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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTĖRIO PÚBLICO
PROCURADORIA PROVINCIAL DA REPÚBLICA MAPUTO
Gabinete da Digna Procuradora Provincial da República – Chefe

Circular nº /PPRM/GB/025.31/2021
ASSUNTO: Proposta de fiscalização de acções com impacto no ambiente no âmbito do lema
do ano judicial

À 01 de Fevereiro de 2021 procedeu-se a abertura do ano judicial sob o tema “Por um

Judiciário Protector do Meio Ambiente” certos de que o Ambiente abandonou o papel
secundário para se transformar no protagonista das preocupações do Judicial.
Nessa sequência atentos a Lei n. o 20/97, de 1 de Outubro (Lei do Ambiente) que define vários
conceitos e princípios fundamentais de gestão ambiental, estabelecendo o quadro institucional
básico para a protecção ambiental estabelece uma norma geral que proíbe a realização de todas
as actividades que causam danos ambientais e que excedam os limites legalmente definidos (com
particular destaque para a poluição) e estipula normas especiais para a protecção do meio
ambiente (em particular a protecção da biodiversidade).
Nos últimos 5 anos foram aprovados os novos Códigos Penais de Moçambique. Quer a Lei n. o
35/2014, de 31 de Dezembro, que que revogou o anterior Código Penal de 1886, quanto a Lei n. o
24/2019, de 24 de Dezembro (Lei da Revisão do Código Penal) estabelecem crimes contra o
ambiente.

Não se esgotam nestes normativos de proteção do ambiente, sendo vários outros aplicáveis a
defesa daquele interesse, a saber:

 Diploma Ministerial n.o 180/2004, de 15 de Setembro (Ministério da Saúde) -

Regulamento sobre a Qualidade da Água para o Consumo Humano.

Praça do município, nº 7 Cell. 823245110-Cidade da Matola

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 Decreto n.o 45/2006, de 30 de Novembro - Regulamento para a Prevenção da Poluição e

Protecção do Ambiente Marinho e Costeiro.
 Decreto n.o 18/2004, de 2 de Junho - Regulamento sobre os Padrões de Qualidade
Ambiental e de Emissão de Efluentes.
 Lei n.º 5/2017, de 11 de Maio – Altera e republica a Lei 16/2014, de 20 de Junho (Lei de
Proteção, Conservação e Uso sustentável da Diversidade Biológica).
 Lei n.o 10/99, de 7 de Julho, aprova a Lei de Florestas e Fauna Bravia.
 Decreto n.º 12/2002, de 6 de Junho - aprova o Regulamento da Lei nº 10/99, de 07 de
Julho (Regulamento da Lei de Florestas e Fauna Bravia).
 Decreto n.º 54/2015, de 31 de Dezembro (Aprova o Regulamento sobe o Processo de
Avaliação de Impacto Ambiental e revoga os Decretos n.º 45/2004, de 29 de Setembro e
42/2008, de 4 de Novembro).
 Diploma Ministerial nº 16/2017 - Actualiza e adequa os modelos para o licenciamento
florestal, previstos na legislação florestal e revoga o Diploma Ministerial n.º 55/2003, de
28 de Maio.
 Decreto nº 26/2009 – (Aprova o Regulamento de Sanidade Animal e revoga o Decreto n.º
81/2004, de 1 de Abril).
 Decreto n.o 45/2006, de 20 de Novembro, que aprova o Regulamento para a Prevenção da
Poluição e Protecção do Meio Ambiente Marinho e Costeiro.
 Decreto n.o 11/2006, de 15 de Julho, que aprova o Regulamento sobre a Inspecção
Ambiental.
 Decreto n.o 26/2004, de 20 de Agosto, que aprova o Regulamento Ambiental para a
Actividade Mineira.
 Diploma Ministerial n.o 189/2006, de 14 de Dezembro, que aprova as Normas Básicas de
Gestão Ambiental para a Actividade Mineira.
 Lei n.o 22/2013, de 1 de Novembro, que aprova a Lei de Pescas (“Lei de Pescas”)

Os crimes contra o ambiente no Código Penal

o Pesquisa e exploração ilegal de recursos minerais – Artigo 314
o Substâncias tóxicas – Artigo 315

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o Disseminação de enfermidades – Artigo 316 e;

o Poluição – Artigo 317

É por tudo isto, e ainda, porque a consequência parece-nos clara e os danos são mais do que
evidentes, que se nos afigura urgente encarar estes assuntos com mais seriedade. Havendo a
necessidade de se impor, a quem polui, o dever de reparar e compensar efectivamente os estragos
causados. Deverá o ambiente ser objecto de uma tutela eficaz do Ministério Público na
PROCURADORIA PROVINCIAL DA REPÚBLICA - MAPUTO, no que respeita aos danos a
si, ou através de si, causados.

Em atenção a legislação e de acordo com particularidade de cada área de jurisdição do Distrito,

somos de orientar para que até ao dia 26 de Fevereiro de 2021 seja apresentado um diagnóstico
dos casos ambientais que merecem melhor tutela e acompanhamento do Ministério Público em
cada Distrito pretendendo dar corpo ao lema traduzindo em acções próprias.

Os melhores cumprimentos,

A PROCURADORA PROVINCIAL DA REPÚBLICA-CHEFE

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/Evelina Samuel Gomane Selimane/
Sub-Procuradora-Geral da República

CC – Dr Jorge Chivinge
Chefe do Departamento Especializado Interesses Colectivos e Difusos

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