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CURSO DE
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM
Aluno:
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CURSO DE
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM
MÓDULO II
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO II
7 INTRODUÇÃO
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etapa da sistematização da assistência de enfermagem dá-se o nome de avaliação
de enfermagem, momento em que o exame físico também é utilizado.
Além de possibilitar a identificação de problemas e o levantamento de
percepções e expectativas que necessitam de intervenções de enfermagem, o
exame físico também possibilita:
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8 TÉCNICAS PARA EXAME FÍSICO
8.1 INSPEÇÃO
8.2 AUSCULTA
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normais dos anormais e, dentro dos anormais, quais são indicativos de
determinadas patologias.
O enfermeiro necessita de um estetoscópio de boa qualidade, que seja
adaptável a ele. As olivas devem ser confortáveis, seu tubo deve medir cerca de 30
cm e sua cabeça deve possuir um diafragma e uma campânula. A campânula é
utilizada para se ouvir sons graves, como por exemplo, sopros cardíacos e o
diafragma para sons de alta frequência, como os respiratórios.
FIGURA 11 - ESTETOSCÓPIO
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8.3 PALPAÇÃO
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FIGURA 13 – TÉCNICA DE PALPAÇÃO
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FIGURA 14 – TÉCNICA DIGITOPRESSÃO
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8.4 PERCUSSÃO
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Na percussão indireta o examinador utiliza o dedo médio de uma das mãos
para golpear a falange distal do dedo médio da outra mão, que se encontra
posicionada sobre a região examinada. A mão utilizada para receber os golpes deve
estar espalmada e apenas o dedo médio deve estar em contato com a região a ser
examinada. Assim como na percussão direta, os movimentos de golpe são
provenientes da articulação do pulso.
Sentada;
Ortostática ou em pé;
Decúbito dorsal: cliente deitado de costas, com braços e pernas estendidos
ao longo do corpo;
Decúbito ventral: cliente deitado com abdome para cima, com braços e
pernas estendidos ao longo do corpo;
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Fowler – cliente semissentado no leito, recostado em travesseiros;
Ginecológica – cliente deitado em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas
e afastadas;
Tredelemburg: decúbito dorsal, com as pernas e pés mais elevados que o
corpo.
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10.2 PRESSÃO ARTERIAL
10.3 PULSO
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10.4 RESPIRAÇÃO
11 AVALIAÇÃO MENTAL
Para realizarmos uma avaliação mental devemos atentar para vários fatores
prontamente observáveis, que em conjunto irão indicar a presença de alguma
alteração mental.
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e suas alterações e se esse parece autêntico. Também devemos analisar a forma
com que o discurso se expressa. Verificar a presença de logorreia (fala excessiva), o
mutismo (silêncio total), a afasia (dificuldade em se expressar, não recorda palavras)
e a verbigeração (repetir frases e palavras sem sentido).
11.2 HUMOR
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Referente ao lugar, perguntamos sobre o endereço de sua residência, o
endereço do trabalho, nome da cidade e do estado. Com relação às pessoas,
solicitamos ao cliente que diga seu nome completo, de seus colegas de trabalho.
Normalmente alterações nas respostas revelam a presença de delírios. Na avaliação
da memória remota, questionamos datas de nascimento, escolas que frequentou
outros empregos. Essa memória encontra-se comprometida na fase inicial da
demência.
A memória recente refere-se a lembranças das atividades exercidas ou fatos
ocorridos no mesmo. Devemos perguntar qual foi o horário agendado para a
consulta de enfermagem, quem o recepcionou, a que horas chegou ao serviço.
Alterações nessas respostas indicam a presença de demência e no delírio. Durante
o exame mental devemos sempre checar as respostas dadas, pois o cliente pode
estar confabulando, isto é, criando fatos para compensar a falha na memória.
12.1 PELE
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12.1.2 Composição
12.1.3 Coloração
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Geralmente encontrada como resposta normal a ambientes frios ou
ansiedade.
12.1.5 Suor
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12.1.6 Apêndices Cutâneos
Pelos: nos adultos encontramos dois tipos de pelo, sendo a lanugem (curto,
fino e pouco aparente) e outro mais grosseiro e pigmentado, denominado de
terminal, como exemplo podemos citar as sobrancelhas.
Unhas: tem a função de proteger as extremidades distais dos dedos e
artelhos. Composta por placa ungueal, geralmente encurvada, e coloração
rósea no leito ungueal. A placa ungueal é firmemente ligada à placa ungueal
e aproximadamente um quarto da placa ungueal onde se localiza a raiz
ungueal é recoberto pela prega ungueal proximal. As pregas ungueais laterais
protegem os lados da placa e a cutícula tem função de lacre e proteção
desses espaços. Com o envelhecimento, as unhas perdem parte de seu
brilho e podem se tornar espessadas e amareladas. As unhas das mãos
apresentam crescimento mais rápido do que as unhas dos pés, sendo seu
crescimento de aproximadamente 0,01mm ao dia.
Glândulas Sebáceas: tem como função a produção e excreção de
substância gordurosa que serve como proteção. Presentes em toda superfície
cutânea com exceção das regiões palmares e plantares.
Glândulas Sudoríparas: subdividem-se em dois tipos, sendo denominadas
glândulas écrinas e apócrinas.
Glândulas Écrinas: desembocam direta e extensamente por toda superfície
cutânea e são responsáveis pela produção e excreção do suor que ajuda a
controlar a temperatura corporal.
Glândulas Apócrinas: localizam-se principalmente nas regiões axilar e
genital, desembocam em folículos pilosos e são estimuladas pela tensão
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emocional. A responsabilidade pelo suor dos adultos é a decomposição
bacteriana do suor apócrino.
12.1.7 Anormalidades
12.1.9 Inspeção
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12.1.10 Palpação
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Hipocromia: de coloração mais clara do que o restante da pele, geralmente
devido à diminuição de melanina.
Acromia: descoloração total da pele na região da mancha, devido à ausência
de melanina.
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12.2 UNHAS
FIGURA 18 - UNHAS
12.3 PELOS
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12.4 CABEÇA
Distribuição;
A textura verificando se são finos ou grossos;
Processo de queda, caso positivo perguntar ao cliente o início e período
de ocorrência;
Brilho: em condições normais devem apresentar brilho;
Higienização: observar a presença de oleosidade, presença de caspas,
piolhos e lêndeas.
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Para avaliação do couro cabeludo, o cabelo deve ser repartido em diferentes
locais para observação da presença de descamação, lesões, protuberâncias e
higienização. No crânio inspecionar e palpá-lo em toda a sua extensão, observando
deformidades, protuberâncias, depressões, hipersensibilidade e tamanho. Na face
observar alterações na coloração e simetria da face, que podem indicar patologias,
sendo importante ressaltar:
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É importante informar ao cliente sobre os procedimentos que serão
realizados, levando-se em conta que esta é uma região muito sensível. Nas
pálpebras e cílios devemos observar que em condições normais a pálpebra superior
cobre uma parte da íris, porém não recobre a pupila. O espaço de abertura entre as
pálpebras é denominado fissura palpebral. As pálpebras se fecham e abrem
simetricamente. A distribuição dos cílios é uniforme.
Ao exame observar:
Edemas;
Xantelasma;
Ptose;
Blefarite.
Exoftalmia (protusão);
Enoftalmia (retração);
Sensibilidade e tensão.
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Diâmetro pupilar;
Realizar teste de fotorreação (descrito nas técnicas de exame
neurológico);
Anormalidades pupilares.
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Para avaliar a cavidade oral solicite ao cliente abrir a boca e observe as
estruturas internas com o auxílio das mãos, utilizando o abaixador de língua e
lanterna. O uso desses instrumentos é imprescindível para que se obtenha uma
visualização adequada da cavidade, lembrando que a ausência de luminosidade
adequada pode mascarar ou impossibilitar a visualização de anormalidades,
principalmente àquelas ligadas à alteração de coloração.
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dentes e observe a presença de manchas, posição anormal e amolecimento dos
dentes.
No palato duro inspecione alterações de coloração, hidratação, lesões,
protuberâncias e depressões anormais. Solicite ao cliente que exponha a língua
para fora e observe assimetria, coloração, textura, ulceração, nodulações e protusão
assimétrica. Inspecione as laterais da língua e a superfície inferior e o assoalho da
língua, pesquisando a presença de regiões esbranquiçadas, avermelhadas, nódulos
e ulcerações.
Inspecionar as condições de higiene a procura de tártaro, resíduos
alimentares, cáries e se a língua está recoberta por placa de secreção, evidenciando
ausência de escovação da mesma. Para avaliar a faringe solicite ao cliente que abra
a boca, mantendo a língua dentro da cavidade oral e solicite a ele que diga “ah” ou
boceje, dessa forma você poderá ter uma boa visualização. Caso isso não seja
possível, utilize uma espátula e comprima a região média da língua para poder
visualizar a faringe. É importante observar a distância correta da espátula para não
provocar náuseas e vômitos.
Já tendo visualizado toda a faringe, solicite ao cliente que diga “ah” e
observe a elevação do palato mole e o posicionamento da úvula. Examine o palato
mole, pilares anterior e posterior, amígdalas (que nem sempre são visíveis) e a
faringe posterior. Inspecione alterações da coloração, simetria da úvula, ulcerações
e existência de exsudatos.
Para avaliar ouvidos e audição, o examinador deve perguntar ao cliente se
sua audição é boa, se teve ou tem algum problema nos ouvidos e se percebeu
alguma perda auditiva. Caso positivo, verificar a lateralidade e quando começou a
perceber o início dos sintomas, se ocorreu de forma abrupta ou aos poucos e ainda
sobre outros sintomas, como por exemplo, otalgia, vertigem, zumbido, etc.
Existem dois tipos básicos de comprometimento auditivo:
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Indivíduos que apresentam perda sensório-neural apresentam problemas
principalmente na compreensão da fala. Pergunte ao cliente se está fazendo uso de
algum medicamento, lembrando que alguns podem afetar a audição, entre eles:
aminoglicosídeos, aspirinas, quinino, furosemida, entre outros.
São definições importantes:
12.5 PESCOÇO
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cervical profunda devem ser palpados devendo o examinador dobrar os dedos em
formato de garra.
Gânglios pequenos, móveis, indolores e isolados são palpados com
frequência em pessoas saudáveis. Gânglios dolorosos e aumentados sugerem
inflamação. Gânglios duros ou fixos sugerem doença maligna. Posicione o cliente
sentado, relaxado, com o pescoço discretamente fletido para frente. Observe
simetria, presença de massa, cicatriz, aumento das glândulas e gânglios.
Palpe utilizando a polpa digital dos dedos indicador e médio, movendo a pele
sobre os tecidos subjacentes das regiões examinadas. Palpe os gânglios e
pesquise: tamanho, formato, mobilidade e consistência e hipersensibilidade.
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pescoço, posicionando os dedos indicadores logo abaixo da cartilagem cricoide.
Incline levemente a cabeça para trás.
Solicite que o cliente degluta e palpe a elevação à glândula sob suas polpas
digitais. As características físicas da tireoide têm importância diagnóstica, porém
para saber sobre seu funcionamento são necessários exames laboratoriais, além de
outros sinais e sintomas detectados durante o exame físico.
Observe o tamanho, formato, consistência, nódulos e hipersensibilidade.
Solicite ao paciente retornar a cabeça à posição normal e peça a ele que faça
movimentos de rotação com o pescoço, extensão e flexão (frente e trás) e inclinação
para direita e esquerda. Em relação às artérias carótidas e veias jugulares,
inspecione e apalpe para avaliar se há distensão venosa jugular e pulsações
arteriais. Na presença destas, realizar exame detalhado com o cliente em decúbito
dorsal, quando do exame cardiovascular e, se necessário, elevar um pouco o
decúbito de forma a mantê-lo confortável.
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sintomático, lembrando a obrigatoriedade de comparação dos achados em ambos
os lados.
Após a inspeção, a primeira técnica a ser realizada é a ausculta, pois se
palparmos e percutirmos uma região com presença de hipersensibilidade será
possível a alteração dos movimentos respiratórios e cardíacos deste. Na inspeção
observe e anote as anormalidades encontradas com relação a:
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uma nota de outra. Na ausculta permite, por exemplo, que o examinador
diferencie um som vesicular de um som brônquico, assim como permite
avaliar a existência de egofonia.
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Estertores ou crepitações: para um ruído descontínuo.
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Na transmissão de ruídos vocais solicite ao cliente que fale “trinta e três” e
“ee”, observando o padrão normal, ou seja, as palavras ficam abafadas e indistintas
e o “ee” falado é ouvido como “ee”. As palavras sussurradas ficam distantes e pouco
nítidas, quando se consegue ouvi-las.
São anormalidades:
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FIGURA 22 – REGIÃO POSTERIOR DO TÓRAX
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FIGURA 23 – EXPANSÃO RESPIRATÓRIA
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FIGURA 24 – AUSCULTA PULMONAR
Percuta o tórax de forma simétrica, dos ápices até as bases dos pulmões.
Primeiro um dos lados, em seguida o outro no mesmo nível, para que possa efetuar
comparação entre ambos. É muito importante memorizar os locais e o sons normais
produzidos quando da percussão dessas áreas, sendo a anormalidade encontrada
quando os sons são encontrados em áreas diferentes das especificadas pela
ilustração e, portanto, indicam a presença de processo patológico.
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FIGURA 25 - PERCUSSÃO
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pouco as mamas. Em condições normais o frêmito costuma estar diminuído ou
ausente sobre o precórdio. Caso a mama feminina interfira na percussão, afaste-a
com delicadeza. Percuta o tórax de forma simétrica, percutindo um dos lados e em
seguida o outro no mesmo nível, para que possa efetuar comparação entre ambos.
12.7 CORAÇÃO
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FIGURA 26 – EXAME FÍSICO CARDÍACO
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FIGURA 27 – EXAME FÍSICO CARDÍACO
Nessa etapa utilizamos a ponta dos dedos para verificar o local do ictus
cordis e sentir os batimentos cardíacos nos espaços intercostais. Também, por meio
da palpação, podemos verificar a pulsação na região epigástrica, sendo decorrente
da transmissão das pulsações aórticas para parede abdominal.
Quando essas pulsações se tornam intensas, sugerem uma hipertrofia
ventricular direita. Esta técnica é bastante útil em indivíduos com diâmetro
anteroposterior aumentado. Com a mão espalmada, introduzimos o dedo indicador
logo abaixo do gradil costal, indicando para cima e na direção do ombro esquerdo.
Quando, durante a palpação, verifica-se a presença de vibrações de baixa
intensidade, que ocorrem independente da primeira ou da segunda bulha, temos
uma indicação precisa da presença de sopros cardíacos, que se serão auscultados
na próxima etapa do exame. Essas vibrações recebem o nome de frêmitos.
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Normalmente a percussão não é utilizada, sendo substituída pela palpação
para se determinar o tamanho do coração. Entretanto, quando não consegue limitar
o espaço no mediastino ocupado pelo coração por meio da palpação, utiliza-se a
percussão. Inicia-se a percussão à esquerda do tórax, no terceiro, quarto, quinto e,
às vezes, sexto espaço intercostal, onde se distingue o som timpânico dos pulmões
destoar com o som maciço do coração.
A ausculta cardíaca é realizada a partir do segundo espaço intercostal até o
quinto espaço intercostal, ao longo da borda esternal e também na região do ápice.
Ela pode ser realizada com o cliente em decúbito dorsal, decúbito dorsal
parcialmente virado para o lado esquerdo, sentado e inclinado ligeiramente para
frente.
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FONTE: Potter; Perry, 2005.
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FIGURA 29 – FOCOS DE AUSCULTA CARDÍACA
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afastado da parede torácica. Os frêmitos normalmente se associam aos sopros de
graus quatro, cinco e seis.
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13 MAMAS
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solicitamos à cliente que fique sentada, com os braços pendentes. Com relação à
mama verificamos coloração da pele, tamanho, simetria, contorno. Na inspeção dos
mamilos observamos o tamanho, a forma, se possuem secreção, erupções ou
úlceras, e a direção para onde apontam.
Normalmente os mamilos apontam para baixo e para fora. Clinicamente,
podemos encontrar mulheres que apresentam o mamilo invertido, isto é, voltado
para o interior da aréola. Esse achado não apresenta problemas, a não ser uma
possível dificuldade desta mulher em amamentar. Também devemos solicitar à
cliente que coloque seus braços para cima, que apoie as mãos nos quadris e que se
incline um pouco à frente.
Essas posições são indicadas para observação de possíveis retrações ou
depressões, que podem estar mascaradas, não sendo possível sua detecção na
posição inicial. Qualquer sinal de depressão ou retração é indicativo de câncer. Para
realizarmos a palpação, solicitamos à cliente que permaneça em decúbito dorsal,
com os braços sobre a cabeça. Se for necessário, para maior conforto, coloca-se um
travesseiro embaixo dos ombros da cliente.
Essa posição proporciona a distribuição do tecido mamário sobre o tórax,
facilitando a execução do exame. A palpação deve ser realizada com a ponta dos
dedos, iniciando-se na região periférica da mama e seguindo, de forma circular, até
o mamilo. Nesse processo, verificamos se existe hipersensibilidade à palpação, a
consistência e a possível presença de nódulos. No caso de hipersensibilidade,
devemos investigar possíveis inflamações e mesmo o câncer pode deixar a mama
dolorida.
Vale ressaltar que a hipersensibilidade e certa mudança da consistência da
mama é normal quando a mulher se encontra no período pré-menstrual. Quando
localizamos algum nódulo, devemos descrevê-lo da forma mais detalhada possível.
Descrevemos o quadrante, o tamanho, a forma, sua mobilidade e consistência.
Algumas mulheres podem apresentar secreções lácteas durante a palpação
do mamilo, mesmo não estando grávidas. Normalmente isso ocorre devido à
utilização de algumas drogas ou a ocorrência de algum distúrbio hormonal. Se
durante a palpação do mamilo ocorrer outro tipo de secreção, unilateral, isso é sinal
de alteração local e necessitará de investigação detalhada.
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O enfermeiro deverá anotar a quantidade, cor e consistência da secreção,
encaminhando a cliente para uma avaliação médica.
14 AXILAS
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Normalmente os gânglios, quando se apresentam moles e móveis, indicam
estados inflamatórios e/ou infecciosos purulentos e os nódulos duros e fixos indicam
neoplasias ou estados infecciosos fibróticos.
15 ABDOME
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FIGURA 30 - QUADRANTES ABDOMINAIS
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FIGURA 31
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Outra maneira de divisão é a realizada por meio de duas linhas horizontais,
uma logo abaixo do rebordo costal e a outra imediatamente acima das cristas
ilíacas, e duas linhas verticais, uma na região médio clavicular direita e outra na
região médio clavicular esquerda.
Desta forma, o abdome é dividido em nove partes, sendo denominadas:
hipocôndrio direito, epigastro, hipocôndrio esquerdo, flanco esquerdo, umbilical,
flanco direito, fossa ilíaca direita, hipogastro ou suprapúbica e fossa ilíaca esquerda.
Esta última divisão permite definir de forma mais precisa a localização de um achado
durante a execução do exame físico.
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cliente não deve estar com a bexiga cheia ou ter se alimentado antes da realização
do exame (até meia hora antes), pois nestas situações sentirá grande desconforto.
Solicitar que os braços sejam posicionados ao lado do corpo ou cruzados
sobre o tórax, porque se estes estiverem sobre a cabeça haverá contração
abdominal, o que dificultará a palpação na região. Inicialmente iremos inspecionar o
abdome verificando a existência de cicatrizes, estrias, movimentos peristálticos
visíveis, veias dilatadas, hérnias. Se este se apresenta simétrico e qual a sua forma.
Normalmente o abdome se apresenta de forma globosa. A causa mais
comum de abdome protuberante é a existência de acúmulo de gordura, o som à
percussão é normal, isto é timpânico. Após a inspeção, iremos realizar a ausculta da
região abdominal para verificar a presença de ruídos intestinais – ruídos hidroaéreos
– que é o som normal dos intestinos que se apresentam como borbulhamentos e
cliques, ocorrendo pela presença de ar que se movimenta nas alças intestinais por
intermédio dos movimentos peristálticos.
A palpação da região abdominal deve ser realizada de duas formas:
superficial e profunda. Na palpação superficial procuramos identificar regiões que
possam apresentar hipersensibilidade, verificamos a resistência muscular e a
possível presença de algumas massas abdominais. Já na palpação profunda,
verificamos os órgãos e definimos as massas que foram porventura detectadas na
palpação superficial.
A percussão auxilia na avaliação da distribuição e da intensidade dos gases
abdominais. Normalmente a região abdominal apresenta-se timpânica, mas em
alguns locais também podemos localizar sons maciços devido à presença de
líquidos e fezes. Além disso, auxilia a demarcação da região onde existem massas
que já foram previamente detectadas na palpação.
Quando detectamos um abdome protuberante, com os flancos abaulados,
devemos utilizar algumas técnicas que nos possibilitem avaliar se há presença de
líquidos na cavidade abdominal. Uma dessas técnicas é solicitar ao cliente que fique
sentado porque, com a força da gravidade, o líquido tende a se localizar na região
inferior do abdome, onde à percussão será obtida um som maciço. As alças
intestinais, repletas de ar irão “flutuar” na parte superior do abdome, quando o som
produzido pela percussão será timpânico.
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Outra técnica que poderá ser utilizada é a chamada técnica de macicez
móvel. Solicite ao cliente que se posicione em decúbito dorsal e percuta todo seu
abdome, depois solicite que se posicione em decúbito lateral direito e/ou esquerdo,
percutindo novamente em todo seu abdome.
Igualmente, pela ação da gravidade, o líquido contido no abdome se
deslocará sempre para a região de maior declive, tendo deste modo alternância dos
locais onde os sons timpânicos (presença de alças intestinais repletas de ar) e
maciços (presença de líquido ascítico) são produzidos.
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maca. Se realmente houver uma hérnia na região abdome, com esta posição do
cliente, na imensa maioria das vezes, ela se torna visível.
Quando realizamos a palpação do abdome e o cliente verbaliza ou
demonstra sentir dor e essa dor sugere uma possível apendicite, podemos utilizar
algumas técnicas para uma avaliação mais detalhada, são elas:
15.1 FÍGADO
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Iniciamos a percussão do fígado por meio da linha hemiclavicular direita.
Percutimos um pouco abaixo do umbigo e seguimos em direção ao fígado, isto é
para cima, até identificar a borda inferior do fígado.
Saberemos que encontramos a borda inferior do fígado quando o som
timpânico for substituído pelo som maciço. Logo em seguida iremos identificar a
borda superior do fígado percutindo também na linha hemiclavicular direita, iniciando
na altura do mamilo, seguindo para baixo até detectarmos a alteração do som que
inicialmente apresentava-se timpânico devido ao pulmão e posteriormente se torna
maciço, no local onde se localiza o fígado.
Poderemos realizar o mesmo procedimento para avaliarmos o tamanho do
fígado, utilizando a linha medioesternal. Devemos medir em centímetro a distância
entre a borda inferior e a borda superior do fígado. Normalmente as medidas
encontradas são: de seis a 12 centímetros na linha hemiclavicular e entre quatro e
oito centímetros na linha medioesternal.
Em homens e pessoas mais altas o diâmetro vertical do fígado costuma ser
maior. A amplitude da macicez hepática pode estar aumentada em casos de
hepatomegalia, ou diminuída em casos de existência de ar livre debaixo do
diafragma. Falsamente podemos deduzir que existe uma diminuição de amplitude
quando a presença de gás no colo produz timpanismo no quadrante superior direito,
encobrindo a macicez hepática. Também as medidas do fígado podem estar
falsamente aumentadas quando existir uma consolidação pulmonar ou um derrame
pleural adjacente ao fígado.
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FIGURA 34 – PERCUSSÃO DO FÍGADO
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FIGURA 35 - PALPAÇÃO COM AS MÃOS EM GARRA
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FIGURA 36 – PALPAÇÃO COM A MÃO ESPALMADA
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Não podemos nos esquecer de solicitar ao cliente que inspire quando formos
palpar seu fígado. Isso deve ser solicitado, pois durante a inspiração, o diafragma
abaixa para aumentar o diâmetro peitoral, possibilitando assim uma completa
expansão pulmonar. Quando o diafragma se abaixa, leva com ele o fígado, sendo
que apenas nesse momento este órgão torna-se palpável. A borda inferior do fígado
é palpada cerca de quatro centímetros abaixo do rebordo costal, durante a
inspiração, em torno da linha hemiclavicular direita.
15.2 BAÇO
O baço encontra-se protegido pelo gradil costal, em torno da 9ª, 10ª e 11ª
costelas. Sua localização é, em grande parte, posterior à linha axilar média
esquerda. Na percussão podemos utilizar duas técnicas: a percussão da região
inferior esquerda da parede torácica anterior e a percussão do espaço intercostal
mais baixo na linha axilar anterior esquerda (para verificar a presença do sinal de
percussão esplênica).
Na primeira técnica percutimos toda a região inferior da parede torácica, na
altura da 10ª costela, da região esternal em direção às linhas axilares. Normalmente
o som timpânico dos pulmões dá lugar ao som maciço do baço entre a linha axilar
média e linha axilar posterior. Às vezes, a presença de sólidos ou líquidos no cólon
ou estômago pode produzir som maciço durante a percussão dessa região.
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FIGURA 37 - BAÇO
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utilizamos duas posições. Primeiramente com o cliente em decúbito dorsal,
posicionamos nossa mão esquerda na região inferior da caixa torácica,
comprimindo-a para frente.
Com a mão direita comprimimos para baixo e para dentro a região
imediatamente abaixo do rebordo costal. Neste momento solicitamos ao cliente que
inspire profundamente para que o baço seja deslocado para baixo junto com o
diafragma e, desta forma, seja possível sentir sua borda com a ponta dos dedos.
Para confirmarmos os achados, solicitamos ao nosso cliente que se
posicione em decúbito lateral direito, com as pernas levemente fletidas na altura dos
quadris e joelhos, repetindo a mesma técnica, executado com o cliente em decúbito
dorsal. Repetimos que dificilmente palpamos o baço, em qualquer das duas
posições anteriormente descritas.
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FIGURA 39 – PALPAÇÃO DO BAÇO
15.3 RINS
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vértebra lombar. Eleve as costas do cliente em direção a sua mão direita, que
deverá estar posicionada logo abaixo do rebordo costal, um pouco antes da linha
axilar anterior.
A mão direita deverá exercer pressão para baixo e para dentro do rebordo
costal. No momento da palpação o examinador deverá solicitar ao cliente que inspire
profundamente. Na palpação do rim esquerdo, utilize a mesma técnica, colocando a
mão direita nas costas do cliente, utilizando a mão esquerda para palpar o
quadrante superior esquerdo. Neste caso, ao contrário da palpação do rim direito, o
examinador deverá estar do lado esquerdo do cliente.
Outra importante avaliação é a de sensibilidade renal. Normalmente ela já é
detectada durante a tentativa de palpação renal. Posicione o cliente sentado e na
altura do ângulo formado pela inserção da 12ª costela e as apófises transversais das
vértebras lombares superiores coloque sua mão espalmada e com a outra fechada,
percuta com a superfície ulnar do punho (como se estivesse dando um soco leve).
É necessário utilizar certa força, mas que não cause dor em um indivíduo
normal. A dor nesta região pode sugerir infecção renal, mas também pode ser
decorrente de problemas musculoesqueléticos.
16 GENITÁLIA FEMININA
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sangramento, presença de coágulos, quantidade de fluxo, se dor ou desconforto
antes ou durante a menstruação e interferência em suas atividades habituais.
Para clientes de meia-idade ou idosas, cabe perguntar ainda se menstruam.
Se negativo, indague quando pararam de menstruar e se esse acontecimento foi
acompanhado por sintomas e se após a menopausa houve algum tipo de
sangramento e com que frequência, aspecto e quantidade. Caso a cliente informe
ter realizado histerectomia, indague a data e o motivo de tal intervenção e se a
mesma foi total ou parcial.
Em ambos os casos acima citados, perguntar como se sente por não mais
menstruar e se esta ocorrência afetou sua via de alguma forma. Devemos
questionar ainda se existe a ocorrência de dor, sangramento ou ambos, quando de
relações sexuais ou duchas vaginais.
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Avaliar a quantidade e distribuição de pelos;
Presença de parasitas na base dos pelos;
Lesões (associadas a prurido e ou DST);
Leucoplasias (placas esbranquiçadas com espessamento do tecido
cutâneo mucoso, consideradas pré-cancerosas);
Edemas e eritemas.
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pequenos lábios (com a mão esquerda, se destro), de forma a expor o introito
vaginal, pressionando para baixo, com dois dedos, a margem inferior do introito.
Introduza o espéculo fechado (se destro com a mão direita) obliquamente,
com uma inclinação um pouco para baixo, livrando o meato urinário e a fúrcula do
contato com o espéculo por serem muito sensíveis. Esteja atento para não puxar os
pelos pubianos ou pinçar os grandes lábios com o espéculo.
Abra o espéculo e ajuste-o até que ele abrace o colo uterino e este possa
ser visualizado na sua totalidade. Posicione a luz, para melhor visualização. Caso
tenha dificuldade de visualização do colo, retroceda um pouco o espéculo e
reposicione-o com uma inclinação diferente. Caso alguma secreção dificulte a
visualização, limpe-a cuidadosamente com o auxílio de um cotonete ou ainda uma
pinça Cheron.
Permaneça com o espéculo aberto e aperte o parafuso correspondente ao
polegar.
Devemos observar:
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137
Ao final do exame interno, durante a retirada do espéculo, a vagina deve ser
inspecionada e o espéculo deve ser mantido aberto até a saída do introito, evitando
desta forma a distensão excessiva, assim como o pinçamento da mucosa. Observe
a mucosa vaginal, quanto à coloração, distensibilidade, inflamação, secreções,
lesões ou massas.
É importante lembrar que a superfície da vagina no menacme (período da
vida da mulher onde persistem as menstruações), o aspecto é rugoso e quando no
climatério apresenta-se com aspecto liso. Para a palpação bimanual, lubrifique o
dedo indicador e médio de uma das mãos enluvadas e, de pé, introduza-os na
vagina, exercendo novamente pressão, basicamente no sentido posterior. Observe a
presença de nódulos e ou hipersensibilidade ao toque da parede vaginal, inclusive
na região da uretra e bexiga.
Na palpação do colo uterino observe seu formato, posição, consistência,
formato, mobilidade e hipersensibilidade. Em condições normais é possível deslocar
um pouco o colo uterino, sem que exista ocorrência de dor. Palpe ainda os fórnices
em torno do colo uterino. Na palpação do útero posicione a outra mão sobre o
abdome, entre o umbigo e sínfise púbica. Eleve o colo e o útero com a sua mão na
pelve, comprimindo o abdome para baixo e para dentro com a outra mão, tentando
segurar o útero entre as mãos. Observe o formato, consistência, presença de
massas, hipersensibilidade e mobilidade.
Para avaliar a força muscular pélvica retroceda os dois dedos, liberando o
colo, em seguida afaste-os, tocando as laterais da parede vaginal. Solicite à cliente
que comprima a musculatura pélvica em torno dos seus dedos, o mais forte
possível. A força normal irá apertar firmemente seus dedos e deslocá-los para cima
e para dentro, com duração de três segundos ou mais. É importante lembrar que a
redução da força pode estar ligada à idade, partos vaginais ou deficits neurológicos
e a fraqueza pode se associar à incontinência urinária ou estresse.
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17 GENITÁLIA MASCULINA
17.1.2 Pênis
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Quando observada a existência de esmegma é importante orientar o cliente
com relação à higienização correta e os problemas que podem ser causados pelo
acúmulo dessa substância, observar ainda lesões e sinais de inflamação.
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localização de nódulo indolor levanta a possibilidade de câncer de testículo, sendo
este potencialmente curável, com maior incidência entre os 20 e 50 anos de idade.
Caso ocorra este achado o cliente deverá ser encaminhado imediatamente à
consulta médica. Palpe individualmente os coroes espermáticos do epidídimo até o
anel inguinal superficial e pesquise a presença de nodulações e aumentos de
volume. Quando há infecções pode apresentar aspecto espessado e com pequenas
nodulações. A palpação de estrutura cística sugere hidrocele de cordão.
17.1.3 Hérnias
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18 RETO E ÂNUS
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19 MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES
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por intermédio da arcada intercomunicante e os pés dos ramos arteriais que
garantem sua irrigação.
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Articulações Móveis: os ossos não se tocam dentro da articulação, e são
recobertos por cartilagem articular, formando um coxim entre as superfícies
ósseas. A membrana sinovial liga-se às bordas da cartilagem articular. Essa
membrana forma uma bolsa (bursa) ou prega, que permite os movimentos
articulares, envolve a cavidade sinovial e nela secreta pequena quantidade de
líquido sinovial que é viscoso e lubrificante. A membrana sinovial é
circundada por uma cápsula articular fibrosa, que, é fortalecida por ligamentos
que vão de um osso ao outro.
Bursas: são sacos sinoviais repletos de líquido, que se localizam nos pontos
de atrito em torno das articulações e auxiliam na movimentação. Situam-se
entre a pele e a superfície convexa de um osso ou articulação, ou em regiões
onde os tendões e ossos se atritam contra outros ossos, ligamentos, tendões
ou músculos.
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19.1 TÉCNICAS DE EXAME
19.1.1 Inspeção
Capacidade de locomoção;
Capacidade de locomoção e movimentos para atividades da vida diária e
atividade profissional;
Presença de movimentos involuntários ou desconforto;
Assimetria de membros superiores, inferiores, coluna e pélvis (posição em pé,
ou decúbitos dorsal e ventral, preferencialmente);
Comparação bilateral das áreas examinadas;
Contrações espontâneas;
Coloração da pele;
Sinais de inflamação.
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19.1.2 Palpação
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presença de sulcos, podendo haver presença de ulcerações nas
panturrilhas, artelhos e pés.
Ausência de dor ou o cliente pode referir dor tipo queimação, que pode
ocorrer quando o membro é mantido em declive;
Os pulsos normais e dificilmente palpáveis na presença de edema;
A coloração é normal, podendo se tornar cianótica pelo declive;
A evolução se dá por intermédio de petéquias seguidas de coloração
castanha no terço inferior das pernas. Não existe alteração da
temperatura;
O edema sempre está presente e geralmente é acentuado;
Com relação às alterações cutâneas é importante verificar a existência
de pigmentação castanha ao redor dos tornozelos, espessamento da
pele, dermatites e o diâmetro da perna devido ao desenvolvimento da
fibrose;
É importante observar ainda a presença de ulcerações.
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148
demonstre a limitação de movimentos e presença de dor. Observe que as alterações
artríticas envolvem várias articulações de modo simétrico, lembrando-se de
comparar os membros, ou se essas afetam um número reduzido de articulações.
Nos gânglios devem ser observadas a localização, tamanho, consistência e
presença de hipersensibilidade. No exame da força muscular realizar o aperto de
ambas as mãos, avaliando a capacidade de preensão. Avaliar os bíceps solicitando
ao ciente que estenda plenamente o braço e após, o flexione, devendo o enfermeiro
aplicar resistência para impedir a flexão do braço (popularmente conhecido como
braço de ferro).
Para avaliar os membros inferiores posicione o paciente deitado e exponha
os membros inferiores, mantendo a genitália externa coberta. Inspecione as pernas
da região inguinal até os pés e observe:
20 SISTEMA NERVOSO
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estado de vigília. Medimos o nível de atividade que o cliente demonstrar, por
intermédio dos estímulos que proporcionamos.
Normalmente o nível de consciência é descrito por meio de cinco estágios
clínicos:
Coma: não reage a nenhum tipo de estímulo. Para verificar este estado,
aplicamos estímulos dolorosos repetitivos. Com relação à presença dos
reflexos espinhais, esses refletem a mais simples função sensitiva motora.
Também são chamados de reflexos tendinosos profundos.
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um impulso elétrico que percorre toda a fibra, até a raiz posterior da medula
espinhal, em uma região chamada de corno anterior.
Nessa região, esse neurônio faz sinapse com um neurônio motor, isto é, o
impulso passa diretamente de uma fibra aferente para uma fibra eferente que terá
seu ponto final na junção neuromuscular, provocando contração muscular. Essa
atividade envolve apenas dois neurônios e descreve a ocorrência do arco-reflexo.
Este tipo de reflexo ocorre nos braços e pernas, os demais envolvem diversos
neurônios.
Para que um reflexo ocorra plenamente, depende da integridade das fibras
nervosas sensitivas, da funcionalidade das sinapses na medula, as fibras nervosas
motoras devem estar intactas, as junções neuromusculares devem estar
funcionantes e as fibras musculares devem se apresentar íntegras. Cada reflexo
permite avaliar se as funções dos nervos periféricos estão preservadas.
Os reflexos são graduados normalmente em uma escala de 0 a 4+, sendo:
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Reflexo do joelho (patelar) – avalia o nervo lombar 2, 3 e 4. Com o cliente
sentado e o joelho fletido, percutir bruscamente o tendão patelar, logo abaixo
da patela.
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inconsciência decorrentes de álcool e drogas ou que acompanham convulsões
epilépticas, que podem produzir um Babinski positivo.
A Escala de Coma de Glasgow (ECGI) tem sido amplamente utilizada para
determinar e avaliar a profundidade e a duração do coma e prognosticar a evolução
dos pacientes com ou sem trauma cranioencefálico. A avaliação tanto da função e
do dano cerebral, quanto da evolução do nível de consciência, é feita com base em
três indicadores:
1 2 3 4 5 6
Pronuncia Orientado,
Emite sons Confuso,
Verbal Emudecido palavras conversa N/A
incompreensíveis desorientado
inapropriadas normalmente
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153
Flexão anormal Flexão / Reflexo de Localiza
Não se Extensão a Obedece a
Motor a estímulos retirada a estímulos estímulos
movimenta estímulos dolorosos comandos
dolorosos dolorosos dolorosos
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154
As pupilas com o mesmo diâmetro são denominadas isocóricas e quando
uma pupila é maior que a outra é considerada anisocórica. Quando anisocóricas,
sempre anotar a pupila maior em relação à menor como, por exemplo, pupilas
anisocóricas, esquerda maior que direita (E > D).
Mais ou menos 17% da população têm pupilas anisocóricas, com uma
variação de 1 a 2 mm, sem que isso esteja relacionado com alguma lesão
neurológica. É importante, nesses casos, comparar o exame pupilar diário com
aquele realizado na admissão do paciente.
A forma das pupilas geralmente é arredondada, como um círculo, e a sua
avaliação deve ser feita pela observação do contorno das mesmas. As formas
anormais de pupilas são descritas como ovoide, buraco de fechadura ou irregular. A
forma ovoide é um sinal precoce de herniação transtentorial devido à hipertensão
intracraniana. A forma “buraco de fechadura” é comum em pacientes submetidos à
cirurgia de catarata e a forma irregular é encontrada em pacientes com trauma de
órbita.
O reflexo fotomotor da pupila depende do nervo óptico e do nervo
oculomotor. A fotorreação é observada com o auxílio do foco de luz de uma lanterna.
Fecha-se o olho, aguardam-se alguns segundos e levanta-se rapidamente a
pálpebra, dirigindo o foco de luz diretamente sobre a área temporal da pupila.
Repete-se o procedimento sobre o outro olho. O que se observa quando o foco de
luz está sobre a pupila é a constrição da mesma e, quando retirado o estímulo, a
pupila dilata novamente.
A reatividade das pupilas à luz deve ser avaliada pela velocidade da
resposta. Normalmente, a constrição da pupila é rápida, porém pode ocorrer de
forma mais lenta do que o esperado ou pode ser arreativa ou fixa após o estímulo
luminoso. Doze pares de nervos cranianos originam-se do encéfalo. A maioria deles
liga-se ao tronco cerebral, excetuando-se apenas os nervos olfatório e óptico, que
têm conexão com o cérebro.
É necessário que o paciente esteja consciente e colabore com o exame, a
fim de se verificar, de um modo objetivo, as alterações das funções dos nervos
cranianos. O primeiro par de nervos cranianos, o nervo olfatório, é um nervo
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sensitivo responsável pelo sentido da olfação. O nervo olfatório origina-se de células
olfatórias, situadas na mucosa nasal, que atravessam a lâmina crivosa do osso
etmoide atingindo os bulbos olfatórios, localizados no telencéfalo.
Durante o exame físico devem-se observar possíveis obstruções das vias
nasais como, por exemplo: desvio de septo, fratura e presença de secreção. Com os
olhos fechados, o paciente deve identificar odores familiares (café, cravo da índia,
limão, sabonete). Cada narina deve ser testada separadamente. A hiposmia é a
redução da olfação e anosmia é a ausência da olfação.
O nervo óptico (II par de nervos craniano) é sensitivo, sendo responsável
pela visão. É constituído por um feixe de fibras nervosas que se originam na retina,
na qual a imagem é focada. Os dois nervos ópticos formam o quiasma óptico,
situado anteriormente à hipófise. No quiasma óptico as fibras nervosas da metade
medial de cada retina cruzam-se para o lado oposto e as metades laterais de cada
retina permanecem do mesmo lado.
As fibras formadas após o quiasma originam os tractos ópticos. A
progressão dessas fibras termina no córtex visual do lobo occipital. O campo visual é
constituído pelos campos nasal e temporal. A área do lado nasal é chamada campo
visual nasal e a área do lado lateral ou temporal é denominada de campo visual
temporal. Para avaliar o campo visual, o paciente deve cobrir um dos olhos, fixando
seu olhar no nariz do examinador. O examinador move o seu dedo na frente do
paciente, do campo temporal ao campo nasal, e esse deverá informar quando
estiver visualizando o dedo do examinador.
O paciente que não possui visão em metade do campo visual de cada olho
apresenta uma hemianopsia (hemicegueira). Quando ocorre lesão do nervo óptico
haverá perda dos campos nasal e temporal, levando à amaurose (perda total da
visão) do lado lesado. A lesão em nível de quiasma óptico leva a uma perda dos
campos temporal direito e esquerdo, característica em tumores hipofisários.
Os nervos oculomotor, troclear e abducente são responsáveis pelos
movimentos dos olhos. O nervo oculomotor inerva os músculos reto superior
(movimento do globo ocular para cima), reto medial (movimento da convergência do
globo ocular), reto inferior (movimento do globo ocular para baixo), oblíquo inferior
(movimento do globo ocular para cima e rotação externa) e elevador da pálpebra.
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Inerva, ainda, o músculo ciliar, que faz a acomodação visual, permitindo
focalizar objetos próximos ou distantes e o músculo esfíncter da íris, que produz a
constrição pupilar. O nervo troclear inerva o músculo oblíquo superior, realizando a
movimentação do globo ocular para baixo e para fora, com rotação para dentro. O
nervo abducente inerva o músculo reto lateral do olho, com a função de abdução do
globo ocular.
Os distúrbios desses nervos podem provocar dilatação pupilar, com perda
do reflexo luminoso hemilateral, alteração do movimento ocular, diplopia (visão
dupla), paralisia do olhar, ptose palpebral (queda da pálpebra) e nistagmo (abalo
rítmico do globo ocular). A lesão dos nervos oculomotor e abducente pode provocar
estrabismo convergente e divergente (quando os dois olhos não se fixam no mesmo
objeto).
Para avaliar o movimento dos olhos pede-se ao paciente para seguir o
movimento do dedo do examinador para o lado, para cima e para baixo, realizado
em cada olho. Dessa forma, examinam-se os movimentos do globo ocular, os
movimentos conjugados (simultâneos, de ambos os olhos) e a presença de
nistagmo (tremor do globo ocular). Com o uso de uma lanterna testam-se os reflexos
pupilares.
Para testar o reflexo corneopalpebral deve-se encostar delicadamente uma
gaze na superfície temporal de cada córnea, enquanto o paciente olha para cima. A
resposta esperada é o piscar de olhos e o lacrimejamento. O nervo trigêmio é um
nervo misto, com raiz motora e sensitiva. A raiz sensitiva é formada por três ramos:
oftálmico, maxilar e mandibular. Esses ramos inervam todo o território da face.
Todas as informações exteroceptivas (dolorosa, térmica e tátil) e
nociceptivas (dor) da face, além da sensibilidade somática da maior parte da
mucosa oral, nasal e dos dois terços anteriores da língua, passam pelo nervo
trigêmio até o sistema nervoso central.
O trigêmio inerva a maior parte da dura-máter. As raízes motoras
acompanham o ramo mandibular e distribuem-se pelos músculos da mastigação:
masseter, temporal e pterigóideo. No exame da sensibilidade o examinador deve
instruir o paciente a fechar os olhos. O examinador, com uma gaze, toca sua fronte,
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seu queixo e a face lateral do rosto, comparando sempre as duas metades do rosto.
O paciente deve descrever que tipo de toque lhe está sendo realizado.
Para a realização do teste da função motora do nervo trigêmio o examinador
deve pedir ao paciente para que abra a sua boca amplamente e, usando as mãos,
deve tentar fechá-la. O nervo facial desempenha as funções motoras e sensitivas.
As fibras motoras inervam a grande maioria dos músculos da face, principalmente a
musculatura da mímica.
As fibras sensitivas inervam as glândulas salivares, submandibulares e
sublinguais e ainda conduzem a sensibilidade gustativa dos dois terços anteriores da
língua. Inervam também o músculo abaixador da pálpebra. O examinador avalia a
simetria dos movimentos faciais, enquanto o paciente sorri, assobia, franze as
sobrancelhas e cerra as pálpebras. Testa-se, ainda, a diferenciação entre doce e
salgado, examinando, dessa forma, a sensibilidade gustativa da língua.
As lesões do nervo facial são caracterizadas por hemiparesia facial, desvio
da comissura dos lábios para o lado contralateral e não fechamento da pálpebra. O
nervo vestibulococlear tem duas porções distintas: vestibular e coclear. A porção
vestibular é responsável pela percepção consciente da cabeça, do movimento e do
equilíbrio. A porção coclear tem como função a sensibilidade auditiva.
No exame da acuidade auditiva, cobrir uma das orelhas e testar por meio do
som de um relógio, um sussurro ou estalar dos dedos. O paciente deve estar apto a
ouvir o som e fazer a sua diferenciação. A avaliação de equilíbrio deve ser feita da
seguinte maneira: instruir o paciente para que fique de olhos fechados e em pé com
as pernas aproximadas, posicionando os braços e as mãos paralelamente ao corpo.
O paciente deve se manter nessa posição por dez segundos, sem perder o
equilíbrio. Logo em seguida, ele deve ser orientado a assumir posição normal para
andar, unindo o calcanhar de um pé com o dedo do outro e dar dez passos. O nervo
glossofaríngeo é um nervo misto em que suas fibras distribuem-se principalmente
para a língua e para a faringe. Na língua, é responsável pela sensibilidade gustativa
e geral do terço posterior.
Fornece inervação sensitiva para a membrana mucosa da faringe, sendo
responsável também pela sensibilidade dessa região, tem fibras viscerais e motoras
que se dirigem para a glândula parótida. O paciente deve ser instruído para que abra
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a boca e diga “ah”, devendo-se observar a elevação e a contração do palato mole e
da úvula. Avaliar o reflexo de deglutição, observando sinais de disfagia.
Anotar alguma dificuldade de fonação e articulação de palavras. Avaliar a
capacidade do paciente discriminar entre o gosto doce e salgado no terço posterior
da língua. O nervo vago é um nervo misto, com funções motoras, sensitivas,
sensoriais e vegetativas. Possui fibras motoras que inervam os músculos do palato
mole, faringe e laringe (mecanismo de fonação). Juntamente com o IX par, participa
do reflexo da deglutição.
As fibras vegetativas são responsáveis pela inervação parassimpática de
vísceras torácicas e abdominais. No caso de lesão unilateral do vago, as funções
vegetativas não são comprometidas. O enfermeiro deve tocar a parte posterior da
língua com um abaixador ou estimular a faringe posterior para desencadear o reflexo
de vômito. Observar a presença de rouquidão, simetria da úvula e do palato mole.
O nervo acessório possui fibras motoras que vão para o músculo
esternoclidomastóideo e trapézio. Avaliar a capacidade do paciente de encolher os
ombros e de fazer rotação com a cabeça contra uma resistência exercida. Um
desvio do queixo para baixo, contra a resistência, indica o lado paralisado. O exame
deve ser feito em busca de atrofia muscular e queda do ombro.
O nervo hipoglosso inerva os músculos extrínsecos e intrínsecos da língua.
A força da língua é testada, pedindo-se ao paciente para que empurre a ponta da
mesma contra a bochecha dos dois lados, contra a resistência do dedo do
examinador. Observar a presença de desvio, atrofia ou tremores na protusão da
língua. Os distúrbios e as manifestações mais frequentes são movimentos anormais
da língua, paralisia e debilidade dos músculos linguais, dificuldade no falar, mastigar
e deglutir.
FIM DO MÓDULO II
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