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CURSO DE PSICOLOGIA

DISCIPLINA: PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

ÁLEFE PINHEIRO DE LIMA


MARIA NATHIELY DE ARAUJO OLIVERIA
MATHEUS MAGNO ESTRELA MESQUITA AZEVEDO

ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO

PROFESSOR (A): LEONARDO ARAÚJO LIMA

QUIXADÁ
2021
1 APRESENTAÇÃO
O trabalho realizado, foi com base no trabalho de um Auxiliar Contábil. O escritório
privado de contabilidade, onde há oito funcionários, é uma empresa dívida por setores, como:
pessoal, fiscal, contábil e tributário. O ambiente é composto por 8 salas. A divisão do
ambiente é feita por: recepção, duas salas são de uso individual, uma dividida por duas
pessoas, outra dividida por três pessoas e três salas com arquivos. Cada pessoa trabalha em
uma mesa.
Quanto a estrutura local, foi relatada a falta de uma separação por setor, pois o
escritório possui uma boa divisão de espaço. Uma divisão de funcionários por setor, facilitaria
o trabalho quanto a locomoção, já que não havendo pessoas de diferentes setores em um
mesmo ambiente, o profissional não precisaria sair da sua sala para ir até a outra resolver ou
dialogar com seu companheiro de setor.
A relação entre todos é avaliada pelo facilitador deste trabalho como de muito respeito
e cuidado, sendo notório o quanto todos se preocupam e acolhem o outro. Em relação ao
horário de trabalho, existe uma flexibilidade. Quando necessário chegar um pouco atrasado,
os próprios funcionários se conscientizam e acabam passando um pouco do horário. Por
muitas vezes trabalhar com prazos, todos são cientes dos devidos trabalhos, mas muitas vezes
os prazos acabam sendo vistos como um grande vilão, prejudicando e fazendo com que outros
profissionais de setores diferentes acabem tendo que contribuir para que tudo seja enviado ou
entregue no prazo.
As tarefas do nosso facilitador são mais voltadas para dois setores, são eles: o Setor
Pessoal, onde é responsável pela entrega de folhas de pagamentos; acompanhamento do
monitoramento das empresas do Lucro Presumido; envio de arquivos mensais de compra,
venda e serviços dessas empresas e envio do SPED, já havendo ligação com o Setor Fiscal,
além de enviar o SPED Fiscal, o facilitador realiza o lançamento de notas de entrada e
serviços; realiza a selagem de notas no VIPRO/TRAMITA e acompanha as empresas no
SITRAM.
Segundo o facilitador fazer tarefas de dois setores é algo que acrescenta muito para o
seu conhecimento. Os dois setores onde atua são os que apresentam maior demanda de
trabalho. O facilitador relata uma maior identificação com o setor pessoal, e gostaria de
acompanhar mais de perto questões como admissões e demissões de empregados, além de
ajudar não só a entregar as folhas de pagamento, mas também ajudar a fazê-las. Quanto ao
setor fiscal, ele relata que vem se tornando uma nova paixão, mas não há afinidade com a

Rua Juvêncio Alves, 660 – Centro – CEP: 63900-257 – Quixadá/CE – Brasil – Fone: (88) 3412.6700 / Fax: (88) 3412.6743
atividade em que dar entrada em notas fiscais. Mesmo sendo um trabalho simples, é algo
muito repetitivo e acaba se tornando algo exaustivo para ele.

Sobre as condições de trabalho e suas experiências o facilitador relata:


"Algo que facilita muito o meu trabalho é o diálogo e a liberdade com os demais colegas de
trabalho, por ser um funcionário novo e está no último semestre do curso, não tenho tanta
experiência, mas o diálogo e os ensinamentos dos profissionais veteranos me ajudam muito,
sinto que existe um empenho e desejo de crescimento em conjunto. Me sinto muito bem
quando tenho oportunidade de trabalhar ouvindo música, temos essa liberdade, mas, por
dividir sala com uma pessoa do setor fiscal e uma do setor pessoal, acabo ficando com medo
de atrapalhar, e geralmente só consigo usar a música no trabalho quando estou sozinho na sala
ou quando preciso fazer algum trabalho na sala onde ficam os arquivos, pois nela acabo
ficando sozinho. Essa é a maior sala do escritório, tem mesas, ar condicionado, mas nenhum
funcionário fica lá, e talvez essa sala pudesse ser utilizada por um ou até dois funcionários."

2 PROPOSTAS DESTE ESTUDO


De acordo com AET, a atividade do trabalhador em questão consiste em analisar
documentos, do setor pessoal e do setor fiscal, exigindo o cumprimento de metas e data
prevista, necessitando do funcionário muita cautela e atenção na hora de execução de suas
funções. Ademais, foi notado que a cobrança pelo perfeccionismo e o aumento das atribuições
e responsabilidades são fatores estressores que acabam acarretando cansaço psicológico,
envelhecimento funcional precoce e ansiedade desadaptativa para o trabalho (ZANARDI et
al., 2003). Dessa forma, é possível sugerir atividades subjetivas que minimizem o sofrimento
e ocasione a promoção de saúde do sujeito. Inicialmente, considerando a sua singularidade,
foi pensado que a solução para a questão poderia ser a utilização de fones de ouvido como
forma de acesso o arranjo musical de sua preferência. Mas o facilitador relatou que não se
sentia confortável, pois os fones poderiam funcionar como uma barreira entre ele e seus
colegas de trabalho. O desconforto relatado era de que os colegas achariam que ele usava
fones para não precisar responder ou dialogar com os demais.
Dessarte, a intervenção proposta neste estudo sugere que a empresa transfira o auxiliar
contábil avaliado para outro ambiente, a sala de arquivos, visto que, é um espaço que oferece
condições para que o empregado consiga ouvir tranquilamente sua playlist selecionada e,
assim, não atrapalhe as funções de outros colaboradores. A proposta de transferência do local
de trabalho atual é viável, já que, a sala em questão não é utilizada por outro trabalhador da

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organização. Além disso, em estudo feito por Lesiuk (2005), foi comprovado que pessoas que
realizam suas atividades organizacionais sem a presença de música apresentaram um aumento
significativo nas repostas fisiológicas causadas pelo estresse, por outro lado, os operários que
desenvolvem suas funções organizacionais com a assistência da música, reduzem
substancialmente a ansiedade, a pressão arterial sistólica, e a frequência cardíaca. Ou seja, é
notório que a música pode funcionar como uma medida de prevenção e redução de ansiedade.
Portanto, é de grande relevância que a empresa contábil atue na viabilização de um espaço em
que o funcionário avaliado adquira mais flexibilização e possa, assim, realizar suas tarefas
corporativas enquanto escuta as músicas desejadas e, dessa maneira, diminuir a elevação do
estresse ocupacional e aumentar a sua produtividade na empresa, de uma forma saudável e
que beneficie a todos os envolvidos.
As atividades presentes em um escritório, são predominantemente de trabalho estático,
o músculo se contrai e permanece contraído, pois o operador realiza suas atividades sentado
em frente ao computador. A maioria das pessoas não sentam da forma correta, o que pode
gerar fadiga visual devido ao ângulo errado entre a pessoa e o computador, além de
tensionamento, que provoca dores musculares na coluna, pescoço, ombros e braços, podendo
também haver comprometimento da circulação das pernas. (Santos et.al., 2017)
Na empresa onde o facilitador atua, o uso predominantemente é de notebook, onde é
oferecido apoio para melhor adaptar a altura do instrumento ao usuário. As medidas que
podem ser adotadas são relacionadas a medidas que melhorem a postura, no caso um
ajustamento do posicionamento dos instrumentos (ajustar altura e encosto da coluna e braços
da cadeira) e uso de apoio para os membros inferiores. Também deve ser instruído que o
trabalhador deve evitar apoiar-se em um dos braços enquanto executa suas atividades. Pausas
curtas e frequentes também devem ser feitas para diminuir a tensão dos músculos.
Alongamentos também podem ser feitos durantes essas pequenas pausas.

3 REFERÊNCIAS
LESIUK, Teresa. The effect of music listening on work performance. Psychology of Music, [s. l.], 30 mar. 2005.
Disponível em: https://graphics8.nytimes.com/packages/pdf/business/LESIUKarticle2005.pdf. Acesso em: 5 abr.
2021.

ZANARDI, Gean Carlos et al. O estresse ocupacional e sua influência na saúde e qualidade de vida dos
contabilistas de Florianópolis. 2013. Disponível em: http://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/103700. Acesso
em: 3 abril. 2021.

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SANTOS, Felipe Raimundo dos et. Al. Ergonomia de escritório: fatores corretivos relacionados à prevenção de
LER/DORT. Revista Científica Faculdades do Saber, Mogi Guaçu, 2(3), 156-167, 2017.

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