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CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO

QUÍMICA ORGÂNICA
PROFESSORA: GABRIELA MENDONÇA
ALUNOS: JOÃO VICTOR BARBOSA, MILENA MACEDO E LETÍCIA FLORÊNCIO

SOLUBILIDADE E RECRISTALIZAÇÃO

1. INTRODUÇÃO
No vasto território da química, a solubilidade e a recristalização são fenômenos essenciais,
oferecendo uma visão muito ampla do que ocorre entre soluções. A solubilidade, descreve a
habilidade de uma substância, o soluto, de se dissolver em outra, o solvente, formando uma
mistura homogênea. Esta interação dinâmica é fortemente influenciada pela polaridade
molecular das espécies envolvidas. Moléculas polares frequentemente interagem mais
eficazmente com solventes polares, enquanto substâncias apolares mostram maior
afinidade por ambientes não polares. Essa dicotomia reflete a importância da distribuição de
cargas elétricas nas moléculas na determinação da solubilidade. As forças intermoleculares,
como pontes de hidrogênio, forças dipolo-dipolo e forças de dispersão, também
desempenham um papel crucial nesse cenário. Essas interações moldam a dinâmica entre
as moléculas, influenciando a dissolução ou a separação das substâncias no processo de
solubilização. Compreender a natureza e a intensidade dessas forças é essencial para
antecipar e explicar os comportamentos observados nas soluções.
No contexto da recristalização, trata-se de um processo que envolve a dissolução controlada
de um sólido em um solvente adequado, seguida pela regeneração do composto em
condições controladas para formar cristais mais puros. Este método aproveita as interações
entre as moléculas, equilibrando cuidadosamente a solubilidade e as forças
intermoleculares. No âmago desse procedimento está a relação crítica com a polaridade
molecular. A capacidade de uma substância se dissolver em um solvente específico
depende, em grande parte, da natureza polar ou apolar das moléculas envolvidas.
Moléculas polares têm maior afinidade por solventes polares, facilitando a dissolução,
enquanto substâncias apolares preferem ambientes não polares. As forças intermoleculares,
como as pontes de hidrogênio, forças dipolo-dipolo e forças de dispersão, são os fios
invisíveis que tecem a trama da recristalização. Durante o processo de dissolução e
recristalização, essas forças influenciam as interações moleculares, permitindo a separação
seletiva de impurezas e a regeneração de cristais mais puros.
A compreensão aprofundada da solubilidade e recristalização não só aprimora nosso
entendimento dos princípios químicos fundamentais, mas também abre portas para
aplicações cruciais em setores como a indústria farmacêutica, a produção de materiais
avançados e a pesquisa científica.

2.OBJETIVOS

A prática de laboratório de solubilidade tem como objetivo investigar a capacidade de uma


substância se dissolver em outra, em condições determinadas de temperatura e pressão.
Analisando também, como esses fatores afetam a solubilidade das substâncias. Já a prática
de recristalização tem como objetivo principal purificar um composto sólido, removendo
impurezas solúveis, através da dissolução do sólido em um solvente quente e subsequente
resfriamento controlado para permitir a formação de cristais puros. Resultando na separação
das impurezas e na obtenção de um produto sólido mais puro e cristalino.

3.MATERIAIS E REAGENTES

A) SOLUBILIDADE:

MATERIAIS
Estante para tubo de Ensaio
9 Tubos de Ensaio Limpos e Secos
Proveta 5ml Limpa e Seca

REAGENTES
B)RECRISTALIZAÇÃO:
Acetato de Etila
MATERIAIS Acetona
Argola Água Destilada
Balança Analítica Diclorometano
Béquer de 100ml Etanol
Béquer de 250ml Éter Dietílico
Bomba de Vácuo Hexano
Octan-1-ol
Dessecador REAGENTES
Espátula Acetato de Etila
Estante para Tubos de Ensaio Acetona
Fósforo Água Destilada
Funil de Buchner Etanol
Funil Simples Hexano
Kitasato Ácido Salicílico
Papel de Filtro Filtração Rápida
Pinça de Madeira
Placa de Aquecimento e Agitação
Proveta 10ml
Proveta 5ml
Suporte Universal
Tela de Amianto
6 Tubos de Ensaio
Pote de Sorvete com Gelo

4.PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

A)Solubilidade:

Parte 1- Pares de Solventes miscíveis e imiscíveis

Para que o processo fosse iniciado adicionou-se em um tubo de ensaio seco 1 ml de água e
1 ml de um dos solventes listados na tabela ao final. Após isso, agitou-se o tubo por alguns
segundos para determinar se os líquidos são miscíveis (uma fase), parcialmente miscíveis
(modificação dos volumes nas fases) ou imiscíveis (duas fases). Posteriormente, repetiu-se
o procedimento para os demais solventes da tabela e por fim refez-se a análise de
solubilidade substituindo a água por hexano.

SOLVENTES
Acetona (C3H6O2)
Acetato de Etila (C4H8O2)
Hexano (C6H14)
Parte 2- Miscibilidade de álcoois

Inicia-se adicionando em um tubo de ensaio seco 1 ml de água e 1 ml de um dos álcoois


listados na tabela apresentada ao final. A seguir, agitou-se o tubo por alguns segundos para
determinar se os líquidos são miscíveis, parcialmente miscíveis ou imiscíveis.
Subsequentemente, repetiu-se o procedimento para o outro álcool da tabela e para concluir
o procedimento refez-se as análises de solubilidade substituindo água por hexano.

ÁLCOOIS
Etanol (C2H6O)
Octan-1-ol (C8H18O)

B) Recristalização:

Para que o processo fosse iniciado analisou-se a solubilidade em cinco tubos de ensaio
(0,03g de amostra por 1 ml de solvente) da amostra de ácido salicílico nos seguintes
solventes: água, etanol, acetona, acetato de etila e hexano. O solvente em que a amostra foi
solúvel descartou-se do procedimento, já o solvente em que a amostra não foi solúvel em
frio passou pelo aquecimento próximo ao ponto de ebulição no banho Maria com um béquer
de 250ml. Se a amostra não foi solúvel nem mesmo a quente, pode ser descartada junto ao
solvente, mas se a mesma for solúvel a quente, o solvente será utilizado na recristalização
do composto. Feito isso, foi pesado 1,5g da amostra a ser recristalizada num béquer A de
100ml e adicionou-se 70ml deste solvente em um outro béquer (B) de 100ml.Aqueceu-se o
solvente do béquer B até a ebulição e verteu-se 30ml do solvente quente no béquer A. Após
essa execução, manteve-se a solução sob aquecimento adicionando mais solvente quente
minimamente até a dissolução do sólido (Imagem 1). Posteriormente a dissolução, foi
filtrada a solução a quente num funil simples previamente aquecido com papel pregueado de
filtração rápida em um béquer de 100ml (imagem 2), deixando depois o que foi filtrado
resfriar naturalmente. Em seguida, o filtrado ficou sendo resfriado em banho de gelo até
atingir a cristalização da solução. Após a cristalização, a água-mãe contém impurezas
solúveis, juntamente com parte do material de interesse dissolvido. Para eliminar a água
mãe (líquido residual que permanece após a cristalização) fez-se uma filtração à vácuo do
material resfriado (Imagem 3). Os cristais ficaram retidos no papel de filtro e a água-mãe é
removida. Para efetuar a filtração a vácuo utilizou-se um kitassato com funil de Buchner e
como fonte de vácuo utilizou-se uma bomba de vácuo.
Imagem 1: Dissolução do sólido

Imagem 2: Filtração a quente

Imagem 3: Filtração a vácuo


5.RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.CONCLUSÃO

7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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