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FAUNÍSTICA
Para a determinação da percentagem dos valores das taxas pelo esforço da conservação a
favor das comunidades, o GdM aprovou o Decreto n.º 12/2002 de 6 de Junho (Regulamento
da Lei de Florestas e Fauna Bravia), que define, no seu artigo 102, que 20 % de qualquer taxa
de exploração florestal ou faunística, destina-se ao benefício das comunidades locais da área
onde foram extraídos os recursos. A alocação de 20 % das taxas de licenciamento às
comunidades residentes nas áreas de exploração florestal ou faunística visa, por um lado, o
desenvolvimento das comunidades onde os projectos da área de conservação estão
localizados, permitindo às comunidades usufruir dos benefícios da exploração do capital
natural à sua volta e, por outro, esta consignação tem o potencial de criar no seio da
comunidade o espírito de preservação dos recursos naturais existentes na comunidade, e pode
assim propiciar a redução do desflorestamento, uso excessivo dos recursos e garantir
continuamente a manutenção dos recursos para a sua exploração e aumento da participação
das comunidades como agentes directos no maneio integrado, protecção contra queimadas,
uso e conservação de recursos florestais.
A partir daí, o Estado tem estado praticado a entrega de 20% das receitas em dinheiro
às comunidades, mesmo sem possuir uma estrutura institucional para a execução da
parceria e divisão de responsabilidades.
Entendemos que as comunidades têm a liberdade de decidir o que fazer com tal valor.
É claro que elas precisam de uma orientação, não no sentido de persuasivo, mas no
sentido de mostrar-lhes as diferentes formas de uso que podem ser sustentáveis e se
possível também rentáveis.
Outra questão relativa a dificuldades com que se depara na questão dos 20% é que a
aplicação destes valores não é específica. E a maneira como se divide ou distribui o
dinheiro é uma ameaça ao sucesso do processo. O Diploma não está claro e permite
oportunismos alheios às comunidades locais.
O processo de canalização dos 20% pode melhorar com a sua descentralização até
ao nível do Distrito, quer aos SDAE‟S, COGEP‟S ou Governo do Distrito, a
quem caberá a responsabilidade de aplicar o diploma com eficiência e