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Universidade de Brasília – UnB

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Considerando o acesso prioritário às edificações seguindo os preceitos


estabelecidos no decreto supracitado e nas normas técnicas de acessibilidade da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, a exemplo de algumas instalações
para acessibilidade enumera-se os sanitários de acesso à pessoas com deficiência física,
rampas de acesso e elevadores.

10.2. Acessibilidade à informação


O curso oferece como disciplina obrigatória para todos os estudantes o
componente curricular LIBRAS, em acordo com o decreto nº 5.626 de 2005, visando o
uso e a difusão da LIBRAS e da língua portuguesa para o acesso das pessoas surdas à
educação. Ainda, a Universidade de Brasília oferece aos estudantes o Programa de Apoio
às Pessoas com Necessidades Especiais (PPNE-UnB), que de acordo com a resolução
CEPE 48/2003, propicia e garante a igualdade de condições para o desempenho
acadêmico dos portadores de necessidades especiais.

10.3. Acessibilidade ao currículo

O Programa de Tutoria Especial (PTE), regido pela resolução CEPE 10/2007, é


oferecido a todo estudante do curso que seja portador de necessidades especiais,
garantindo o apoio acadêmico qualificado para estudantes portadores de necessidades
especiais.

11. Organização Curricular

A organização curricular desta graduação prevê etapas presenciais (equivalentes


à semestres), ofertadas em regime de alternância entre Tempo Universidade e Tempo
Comunidade, conforme já afirmado anteriormente, tendo em vista a articulação intrínseca
entre educação e a realidade específica das populações do campo.
Esta metodologia de oferta intenciona também evitar que o ingresso de jovens e
adultos na educação superior reforce a alternativa de deixar de viver no campo, bem como

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objetiva facilitar o acesso e a permanência no curso dos professores em exercício nas


escolas do campo. (MOLINA; SÁ, 2011)
Conforme apresentado no item 7.1., o Curso de Licenciatura em Educação do
Campo, objetiva preparar educadores para, com parte de sua docência nas escolas do
campo, atuar também na gestão de processos educativos escolares e na gestão de
processos educativos comunitários.
A matriz curricular proposta desenvolve uma estratégia multidisciplinar de
trabalho docente, organizando os componentes curriculares a partir de quatro áreas do
conhecimento: Linguagens, Artes e Literatura e Ciências Humanas e Sociais; Ciências da
Natureza e Matemática e Ciências Agrárias.
Conforme explicitado anteriormente, a partir do processo de reformulação
orientado pelo Edital 02/2012, o Curso passar a ser organizado a partir das seguintes áreas
de conhecimento: Linguagens, Artes e Literatura; Ciências da Natureza e, Matemática.
Houve assim um desmembramento da área de Ciências da Natureza e Matemática,
passando a mesma ser oferta como duas áreas distintas. Também conforme informado
nos tópicos iniciais às áreas de Ciências Humanas e Sociais e Ciências Agrárias estão
previstas neste Projeto Político do Curso, porém, não foram ainda implantadas.
A habilitação de docentes por área de conhecimento tem como um dos seus
objetivos ampliar as possibilidades de oferta da Educação Básica no campo,
especialmente no que diz respeito aos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino
Médio, nos quais há uma enorme demanda no campo, conforme dados já apresentados
anteriormente.
Conforme afirma Molina e Hage:
A formação docente multidisciplinar tem também a
intencionalidade de contribuir com a construção de
processos capazes de desencadear mudanças na lógica de
utilização e de produção de conhecimento no campo,
desenvolvendo processos formativos que contribuam com
a maior compreensão dos sujeitos do campo da totalidade
dos processos sociais nos quais estão inseridos.
Ao construir como perfil de habilitação da Licenciatura em
Educação do Campo, simultaneamente, as três dimensões:
a docência por área de conhecimento; a gestão de processos
educativos escolares e a gestão de processos educativos

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comunitários idealizou-se esta perspectiva: promover e


cultivar um determinado processo formativo que oportunize
aos futuros educadores, ao mesmo tempo, uma formação
teórica sólida, que proporcionasse o domínio dos conteúdos
da área de formação para o qual se titula o docente em
questão; extremamente articulada ao domínio dos
conhecimentos sobre as lógicas do funcionamento e da
função social da escola e das relações que esta estabelece
com a comunidade do seu entorno.
A formação por áreas de conhecimento deve desenvolver-
se tendo como intencionalidade promover estratégias que
contribuam para superar a fragmentação do conhecimento,
criando e promovendo ações docentes articuladas
interdisciplinarmente, associadas intrinsecamente às
transformações no funcionamento da escola e, articuladas
ainda, às demandas da comunidade rural na qual se insere
esta escola.
Ou seja, trata-se de colocar a realidade como centro em
torno do qual as ciências e outras formas de conhecimento
se articulam, para que a realidade possa ser não apenas
compreendida e analisada, mas também transformada. Há
exigências concretas de um trabalho pedagógico que se
centra no princípio da práxis, como modo de conhecimento
que articula em um mesmo movimento teoria e prática;
conhecimento e realidade. Assim, o trabalho pedagógico
deve contribuir com a perspectiva de que os educandos
desenvolvam a capacidade de articular a leitura de suas
realidades, valendo-se do conhecimento científico,
aprofundando este a partir de releituras e análises que vão
se complexificando à medida que estes educandos vão
avançando em sua escolarização, qualificando assim as
intervenções em suas comunidades.
Muito além de compreensões restritivas, a experiência
sobre a qual se reflete A matriz formativa desenvolvida pela
Licenciatura em Educação do Campo apresenta a
intencionalidade pedagógica de formar um educador capaz
de compreender a totalidade dos processos sociais nos quais
se insere sua ação educativa. Para tanto, objetiva promover
uma formação integral que lhes possibilite internalizar os
instrumentos, métodos, técnicas e teorias para conhecer, ler,
interpretar e intervir na realidade onde atuam/atuarão,
considerando as várias dimensões que a compõem: a
própria sala de aula; a comunidade escolar; a inserção da
escola num território do campo; as contradições e disputas
presentes neste território; a inserção deste território nas
contradições regionais e nacional presente no

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desenvolvimento do campo no Brasil.” (MOLINA e


HAGE, 2015, P. 137-138).

A organização curricular dessa graduação prevê etapas presenciais (equivalentes


a semestres de cursos regulares), ofertadas em regime de Alternância entre Tempo
Universidade e Tempo Comunidade, tendo em vista a articulação intrínseca entre a
educação e a realidade específica das populações do campo.
Essa estratégia de oferta objetiva facilitar o acesso e a permanência no curso dos
professores em exercício nas escolas do campo, oportunizando sua chegada à educação
superior sem, porém, ter que abandonar o trabalho na escola básica para elevar sua
escolarização. A Alternância entre Tempo Universidade e Tempo Comunidade,
“intenciona evitar que o ingresso de jovens e adultos na educação superior reforce a
alternativa de deixar de viver no campo”, conforme consta na Matriz original da LEdoC.
Nesta matriz, a Alternância é compreendida tanto como metodologia, como
também como pedagogia, materializando e oportunizando novas estratégias de produção
de conhecimento, que buscam verdadeiramente incorporar os saberes dos sujeitos
camponeses. Os educadores que se candidatam à formação inicial na Licenciatura em
Educação do Campo, permanecem em média 60 dias na Universidade, com aulas em
período integral, e na sequência 120 dias, em média, nas comunidades camponesas e nas
escolas lá existentes, onde moram e trabalham conhecido como Tempo Comunidade, para
posterior regresso a outro período formativo na Universidade.
Para tanto, a Alternância apresenta-se como ferramenta fundamental, pois
possibilita aproximar a Universidade dos processos de produção de conhecimento e das
contradições reais nas quais os sujeitos do campo estão inseridos durante o processo
continuo de materialização e construção da sua vida.
As especificações do currículo são:

a) Objeto de estudo/profissionalização do curso: escola de Educação Básica


do campo, com ênfase na construção do desenho da organização escolar e do trabalho
pedagógico para os anos finais do ensino fundamental e do ensino médio (integrado ou
não à educação profissional).

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b) Uma organização curricular que permita aos estudantes-educadores


vivenciar na prática de sua formação a metodologia (e particularmente a da docência por
área do conhecimento) para a qual estão sendo preparados a atuar nas escolas do campo.
c) O currículo deste curso está organizado em três níveis desdobrados:
Núcleos de Estudo Básicos (NEB), Núcleos de Estudos Específicos (NEE) e Núcleos de
Estudos Integradores (NAI). O Núcleo de Estudos Básicos se desdobra em cinco Áreas
que se desdobraram em componentes curriculares de cada área. O Núcleo de Estudos
Específicos se desdobra em três eixos, cada desdobrado em áreas (que podem ser áreas
de conhecimento ou áreas temáticas) e cada área a ser desdobrada em componentes
curriculares. O Núcleo das Atividades Integradoras se desdobra em cinco áreas (que
indicam tipos de atividades) que se desdobrarão em diferentes componentes curriculares.

11.1. Distribuição da Carga Horária por Área de Conhecimento

As tabelas abaixo descrevem a estrutura do Curso, carga horária e créditos,


distribuídos nas áreas, na matriz vigente e na matriz proposta nesta reformulação do PPC,

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