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Definição
Metabolismo lipídico
Fisiopatologia
As dislipidemias podem ser classificadas de acordo com a fração lipídica alterada em:
(1). Hipercolesterolemia isolada: Aumento isolado do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL).
(2). Hipertrigliceridemia isolada: Aumento isolado dos triglicérides (TG ≥ 150 mg/dL
ou ≥ 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum).
(3). Hiperlipidemia mista: Aumento do LDL-c (≥ 160 mg/dL) e dos TG (≥ 150 mg/dL
ou ≥ 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum). Se TG ≥ 400 mg/dL, o cálculo do LDL-c
pela fórmula de Friedewald é inadequado, devendo-se considerar a hiperlipidemia mista quando
o não HDL-c ≥ 190 mg/dL.
(4). HDL-c baixo: Redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e mulheres < 50 mg/dL)
isolada ou em associação ao aumento de LDL-c ou de TG.
Efeitos colaterais são raros no tratamento com estatinas. Dentre estes, os efeitos
musculares são os mais comuns e podem surgir em semanas ou anos após o início do tratamento.
Variam desde mialgia, com ou sem elevação da Creatinoquinase (CK), até a rabdomiólise. A
dosagem de CK deve ser avaliada no início do tratamento, principalmente em indivíduos de alto
risco de eventos adversos musculares, como pacientes com antecedentes de intolerância à estatina;
indivíduos com antecedentes familiares de miopatia; o uso concomitante de fármacos que
aumentem o risco de miopatia. A dosagem rotineira de CK não é recomendada em pacientes já
em uso de estatina, exceto se ocorrerem sintomas musculares (dor, sensibilidade, rigidez,
câimbras, fraqueza e fadiga localizada ou generalizada), introdução de fármacos que possam
interagir com estatina ou quando se eleva a dose desta.
A avaliação basal das enzimas hepáticas (ALT e AST) deve ser realizada antes do início
da terapia com estatina. Durante o tratamento, deve-se avaliar a função hepática quando
ocorrerem sintomas ou sinais sugerindo hepatotoxicidade (fadiga ou fraqueza, perda de apetite,
dor abdominal, urina escura ou aparecimento de icterícia).
As estatinas devem ser, preferencialmente, administradas por via oral, em dose única.
Recomenda-se que, para estatinas com meia-vida curta (p. ex., sinvastatina), a administração seja
à noite, devido à maior produção de colesterol pelo fígado e pelo tempo de meia-vida. Estatinas
com meia-vida longa (p. ex., atorvastatina e rosuvastatina) podem ser administradas em qualquer
horário do dia.
b) Ezetimiba
O ácido nicotínico reduz a ação da lipase tecidual nos adipócitos, levando à menor
liberação de ácidos graxos livres para a corrente sanguínea. Como consequência, reduz-se a
síntese de TG pelos hepatócitos. Reduz ainda o LDL-c em 5 a 25%; aumenta o HDL-c em 15 a
35%; e diminui o TG em 20 a 50%.
O ácido nicotínico pode, excepcionalmente, ser utilizado em pacientes com HDL-C baixo
isolado, mesmo sem hipertrigliceridemia associada, e como alternativa aos fibratos e estatinas ou
em associação com esses fármacos em portadores de hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia ou
dislipidemia mista. Devido a menor tolerabilidade com a forma de liberação imediata (rubor e
prurido) e à descrição de hepatotoxicidade com a forma de liberação lenta, tem sido preconizado
seu uso na forma de liberação intermediária, com melhor perfil de tolerabilidade. Como os efeitos
adversos relacionados ao rubor facial ou prurido ocorrem com maior frequência no início do
tratamento, recomenda-se dose inicial de 500 mg ao dia com aumento gradual − em geral para
750 mg e, depois, para 1.000 mg, com intervalos de 4 semanas a cada titulação de dose, buscando-
se atingir 1 a 2 g diárias. O pleno efeito sobre o perfil lipídico apenas é atingido com o decorrer
de vários meses de tratamento.
Complicações e prognóstico