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Legumeria
Setor responsável por recepcionar, selecionar e higienizar folhas, legumes,
verduras e frutas (FLV). Geralmente próximo da entrada de cargas da cozinha. Pode
ou não armazenar os produtos após a triagem e higienização. Em alguns casos, é
nesse setor que são feitos os cortes nesses ingredientes para a produção num
momento posterior. Por conta da grande área física demandada e do risco de
contaminação cruzada, é cada vez mais comum a substituição de produtos in natura
por outros já higienizados e processados.
Açougue
É o responsável por selecionar, desossar, cortar e armazenar as proteínas
animais.
Algumas operações utilizam o açougue para pré-preparo como
empanamentos e marinados.
Confeitaria e padaria
Justificadas quando há um grande volume de produção ou produtos muito
específicos. Assim como na época de Escoffier, é praticamente uma cozinha
independente dentro de outra maior.
Cozinha fria
Local onde são preparadas as receitas frias, como saladas, molhos,
embutidos, defumados, terrines.
Cozinha quente
É o “coração” da cozinha, para onde são encaminhados os pré-preparo feitos
pelos outros setores sofrerem cocção e serem servidos aos clientes. Geralmente é
dividido em áreas menores (praças de trabalho) para organização de fluxos e
minimizar riscos de contaminações.
Há ainda importantes áreas de apoio, que são fundamentais para quaisquer
restaurantes:
Copa suja
Local onde são lavados louças e utensílios após serem utilizados pela equipe
de cozinha.
Copa limpa
Setor para onde são levados os utensílios já limpos para secarem e guarda
para posterior utilização.
Outras áreas, como estoque e escritórios, podem ou não estar na estrutura da
cozinha, a depender do modelo de gestão escolhido e volumes de produção.
Outra característica das cozinhas profissionais no Brasil é a necessidade,
vinculada ao volume de produção, de haver um nutricionista para auxiliar no controle
higiênico-sanitário do empreendimento. Em outros países, essa é uma função que
normalmente fica sob a responsabilidade do chef de cozinha.
Micróbios
Os micróbios são microrganismos e a principal causa de alimentos
estragados. Os micróbios não são visíveis a olho nu. Eles só se tornam visíveis
como colônias quando começam a se espalhar, por exemplo, aparecendo como
bolor em frutas e pães. Os efeitos de uma infestação também são visíveis em outros
alimentos, por exemplo, sob a forma de graxa em salsichas, como odor em carnes
ou fermentação em suco de frutas.
Os micróbios preferem um ambiente úmido e quente com alimento suficiente,
oxigênio e uma atmosfera agradável (pH) para se multiplicar.
Em relação aos alimentos, fazemos uma distinção entre três tipos de
micróbios:
Eubactérias
Eubactérias são organismos unicelulares que crescem até certo tamanho e
depois se dividem (divisão celular) a cada 20 minutos. Eubactérias formam esporos
para sobreviver em um ambiente aquém do ideal. Os bacilos liberam um fluido em
que se envolvem. Os esporos são muito resistentes aos desinfetantes e ao calor.
Leveduras
As leveduras são organismos unicelulares, que, em geral, se alimentam de
açúcares. Se reproduzirem assexuadamente, com uma célula embrião crescendo a
partir da célula original.
Bolor
Os bolores são organismos multicelulares e são pouco exigentes na seleção
dos alimentos. Eles podem se multiplicar mesmo em alimentos relativamente secos.
Existem bolores que não são tóxicos e podem ser ingeridos, por exemplo, em certos
queijos. Esse bolor é conhecido como bolor comestível.
Os alimentos podem ser contaminados por diferentes agentes patogênicos,
bactérias e fungos. Consumir alimentos contaminados pode levar a doenças fatais.
Você pode evitar isso, atentando-se aos seguintes sinais de contaminação:
Inchaço / Deformação
O inchaço e a deformação ocorrem com alimentos selados a vácuo ou em
latas e sacos contaminados por bactérias. A lata ou embalagem aumenta e incha
enormemente. Descarte imediatamente. Consumir produtos estragados como estes
pode resultar em intoxicação alimentar grave.
Decomposição
A bactéria que produz decomposição é geralmente encontrada em alimentos
ricos em proteínas, como peixe, carne ou embutidos. Geralmente é causada pela
manipulação inadequada de alimentos ou pode ser transmitida por insetos (moscas)
e pode viver com e sem oxigênio. O alimento contaminado pode ser reconhecido
pelo odor desagradável, superfície gordurosa e aparência pouco apetitosa.
Bolor
O bolor (ou mofo) se espalha através do ar sob a forma de esporos e pode
infectar todos os alimentos. Você pode reconhecê-lo pelo crescimento de fungos.
Ele forma toxinas (venenos) que prejudicam o fígado. Descarte todos os alimentos
infectados, pois é muito difícil dizer até que ponto o bolor penetrou nos alimentos.
Armazenar os alimentos em um local fresco e seco pode ajudar a prevenir possíveis
formações.
Bactérias piogênicas
As bactérias piogênicas são espalhadas por feridas ou pela respiração de um
indivíduo, por exemplo, quando espirra.
Ela prefere alimentos com elevado teor de proteína e nível de umidade. A
bactéria se multiplica bem em temperaturas elevadas. Entre os alimentos com maior
risco estão saladas, cremes e recheios de torta. As bactérias soltam toxinas
(venenos), são altamente resistentes e só podem ser destruídas a uma temperatura
de aproximadamente 80° C.
É impossível detectar a contaminação por bactérias piogênicas a olho nu. A
infestação só pode ser evitada tomando medidas preventivas (cobrindo lesões e
feridas com material impermeável, evitando espirros nos alimentos, mantendo
sempre o creme a uma temperatura fria e mantendo saladas em um local
refrigerado).
Salmonela
A bactéria salmonela provém de animais, portanto, é sempre disseminada
através de produtos de origem animal, como ovos e carne. A Salmonela pode
causar infecções alimentares fatais em seres humanos, que podem transmiti-la
através do intestino e pela higiene pessoal inadequada (lavagem das mãos). No
entanto, o uso incorreto de equipamentos de cozinha também pode transmitir as
bactérias para outros produtos, por exemplo, se um recipiente onde se descongelou
frango contaminado é usado para armazenar outros alimentos sem ser limpo
adequadamente entre os usos. Como no caso das bactérias, é impossível detectar
infestações a olho nu. A infestação só pode ser evitada tomando medidas
preventivas (higiene pessoal adequada e limpeza imediata de todos os
equipamentos de cozinha visto que tenham entrado em contato com alimentos
potencialmente perigosos).
Atenção:
1. Evite enxugar as mãos após o processo. Se tiver que fazê-lo,
use toalhas descartáveis e que não tenham passado por reciclagem;
2. Use luvas descartáveis ao tocar em alimentos já cozidos ou que
não passarão por processo de cocção.
3. Use utensílios apropriados para a degustação, nunca sua mão.
4. Lembre-se que as luvas também ficam sujas e contaminadas.
Troque-as nas mesmas situações necessárias para a lavagem das mãos.