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Capítulo III - Sociologia, Modernização Autônoma e Revolução Social

Introdução

- Crise de civilização – duas dimensões que se entrecruzam no tempo e no espaço


histórico-sociais: “destruição do que é estabelecido”; “construção do que é novo;

- O sociólogo não é menos humano que os demais membros da sociedade, não dispõe de
caminhos mais inteligentes nem e de saídas mais fáceis;

- A Sociologia, como forma de pensamento, de conhecimento da realidade e de


inspiração prática não vale a pena, sob qualquer modalidade de “neutralização”;

- A utopia da “revolução através da e pela ciência” perdeu consistência:


 Primeiro, porque a ciência e suas irradiações práticas na “tecnologia moderna”
foram absorvidas e controladas por forças sociais extra e anticientíficas.
 Segundo, porque a libertação do homem por novas formas de organização
social se deu de modo parcial e incompleto.

- A única revolução, que poderia gerar o ambiente externo e o clima de valores


requeridos pela ciência, é a que poderia resultar do socialismo igualitário e democrático;

- “[...] não sou pessimista nem em relação às perspectivas de evolução do socialismo e,


através dele, da ciência e da tecnologia, nem com referência ao futuro da América
Latina” (p. 123);

- O “atraso” chegou ao fim e uma nova era começou nas duas últimas décadas, embora
de maneira sombria e dolorosa;

- É preciso projetar a Sociologia em um quadro histórico muito amplo que compreenda


a realidade presente mas, ao memso tempo, sob a intenção de transformá-la e de superá-
la;

- O tema proposto não pode ser discutido aqui por completo. Florestan se limitou a
certas sugestões que lhe parecem estrategicamente mais importantes:
 os requisitos da explicação sociológica quando esta se identifica com rupturas e
transições que transcedem e negam a ordem existente;
 as relações da Sociologia com a modernização controlada e orientada por forças
internas autônomas e revolucionárias;
 em que sentido a Sociologia constitui uma matriz intelectual de conhecimentos
potencialmente revolucionários.

- Preocupação com o fato de a Sociologia nunca ter passado de “serva do poder”;

- A Sociologia foi impregnada por orientações ideológicas que neutralizaram todas as


dimensões do conhecimento sociológico que seriam capazes de transcender e negar a
ordem social existente, superando-a;

- A Sociologia sofreu uma dupla deformação que precisa ser corrigida para se chegar as
transformações sociais que não podem ser concebidas e efetuadas sem conhecimento
científico prévio da realidade.

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