
desenvolvimento cerebral. Um grupo crescente de evidência suge-
O desenvolvimento do cérebro humano re que os desequilíbrios neuroquímicos contri-
é contínuo, começa na concepção e continua buem para alguns transtornos de aprendiza-
na fase adulta. Se esse processo contínuo de gem, particularmente aquelas que envolvem
ativação neuronal for perturbado em qualquer dificuldade com a atenção e impulsividade.
ponto, parte do cérebro poderá não se desen- (BARKEY, 2008).
volver normalmente. Segundo Smith, (2001), há uma varieda-
Uma vez que a aprendizagem e outros de de irregularidades nos cérebros de pessoas
comportamentos complexos dependem da ati- com dificuldades de aprendizagem, em espe-
vação de circuitos envolvendo diversas áreas cial nos indivíduos com transtorno de déficit de
do cérebro, o prejuízo em uma região cerebral atenção/hiperatividade.
pode afetar o crescimento e o desenvolvimento Smith (2001), esclarece que muitos in-
em outro ponto do sistema. (LENT, 2008). divíduos com o transtorno são deficientes em
Com o uso da tecnologia de imagens relação a uma classe de neurotransmissores
para o estudo da atividade no córtex cerebral, chamados catecolaminas. As catecolaminas

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controlam diversos sistemas neuronais, incluin- O estresse prolongado faz com que os neurô-
do os responsáveis pela atenção, comporta- nios dessa região percam dendritos e acabem
mento motor e motivação. “encolhendo”. (LENT, Roberto. – 2010).
4.2 Ansiedade A perda de células hipocampais decor-
rente do excesso de cortisol levaria ao déficit
São diversos fatores que predispõe, uma
de memória de curto prazo observado em situa-
pessoa aos transtornos de ansiedade: altera-
ções de ansiedade e estresse prolongado. As-
ções fisiológicas, carga genética, desequilíbrio
sim, lembranças traumáticas se tornariam mais
familiar, sobrecarga emocional em curto e longo
pronunciadas porque o hipocampo, responsá-
prazo e sistemas de crenças pessoais.
vel pela memória recente, é mais sensível aos
De acordo com Lent (2010) o termo an- efeitos nocivos do cortisol que a amídala, envol-
siedade é usado para se referir a um estado de vida na evocação das memórias de longo pra-
tensão ou apreensão devido a uma expectativa. zo. (LENT, Roberto. – 2010).
Esta manifestação é uma reação normal. Con-
Embora aparentemente simétricos, os
tudo, quando provoca sofrimento, passa a ser
hemisférios cerebrais apresentam funções e
considerada patológica, pois chega a provocar
especificações bastante distintas. (SPRINGER,
distúrbios orgânicos.
Sally P. – 1998).
Na ansiedade os ajustes fisiológicos ul-
A partir de experiências, onde foram im-
trapassam o âmbito do Sistema Nervoso Autô-
plantados eletrodos em diferentes regiões do
nomo (SNA) e atingem o sistema endócrino e
hipotálamo, Coube e Hess, (apud. Machado
imunitário. Devido a ativação do eixo simpático,
A.B.M. – 1993), demonstraram que os fenôme-
a adrenalina produzida pela medula das glându-
nos emocionais estão relacionados com áreas
las suprarrenais, entra na circulação sanguínea
específicas do cérebro.
e provoca taquicardia e constrição dos vasos
sanguíneos periféricos. A adrenalina estimula Alegria, tristeza, medo, prazer e raiva são
uma área do tronco cerebral —locus ceruleus exemplos do fenômeno da emoção. O compo-
— a produzir noradrenalina. Esta, ativa diver- nente periférico é a maneira como a emoção se
sas áreas do sistema límbico, entre elas o hipo- expressa e envolve padrões de atividade mo-
campo e a amígdala. (LENT, Roberto. – 2010). tora, somática e visceral, que são característi-
cos de cada tipo de emoção e de cada espécie.
Ainda segundo este autor, enquanto a
(MACHADO A.B.M. – 1993).
medula das suprarrenais libera adrenalina, o
córtex destas mesmas glândulas secreta cor- Atualmente os estudos mostram que as
tisol, também conhecido como hormônio do áreas como hipotálamo, área pré-frontal e o sis-
estresse. Quando produzido em quantidades tema límbico, estão relacionadas com os pro-
adequadas e secretado no momento certo, o cessos emocionais.
cortisol ajuda na adaptação às situações es-
Segundo Lundy-Ekman (2008), os pensa-
tressantes, além de regular o ciclo sono-vigília,
mentos e as emoções influenciam as funções
o estado de alerta e as funções imunológicas.
de todos os órgãos. Devido à comunicação bi-
Quando em excesso, passa a ser responsável
direcional entre o sistema nervoso e o sistema
por uma série de disfunções em todo o orga-
imunológico.
nismo, tais como aumento da pressão arterial,
doenças cardíacas, enxaquecas, déficit de me- Quando um indivíduo se sente ameaça-
mória e baixa imunidade. do, a resposta ao estresse aumenta a força e
a energia para lidar com a situação. Três siste-
O hipocampo, é responsável pela asso-
mas criam a resposta ao estresse:
ciação de conceitos e recuperação de memória,
e também pela inibição da liberação do cortisol. • Sistema nervoso somático: a atividade do neurô-

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nio motor aumenta a tensão muscular. de técnicas e procedimentos, reconhecidos


• Sistema nervoso autônomo: a atividade simpá- mundialmente, e que focaliza a interação entre
tica aumenta o fluxo sanguíneo para os músculos e o cérebro, a mente, o corpo e o comportamen-
diminui o fluxo sanguíneo para a pele, rins e trato di- to com poderosas formas nas quais, os fatores
gestivo. emocional e social, podem afetar diretamente a
saúde (NCCAM Publication No D239, agosto de
• Sistema neuroendocrinológico: a estimulação
2005), proporcionando alívio para o sofrimento
nervosa simpática da medula da suprarrenal provoca
físico e emocional, aumentando a Qualidade
a liberação de epinefrina na corrente sanguínea. A epi-
de Vida e Bem Estar. (Sociedade Brasileira de
nefrina aumenta a frequência cardíaca e a força con-
trátil do coração, relaxa a musculatura lisa intestinal
Neurometria e Neurociência Funcional)
e aumenta a taxa metabólica. (Lundy-Ekman,2008, p. Em nosso cotidiano enfrentamos situa-
368) ções em que reações físicas e emocionais são
vivenciadas e criam memórias emocionais que
nem sempre são positivas, mas que nos acom-
YOUNG 2004 (apud. Lundy-Ekman – panham por um certo período. Assim, devemos
2008), explica que cerca de 5 minutos após a reeducar o corpo, gerando o Potencial de longa
resposta inicial ao estresse, o hipotálamo esti- duração, através do condicionamento.
mula a hipófise a secretar o hormônio adreno-
corticotófrico, provocando liberação de cortisol O Potencial de longa duração se dá atra-
pelas glândulas suprarrenais. O excesso de vés de: 1° Sensibilização, isto é, percepção
cortisol provoca doenças relacionadas ao es- do estímulo como, por exemplo, tocar a pele.
tresse como distúrbios cardiovasculares, insta- Quando se aumenta a intensidade, o tempo em
bilidade emocional e déficits cognitivos. que se fica exposto ao estímulo leva ao 2º Habi-
tuação, e ao ficar exposto, ou seja, insistindo na
Quando a resposta ao estresse é prolon- habituação gera-se o condicionamento que, por
gada, os níveis persistentemente elevados de sua vez, gera o Potencial de Longa Duração.
cortisol continuam a suprir a função imunológi-
ca. Essa inibição é vantajosa para a diminuição A utilização de técnicas estruturadas
da inflamação e para a regulação das reações como psicoterapias, PNL, acupuntura e ou-
alérgicas e das respostas autoimunes. Entre- tras, permitem criar o condicionamento que
tanto, a supressão imunológica crônica indu- tem como objetivo proporcionar a saúde física
zida pelo estresse reduz a resistência da pele e mental.
a vírus, bactérias e fungos (DHABHAR, 2000 Na Neurometria Funcional, a importância
apud. Lundy-Ekman – 2008). de se iniciar os treinos a partir do aprendizado
4.3 Neurometria Funcional da respiração através da fisiologia do sono in-
dutivo, reside no fato de que as mitocôndrias
A Neurometria Funcional é uma meto- precisam do oxigênio, para gerar energia, pro-
dologia multimodal que atua no campo inter- porcionando a memória celular. Estudos de-
disciplinar da Medicina, das ciências do Com- monstram que algumas doenças estão relacio-
portamento, Qualidade de Vida e Performance nadas a um possível distúrbio mitocondrial.
Pessoal. Cada profissional pode utilizar sua ex-
periência e metodologia, associando-as à Neu- A memória celular pode ser boa ou ruim.
rometria para potencializar os seus procedi- Dependendo do aporte de oxigênio para estas
mentos e resultados. O objetivo fundamental da estruturas, pode gerar-se eustresse, que é o
Neurometria é propor ações que aumentem a lado positivo, onde há energia para atingir os
eficácia das estratégias convencionais, atingin- objetivos; estresse, que é o estado agudo, ge-
do assim níveis significativos e de excelência. rando irritação; distresse, estado em que já se
Constitui uma associação bem fundamentada ultrapassou a fase do estresse e o indivíduo

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está em exaustão gerando comportamento de- pessoa, a identificação dos problemas, ou seja,
pressivo. Na Neurometria, vemos o distresse observa apenas o que a está incomodando no
como exaustão da suprarrenal, que leva à de- momento e não percebe que há associação a
pressão nervosa ou depressão reacional (dife- vários comportamentos inadequados). Nestes
rente da depressão endógena), embora os sin- casos se faz necessário todo um processo de
tomas sejam muito parecidos. reorganização autonômica, tratamento primário
neurofisiológico da Neurometria, para dar su-
Através do estudo da Neurometria Fun-
porte e aporte ao sistema nervoso autonômico
cional, observa-se que o aprendizado e a me-
para, só depois, entrar na “reeducação com-
mória não estão confinados a um único local no
portamental” — engramas de memória. Ao se
encéfalo. No aprendizado ocorre, basicamente,
criar um engrama mais “forte” através dos trei-
uma modificação estrutural do sistema nervo-
namentos, os engramas em paralelo começam
so, formando o que se denomina de engrama.
a enfraquecer.
Tudo o que começamos a fazer, a treinar, esta-
mos criando engramas (complexo proteico que, Depois de consolidada, a memória de
em resposta a um estímulo externo, ou mudan- procedimento é muito sólida, o que possibilita o
ças biofísicas ou bioquímicas, cria a memória resgate quando houver necessidade.
celular). Modificando o comportamento, muda-
Os treinamentos buscam a homeostase
se a memória celular. O stress pós-traumático,
(o equilíbrio do sistema nervoso) ou seja, ba-
por exemplo, gera, rapidamente, um engrama.
lanço autonômico (equilíbrio entre a atividade
O cérebro guarda vários arquivos de memória:
simpática e parassimpática). Que gera a mu-
imagem, cheiro, disparo adrenérgico, enfim,
dança de comportamento independentemente
tudo o que foi necessário para a pessoa, na-
da técnica aplicada.
quele momento, lutar para vencer ou fugir.
Através do exame do D.L.O, sigla que ca-
Para que o engrama seja modificado, pri-
racteriza a manobra de posições D – decúbito,
meiro inicia-se com alterações celulares, isto
L – levantar, O – Ortostático, é possível definir
é, nível de oxigenação mitocondrial. A partir do
um protocolo de atendimento para cada tipo de
treinamento da respiração haverá a modulação
necessidade apresentada pelo cliente, pois du-
de neurotransmissores, modulação do sistema
rante o exame é realizada a análise funcional
simpático e parassimpático, ou seja, prepara-se
do Sistema Nervoso Autônomo, através da ava-
o corpo para o processo de ressignificação, isto
liação: do controle de ansiedade, variabilidade
é, para uma nova formação de engrama.
emocional, resposta fisiológica, variabilidade e
O primeiro passo para o processo de coerência cardíaca, atividade simpática e pa-
aprendizagem, precisa observar a via de aces- rassimpática, fluxo sanguíneo e hemodinâmica,
so ao engrama negativo. Por vezes é neces- índice barorreflexo/oxigênio funcional.
sário iniciar primeiro pelas vias de acesso de
A análise dos eixos Vertical e Horizontal,
outros engramas e, a partir dessa modificação,
possibilita uma visualização de como o cérebro
consegue-se chegar ao engrama que se pre-
se comporta durante a manobra.
tende ressignificar.
No Eixo Horizontal os padrões e intensi-
À medida que a pessoa vai criando
dade de cores no cérebro (para cada posição)
comportamentos que vão gerando engramas
favorece uma ressignificação, por parte do
negativos estes, aos poucos, sobrepor-se-ão
cliente, sobre suas atitudes emocionais e com-
(estresse, hipertensão...). O sistema nervo-
portamentais das quais muitas vezes ele não se
so, como modo de preservar a vida, vai como
apercebe. Através da imagem é possível que o
que “criando” vários tipos de distúrbios – gera
cliente tenha insights sobre seu funcionamento.
muitos engramas cruzados, dificultando ainda
Este primeiro contato é denominado Conscien-
mais a intervenção. (Dificultando para a própria

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tização Comportamental. do Sistema Nervoso Autônomo são: Fisiologia


do Sono Indutivo, Controle de Ansiedade (sono-
No Eixo Vertical, avaliam-se as regiões do
ro e visual), Variabilidade Emocional, Amplitude
cérebro, onde apresenta maior concentração
e Frequência Respiratória, Coerência Cardíaca
de áreas avermelhadas. A avaliação desta(s)
Funcional, Relaxamento Muscular Progressivo,
região(ões) específica(s) permite ao profissio-
Capacidade Funcional Respiratória, Resposta
nal a visualização da melhor terapêutica para
Fisiológica Funcional, Variabilidade Cardíaca
cada cliente específico e iniciar o procedimento
Funcional. Dentre estes protocolos, o objeto de
para a Repertorização Cerebral.
estudo será o Protocolo de Controle de Ansie-
A análise Neuro-Comportamenatal é rea- dade – Sonoro/Visual.
lizada através da região cerebral a ser investi-
Neste protocolo são utilizados sensores
gada. Durante a análise, o profissional deverá
que captam a resistência eletrodérmica. Estes
observar a propriocepção do cliente e buscar a
sensores são colocados nas falanges distais
abordagem mais adequada.
dos dedos, indicador e médio, para captar os
O resultado do exame D.L.O. é interpreta- sinais do sistema nervoso e enviá-los ao com-
do através dos relatórios: putador. Esses sinais serão apresentados em
Relatório gráfico-linear: que mostra a dis- forma de porcentagem. Portanto, quanto maior
tribuição de uma variável em função do tempo. for a porcentagem, maior será a capacidade de
(Gráfico-Linear do Controle de Ansiedade; Grá- controlar a Ansiedade e quanto menor, mais di-
fico-Linear da Frequência Cardíaca, Gráfico-Li- fícil será controlá-la.
near do Fluxo-Sanguíneo, Gráfico-Linear da O Treinamento é dividido em três exercí-
Resposta Fisiológica, Gráfico-Linear dos Inter- cios com níveis crescentes de dificuldade, cujo
valos R-R e Gráfico-Linear do monitoramento objetivo é o de ensinar a controlar o nível de
do S.N. Simpático e Parassimpático. ansiedade e gerenciar o estresse. Através des-
Relatório estatístico numérico, em que se treinamento, é possível evidenciar como os
é possível visualizar os valores numéricos da pensamentos podem alterar os valores numé-
Frequência Cardíaca, Fluxo Sanguíneo, Con- ricos (porcentagens) e como isso pode influen-
trole de Ansiedade e Temperatura Periférica. ciar a saúde, a qualidade de vida e a tomada de
Cada box apresenta valores relacionados à decisões.
Média, Desvio Padrão, Coeficiente de Varia- Há dois protocolos de treinamento para
ção: mínimo e máximo. Este relatório tem por o controle de ansiedade: TREINAMENTO SO-
objetivo informar os dados numéricos, para que NORO e TREINAMENTO VISUAL. As formas
o profissional possa através do cálculo das pro- de treinamento para os dois modelos são pa-
babilidades estabelecer hipóteses e até mesmo recidas. A diferença entre os protocolos é a de
traçar objetivos. que no Controle de Ansiedade Sonoro a pessoa
O resultado final do D.L.O. representa faz o treinamento de olhos fechados e no trei-
uma resposta fisiológica ao estímulo estressor namento de Controle de Ansiedade Visual os
ocasionado pela manobra de posições (levan- olhos ficam abertos, estimulando setores dife-
tar), em que o organismo é submetido a um es- rentes do cérebro.
tímulo que pode ameaçar a sua homeostase, Controle de Ansiedade Sonoro: como dito
pois ao receber um estímulo (no caso o levan- anteriormente, o cliente realizará todo o treina-
tar), ele reage imediatamente, disparando uma mento de olhos fechados, deitado em uma pol-
série de reações via sistema nervoso, endócri- trona reclinável, onde toda vez que ele controlar
no e imunológico, através da estimulação do a ansiedade uma música irá tocar para avisá-lo.
hipotálamo e do sistema límbico. Lembrando que a cada etapa, o nível de difi-
Os protocolos utilizados para treinamento culdade vai aumentando e, no final, o sistema

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Revista Científica de Neurometria Ano 2 - Número 2 - abril de 2018

apresenta um relatório por escrito mostrando o O quadrante é formado por 2 eixos que
desempenho durante o treinamento. tem a seguinte nomenclatura: Eixo horizontal =
Reação Neuroemocional e Eixo vertical = Res-
O objetivo deste treinamento é: controlar
posta Neuroemocional.
pensamentos ansiosos e invasivos; melhorar a
memória e o aprendizado; proceder ao trata- Um marcador que é representado por
mento de Hiperatividade e Déficit de Atenção; uma bolinha azul-claro permitirá uma visuali-
aumentar o desempenho da criatividade e do zação do resultado. Quando o marcador está
intelecto e complementar para tratamento de no verde, significa que o controle de ansieda-
distúrbios alimentares. de tem uma boa Reação Emocional associada
a uma boa Resposta. Se estiver no vermelho
Controle de Ansiedade Visual: o cliente
significa que tanto a Reação quanto a Resposta
realizará todo o treinamento de olhos abertos,
estão comprometidas.
sentado. O objetivo deste treinamento é: forta-
lecer a atenção e o foco; melhorar a percepção Outro aspecto observado está relaciona-
dos estímulos que geram ansiedade; aumentar do com o tempo que a pessoa leva para con-
a performance pessoal e profissional; aprender seguir controlar a ansiedade. Quanto maior o
a lidar com estímulos externos, sons, barulhos, tempo, maior a dificuldade que a pessoa encon-
imagens e outros. Para que a porcentagem au- trou para conseguir superar seus próprios obs-
mente, o cliente terá de aprender a controlar táculos e controlar a sua ansiedade. Por fim, a
suas emoções, seus pensamentos e saber lidar tela de resultado mostra a média do controle de
com a respiração. À medida que for dominando ansiedade em cada exercício.
esses controles, ele verá a porcentagem au-
O gráfico linear descreve (segundo a se-
mentar cada vez mais na tela do computador.
gundo) a trajetória durante todo o treinamento.
Para que o cliente saiba que está contro-
O resultado final apresenta 3 parâmetros
lando a ansiedade, uma música irá tocar cada
diferentes a serem analisados:
vez que a sua porcentagem (verde) ultrapassar
o nível de dificuldade (lilás). O treino consiste Primeiro: Este parâmetro vai identificar
em fazer a música tocar por 1 minuto para ga- em qual dos 3 quadrantes a pessoa apresen-
rantir o aprendizado do cérebro. Caso ele apre- tou o menor índice da Reação Neuroemocional
sente alguma dificuldade em controlar a ansie- como, também, da Resposta Neuroemocional.
dade, durante o treinamento, o próprio sistema Esta análise possibilita uma melhor interpre-
irá reajustar o objetivo até que ele consiga ter- tação dos fatos ocorridos durante todo o trei-
minar o treinamento. Tocará uma música dife- namento, pois torna perceptível o quanto um
rente em cada exercício. pensamento, uma distração, um exercício res-
piratório inadequado, ou até mesmo o excesso
Ao terminar aparecerá uma tela com to-
de preocupações e/ou qualquer estímulo exter-
dos os resultados, mesmo que ele não alcance
no podem ter influenciado, gerando dificuldade
o índice ideal (90%), o cliente sempre consegui-
no controle de ansiedade.
rá trazer para sua percepção um novo aprendi-
zado (nova sinapse), que será fortalecido atra- Segundo: Este parâmetro refere-se aos
vés da gravação do Indutor de Onda Cerebral Estímulos: Interno e Externo. Esta análise pos-
(I.O.C. - arquivo sonoro, usado para treinamen- sibilita a visualização de qual dos dois estímu-
to cerebral). los gera maior vulnerabilidade: estímulos exter-
nos como sons, barulhos, excesso de trabalho
O resultado de cada exercício será apre-
físico, cheiro, trânsito, isto é, tudo aquilo que
sentado em um quadrante com a seguinte clas-
vem de fora para dentro, apresentando maior
sificação: Verde (ótimo) - Amarelo (regular) -
probabilidade de desencadear ansiedade; es-
Vermelho (ruim)
tímulos internos, como pensamentos invasivos

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ou ansiosos, medos eminentes, percepções estabilizando-o e, assim, melhorando a capaci-


corporais ligadas ao pânico e tudo aquilo que dade de resiliência.
possa vir de dentro para fora.
.
Terceiro: Este parâmetro vai mostrar o re-
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
sultado alfanumérico através das combinações
dos itens anteriores, associados aos valores ALVES, Nelson Pereira Jr: Correlação entre sis-
dos gráficos. Assim, poderemos averiguar em tema cognitivo e fisiológico, através da resposta
que nível do controle de ansiedade o cliente galvânica e a Coerência cardíaca na neurome-
se encontra. Esses níveis são classificados da tria : São Paulo; UNIFESP; 2004; Orcid: 0000-
seguinte forma: Nível 1: Bom Índice de Treina- 0001-8381-1682; Rearcher ID: D-9330-2017:
mento para o controle de ansiedade. Nível 2: NCBI – Pubmed No. 52181433 : GoogleScho-
Transição entre Fase de Atenção e Bom Índice lar.
de Treinamento. Nível 3: Controle de ansieda- _____.: “Interação das reações neurométricas
de em Fase de Atenção. Nível 4: Controle de nas desordens orgânicas pelo treinamento da
Ansiedade em fase de Adaptação. (Manifesta- coerência cardíaca.”; São Paulo; Unyleya;
ção física generalizada ao estresse.) Nível 5: 2017; Orcid: 0000-0001-83811682; Resear-
Controle de Ansiedade em fase de Exaustão. cherID: D-9330-2017; NCBI - Pubmed No.
(Esgotamento Físico e Psicológico) 52181433 ; GoogleScholar
_____.: “Interação das reações neurométricas
5- CONCLUSÃO nas desordens orgânicas pelo treinamento da
coerência cardíaca.”; São Paulo; Unyleya;
O estudo da Neurometria Funcional tem
2017; Orcid: 0000-0001-83811682; Resear-
contribuído para esclarecer diversos tipos de
cherID: D-9330-2017; NCBI - Pubmed No.
dificuldades que interferem no processo de
52181433 ; GoogleScholar
aprendizagem, proporcionando o planejamen-
to de estratégias capazes de integrar, de forma _____.: Interpretação dos resultados gráficos
abrangente, o desenvolvimento de competên- do sistema de Biometria Funcional – EXAME
cias, como: controle da ansiedade, manutenção D.L.O.
do foco e atenção e controle dos impulsos, para _____.: Apostila do Curso Técnico em Neuro-
que o aprendiz se torne sujeito de sua aprendi- metria Funcional.
zagem.
_____.: Apostila – Engramas.
A análise qualitativa do exame do D.L.O.
e do Protocolo de Controle de Ansiedade (vi- _____.: Cartilha do Profissional – Sistema de
sual/sonoro), são uma proposta valiosa para a Biometria funcional
observação dos fatores capazes de interferir no ____.: Manual da Engenharia Neurométrica –
aprendizado, quer do controle da ansiedade, versão 2016.
quer da organização e planejamento (Função
BARKLEY, Russell A. Transtorno de déficit de
Executiva), proporcionando maior flexibilidade
atenção/hiperatividade: manual para diagnós-
nas interpretações dos dados, fator de suma
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