Você está na página 1de 23

CASP II

UNIDADE I – ASPECTOS GERAIS


“ESTÁGIOS DA RECEITA E DA
DESPESA PÚBLICA” ÓDULO III
CICLO ORÇAMENTÁRIO

•O Poder Executivo •Deputados, senadores e


manda a 1º versão da Vereadores podem
LOA. promover emendas
• Após a 1ª versão o PE 2ª etapa: visando a melhoria dos
pode mandar alterações 1ª etapa: gastos.
a LOA apenas nas partes Discussão,
que não foram IIIvotação eda
MÓDULOaprovação
analisadas até o Elaboração do
momento. Projeto da LOA. LOA.
Maioria simples.

4ª etapa: 3ª etapa:
Controle e Execução
orçamentária e
Avaliação
•controle: interno, externo financeira •Antes de iniciar a
(Poder leg., tribunal de contas), execução da LOA, volta
social (exercido pela sociedade). para o PE para sanção ou
•O controle e avaliação fornecem veto (total ou parcial) e
subsidio para execução da publicação.
próxima LOA.
Receita Pública

SENTIDO AMPLO: Todos os ingressos financeiros $$ no caixa do


Município.

SENTIDO ESTRITO: Todo ingresso financeiro de caráter não devolutivo


e não transitório. Receita Orçamentária.
A receita é classificada de acordo com a despesa vinculada a ela,
conforme as seguintes categorias econômicas:

Receita corrente

Receitas de capital
Receita
Receita corrente:
de correntes:

Financia despesas correntes, ou seja, não contribui para aumentar o


patrimônio.

Classificam-se nessa categoria aquelas receitas oriundas do poder


impositivo do Estado.

Apresentam regularidade.
Receita de capital:

Financia as despesas de capital, ou seja, contribui para aquisição,


construção do bem público.

São receitas de capital os recursos recebidos de outras pessoas de direito


público ou privado, destinados a atender as despesas classificáveis em
despesas de capital e, ainda, o superávit do orçamento corrente.

As receitas de capital são denominadas de receitas por mutações


patrimoniais, pois geralmente nada acresce ao patrimônio, constituindo
simples alterações compensatórias, exceção à alienação de bens por valor
superior ao registrado contabilmente.
Receitas correntes Receitas de capital
 Tributárias  Operação de crédito (constituição de
a) Impostos dívidas);
b) Taxas a) Empréstimos
c) Contribuição de melhoria (obra pública que b) Financiamentos
valoriza os imóveis ao redor) c) Emissão de títulos públicos
 Receita de contribuições (contribuição de  Alienação de bens
seguridade social, sociais, econômicas). (conversão em espécie de bens e de
direitos);
 Receitas patrimoniais (obtidas graça a
Tangíveis
exploração de algum patrimônio – aluguel,
Intangíveis
recursos naturais – exploração).
 Amortização de dívidas (governo
 Receitas agropecuárias (obtida através de
recebendo os recursos emprestados no
exploração econômica. Quando o Estado está
fazendo). passado.).

 Industrial (obtida através de exploração  Transferência de capital


econômica. Quando o Estado está fazendo).  Outras receitas de capital
 Serviço (obtida através de exploração  Superávit do orçamento corrente
econômica. Quando o Estado está fazendo).
 Transferências correntes
 Outras receitas correntes (multas e juros de
mora, recebimento da divida ativa).
ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA:
Previsão
Estima o valor que será realizado. Tem por base o comportamento da arrecadação efetiva
no ano anterior + técnicas de projeção (com base em estudos, comparações e
planejamento)

Ou seja, a previsão ocorre quando o Poder Executivo realiza sua estimativa, por meio de
diversas metodologias, dentre elas o modelo incremental (que pondera as receitas dos
exercícios anteriores em face de alguns indicadores da economia), e a encaminha para
aprovação pelo Poder Legislativo.

Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), as previsões da receita:

Considerarão os efeitos das alterações na legislação;


Considerarão a variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer
outro fator relevante;
Serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da
projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem e da metodologia de cálculo e
premissas utilizadas.
ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA:
Além disso, a LRF ainda estabelece que o Poder Legislativo não poderá reestimar a receita
apresentada pelo Poder Executivo, salvo em casos de comprovado erro ou omissão de
ordem técnica ou legal.

Lançamento

Conforme inteligência do Código Tributário Nacional (CTN), o lançamento é o estágio da


receita pública em que ocorre o procedimento administrativo tendente a verificar a
ocorrência do fato gerador da obrigação, determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação
da penalidade cabível.

Esse conceito, apesar de complexo, já foi cobrado algumas vezes em provas de concursos.
Nesse sentido, decore-o e atente principalmente para a parte in fine: propor a aplicação da
penalidade cabível.
ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA:
Segundo o Manual da Receita, somente as receitas tributárias, multas e rendas
com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato são objeto de
lançamento. As receitas originárias (aluguel, foro, arrendamento, serviços,
venda…) não passam pelo estágio do lançamento conforme o referido Manual.
Assim, tais receitas são diretamente arrecadadas.

Citando a Lei 4.320/64, o lançamento consiste no ato da repartição competente


que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa devedora (sujeito passivo)
e inscreve o débito desta.

Segundo a citada lei, são objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer


outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
Todavia, apesar do conceito legal, não se prenda a ele. Vale lembrar que a Lei
4.320 remota aos anos 60. Nesse sentido, atualmente, o lançamento pode ser
aplicado também a alguns impostos indiretos.
ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA:
O lançamento pode ser classificado em tipos:
Lançamento por declaração (misto)
O estágio da receita do lançamento, quando por declaração, ocorre com base
em uma declaração do sujeito passivo à autoridade administrativa, informando
sobre a matéria de fato, indispensável à sua efetivação. Ou seja, o contribuinte
informa ao agente cobrador acerca de um determinado fato e este calcula o valor
do tributo (com base na declaração do sujeito passivo) e realiza o lançamento da
receita. São exemplos de lançamentos por declaração: Imposto de Transmissão
Causa Mortis e Doação (ITCMD), Imposto de Exportação (IE).

Lançamento por homologação (autolançamento)


O lançamento por homologação é aquele em que o sujeito passivo antecipa o
pagamento sem qualquer prévio exame da autoridade administrativa.
Posteriormente, a autoridade administrativa fiscalizará o pagamento realizado
pelo sujeito passivo a fim de homologá-lo. O principal exemplo de lançamento por
homologação é o Imposto de Renda (IR), outros: Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA:

Lançamento direto (de ofício)


O lançamento direto ocorre em relação aos tributos sobre os quais o poder público
já possui todas as informações necessárias (em bancos de dados), bastando à
autoridade administrativa consultá-las para obtenção dos valores e demais
condições necessárias ao lançamento.
Portanto, o lançamento direto ocorre independentemente da participação do sujeito
passivo.

Conforme determina o CTN (art. 149), o lançamento direto ocorrerá quando:


A lei determinar;
O sujeito passivo não prestar declaração na forma e prazo legais;
O sujeito passivo, mesmo que tenha prestado a declaração, não atender a pedido
de esclarecimentos da autoridade administrativa;
For comprovada falsidade, erro ou omissão em relação à declaração do sujeito
passivo;
For comprovada omissão ou inexatidão em atos do sujeito passivo relativos ao
lançamento por homologação;
ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA:

Se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou terceiro, que dê lugar à


aplicação de penalidade pecuniária;
Sujeito passivo agir com dolo, fraude ou simulação;
Da apreciação de fato não conhecido ou não provado em lançamento anterior;
Comprovada fraude ou falta funcional da autoridade que efetuou o lançamento
anterior, ou omissão de ato ou formalidade por essa mesma autoridade.

Nesse sentido, são exemplos de tributos com lançamento direto: Imposto Predial
e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre Propriedade de Veículo
Automotor (IPVA).
ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA:

Arrecadação
Quando o devedor entrega os recursos financeiros a um agente credenciado do\pelo
governo. (é o ato de pagar o DARF no banco).
O estágio da receita pública da arrecadação consiste na entrega dos recursos
devidos ao Tesouro, por parte dos contribuintes ou devedores aos agentes
arrecadadores.
Essa fase consiste basicamente no pagamento pelo sujeito passivo ao ente
arrecadador (geralmente um banco autorizado pelo ente público).
Em outras palavras, sabe quando você paga uma Guia de Recolhimento da União
(GRU)? Nesse caso, você está cumprindo a etapa de arrecadação da receita pública.
ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA:

Recolhimento
Quando o agente credenciado recolhe\repassa os recursos para o
governo. É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do
tesouro.
Consiste na transferência dos valores arrecadados à conta específica
do Tesouro.
Esse recolhimento é realizado pelo agente arrecadador (aquele que
recebeu o valor do contribuinte na etapa de arrecadação) e deve
proceder-se em observância ao princípio da unidade de tesouraria.
Art. 35 Lei 4.320/1964:

Pertencem ao exercício financeiro:

As receitas nele arrecadadas;


As despesas nele legalmente empenhadas.
Despesa Pública

Conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para


custear os serviços públicos prestados à sociedade, ou para a
realização de investimentos.

Devem ser autorizadas pelo Poder Legislativo, através do ato


administrativo chamado orçamento público.
DESPESA CORRENTE: classificam-se nesta categoria todas as
despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou
aquisição de um bem de capital. Ex. gastos com manutenção.

DESPESA DE CAPITAL: classificam-se nesta categoria aquelas


despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou
aquisição de um bem de capital. Ex. aquisição de veículo.
 Despesas de capital: são os gastos com investimentos do
governo, como por exemplo, as obras em geral e a aquisição
de equipamentos para a saúde e qualquer outra finalidade.

 Despesas decorrentes das despesas de capital: são as


despesas destinadas a manter e conservar os investimentos.
Por exemplo: a construção de um hospital dá origem às
despesas com a sua manutenção e funcionamento.
Estagio da Despesa

Empenho;

Liquidação; e

Pagamento.

Assistam:
https://portaldatransparencia.gov.br/entenda-a-gestao-publica/execucao-despesa-publica
Art. 60 e 61 da Lei 4.320/64

É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

Para cada empenho será extraído um documento denominado


"nota de empenho" que indicará o nome do credor, a
representação e a importância da despesa bem como a dedução
desta do saldo da dotação própria.

Você também pode gostar