Você está na página 1de 3

Olá!

Este artigo traz uma análise crítica da relação entre a pandemia e a crise
económica atual. Com este artigo descobrimos porque é que a interpretação
hegemónica pode estar equivocada e como a crise atual é uma continuação de
fases anteriores.

Como é que a pandemia afetou a dinâmica da crise económica atual?

De acordo com o 10, a pandemia teve efeitos deletérios na economia,


desencadeando uma dinâmica de crise económica. A paralisação da circulação
de pessoas, que para o capital são mercadorias (força de trabalho), mas também
são consumidores, e a paralisação das circulações de mercadorias, afetaram a
acumulação de capital, representando um movimento contrário ao que é
necessário para a manutenção do sistema capitalista. A pausa desse movimento
representa o encolhimento do capital e sua desvalorização, o que levou ao
colapso económico. Portanto, a pandemia não pode ser considerada a causa
propriamente dita da crise atual, mas um estopim que agravou as condições já
postas. [T2 e T3]

Por que a teoria económica costuma entrar em crise nos momentos de crise
estrutural do capitalismo?

Conforme mencionado no 1, a teoria económica costuma entrar em crise nos


momentos de crise estrutural do capitalismo porque não tem uma teoria
consistente para o entendimento do fenómeno crise. Ou seja, a teoria
económica não consegue explicar as causas profundas da crise, limitando-se a
oferecer soluções paliativas e superficiais. Além disso, a teoria económica é
baseada em pressupostos que não correspondem à realidade, como a ideia de
que o mercado é autorregulado e que a busca pelo lucro individual leva ao
bem-estar coletivo. Esses pressupostos são questionados em momentos de
crise, quando se torna evidente que o mercado não é capaz de se autorregular e
que a procura pelo lucro individual pode levar a consequências negativas para a
sociedade como um todo.
Quais são as fases anteriores da crise do capitalismo contemporâneo
mencionadas no artigo?

O 1 menciona que a crise atual é a terceira fase de uma já longa crise do


capitalismo contemporâneo, iniciada em 2007/2008. Já o 8 se refere à segunda
etapa da crise do capitalismo contemporâneo, que é o recrudescimento da crise
da dívida soberana. Portanto, de acordo com o artigo, as duas fases anteriores
da crise do capitalismo contemporâneo são: a crise financeira de 2007/2008 e o
recrudescimento da crise da dívida soberana. [T2 e T3]

Problemática do artigo, baseada no resumo, corpo do texto e conclusão

O artigo aborda a problemática da crise económica atual, que é entendida


como uma crise estrutural do capitalismo contemporâneo. O texto argumenta
que a pandemia não é a causa propriamente dita da crise, mas um estopim que
agravou as condições já postas. Além disso, o artigo aponta que a teoria
económica costuma entrar em crise nos momentos de crise estrutural do
capitalismo, pois não tem uma teoria consistente para o entendimento do
fenómeno crise. O texto também destaca que a crise atual é o desenrolar de
duas fases anteriores da mesma crise, sendo, portanto, uma etapa (a terceira) de
uma já longa crise do capitalismo contemporâneo. A partir dessas reflexões, o
artigo propõe uma crítica da economia política da crise pandémica, que procura
compreender as causas profundas da crise e apontar caminhos para superá-la.
Portanto, a problemática do artigo é a crise económica atual e suas implicações
para o sistema capitalista, bem como a necessidade de uma crítica da economia
política para compreender e superar essa crise.

Sugestões de linhas de investigação em formato de questões que remetem para


a leitura de outros artigos

Como a crise económica atual afeta a desigualdade social? Quais são as


implicações políticas e sociais dessa desigualdade? (Sugestão de leitura:
"Desigualdade e crise económica: uma análise comparativa dos países da
OCDE", de Thomas Piketty)

Qual é o papel das políticas monetárias e fiscais na superação da crise


económica? Como essas políticas podem ser articuladas para promover o
crescimento económico e a estabilidade financeira? (Sugestão de leitura:
"Política monetária e fiscal na crise financeira global", de Ben Bernanke)
Como a crise económica atual afeta o mercado de trabalho? Quais são as
implicações para os trabalhadores e para as empresas? (Sugestão de leitura: "A
crise económica e o mercado de trabalho: uma análise comparativa dos países
da União Europeia", de Juan Dolado)

Qual é o papel das instituições financeiras internacionais na gestão da crise


económica? Como essas instituições podem contribuir para a estabilidade
financeira e o desenvolvimento económico dos países afetados pela crise?
(Sugestão de leitura: "O papel do FMI na gestão da crise financeira global", de
Christine Lagarde)

Como a crise económica atual afeta o comércio internacional? Quais são as


implicações para os países exportadores e importadores? (Sugestão de leitura:
"A crise econômica e o comércio internacional: uma análise dos países
emergentes", de Dani Rodrik)

Exemplos de citações do PDF

- "Não é de espantar que Marx seja o autor que melhor entendeu as crises
cíclicas no capitalismo" 5.

- "Assim, para se entender esta atual crise, torna-se necessário entender o


capitalismo contemporâneo, que conta com um amplo conjunto de
características, isto é, o período histórico do capitalismo que se constrói a partir
de sua última grande crise estrutural, a crise dos anos 60/70 do século passado"
5.

- "A pandemia não é a causa da crise, mas sim um elemento exógeno que se
soma a uma série de fatores endógenos que já vinham se acumulando há
décadas" 5.

- "A montanha de dívidas privadas das empresas estará no âmago da próxima


crise financeira" 14.

- "Déficits, dívidas e deflação após a pandemia" 14.

Você também pode gostar