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Humanas por Habilidades @scott.mau.

enem - Competência 1 - Habilidade 01


Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.

1) Enem 2011 - Questão 29 O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) repro-


duz um diálogo travado, em 1557, com um ancião
tupinambá, o qual demonstra uma diferença entre a
sociedade europeia e a indígena no sentido
A do destino dado ao produto do trabalho nos seus
sistemas culturais.
B da preocupação com a preservação dos recursos
ambientais.
C do interesse de ambas em uma exploração co-
mercial mais lucrativa do pau-brasil.
D da curiosidade, reverência e abertura cultural
recíprocas.
E da preocupação com o armazenamento de ma-
deira para os períodos de inverno.

3) Enem 2012 - Questão 01

Foto de Militão, São Paulo, 1879.


ALENCASTRO, L. F. (org). História da vida privada no Brasil.
Império: a corte e a modernidade nacional. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.

Que aspecto histórico da escravidão no Brasil do


séc. XIX pode ser identificado a partir da análise do
vestuário do casal retratado acima?
A O uso de trajes simples indica a rápida incor- Charge anônima. BURKE, P. A fabricação do rei. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.
poração dos ex-escravos ao mundo do trabalho
urbano. Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada
B A presença de acessórios como chapéu e som- por um conjunto de estratégias que visavam sedi-
brinha aponta para a manutenção de elementos mentar uma determinada noção de soberania. Neste
culturais de origem africana. sentido, a charge apresentada demonstra
C O uso de sapatos é um importante elemento de A a humanidade do rei, pois retrata um homem co-
diferenciação social entre negros libertos ou em mum, sem os adornos próprios à vestimenta real.
melhores condições na ordem escravocrata. B a unidade entre o público e o privado, pois a fi-
D A utilização do paletó e do vestido demonstra gura do rei com a vestimenta real representa o
a tentativa de assimilação de um estilo euro- público e sem a vestimenta real, o privado.
peu como forma de distinção em relação aos C o vínculo entre monarquia e povo, pois leva ao
brasileiros. conhecimento do público a figura de um rei des-
E A adoção de roupas próprias para o trabalho do- pretensioso e distante do poder político.
méstico tinha como finalidade demarcar as fron- D o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a
teiras da exclusão social naquele contexto. elegância dos trajes reais em relação aos de ou-
tros membros da corte.
2) Enem 2011 - Questão 31 E a importância da vestimenta para a constituição
Em geral, os nossos tupinambás ficam bem ad- simbólica do rei, pois o corpo político adornado
mirados ao ver os franceses e os outros dos países esconde os defeitos do corpo pessoal.
longínquos terem tanto trabalho para buscar o seu
arabotã, isto é, pau-brasil. Houve uma vez um ancião
da tribo que me fez esta pergunta: “Por que vindes
vós outros, mairs e perós (franceses e portugueses),
buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não
tendes madeira em vossa terra?”
LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F.
Mudanças Sociais no Brasil. São Paulo: Difel, 1974.

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Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.

4) Enem 2012 - Questão 25 6) Enem 2013 - Questão 36


Para Platão, o que havia de verdadeiro em Par- Até hoje admitia-se que nosso conhecimen-
mênides era que o objeto de conhecimento é um ob- to se devia regular pelos objetos; porém, todas as
jeto de razão e não de sensação, e era preciso es- tentativas para descobrir, mediante conceitos, algo
tabelecer uma relação entre objeto racional e objeto que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-se
sensível ou material que privilegiasse o primeiro em com esse pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, ex-
detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, perimentar se não se resolverão melhor as tarefas
a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente. da metafísica, admitindo que os objetos se deveriam
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. regular pelo nosso conhecimento.
São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado). KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994 (adaptado).

O texto faz referência à relação entre razão e sensa- O trecho em questão é uma referência ao que
ção, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de ficou conhecido como revolução copernicana na filo-
Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, sofia. Nele, confrontam-se duas posições filosóficas
como Platão se situa diante dessa relação? que
A Estabelecendo um abismo intransponível entre A assumem pontos de vista opostos acerca da na-
as duas. tureza do conhecimento.
B Privilegiando os sentidos e subordinando o co- B defendem que o conhecimento é impossível, res-
nhecimento a eles. tando-nos somente o ceticismo.
C Atendo-se à posição de Parmênides de que ra- C revelam a relação de interdependência entre os
zão e sensação são inseparáveis. dados da experiência e a reflexão filosófica.
D Afirmando que a razão é capaz de gerar conheci- D apostam, no que diz respeito às tarefas da filo-
mento, mas a sensação não. sofia, na primazia das ideias em relação aos
objetos.
E Rejeitando a posição de Parmênides de que a
sensação é superior à razão. E refutam-se mutuamente quanto à natureza do
nosso conhecimento e são ambas recusadas por
Kant.
5) Enem 2013 - Questão 29
Seguiam-se vinte criados custosamente vesti- 7) Enem 2014 - Questão 24
dos e montados em soberbos cavalos; depois des-
tes, marchava o Embaixador do Rei do Congo mag- Alguns dos desejos são naturais e necessários;
nificamente ornado de seda azul para anunciar ao outros, naturais e não necessários; outros, nem na-
Senado que a vinda do Rei estava destinada para o turais nem necessários, mas nascidos de vã opinião.
dia dezesseis. Em resposta obteve repetidas vivas Os desejos que não nos trazem dor se não satisfei-
do povo que concorreu alegre e admirado de tanta tos não são necessários, mas o seu impulso pode
grandeza. ser facilmente desfeito, quando é difícil obter sua sa-
tisfação ou parecem geradores de dano.
Coroação do Rei do Congo em Santo Amaro, Bahia apud DEL PRIORE, M;
EPICURO DE SAMOS. Doutrinas principais. In: SANSON, V F. Textos de
Festas e utopias no Brasil colonial. In: CATELLI JR, R. Um olhar sobre as
filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974.
festas populares brasileiras. São Paulo: Brasiliense, 1994 (adaptado).

Originária dos tempos coloniais, a festa da Coroação No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem
do Rei do Congo evidencia um processo de tem como fim

A exclusão social. A alcançar o prazer moderado e a felicidade.


B imposição religiosa. B valorizar os deveres e as obrigações sociais.
C acomodação política. C aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com
resignação.
D supressão simbólica.
D refletir sobre os valores e as normas dadas pela
E ressignificação cultural.
divindade.
E defender a indiferença e a impossibilidade de se
atingir o saber.

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8) Enem 2014 - Questão 25


No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o
conhecimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a:

SANZIO, R. Detalhe do afresco A Escola de Atenas. Disponível em: http://fil.cfh.ufsc.br. Acesso em: 20 mar. 2013.

No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o conhe-
cimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a
A suspensão do juízo como reveladora da verdade.
B realidade inteligível por meio do método dialético.
C salvação da condição mortal pelo poder de Deus.
D essência das coisas sensíveis no intelecto divino.
E ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade.

9) Enem 2015 - Questão 15


Todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de compor, transpor, aumentar
ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos em uma montanha
de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos. Po-
demos conceber um cavalo virtuoso, porque somos capazes de conceber a virtude a partir de nossos próprios
sentimento, e podemos unir a isso a figura e a forma de um cavalo, animal que nos é familiar.
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.

Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que


A os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação.
B o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível.
C as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determinadas pelo acaso.
D os sentimentos ordenam como os pensamentos devem ser processados na memória.
E as ideias têm como fonte específica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria.

10) Enem 2015 - Questão 43


Só num sentido muito restrito, o indivíduo cria com seus próprios recursos o modo de falar e de pensar
que lhe são atribuídos. Fala o idioma de seu grupo; pensa à maneira de seu grupo. Encontra a sua disposição
apenas determinadas palavras e significados. Estas não só determinam, em grau considerável, as vias de
acesso mental ao mundo circundante, mas também mostram, ao mesmo tempo, sob que ângulo e em que
contexto de atividade os objetos foram até agora perceptíveis ao grupo ou ao indivíduo.
MANNHEIM, K. Ideologia e utopia. Porto Alegre: Globo 1950 (adaptado)

Ilustrando uma proposição básica da sociologia do conhecimento, o argumento de Karl Mannheim defende
que o(a)
A conhecimento sobre a realidade é condicionado socialmente.
B submissão ao grupo manipula o conhecimento do mundo.
C divergência é um privilégio de indivíduos excepcionais.
D educação formal determina o conhecimento do idioma.
E domínio das línguas universaliza o conhecimento.

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11) Enem 2016 - Questão 20


Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as demons-
trações feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de resolver toda espécie de problemas; não nos
tornaríamos filósofos, por ter lido todos os raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular um juízo
sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter aprendido, não ciências, mas histórias.
DESCARTES, R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera o conhecimento, de modo crítico, como resultado da
A investigação de natureza empírica.
B retomada da tradição intelectual.
C imposição de valores ortodoxos.
D autonomia do sujeito pensante.
E liberdade do agente moral.

12) Enem 2016 - Questão 32


A sociologia ainda não ultrapassou a era das construções e das sínteses filosóficas. Em vez de assumir
a tarefa de lançar luz sobre uma parcela restrita do campo social, ela prefere buscar as brilhantes generali-
dades em que todas as questões são levantadas sem que nenhuma seja expressamente tratada. Não é com
exames sumários e por meio de intuições rápidas que se pode chegar a descobrir as leis de uma realidade tão
complexa. Sobretudo, generalizações às vezes tão amplas e tão apressadas não são suscetíveis de nenhum
tipo de prova.
DURKHEIM, E. O suicídio: estudo de sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

O texto expressa o esforço de Émile Durkheim em construir uma sociologia com base na
A vinculação com a filosofia como saber unificado.
B reunião de percepções intuitivas para demonstração.
C formulação de hipóteses subjetivas sobre a vida social.
D adesão aos padrões de investigação típicos das ciências naturais.
E incorporação de um conhecimento alimentado pelo engajamento político.

13) Enem PPL 2016 - Questão 04


[...] O SERVIDOR — Diziam ser filho do rei...
ÉDIPO — Foi ela quem te entregou a criança?
O SERVIDOR — Foi ela, Senhor.
ÉDIPO — Com que intenção?
O SERVIDOR — Para que eu a matasse.
ÉDIPO — Uma mãe! Mulher desgraçada!
O SERVIDOR — Ela tinha medo de um oráculo dos deuses.
ÉDIPO — O que ele anunciava?
O SERVIDOR — Que essa criança um dia mataria seu pai.
ÉDIPO— Mas por que tu a entregaste a este homem?
O SERVIDOR — Tive piedade dela, mestre. Acreditei que ele a levaria ao país de onde vinha. Ele te sal-
vou a vida, mas para os piores males! Se és realmente aquele de quem ele fala, saibas que nasceste marcado
pela infelicidade.
ÉDIPO — Oh! Ai de mim! Então no final tudo seria verdade! Ah! Luz do dia, que eu te veja aqui pela última
vez, já que hoe me revelo o filho de quem não devia nascer, o esposo de quem não devia ser, o assassino de
quem não deveria matar!
SÓFOCLES. Édipo Rei. Porto Alegre: L&PM, 2011.

O trecho da obra de Sófocles, que expressa o núcleo da tragédia grega, revela o(a)
A condenação eterna dos homens pela prática injustificada do incesto
B legalismo estatal ao punir com a prisão perpétua o crime de parricídio.
C busca pela explicação racional sobre os fatos até então desconhecidos.
D caráter antropomórfico dos deuses na medida em que imitavam os homens.
E impossibilidade de o homem fugir do destino predeterminado pelos deuses.

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14) Enem PPL 2016 - Questão 22 16) Enem 2017 - Questão 88


Pode-se admitir que a experiência passada dá Se, pois, para as coisas que fazemos existe um
somente uma informação direta e segura sobre de- fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é
terminados objetos em determinados períodos do desejado no interesse desse fim; evidentemente tal
tempo, dos quais ela teve conhecimento. Todavia, é fim será o bem, ou antes, o sumo bem. Mas não terá
esta a principal questão sobre a qual gostaria de in- o conhecimento, porventura, grande influência sobre
sistir: por que esta experiência tem de ser estendida essa vida? Se assim é, esforcemo-nos por determi-
a tempos futuros e a outros objetos que, pelo que nar, ainda que em linhas gerais apenas, o que seja
sabemos, unicamente são similares em aparência. ele e de qual das ciências ou faculdades constitui o
O pão que outrora comi alimentou-me, isto é, um objeto. Ninguém duvidará de que o seu estudo per-
corpo dotado de tais qualidades sensíveis estava, a tença à arte mais prestigiosa e que mais verdadeira-
este tempo, dotado de tais poderes desconhecidos. mente se pode chamar a arte mestra. Ora, a política
Mas, segue-se daí que este outro pão deve tam- mostra ser dessa natureza, pois é ela que determina
bém alimentar-me como ocorreu na outra vez, e que quais as ciências que devem ser estudadas num Es-
qualidades sensíveis semelhantes devem sempre tado, quais são as que cada cidadão deve aprender,
ser acompanhadas de poderes ocultos semelhan- e até que ponto; e vemos que até as faculdades tidas
tes? A consequência não parece de nenhum modo em maior apreço, como a estratégia, a economia e a
necessária. retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como a política uti-
HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. liza as demais ciências e, por outro lado, legisla so-
São Paulo: Abril Cultural, 1995. bre o que devemos e o que não devemos fazer, a fi-
nalidade dessa ciência deve abranger as das outras,
O problema descrito no texto tem como consequên- de modo que essa finalidade será o bem humano.
cia a
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: Pensado-
A universabilidade do conjunto das proposições de res. São Paulo: Nova Cultural, 1991 (adaptado).
observação. Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a or-
B normatividade das teorias científicas que se va- ganização da pólis pressupõe que
lem da experiência.
A o bem dos indivíduos consiste em cada um per-
C dificuldade de se fundamentar as leis científicas seguir seus interesses.
em bases empíricas.
B o sumo bem é dado pela fé de que os deuses são
D inviabilidade de se considerar a experiência na os portadores da verdade.
construção da ciência.
C a política é a ciência que precede todas as de-
E correspondência entre afirmações singulares e mais na organização da cidade.
afirmações universais.
D a educação visa formar a consciência de cada
pessoa para agir corretamente.
15) Enem 2017 - Questão 63 E a democracia protege as atividades políticas ne-
E venham, então, os alegres incendiários de de- cessárias para o bem comum.
dos carbonizados! Vamos! Ateiem fogo às estantes
das bibliotecas! Desviem o curso dos canais, para
inundar os museus! Empunhem as picaretas, os ma-
chados, os martelos e deitem abaixo sem piedade as
cidades veneradas!
MARINETTI, F. T. Manifesto futurista.
Disponível em: www.sibila.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012 (adaptado).

Que princípio marcante do Futurismo e comum a vá-


rias correntes artísticas e culturais das primeiras três
décadas do século XX está destacado no texto?
A A tradição é uma força incontornável.
B A arte é expressão da memória coletiva.
C A modernidade é a superação decisiva da história.
D A realidade cultural é determinada
economicamente.
E A memória é um elemento crucial da identidade
cultural.

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17) Enem PPL 2017 - Questão 61 19) Enem 2018 - Questão 49


Dado que, dos hábitos racionais com os quais O filósofo reconhece-se pela posse inseparável
captamos a verdade, alguns são sempre verdadei- do gosto da evidência e do sentido da ambiguida-
ros, enquanto outros admitem o falso, como a opi- de. Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta
nião e o cálculo, enquanto o conhecimento científico se chama equívoco. Sempre aconteceu que, mes-
e a intuição são sempre verdadeiros, e dado que mo aqueles que pretenderam construir uma filosofia
nenhum outro gênero de conhecimento é mais exa- absolutamente positiva, só conseguiram ser filósofos
to que o conhecimento científico, exceto a intuição, na medida em que, simultaneamente, se recusaram
e, por outro lado, os princípios são mais conhecidos o direito de se instalar no saber absoluto. O que ca-
que as demonstrações, e dado que todo conheci- racteriza o filósofo é o movimento que leva inces-
mento científico constitui-se de maneira argumen- santemente do saber à ignorância, da ignorância ao
tativa, não pode haver conhecimento científico dos saber, e um certo repouso neste movimento.
princípios, e dado que não pode haver nada mais MERLEAU-PONTY, M. Elogio da filosofia. Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado).
verdadeiro que o conhecimento científico, exceto a
intuição, a intuição deve ter por objeto os princípios. O texto apresenta um entendimento acerca dos ele-
mentos constitutivos da atividade do filósofo, que se
ARISTÓTELES. Segundos analíticos. In: REALE, G. História da filosofia antiga.
caracteriza por
São Paulo: Loyola, 1994.
A reunir os antagonismos das opiniões ao método
Os princípios, base da epistemologia aristotélica,
dialético.
pertencem ao domínio do(a)
B ajustar a clareza do conhecimento ao inatismo
A opinião, pois fazem parte da formação da pessoa. das ideias.
B cálculo, pois são demonstrados por argumentos. C associar a certeza do intelecto à imutabilidade da
C conhecimento científico, pois admitem provas verdade.
empíricas. D conciliar o rigor da investigação à inquietude do
D intuição, pois ela é mais exata que o conhecimen- questionamento.
to científico. E compatibilizar as estruturas do pensamento aos
E prática de hábitos racionais, pois com ela se cap- princípios fundamentais.
ta a verdade.
20) Enem 2018 - Questão 83
18) Enem PPL 2017 - Questão 63 Não é verdade que estão ainda cheios de ve-
XI. Jamais, a respeito de coisa alguma, digas: lhice espiritual aqueles que nos dizem: “Que fazia
“Eu a perdi”, mas sim: “Eu a restituí”. O filho mor- Deus antes de criar o céu e a terra? Se estava ocio-
reu? Foi restituído. A mulher morreu? Foi restituída. so e nada realizava”, dizem eles, “por que não ficou
“A propriedade me foi subtraída”, então também foi sempre assim no decurso dos séculos, abstendo-se,
restituída. “Mas quem a subtraiu é mau”. O que te como antes, de toda ação? Se existiu em Deus um
importa por meio de quem aquele que te dá a pede novo movimento, uma vontade nova para dar o ser
de volta? Na medida em que ele der, faz uso do mes- a criaturas que nunca antes criara, como pode haver
mo modo de quem cuida das coisas de outrem. Do verdadeira eternidade, se n’Ele aparece uma vonta-
mesmo modo como fazem os que se instalam em de que antes não existia?”
uma hospedaria. AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
EPICTETO. Encheirídion. In: DINUCCI, A. Introdução ao Manual de Epicteto.
A questão da eternidade, tal como abordada pelo au-
São Cristóvão: UFS, 2012 (adaptado).
tor, é um exemplo da reflexão filosófica sobre a(s)
A característica do estoicismo presente nessa cita-
A essência da ética cristã.
ção do filósofo grego Epicteto é
B natureza universal da tradição.
A explicar o mundo com números. C certezas inabaláveis da experiência.
B identificar a felicidade com o prazer. D abrangência da compreensão humana.
C aceitar os sofrimentos com serenidade. E interpretações da realidade circundante.
D questionar o saber científico com veemência.
E considerar as convenções sociais com desprezo.

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21) Enem PPL 2018 - Questão 46 Os textos abordam um questionamento da constru-


Demócrito julga que a natureza das coisas eter- ção da modernidade que defende um modelo
nas são pequenas substâncias infinitas, em grande A centrado na razão humana.
número. E julga que as substâncias são tão peque- B baseado na explicação mitológica.
nas que fogem às nossas percepções. E lhes são
C fundamentado na ordenação imanentista.
inerentes formas de toda espécie, figuras de toda
espécie e diferenças em grandeza. Destas, então, D focado na legitimação contratualista.
engendram-se e combinam-se todos os volumes vi- E configurado na percepção etnocêntrica.
síveis e perceptíveis.
SIMPLÍCIO. Do Céu (DK 68 a 37). In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova 24) Enem PPL 2019 - Questão 46
Cultural, 1996 (adaptado). Eis o ensinamento de minha doutrina: “Viva de
A Demócrito atribui-se a origem do conceito de forma a ter de desejar reviver — é o dever —, pois,
em todo caso, você reviverá! Aquele que ama antes
A porção mínima da matéria, o átomo. de tudo se submeter, obedecer e seguir, que obede-
B princípio móvel do universo, a arché. ça! Mas que saiba para o que dirige sua preferência,
C qualidade única dos seres, a essência. e não recue diante de nenhum meio! É a eternidade
D quantidade variante da massa, o corpus. que está em jogo!”.
E substrato constitutivo dos elementos, a physis. NIETZSCHE apud FERRY, L. Aprender a viver: filosofia para os novos tempos.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2010 (adaptado).

22) Enem 2019 - Questão 65 O trecho contém uma formulação da doutrina niet-
Para Maquiavel, quando um homem decide di- zscheana do eterno retorno, que apresenta critérios
zer a verdade pondo em risco a própria integridade radicais de avaliação da
física, tal resolução diz respeito apenas a sua pes- A qualidade de nossa existência pessoal e coletiva.
soa. Mas se esse mesmo homem é um chefe de Es- B conveniência do cuidado da saúde física e
tado, os critérios pessoais não são mais adequados espiritual.
para decidir sobre ações cujas consequências se tor-
C legitimidade da doutrina pagã da transmigração
nam tão amplas, já que o prejuízo não será apenas
da alma.
individual, mas coletivo. Nesse caso, conforme as
circunstâncias e os fins a serem atingidos, pode-se D veracidade do postulado cosmológico da pereni-
decidir que o melhor para o bem comum seja mentir. dade do mundo.
ARANHA, M. L. Maquiavel: a lógica da força. São Paulo: Moderna, 2006
E validade de padrões habituais de ação humana
(adaptado).
ao longo da história.

O texto aponta uma inovação na teoria política na


25) Enem PPL 2019 - Questão 56
época moderna expressa na distinção entre
A ciência ativa rompe com a separação antiga
A idealidade e efetividade da moral. entre a ciência (episteme), o saber teórico, e a téc-
B nulidade e preservabilidade da liberdade. nica (techne), o saber aplicado, integrando ciência
C ilegalidade e legitimidade do governante. e técnica. Do ponto de vista da ideia de ciência, a
D verificabilidade e possibilidade da verdade. valorização da observação e do método experimen-
E objetividade e subjetividade do conhecimento. tal opõe a ciência ativa à ciência contemplativa dos
antigos; assim também, a utilização da matemática
como linguagem da física, proposta por Galileu sob
23) Enem 2019 - Questão 67 inspiração platônica e pitagórica, e contrária à con-
TEXTO I cepção aristotélica.
Considero apropriado deter-me algum tempo na MARCONDES, D. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a
contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008 (adaptado).
totalmente à vontade seus maravilhosos atributos,
considerar, admirar e adorar a incomparável beleza Nesse contexto, a ciência encontra seu novo funda-
dessa imensa luz. mento na
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980. A utilização da prova para confirmação empírica.
TEXTO II B apropriação do senso comum como inspiração.
Qual será a forma mais razoável de entender C reintrodução dos princípios da metafísica clássica.
como é o mundo? Existirá alguma boa razão para D construção do método em separado dos
acreditar que o mundo foi criado por uma divindade fenômenos.
todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença E consolidação da independência entre conheci-
em Deus é “apenas” uma questão de fé. mento e prática.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.

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26) Enem 2020 - Questão 55 28) Enem PPL 2020 - Questão 54


Será que as coisas lhe pareceriam diferentes se, Aquilo que é quente necessita de umidade para
de fato, todas elas existissem apenas na sua mente viver, e o que é morto seca, e todos os germes são
— se tudo o que você julgasse ser o mundo externo úmidos, e todo alimento é cheio de suco; ora, é natu-
real fosse apenas um sonho ou alucinação gigante, ral que cada coisa se nutra daquilo de que provém.
de que você jamais fosse despertar? Se assim fos- SIMPLÍCIO. In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo:
se, então é claro que você nunca poderia despertar, Cultrix, 1993.
como faz quando sonha, pois significaria que não há
mundo “real” no qual despertar. Logo, não seria exa- O fragmento atribuído ao filósofo Tales de Mileto é
tamente igual a um sonho ou alucinação normal. característico do pensamento pré-socrático ao apre-
sentar uma
NAGEL, T. Uma breve introdução à filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
A abordagem epistemológica sobre o lógos e a fun-
O texto confere visibilidade a uma doutrina filosófica
damentação da metafísica.
contemporânea conhecida como:
B teoria crítica sobre a essência e o método do co-
A Personalismo, que vincula a realidade circundan- nhecimento científico.
te aos domínios do pessoal. C justificação religiosa sobre a existência e as con-
B Falsificacionismo, que estabelece ciclos de pro- tradições humanas.
blemas para refutar uma conjectura. D elaboração poética sobre os mitos e as narrativas
C Falibilismo, que rejeita mecanismos mentais para cosmogônicas.
sustentar uma crença inequívoca. E explicação racional sobre a origem e a transfor-
D Idealismo, que nega a existência de objetos inde- mação da physis.
pendentemente do trabalho cognoscente.
E Solipsismo, que reconhece limitações cog- 29) Enem PPL 2020 - Questão 57
nitivas para compreender uma experiência
Na primeira meditação, eu exponho as razões
compartilhada.
pelas quais nós podemos duvidar de todas as coisas
e, particularmente das coisas materiais, pelo me-
27) Enem 2020 - Questão 89 nos enquanto não tivermos outros fundamentos nas
Adão, ainda que supuséssemos que suas facul- ciências além dos que tivemos até o presente. Na
dades racionais fossem inteiramente perfeitas desde segunda meditação, o espírito reconhece entretanto
o início, não poderia ter inferido da fluidez e transpa- que é absolutamente impossível que ele mesmo, o
rência da água que ela o sufocaria, nem da lumino- espírito, não exista.
sidade e calor do fogo que este poderia consumi-lo. DESCARTES, R. Meditações metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1973
Nenhum objeto jamais revela, pelas qualidades que (adaptado).
aparecem aos sentidos, nem as causas que o produ-
ziram, nem os efeitos que dele provirão; e tampouco O instrumento intelectual empregado por Descartes
nossa razão é capaz de extrair, sem auxílio da ex- para analisar os seus próprios pensamentos tem
periência, qualquer conclusão referente à existência como objetivo
efetiva de coisas ou questões de fato. A identificar um ponto de partida para a consolida-
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: ção de um conhecimento seguro.
Unesp, 2003. B observar os eventos particulares para a formação
Segundo o autor, qual é a origem do conhecimento de um entendimento universal.
humano? C analisar as necessidades humanas para a cons-
trução de um saber empírico.
A A potência inata da mente. D estabelecer uma base cognitiva para assegurar a
B A revelação da inspiração divina. valorização da memória.
C O estudo das tradições filosóficas. E investigar totalidades estruturadas para dotá-las
D A vivência dos fenômenos do mundo. de significação.
E O desenvolvimento do raciocínio abstrato.

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Humanas por Habilidades @scott.mau.enem - Competência 1 - Habilidade 01
Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.

30) Enem Digital 2020 - Questão 51 32) Enem 2021 - Questão 82


Os sofistas inventam a educação em ambiente Sócrates: "Quem não sabe o que uma coisa é,
artificial, o que se tornará uma das características de como poderia saber de que tipo de coisa ela é? Ou
nossa civilização. Eles são os profissionais do en- te parece ser possível alguém que não conhece ab-
sino, antes de tudo pedagogos, ainda que seja ne- solutamente quem é Mênon, esse alguém saber se
cessário reconhecer a notável originalidade de um ele é belo, se é rico e ainda se é nobre? Parece-te
Protágoras, de um Górgias ou de um Antifonte, por ser isso possível? Assim, Mênon, que coisa afirmas
exemplo. Por um salário, eles ensinavam a seus alu- ser a virtude?"
nos receitas que lhes permitiam persuadir os ouvin- PLATÃO, Mênon. Rio de Janeiro: PUC-Rio:
tes, defender, com a mesma habilidade, o pró e o São Paulo: Loyola, 2001 (adaptado).
contra, conforme o entendimento de cada um.
A atitude apresentada na interlocução do filósofo
HADOT, P. O que é a filosofia antiga? São Paulo: Loyola, 2010 (adaptado).
com Mênon é um exemplo da utilização do(a)
O texto apresenta uma característica dos sofistas,
A escrita epistolar.
mestres da oratória que defendiam a(o)
B método dialético.
A ideia do bem, demonstrado na mente com base C linguagem trágica.
na teoria da reminiscência. D explicação fisicalista.
B relativismo, evidenciado na convencionalidade E suspensão judicativa.
das instituições políticas.
C ética, aprimorada pela educação de cada indiví-
33) Enem 2021 - Questão 85
duo com base na virtude.
D ciência, comprovada empiricamente por meio de
conceitos universais.
E religião, revelada pelos mandamentos das leis
divinas.

31) Enem Digital 2020 - Questão 76


Há um tempo, belas e boas são todas as ações
justas e virtuosas. Os que as conhecem nada podem
preferir-lhes. Os que não as conhecem, não somen-
te não podem praticá-las como, se o tentam, só co-
metem erros. Assim praticam os sábios atos belos
e bons, enquanto os que não o são só podem des-
cambar em faltas. E se nada se faz justo, belo e bom
que não pela virtude, claro é que na sabedoria se
resumem a justiça e todas as mais virtudes.
XENOFONTE. Ditos e feitos memoráveis de Sócrates. Apud CHALITA, G.
Vivendo a filosofia. São Paulo: Ática, 2005.

Ao fazer referência ao conteúdo moral da filosofia


socrática narrada por Xenofonte, o texto indica que a
vida virtuosa está associada à
A aceitação do sofrimento como gênese da felicida- Escravo fugido. Jornal Correio Paulistano, 13 de abril de 1879. Disponível em:
de suprema. http://bndigital.bn.goh.br. Acesso em: 2 ago. 2019 (adaptado)
B moderação dos prazeres com vistas à serenidade
No anúncio publicado na segunda metade do sé-
da alma.
culo XIX, qual a estratégia de resistência escrava
C contemplação da physis como fonte de
apresentada?
conhecimento.
D satisfação dos desejos com o objetivo de evitar a A Criação de relações de trabalho.
melancolia. B Fundação de territórios quilombolas.
E persecução da verdade como forma de agir C Suavização da aplicação de normas.
corretamente. D Regularização das funções remuneradas.
E Constituição de economia de subsistência.

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Humanas por Habilidades @scott.mau.enem - Competência 1 - Habilidade 01
Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.

34) Enem 2021 - Questão 86


A filosofia é como uma árvore, cujas raízes são a metafísica; o tronco, a física, e os ramos que saem do
tronco são todas as outras ciências, que se reduzem a três principais: a medicina, a mecânica e a moral, en-
tendendo por moral a mais elevada e a mais perfeita porque pressupõe um saber integral das outras ciências,
e é o último grau da sabedoria.
DESCARTES, R. Princípios da filosofia. Lisboa: Edições 70, 1997 (adaptado).

Essa construção alegórica de Descartes, acerca da condição epistemológica da filosofia, tem como objetivo
A sustentar a unidade essencial do conhecimento.
B refutar o elemento fundamental das crenças.
C impulsionar o pensamento especulativo.
D recepcionar o método experimental.
E incentivar a suspensão dos juízos.

35) Enem PPL 2021 - Questão 86


Juiz — Entre, Edmund, falei com o seu senhor
Edmund — Não com o meu senhor, Vossa Excelência, espero ser o meu próprio senhor.
Juiz — Bem, com o seu empregador, o Sr. E..., o fabricante de roupas. Serve a palavra empregador?
Edmund — Sim, sim, Vossa Excelência, qualquer coisa que não seja senhor.
DEFOE, D. apud THOMPSON, E. P. Costumes em comum. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.

Qual alteração nas relações sociais na Inglaterra é registrada no diálogo extraído da obra escrita em 1724?
A Melhoria das condições laborais no ambiente fabril.
B Superação do caráter servil nas relações trabalhistas.
C Extinção dos conflitos hierárquicos no contexto industrial.
D Abrandamento dos ideais burgueses nos centros urbanos.
E Desaparecimento das distinções sociais no ordenamento jurídico.

36) Enem PPL 2021 - Questão 87


A maior parte dos primeiros filósofos considerava como os únicos princípios de todas as coisas os que
são da natureza da matéria. Aquilo de que todos os seres são constituídos e de que primeiro são gerados e
em que por fim se dissolvem. Pois deve haver uma natureza qualquer, ou mais do que uma, donde as outras
coisas se engendram, mas continuando ela mesma.
ARISTÓTELES. Metafísica. São Paulo: Abril Cultural, 1973.

O texto aristotélico, ao recorrer à cosmogonia dos pré-socráticos, salienta a preocupação desses filósofos
com a
A mutação ontológica dos entes.
B alteração estética das condutas.
C transformação progressiva da ascese.
D sistematização crítica do conhecimento.
E modificação imediata da espiritualidade.

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Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.

Gabarito

01. C 02. A 03. E 04. D 05. E 06. A 07. A 08. B 09. A 10. A

11. D 12. D 13. E 14. C 15. C 16. C 17. D 18. C 19. D 20. D

21. A 22. A 23. A 24. A 25. A 26. E 27. D 28. E 29. A 30. B

31. E 32. B 33. A 34. A 35. B 36. A

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