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Índice

O Paradigma do Ensino-Aprendizagem..............................................................................2
Objectivos..........................................................................................................................2
Objectivo Geral..........................................................................................................................2
Objectivos Específicos................................................................................................................2
A PROBLEMATICA EXIGE A DEFINICAO SOBRE PARADIGMAS..............................................3
Posicionamento paradigmático..................................................................................................4
Paradigmas conservadores..........................................................................................................................4
Paradigmas inovadores................................................................................................................................5

SIGNIFICADO DE APREENDER E ENSINAR............................................................................5


PRINCIPIOS COMUNS DA APRENDIZAGEM.........................................................................7
ELEMENTOS DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM.................................................................8
CONCLUSAO.......................................................................................................................9
BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................................10
O Paradigma do Ensino-Aprendizagem

O actual modelo de escola resulta de um intenso movimento sistematizado de produção de


conhecimentos e teorias, com finalidade de compreender, analisar e criticar o trabalho
educativo pela instituição escolar.
Destacam-se as analises, as experiências e os estudos produzidos sobre a organização do
acto de ensinar com a finalidade especifica de transmitir, de forma sistemática,
conhecimentos científicos construídos historicamente.
A definição, a seleção e a organização desses conhecimentos, bem como sua transposição
didática, são tarefas do profissional que ensina na escola e supõem opções metodológicas e
técnicas definidas por meio de processos e de ambientes criados pelo professor para colocar
o estudante em contacto com o conhecimento específico, objecto do seu estudo.
E nesse processo histórico de construção de novas abordagens sobre o ensino, predomina a
tendência a definir técnicas que privilegiem a relação professor – aluno, visando
desenvolver aprendizagens significativas.
Busca-se superar concepções e praticas educativas que abordam o ensino de conhecimentos
sistematizados, como uma sequência extensa e fragmentada da transmissão de informações
pelo professor e da verificação da aprendizagem do aluno.
Na prática cotidiana da educação formal essa tendência foi descaracterizada.

Objectivos
Objectivo Geral
Contribuir no aprendizado da metodologia aplicada no ensino superior.
Objectivos Específicos
Em concomitância com o objetivo geral da pesquisa, são objetivos específicos deste trabalho:
 Demonstrar o significado de apreender e ensinar;
 Apresentar os princípios comuns da aprendizagem; e
 Identificar modelos de ensino e aprendizagem contemporâneos.
A PROBLEMATICA EXIGE A DEFINICAO SOBRE PARADIGMAS
O ponto essencial das discussões, já tidas entre os professores - mestrandos, é a visão de que
a Educação, entre tantas áreas do conhecimento, busca nas últimas décadas a superação dos
paradigmas conservadores na prática pedagógica.
Em especial, a necessidade de ultrapassar os processos educativos que envolvem a cópia, a
fragmentação do conhecimento e a visão acrítica dos alunos. O processo de transformação
requer do docente uma conscientização a respeito das necessidades de mudanças. Muita
leitura, troca de experiências, diálogo crítico e pesquisa são os requisitos importantes na
preparação do professor para enfrentar esta nova realidade. E é partir dessas muitas reflexões
que nos partimos para a problemática levantada, exigindo-se desde logo a definição sobre
paradigmas.

 Para KUHN (1998) "paradigma significa a constelação de crenças, valores e técnicas


partilhadas pelos membros de uma comunidade científica" (p. 225).
 Segundo MORIN (1996) "um paradigma é um tipo de relação muito forte, que pode ser
de conjunção ou disjunção, que possui uma natureza lógica entre um conjunto de
conceitos-mestres" (p. 287).
 CARDOSO (1995) propõe que "o conceito de paradigma é entendido como um modelo
de pensar e ser capaz de engendrar determinadas teorias e linhas de pensamento dando
certa homogeneidade e um modo de o homem ser no mundo, nos diversos momentos
históricos" (p. 17).

O estudo do fenômeno paradigmático, feito por estes e muitos outros autores, leva-nos a
entender que o homem é o elemento articulador da construção do universo. O mundo
caminha de acordo com os modelos de ciência que o homem cria e recria. Hoje os
questionamentos gerados pelas mudanças na história da humanidade não são mais
respondidos pelo paradigma anterior e, portanto, necessitam de novos pressupostos, visões e
encaminhamentos. Esta fase de transformação paradigmática pela qual o homem está
passando é constituída por rupturas em todos os âmbitos: sociais, políticos, ecológicos,
religiosos, econômicos e, em particular, os educacionais.
Posicionamento paradigmático
A educação, a economia e a sociedade, assim como o Homem, são produtos da acção
histórica. Sendo assim, os paradigmas propostos e construídos pelos próprios homens vem
acompanhados de crenças, valores e posicionamentos éticos em frente a uma comunidade
determinada.
O desafio de mudança e em especial do paradigma da ciência, levam ao repensar do sistema
educacional como um todo, e nesse contexto a pratica pedagógica que vem sendo
desenvolvida nos meios académicos.
Na realidade a caracterização da prática pedagógica esta fortemente alicerçada nos
paradigmas que a própria sociedade vai construindo ao longo da história. O facto e que estes
paradigmas não se sucedem linearmente, nem tem uma demarcação de tempo para começar
ou terminar, mas vão sendo construídos dia a dia e acabam se criando novos pressupostos e
novos referenciais que caracterizam diferentes posturas na sociedade.
Acredita-se que a reflexão sobre a caminhada histórica na educação permite dividir, para fins
didáticos, os paradigmas que influenciaram a prática pedagógica dos professores do ensino
superior em dois blocos:
Paradigmas conservadores
Aqui os professores que actuam na educação superior tendem a reproduzir as metodologias
que vivenciaram no seu processo educativo. Parece residir a dificuldade dos docentes em
alterarem suas práticas pedagógicas e buscarem referencias em novas formas de trabalhar no
processo ensino-aprendizagem.
É característica deste paradigma conservador a reprodução do conhecimento. Fortemente
influenciada pela conceito Newtoniana-Cartesiana em que a acção do docente apresenta-se
fragmentada e assentada na memorização, na copia e na reprodução. Assemelhando-se a
linhas de produção das fabricas os alunos são responsivos e copiadores por excelência,
permitindo que no final os professores formassem homens doceis ou azedos e reprodutores de
conhecimento alheio.
Cada abordagem pedagógica tem uma influencia directa dos paradigmas da época e
caracterizam uma opção metodológica, portanto, torna-se relevante que os professores
reflitam sobre esses paradigmas conservadores e busquem maneira de ultrapassa-los.
Paradigmas inovadores
O novo paradigma da ciência, gerado com base na teoria da relatividade e na teoria da física
quântica, implicou no final do seculo 20 um repensar sobre o papel da educação na vida dos
homens.
A sociedade passa a exigir profissionais que tenham a capacidade de tomar decisões, que
sejam autónomos, que produzam iniciativa própria, que saibam trabalhar em grupo, que
partilhem suas conquistas e que estejam em constante formação.
Nesse movimento de mudança, o professor passa a ter um papel fundamental de articulador e
mediador entre conhecimento elaborado e o conhecimento a ser produzido.
Se o pensamento newtoniano-cartesiano possibilitou a fragmentação, as distinções, as
separações, enfim, a ruptura do todo, dando destaque as partes e, por consequência, levou a
ver o mundo como partes desconectadas. O paradigma inovador demanda que todos os seres
são interdependentes.
Na liberdade que cada professor e pesquisador tem para dimensionar o novo paradigma tem
sempre que atender as características de produção de conhecimento, de trabalho colectivo e
compartilhado, de reaproximação das partes do todo.
Ê a exigência de diálogo, atitude critica, criativa e transformadora. O ponto de encontro
dessas abordagens é a superação da reprodução e a busca da producao do conhecimento.
Na realidade é uma producao de conhecimento que permite aos homens serem éticos,
autónomos, reflexivos, críticos e transformadores.

SIGNIFICADO DE APREENDER E ENSINAR


É conclusão das sessões de indução ao modulo que para constituir um espaço pedagógico
estimulante e significativo, é indispensável criar um clima de respeito mútuo.
E nos parece assumir desde logo que esse processo novo é percebido como ensino-
aprendizagem por ser um complexo sistema de interações comportamentais entre professores
e alunos.
Ignora-se que “ensino” e “aprendizagem” como se fossem processos independentes da ação
humana, porque há os processos comportamentais que recebem o nome de “ensinar” e de
“aprender”. E não e esse o nosso foco, mais sim o complexo processo de ensino-
aprendizagem.
Por tal
Impossível é construir uma relação saudável entre professor e alunos quando os pensamentos,
as ações e os objectivos daquele encontro pedagógico são mesquinhos.
“Ensinar não é transferir conhecimento” FREIRE (2012) é respeitar a autonomia e a
identidade do educando. Para passar conhecimento o educador deve estar envolvido com ele,
para envolver os educandos.

Deve estimular os alunos a desenvolverem seus pensamentos. Fornece argumentos mostrando


que desta forma é possível o desenvolvimento da crítica. Ele se volta para a teoria do pensar
certo. Constata as diferenças de forma de tratamento às pessoas em relação ao seu nível
social. Educar é também respeitar as diferenças sem discriminação, pois esta é imoral, nega
radicalmente a democracia e fere a dignidade do ser humano. Qualquer forma de
discriminação deve ser rejeitada.

E por ser verdade é a LEI Nº 27/2009, DE 29 DE SETEMBRO - LEI DO ENSINO


SUPERIOR que elenca estes como princípios gerais do processo de aprendizagem no seu
artigo 2 que conjugado com os artigos 1 e 2 da Lei nº 6/92, de 6 de Maio, vão tornar o ensino
uma especificidade humana. Quer isto significar o professor exerce uma grande importância
para que haja um movimento de mudança social.
PRINCIPIOS COMUNS DA APRENDIZAGEM
Aprendizagem é um processo associado ao desenvolvimento pessoal, onde competências,
comportamentos, habilidades, conhecimentos e valores são adquiridos ou modificados
através de experiências, observação, estudo e raciocínio.
Em termos educacionais refere-se à aquisição de conhecimentos ou ao desenvolvimento de
habilidades e atitudes em decorrência de experiências educativas (GIL 2007).
Conforme o mesmo GIL 2007 (pág. 57-68) não existem princípios de aprendizagem como
tal, mais sim aspectos comuns na abordagem psicológicas nas discussões sobre o assunto.
Pelo que são de relevância ao processo de aquisição de conhecimento ou desenvolvimento de
habilidades os seguintes aspectos/princípios mais que não se esgotam nestes podendo existir
outra seleção possível de acordo com a disciplina que o professor pretenda ensinar.
 Diferenças individuais
 Motivação
 Concentração
 Reação
 Feedback (Realimentação)
 Memorização
 Transferência

E quando estes são aplicados na aprendizagem fazem com que o professor:


 Reconheça as diferenças individuais
 Motive os alunos
 Igualmente mantendo-os atentos
 Estimulando reações aos alunos
 Fornecendo feedback
 Favorecendo a retenção
 Criando condições para possibilitar a transferência
ELEMENTOS DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
A aprendizagem depende da interação entre os quatro elementos: receptor, emissor,
mensagem e do meio. Se houver falha em um desses a aprendizagem fica comprometida.
Comunicador ou emissor [O Professor] é o transmissor das mensagens, cujo papel é activo
no processo educativo; para tal deve estar motivado e ter pleno conhecimento da mensagem
que irá transmitir a seus alunos;
Mensagem [Metodologia do ES] é o conteúdo a ser transmitido aos alunos. É importante
destacar que a mensagem deverá ser de acordo com as características do educando;
Receptor [Mestrando] é quem recebe a mensagem;
Meio ambiente [ACIPOL], que são os meios escolares, familiares e sociais, locais onde se
efectiva o processo de ensino/aprendizagem. O meio deve ser favorecedor e estimulante para
a ocorrência de aprendizagem satisfatória.
A aprendizagem é gradual, isto é, vamos aprendendo pouco a pouco, durante toda a nossa
vida. Portanto, ela é um processo constante, contínuo. Cada indivíduo tem seu ritmo próprio
de aprendizagem (ritmo biológico) que, aliado ao seu esquema próprio de ação, irá constituir
sua individualidade.
CONCLUSAO
A formação continuada dos docentes no decorrer do Mestrado passa por atitudes que levem a
superar o "individualismo pedagógico" e demanda processos de reflexão e de trabalho
coletivo.
Acreditamos que o processo de mudança depende da vontade do professor e das políticas
públicas. Portanto, o desafio imposto na formação pedagógica do docente universitário
envolve a criação de situações que permitam dialogar e construir uma ação docente crítica e
de reflecção.
O processo transformador que se impõem aos mestrandos da ACIPOL ao longo da sua
jornada deve permitir levantar, dialogar, discutir e buscar possíveis caminhos para construir
uma ação docente. Essa caminhada ira proporcionar reflexões que se concretizarão em uma
prática pedagógica emergente preocupada com a qualificação profissional e com a
transformação da sociedade como um todo.
O intercambio de informações, o trabalho colectivo e a organização pelos próprios
mestrandos das produções individuais e de grupo vão permitir construir as melhores
abordagens.
A discussão critica com os mestrandos, referente aos conhecimentos teóricos e práticos
pesquisados permitirá a superação da fragmentação do conhecimento, o resgate do ser
humano em sua totalidade, considerando o Homem com suas inteligências múltiplas, levando
a formação de um profissional humano, ético e sensível.
Formando assim o paradigma emergente.
Na realidade o posicionamento paradigmático adquiri grande importância, por que se o
professor não entender por que mudar, dificilmente vai alterar a sua acção docente. O simples
facto do professor/mestrando estarem envolvidos num processo de formação continuada não
garante a mudança de sua pratica pedagógica, mas o provoca a reflectir sobre sua acção como
docente.
O desafio de mudar o paradigma da abordagem pedagógica proposta em sala de aula depende
da superação dos paradigmas conservadores e da gradual inserção do paradigma emergente,
que no actual contexto histórico, vem se colocando e se reconstruindo a partir do paradigma
inovador.
BIBLIOGRAFIA

CORTELLA, Mário Sérgio. A escola e o Conhecimento:fundamentos


epistemológicos e políticos.- São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2001.

DEMO,Pedro. Conhecer e Aprender: sabedoria dos limites e desafios. Porto Alegre: Artes
Médicas Sul, 2000.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.-São


Paulo: Paz e Terra,1996.

GADOTTI, Moacir. Pensamento Pedagógico Brasileiro. São Paulo: Ática, 2001.

GIL, António Carlos. Metodologia do Ensino Superior, 4ª edição, S. Paulo:

MORAIS, Maria Cândida. O paradigma educacional emergente, Campinas, SP:


Papirus,1997.

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