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1.

Tendências e Contemporaneidade em Matemática e Educação Matemática


O termo tendência tem sua origem no latim, particularmente, no termo tendentia, plural de
tendens e, num sentido mais literal, refere-se à idéia de uma força interna que ‘’direciona
para’’ ou ‘’inclina para’’.

Estudiosos discutiram e reavaliaram as metodologias na Educação Matemática, e propuseram


melhorias para o processo do ensino e da aprendizagem, denominando-as de Tendências em
Educação Matemática, pois conforme estudo de Santos, Matos e Sant’Ana “os professores
aplicam e classificam as Tendências em Educação Matemática como metodologias que
proporcionam ambiente favorável à aprendizagem, levando o educando a construir o
conhecimento’’. (2021, p. 14).

Para D’Ambrosio (2002), as Tendências em Educação Matemática trazem uma grande


variedade de metodologias de ensino na possibilidade de integrar os conteúdos matemáticos
no ensino, na aprendizagem e no conhecimento matemático. De forma que possibilita na
dinâmica do ensino e da aprendizagem a interdisciplinaridade no ensino médio. Pois, as
Tendências em Educação Matemática auxiliam o docente e geram ferramentas que podem ser
usadas durante o ensino-aprendizagem. Algumas das Tendências em Educação Matemática
que posso citar são: Etnomatemática, Resolução de Problemas, Filosofia a Educação
Matemática, Modelagem Matemática, História da Matemática, Jogos e Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC).

Torna-se de extrema necessidade a utilização de novas metodologias no ensino da


Matemática, adequando o conteúdo ministrado em sala. A contemporaneidade faz com que os
alunos estejam voltados a meios de comunicação interativos e a tecnologia, que por vezes os
alunos buscam obter conhecimentos na internet por meio de videoaulas. Com as mudanças
experienciadas na atualidade, o perfil dos alunos também passou por transformações, a
facilidade de buscar na internet determinados conteúdos escolares, tornou o aprendizado
muito mais dinâmico e desprendido do ambiente escolar. Entretanto,

Uma prática pedagógica seria bem-sucedida quando, ao mesmo tempo


em que explora conteúdos matemáticos, prepara os alunos para o
enfrentamento de desafios e tomada de decisões diante de situações
conflitivas. A Matemática pode contribuir desenvolvendo metodologias
que enfatizem a construção de estratégias, a criatividade, a iniciativa
pessoal, o trabalho coletivo, a autonomia (BERTICELLI, 2012, p.
153).

Neste sentido, os docentes podem buscar meios mais atrativos e conectados à realidade dos
alunos, diante dessas novas metodologias para fazer as devidas transformações que captem
mais a atenção dos alunos, de modo que facilitem o entendimento do conteúdo proposto em
sala. Pois,

existe uma variedade de tendências de ensino que, em sua maioria, não


são utilizadas no cotidiano escolar seja por falta de tempo,
desconhecimento do docente ou dificuldades impostas pelo próprio
sistema educacional. Até mesmo quando são utilizadas, na maioria das
vezes, restringem-se a jogos (SILVA, 2021, p. 20).

2. Matemática e suas Fases de Desenvolvimento

A Matemática é parcela estruturante dos processos mentais que qualificamos como puramente
humanos, os quais nos distinguem dos demais primatas; além disso, é produto da atividade
humana, portanto social e histórica.

Denominam-se de objetos matemáticos a todos os entes que são assuntos de estudo da


Matemática, tais como números (naturais, racionais, transcendentais, imaginários, etc.),
grandezas (comprimento, distância, área, volume, etc.), formas geométricas (retas, polígonos,
retângulos, círculos, etc.), entre elas as superfícies (planas, esféricas, hiperbólicas, etc.), as
formas estereométricas (pirâmides, cilindros, etc.), bem como vetores, integrais, séries, etc.
Os gregos denominavam esses objetos de os mathematiká (μαθηματικά).

Os matemáticos do século XX desempenhavam uma atividade intelectual altamente


sofisticada que não é fácil de definir, mas boa parte do que hoje se chama matemática deriva
de ideias que originalmente estavam centradas nos conceitos de números, grandeza e forma.
Definições antiquadas da matemática como uma ‘’ciência de número e grandeza’’ já não são
válidas, mas sugerem as origens dos diversos ramos da matemática.
Os milhares de anos que foram necessários para que o homem fizesse a distinção entre os
conceitos abstratos e repetidas situações concretas mostram as dificuldades que devem ter
sido experimentadas para se estabelecer uma base ainda que muito primitiva para a
matemática. Além disso, há um grande números de perguntas não respondidas com relação à
origem da matemática. Supõe-se usualmente que surgiu em resposta à necessidades práticas,
mas estudos antropológicos sugerem a possibilidade de uma outra origem. Também foi
sugerido que a arte de contar surgiu em conexão com rituais religiosos primitivos e que o
aspecto ordinal precedeu o conceito quantitativo.

O conceito de número inteiro é o mais antigo na matemática e sua origem se perde nas névoas
da antiguidade pré-histórica. A noção de fração racional, porém, surgiu relativamente tarde e
em geral não estava relacionada de perto com os sistemas para os inteiros.

As ideias de Heródoto 1 e Aristóteles2 representam duas teorias opostas quanto às origens da


matemática, um acreditando que a origem fosse a necessidade prática, outro que a origem
estivesse no lazer sacerdotal e ritual.

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