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MARINHA DO BRASIL

DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS


ENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO

MÓDULO

FABRICAÇÃO MECÂNICA
- FAM 01 -

(ÊNFASE - EAD)

2ªedição
Rio de Janeiro
2010
© 2008 direitos reservados à Diretoria de Portos e Costas

Autor: Antônio Humberto Pereira

Revisão Pedagógica: Pedagoga Maria Elisa Dutra Costa


Revisão Ortográfica: Professor Luiz Fernando da Silva
Diagramação: Maria da Conceição de Sousa Lima Martins
Capa: Edvaldo Ferreira de Sousa Filho
Renato Luiz Alves da Conceição

Coordenação Geral: MSc – Luciano Filgueiras da Silva

______ exemplares

Diretoria de Portos e Costas


Rua Teófilo Otoni, no 4 – Centro
Rio de Janeiro, RJ
20090-070
http://www.dpc.mar.mil.br
secom@dpc.mar.mil.br

Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto no 1825, de 20 de dezembro de 1907.


IMPRESSO NO BRASIL / PRINTED IN BRAZIL

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.............................................................................................................. 5

METODOLOGIA – Como Usar o Módulo ......................................................................... 7

UNIDADE 1 – Segurança no uso das ferramentas manuais .......................................... 11


1.1 Acidentes durante a utilização das ferramentas manuais ....................................... 12
1.2 Como utilizar os equipamentos de proteção individual(EPI)..................................... 14
1.3 Os diferentes tipos de EPI empregados na manutenção de máquinas ................... 15
1.4 Procedimentos seguros na utilização de máquinas e equipamentos rotativos ........ 17
Teste de Auto-Avaliação da Unidade 1 ............................................................................ 18
Chave de Respostas das Tarefas e do teste de auto-avaliação da unidade 1 ................. 20

UNIDADE 2 – Marcadores ............................................................................................... 21


2.1 O conceito de marcadores ...................................................................................... 21
2.2 Finalidade dos marcadores ...................................................................................... 21
2.3 Bloco em V ............................................................................................................... 22
2.4 Riscadores ............................................................................................................... 23
2.5 Punções .................................................................................................................. 25
Teste de Auto-Avaliação da Unidade 2 ............................................................................ 29
Chave de Respostas das Tarefas e do teste de auto-avaliação da unidade 2 ................. 30

UNIDADE 3 – Ferramentas manuais de uso comum ...................................................... 31


3.1 Os diferentes tipos de martelos e macetes ............................................................. 32
3.2 Principais tipos de chaves ....................................................................................... 35
3.3 Chave de fenda ....................................................................................................... 40
3.4 Utilização das chaves fixas ..................................................................................... 43
3.5 Chaves ajustáveis ................................................................................................... 44
3.6 Alicate ...................................................................................................................... 45
Teste de Auto-Avaliação da Unidade 3 ............................................................................ 48
Chave de Respostas das Tarefas e do teste de auto-avaliação da unidade 3 ................. 49

UNIDADE 4 – Ferramentas manuais de ação cortante ..................................l................. 51


4.1 Arco de serra ........................................................................................................... 52
4.2 Lima ........................................................................................................................ 56
4.3 Brocas ..................................................................................................................... 62
4.4 Cintel ou compasso de haste .................................................................................. 67
4.5 Ferramentas manuais de roscar ............................................................................. 68
4.6 Tarraxa de roscar ..................................................................................................... 70

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FAM 01
4.7 Importância das ferramentas manuais de roscar .................................................... 73
4.8 Selecionar machos e tarraxas ................................................................................. 73
4.9 Determinação do diâmetro do furo para abrir roscas .............................................. 73
Teste de Auto-Avaliação da Unidade 4 ............................................................................ 74
Chave de Respostas das Tarefas e do teste de auto-avaliação da unidade 4 ................. 76

UNIDADE 5 – Metrologia ................................................................................................. 77


5.1 A importância do controle nas operações de máquinas .......................................... 78
5.2 Unidades de medidas de metrologia ........................................................................ 78
5.3 Escala ou régua graduada ....................................................................................... 81
5.4 Compasso ................................................................................................................ 87
5.5 Calibre vernier .......................................................................................................... 94
5.6 Micrômetro ............................................................................................................... 100
5.7 Relógio comparador ................................................................................................ 104
5.8 Contadores de rotação ............................................................................................. 106
Teste de Auto-Avaliação da Unidade 5 ............................................................................ 108
Chave de Respostas das Tarefas e do teste de auto-avaliação da unidade 5 ................. 109

UNIDADE 6 – Máquinas de furar e esmeril ...................................................................... 111


6.1 Principais máquinas de furar .................................................................................... 111
6.2 Finalidade da máquina de furar ............................................................................... 112
6.3 Tipos de ferramenta de furar, metais e aplicação ................................................... 112
6.4 Principais componentes da máquina de furar........................................................... 115
6.5 Utilização prática....................................................................................................... 116
6.6 Esmeril ..................................................................................................................... 117
Teste de Auto-Avaliação da Unidade 6 ............................................................................ 119
Chave de Respostas das Tarefas e do teste de auto-avaliação da unidade 6 ................. 120

UNIDADE 7 – Torno mecânico ......................................................................................... 121


7.1 Nomenclatura do torno mecânico ............................................................................ 122
7.2 Procedimentos de segurança .................................................................................. 126
7.3 Limpeza do torno...................................................................................................... 127
7.4 Cálculos de rodas dentada....................................................................................... 127
7.5 Ferramentas de corte .............................................................................................. 131
7.6 Normas de conservação e segurança do torno mecânico ...................................... 133
7.7 As características do torno mecânico ...................................................................... 133
Teste de Auto-Avaliação da Unidade 7 ............................................................................ 138
Chave de Respostas das Tarefas e do teste de auto-avaliação da unidade 7 ................. 139

UNIDADE 8 – Torneamento cônico .................................................................................. 141


8.1 O torno mecânico ..................................................................................................... 141
8.2 O processo de torneamento cônico ......................................................................... 142
8.3 Ferramenta de corte para tornearia ......................................................................... 144
8.4 Principais operações executadas no torno .............................................................. 147
Teste de Auto-Avaliação da Unidade 8 ............................................................................ 149
Chave de Respostas das Tarefas e do teste de auto-avaliação da unidade 8 ................. 150
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 151

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APRESENTAÇÃO

O mundo contemporâneo e suas modernas tecnologias põem a nossa disposição uma


quantidade enorme de ferramentas que difere entre si pela dimensão, formato, especificidade,
tipo de material e forma de utilização.

Diante de tanta modernidade, e automatização das embarcações, você até poderia


pensar, para que estudar Fabricação Mecânica? Como resposta, podemos dizer que mesmo
diante de toda a tecnologia é importante que o “homem do mar” conheça não só o processo de
utilização das ferramentas, como do que são constituídas.

Nas atividades diárias de manutenção e reparos realizados a bordo, freqüentemente são


utilizadas diferentes ferramentas, cada uma com um perfil apropriado de acordo com o trabalho
a ser executado.

A ferramenta é um instrumento utilizado na execução de um trabalho manual ou


mecânico de qualquer atividade produtiva. Logo, a bordo não será diferente. É também
utilizada para o controle de funcionamento de diversos dispositivos de uma máquina, de um
veículo motorizado, de uma aeronave, de uma nave espacial e de uma embarcação. Portanto,
conhecer as ferramentas, sua utilização prática, as normas de conservação e manuseio é de
fundamental importância na sua formação profissional.

O uso correto das ferramentas ajudará você na execução de muitas tarefas, além de
poupar o esforço e contribuir para eficiência de seu trabalho.

Como aluno, tire proveito dos conhecimentos contidos neste módulo. Lembre-se: estude
para aprender! Na prática a bordo, você precisa contar com os conhecimentos teóricos,
portanto tenha um excelente estudo!

Boa sorte!

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FAM 01
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COMO USAR O MÓDULO

I – Qual é o objetivo geral deste módulo?

Capacitar os alunos com relação aos princípios da fabricação mecânica e a importância


deste conhecimento na execução das atividades de manutenção e reparos a bordo de
embarcações marítimas.

II – Quais os objetiv os específicos deste módulo?

 Apresentar aos alunos as diferentes ferramentas manuais, suas especificidades,


manuseio e aplicação nas mais variadas tarefas desenvolvidas a bordo de
embarcações; e

 conscientizá-los no que tange a segurança, guarda, manutenção e normas de


utilização das ferramentas manuais.

III – Como está organizado o módulo?

O Manual de Fabricação Mecânica foi estruturado em oito unidades seqüenciais de


estudo. Os conteúdos obedecem a uma seqüência lógica, tem uma linguagem interativa para
facilitar a comunicação com o aluno e a aprendizagem significativa. Ao término de cada
unidade, apresenta um teste de auto-avaliação e chave de resposta.

O modelo de ensino e aprendizagem adotado é um mix de quatro grandes linhas


teóricas:

 Rothkopf para instrução por escrito;


 modelo de facilitação de Carl Rogers;
 a teoria da conversação didática de Holmberg; e
 a teoria de aprendizagem significativa de Ausubel.

IV – Como você deve estudar cada unidade?

1. Visão geral da unidade


A visão geral do assunto apresenta os objetivos específicos da unidade, mostrando um
panorama do assunto a ser desenvolvido.

2. Conteúdos da unidade
Leia com atenção o conteúdo, procurando entender e fixar os conceitos por meio dos
exercícios propostos. Se você não entender, refaça a leitura e os exercícios. É muito
importante que você entenda e domine os conceitos.

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FAM 01
3. Questões para reflexão
São questões que ressaltam a idéia principal do texto, levando-o a refletir sobre os temas
mais importantes deste material.

4. Auto-avaliação
São testes que o ajudarão a se avaliar, evidenciando o seu progresso. Realize-os, à medida
que aparecem, e se houver qualquer dúvida, volte ao conteúdo e reestude-o.

5. Tarefa
Você coloca em prática o que já foi ensinado, testando seu desempenho de aprendizagem.

6. Exercícios resolvidos
São exercícios que o ajudarão a acompanhar o desenvolvimento passo a passo para a
solução da questão.

7. Respostas dos testes de auto-avaliação


Você verifica o seu desempenho, comparando as respostas com o gabarito que se encontra
no fim do manual.

V – Objetivos das unidades

Unidade 1 : S E G U R A N Ç A N O U S O D A S F E R R A M E N T A S M A N U A I S

Nesta unidade trataremos de assuntos relacionados a acidentes provocados por


ferramentas manuais e procedimentos adequados para prevenir-se desses acidentes.
Procedimentos tais como: o armazenamento e transporte das ferramentas com segurança; a
correta utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI); e a seleção adequada da
ferramenta para a atividade a ser desenvolvida.

Unidade 2 : M A R C A D O R E S

Nesta unidade trataremos de assuntos que possibilitarão o aluno adquirir conhecimentos


para a utilização dos marcadores, por ocasião da montagem e desmontagem de equipamentos
de máquinas; aplicação de blocos em forma de V, calços, paralelos e riscadores, para
traçagem de uma peça; e a seleção do punção adequado para o trabalho a ser realizado.

Unidade 3 : F E R R A M E N T A S M A N U A I S D E U S O C O M U M

Essa unidade apresenta atividades que tem por objetivo possibilitar ao aluno a utilização
do martelo, das chaves fixa, das chaves ajustáveis e dos alicates, nas diferentes tarefas de
manutenção e reparos nos navios da marinha mercante.

Unidade 4 : F E R R A M E N T A S M A N U A I S D E A Ç Ã O C O R T A N T E

Esta unidade tem a finalidade de proporcionar a utilização correta das lâminas de serra
para o corte de um contorno traçado; a lima para o desbaste de um ferro fundido; e a tarraxa
para abrir roscas num parafuso ou um macho na confecção de uma porca.

Unidade 5: M E T R O L O G I A

Esta unidade tem a finalidade de desenvolver no aluno a capacidade de realizar leituras


em milímetros e em frações ordinárias e decimais da polegada, assim como, executar

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medições com instrumentos de medidas, tais como: régua graduada, calibre vernier
(paquímetro) e micrômetro.

Unidade 6 : M Á Q U I N A S D E F U R A R E E S M E R I L

Esta unidade tem a finalidade de proporcionar ao aluno condições de executar tarefas na


máquina de furar, utilizando ferramentas e dispositivos; tais como bloco e forma de V, calços
paralelos e outros, aplicando conhecimentos adquiridos anteriormente, utilizando instrumentos,
já mencionados, quando estudamos ferramentas manuais de ação cortante e marcadores.

Unidade 7 : T O R N O M E C Â N I C O

Esta unidade tem a finalidade de proporcionar ao aluno tomar conhecimento dos


principais componentes e acessórios do torno mecânico, desenvolvendo assim, a capacidade
de executar tarefas na recuperação de diferentes peças avariadas, nas operações de
manutenção e reparos realizados com freqüência a bordo dos navios da marinha mercante,
pois a correta utilização do torno mecânico depende do pleno conhecimento dos seus
componentes.

Unidade 8 : T O R N E A M E N T O C Ô N I C O

Nesta unidade o aluno terá conhecimento da importância das unidades de medida


(milímetro e polegada); das aplicações de fórmulas utilizadas nos processos de torneamento
cônico; da afiação manual das ferramentas de corte; das operações de facear, do torneamento
cilíndrico, da operação de abrir roscas no torno mecânico; e das normas de proteção da
integridade física do operador do torno mecânico.

VI – Símbolos utilizados

Existem alguns símbolos no manual para guiá-lo em seus estudos. Observe o que cada
um quer dizer ou significa.

Este lhe diz que há uma visão geral da unidade e do que ela trata.

Este lhe diz que há, no texto, uma pergunta para você pensar e responder a
respeito.

Este lhe diz para anotar ou lembrar-se de um ponto importante.

Este lhe diz que há uma tarefa a ser feita por escrito.

Este lhe diz que há um exercício resolvido.

Este lhe diz que há um teste de auto-avaliação para você fazer.

Este lhe diz que esta é a chave das respostas das tarefas e dos testes de
auto-avaliação.

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FAM 01
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UNIDADE 1

SEGURANÇA NO USO DAS FERRAMENTAS MANUAIS

Nesta unidade, você vai:

 Identificar os acidentes provocados, pelas diferentes ferramentas


manuais.
 Conhecer os procedimentos adequados para prevenir acidentes na
utilização das ferramentas manuais.
 Aprender as técnicas mais indicadas para armazenar e transportar com
 segurança as ferramentas manuais.
 Conhecer os diferentes equipamentos de proteção individual e sua
correta utilização.
 Selecionar a ferramenta de trabalho adequada a cada tipo de atividade a
ser desenvolvida.

Você está iniciando o estudo deste Módulo, logo não poderíamos deixar de falar um
pouco da história, ou seja, de como surgiram as primeiras ferramentas manuais.

Em algum momento da pré-história, um homem primitivo feriu-se com uma pedra que a
natureza esculpiu. Estimulado pela dor, seu cérebro comparou as dificuldades que tinha para
cortar alimentos e preparar abrigos à facilidade com que a pedra feria. O resultado da
comparação foi a primeira ferramenta que pôs o homem na trilha da moderna civilização. A
partir dessa descoberta, passou a manusear os instrumentos “ferramentas” com a maior
cautela possível, para evitar ferimentos.

Dentro dessa hipótese sobre a origem da primeira ferramenta, estão presentes algumas
leis que governam a existência humana: a lei do menor esforço, que implica eficiência
crescente, e a lei da autopreservação, que procura essa eficiência com a maior segurança
possível.
Contudo, podemos afirmar que a eficiência e segurança, da pré-história até os dias de
hoje são as balizas do desenvolvimento das ferramentas.

Os conceitos que inspiram a fabricação das modernas ferramentas manuais definem uma
dupla abordagem: “a ferramenta deve estar adequada ao trabalho, tanto quanto ao
trabalhador. Ficam contra-indicadas, portanto, aquelas que demandam muito esforço
muscular, por muito tempo, ou requerem posições incômadas”.

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FAM 01
1 . 1 ACIDENTES DURANTE A UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS MANUAIS

Antes de tratarmos dos assuntos concernentes aos acidentes provocados pelas


ferramentas manuais, é importante definirmos o que é uma ferramenta.

Vejamos!

Qual é a definição de ferramenta manual?

Segundo o Dicionário, “ferramenta é o conjunto de instrumentos e utensílios


empregados num ofício ou numa arte”. Logo, ferramenta manual é um instrumento utilizado
na execução de um trabalho manual em qualquer atividade produtiva.

Embora a tecnologia tenha avançado muito, ainda é indispensável o uso de ferramenta


em qualquer tarefa a ser desenvolvida, desde a mais simples até a mais complexa. A
freqüência de acidentes causados por ferramentas manuais gira em torno de 10% dos
acidentes de trabalhos.

É importante que você tenha algum conhecimento sobre a construção da ferramenta


manual, saiba aplicar as técnicas de manuseios e esteja consciente dos perigos e riscos na
utilização errada.

Veja as lesões mais comuns provocadas pelas ferramentas manuais: cortes,


contusões, torções, laceração, etc.

Esses acidentes, assim como outros, são causados por atos inadequados, tais como:
manuseio das ferramentas fora dos padrões recomendados, falta de atenção, despreparo do
operador, condições precárias dos equipamentos e falta de segurança na estrutura das áreas
de trabalho.

Portanto, para você se prevenir dos acidentes com as ferramentas manuais, deve seguir,
pelo menos as principais regras, que são:

 selecionar a ferramenta adequada ao trabalho que vai ser realizado;


 verificar se ela está em boas condições de uso;
 transportá-la e armazená-la de maneira segura; e
 usar os equipamentos de proteção individual necessários.

Que tal uma parada para verificar o que aprendeu?

Tarefa 1.1

Com base no que você estudou até aqui, faça o que se pede.

1.1.1) Elabore com suas palavras um conceito para ferramenta manual.


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12
1.1.2) Descreva pelo menos duas regras que podem ajudar na prevenção de acidentes ao
utilizar as ferramentas manuais.
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Veja, a seguir, algumas ferramentas manuais de uso mais comum, seus riscos e meio de
preveni-los.
Ferramentas manuais de uso mais comum

Ferramentas usadas tanto para cortar como para desbastar metais e outros
materiais devem estar bem afiadas e, sempre que apresentarem rebarbas
em suas cabeças (provocadas pelos impactos que recebem), devem ser
TALHADEIRA E BEDAME
retificadas para evitar projeções de estilhaços e possíveis cortes.
É indispensável o uso de óculos proteção, luvas e calçados de segurança.

São utilizadas para cortar metal laminado, não causando desperdício do


TESOURAS
material no setor de corte. É importante que esteja bem afiada e o seu
pino de união esteja bem ajustado.

Possui orelhas curvas batentes cilíndricas e cabo de madeira. Suas orelhas


MARTELO DE UNHA
devem estar perfeitas, seu batente não pode estar arredondado e seu cabo
não pode ser áspero nem demasiadamente liso ou apresentar rachaduras.

São chaves inteiriças, com aberturas em uma ou em ambas as


extremidades.
CHAVE DE BOCA
Não devem apresentar deformações nas aberturas, devem ajusta-se
perfeitamente ao parafuso ao ser acionada. Nunca se deve prolongar a
chave com um cano, nem tampouco bater com um martelo. Deve-se
sempre puxar a ferramenta, nunca empurrar.

São chaves ajustáveis. A chave de GRIFOS serve para trabalhos em


tubos. Quanto às chaves inglesas, sempre que possível, deve ser evitada a
CHAVE INGLESA E DE sua utilização, use preferencialmente a chave de colar, por oferecer maior
GRIFOS fixação.
Elas devem ser bem ajustadas e o seu cabo nunca deve ser prolongado

O serrote compõe-se de uma lâmina de aço com um lado dentado e o cabo


num dos extremos. Sua finalidade é cortar madeira.
SERROTE Deve estar bem afiado e travado o suficiente para desenvolver o trabalho
desejado.
Nunca deve ser exercida pressão demasiada, o que provocará danificação
em suas lâminas.

Ferramenta utilizada por carpinteiros, constituída por uma lâmina afiada


numa das extremidades, estando a outra embutida num cabo.
Devem estar bem afiados, presos ao cabo e possuir uma proteção para o
FORMÕES seu gume
Seu armazenamento não deve ser feito em gavetas, e sim em armários ou
painéis. De preferência devem ser armazenados verticalmente.

Os alicates nunca devem ser usados como chaves, martelos ou alavancas.


ALICATES Para uso de eletricidade devem ter seu cabo protegido com material
isolante.

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FAM 01
Você, que já conhece algumas das ferramentas mais comuns utilizadas a bordo, estudará
agora sobre os equipamentos de proteção individual, conhecidos pela sigla EPI.

1.2 COMO UTILIZAR OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


(EPI)

De um modo geral os fabricantes fornecem um manual de instruções sobre o uso,


manutenção e normas de segurança de seus equipamentos. Logo, estando você na condição
de tripulante a bordo de uma embarcação, faz parte de sua rotina de serviço a utilização
correta dos equipamentos de proteção individual.

Vamos aprender!

1.2.1 Equipamento de Proteção Individual (E.P.I.)

É todo meio ou dispositivo de uso pessoal destinado a preservar e proteger a integridade


física do empregado durante o exercício do trabalho.

São exemplos de EPI: aparelho de proteção auricular, que tem por finalidade proteger o
trabalhador contra ruídos excessivos; ou um aparelho de proteção respiratório, que protege o
trabalhador contra poeiras em suspensão. Só deve ser fornecido o EPI que seja adequado ao
fim a que se destina.

Vale lembrar!
O EPI só deve ser fornecido ao tripulante após prévia instrução acerca do seu uso e
quando tiver o CERTICADO DE APROVAÇÃO (C.R.) concedido pelo MINISTÉRIO DO
TRABALHO.

Os operadores, em geral, deverão utilizar os seguintes equipamentos de proteção


individual (E.P.I.).

 Óculos de segurança ou protetor facial, quando houver possibilidade de cavacos,


fragmento ou poeiras atingirem os olhos do operador.

 Protetores auriculares, quando houver ruídos excessivos.

 Máscara respiratória, quando houver poeiras, gases ou vapores no local de trabalho.

 Cinturão de segurança em serviços realizados em local elevado.

 Luvas para o manuseio de materiais ou peças com rebarbas, partes cortantes, nunca
durante a operação das ferramentas.

 Sapato de segurança para evitar ferimentos nos pés, devido à queda de materiais e
ferramentas.

 A empresa é responsável por treinar os tripulantes quanto à utilização dos EPI e


conscientizá-los quanto às normas de prevenção de acidentes de trabalho.

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 O tripulante é obrigado a obedecer às normas de segurança de trabalho, prevista na
lei, nas convenções coletivas, nos acordos coletivos de trabalho e nas ordens de
serviços elaboradas pelo Comandante para o cumprimento da rotina da embarcação.

Agora, dê mais uma parada e teste seus conhecimentos.

Tarefa 1.2

1.2.1) Você está ciente que, nas embarcações modernas, é eficiente o sistema de automação,
e grande o nível tecnológico, contudo, não se dispensa o uso das ferramentas manuais.
Portanto, cite algumas características da chave inglesa e descreva qual é sua importância a
bordo.
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1.3 OS DIFERENTES TIPOS DE EPI EMPREGADOS NA MANUTEN-


ÇÃO DE MÁQUINAS

Para cada tipo de atividade, existe diferentes tipos de equipamentos.

Quais são os diferentes tipos de óculos?

Confira a seguir a resposta para esta pergunta.

ÓCULOS DE SEGURANÇA CONTRA IMPACTO - para trabalhos que possam causar


ferimentos nos olhos com impacto de partículas.

Característica

Devem ser de cristal ótico sem distorções, com grau correto temperado para resistir;
impacto de partícula pode ser de resina de boa qualidade.

ÓCULOS DE SEGURANÇA CONTRA RESPINGO – para trabalho que possam causar


irritações nos olhos e outras lesões decorrentes de ações de líquidos de metais em fusão.

Característica

Devem ser de cristal ótico sem distorções, com grau correto temperado para resistir aos
respingos. Pode ser de resina de boa qualidade. A armação deve ser de borracha, resistente e
flexível, para permitir perfeito ajuste aos mais diferentes rostos.

ÓCULOS DE SEGURANÇA CONTRA POEIRA – para trabalho que possa causar


irritação proveniente da poeira. Possuem as mesmas características que os óculos contra
respingo e agentes agressivos. São indicados para trabalho de serraria, carpintaria e
operações onde existem partículas em suspensão.
15
FAM 01
ÓCULOS DE SEGURANÇA CONTRA RADIAÇÕES PERIGOSAS – indicados para
trabalhos que possam causar irritações nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de
radiações perigosas.

Característica

 Lentes internas: com tonalidades que funcionem com o filtro de luz.

 Lentes externas: de vidro ou resina incolor e plano para proteger a lente filtrante.

A armação deve ser de correta polivinila ou similar, flexível para fácil adaptação ao rosto,
e possuir dispositivo de ventilação. São indicados para soldadores e ajudante, alimentadores
de forno, fundidores, transportadores de cadinhos.

MÁSCARA PARA SOLDADORES – indicadas para soldadores e corte ao arco elétrico.


Possuem lentes filtrantes, protegidas entre duas lâminas de resina.

Característica

Deve ter o corpo fabricado em seleron ou similar, com suspensão para manter a máscara
presa na cabeça, visor retangular articulado, lente de vidro nas tonalidades apropriadas,
protegidas com lâmina de vidro incolor plana, fixa para proteger os olhos do soldador, quando
este articular para cima a fim de bater ou examinar a solda.

Qu
Quais os membros do corpo humano que são mais atingidos nos
acidentes?

Se você respondeu que são os membros superiores, acertou. Os membros superiores,


em especial as mãos, são os mais atingidos nos acidentes, por estarem na maioria dos
diferentes tipos de trabalho e em contato quase que permanente com um grande número de
agentes agressivos. Logo, para se prevenir dos acidentes, é importante o uso de LUVAS E
MANGAS DE PROTEÇÃO, principalmente nos trabalhos em que haja perigo de lesões
provocadas por:

1) materiais ou objetos escoriastes proveniente de combustão, abrasivos, cortante ou


perfurantes, provenientes de combustão;

2) produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, e derivados do petróleo;

3) matérias de objetos aquecidos;

4) equipamentos energizados; e

5) radiações perigosas.

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1.4 PROCEDIMENTOS SEGUROS NA UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS ROTATIVOS

As máquinas portáteis devem ser guardadas em prateleiras ou gavetas. Essas máquinas


nunca devem estar desnecessariamente sob mesas ou bancadas de trabalho, sobre piso, etc.

A fonte de energia deve sempre ser desligada antes da troca de acessório de uma
máquina. As guardas protetoras devem ser recolocadas antes de a máquina ser usada.

Máquinas elétricas

As lesões mais comuns causadas por essas máquinas são: corte, ferimentos,
escoriações, fraturas, porém as mais temidas são: o choque elétrico, queimaduras e quedas.

As máquinas elétricas utilizadas em áreas úmidas expõem os operadores a condições


favoráveis à circulação de corrente elétrica através do corpo. A maioria das descargas elétricas
produzidas por essas máquinas são provocadas por uma falha de isolamento entre as partes
condutoras de corrente e a carcaça metálica da ferramenta. Deve-se sempre desconectar a
máquina da rede elétrica, quando esta estiver desligada.

Atualmente, algumas máquinas possuem dupla isolação, oferecendo maior proteção aos
operadores contra choque elétricos.

Veja, a seguir, alguns cuidados que devem ser observados para sua proteção
quando estiver operando uma máquina elétrica:

 As chaves de ligação devem ser de boa qualidade e sua localização deve ser tal que
impeça ligações acidentais

 As chaves de ligação devem ser providas de molas que permitam ligar o motor
somente quando o operador as pressionar.

 As chaves tipo gatilho devem ser colocadas do lado de dentro do cabo e protegidas
contra choque acidentais.

 Os cordões elétricos devem ser de boa qualidade para suportar os maus-tratos que
sofreram durante a operação.

 O cordão elétrico deve ser curto, ter no máximo três metros de comprimento, pois isto
facilita o desligamento da máquina em caso de acidente ou ajuste, facilitando também
o armazenamento.

 Nunca se deve remendar o isolamento do cordão por meio de fita. O procedimento


correto é a troca de todo o cordão.

1.4.1 Uso de furadeiras, serras, esmeris, lixadeiras e escovas de aço

Ao operar uma ferramenta manual a bordo de uma embarcação, certifique-se do EPI


mais indicado, bem como o seu procedimento correto para cada atividade e/ou tipo de
ferramenta. Sobretudo, tenha muita atenção e cuidado para evitar acidentes.

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FAM 01
A furadeira

Pode atingir a mão, a perna, ou qualquer outra parte do corpo, quando o operador,
inclusive, não estiver furando. O olho do operador pode ser machucado pelos fragmentos do
material a ser furado ou por pedaços de uma broca quebrada. Furadeiras elétricas equipadas
com botão de velocidade variáveis permitem ao operador usar rotações lentas quando estiver
iniciando um novo furo.

As serras

A maioria das serras estão providas com boas proteções pelo fabricante. O operador
precisa usar as serras na posição adequada, observar o estado de conservação das mesmas e
se proteger dos riscos de acidentes.

Ao utilizar os esmeris e escova de aço, use óculos de segurança ou proteção facial.


Verifique se a parte exposta do disco não ultrapassa a largura necessária para fazer o serviço.
Os Rebolos de corte devem ser cortados com cuidados, pois estão sujeitos a lascamento.

Considerações Finais

Até os mais experientes ajustadores mecânicos ao efetuar trabalhos de ajuste, de corte


ou operações de bancada estão sujeitos a sofrerem acidentes de trabalho. Por isso, todo
mecânico, ao especializar-se em um determinado ramo, necessita saber utilizar corretamente
as ferramentas manuais.

Devemos seguir rigorosamente as principais normas adquiridas no estudo de segurança


no uso de ferramentas manuais.

As condições ideais para um trabalho seguro ao efetuar operação de ajuste deve ser feita
de acordo com o estudo apresentado nesta unidade.

Os estudos realizados nesta Unidade certamente


contribuíram para o seu aprendizado. Portanto, verifique o
que você estudou, realizando o teste a seguir.

Teste de Auto-Avaliação da Unidade 1

Assinale a opção correta.

1.1) A porcentagem de acidentes de trabalhos causados por ferramentas manuais é de

a) 25%
b) 10%
c) 01%
d) 5%

18
1.2) Cortes, contusões, torções, lacerações são acidentes freqüentes com ferramentas
manuais cuja principal causa

a) são atos de condições de falta de segurança.


b) é o uso do cinto de segurança de serviço realizado em local elevado.
c) são as boas condições da área de trabalho.
d) é uso de equipamento de proteção individual.

1.3) O dispositivo de uso pessoal destinado a proteger a integridade física do empregado,


durante o exercício do trabalho, denomina-se equipamento de

a) radiações.
b) isolamento.
c) proteção individual.
d) proteção coletivo.

1.4) São equipamentos de proteção individual, utilizados por operadores em trabalhos com
esmeril:

a) luvas.
b) óculos de proteção.
c) mangas de proteção.
d) máscaras.

1.5) A condição de insegurança é caracterizada pela

a) seleção da ferramenta adequada ao trabalho.


b) armazenamento da ferramenta em local seguro.
c) estrutura inadequada da área de trabalho.
d) maneira segura de utilizar a ferramenta.

1.6) A estrutura inadequada da área de trabalho é caracterizada pela

a) maneira segura de transportar a ferramenta.


b) condição de usar a ferramenta normalmente.
c) maneira segura de armazenar a ferramenta.
d) condição de insegurança no local de trabalho.

1.7) As empresas fabricantes de equipamentos de proteção individual devem fornecer:

a) as ordens de serviços.
b) os materiais de objetos aquecidos.
c) o manual de manutenção sobre o uso e normas de manutenção dos equipamentos.
d) a fiscalização durante a operação com ferramenta.

1.8) Os operadores ficam expostos a condições favoráveis para as circulações de corrente


elétricas através do corpo

a) em áreas úmidas.
b) quando não usam óculos de proteção.
c) quando a instalação elétrica é protegida com fita isolante.
d) quando a máquina manual elétrica não é acionada.

19
FAM 01
1.9) As máquinas elétricas utilizadas em áreas úmidas expõem os operadores

a) a condições favoráveis a corte.


b) a condições favoráveis a contusões.
c) a circulação de corrente elétrica através do corpo.
d) ao isolamento térmico.

Ch
Chave de Respostas das Tarefas e do Teste de Auto-Avaliação da Unidade 1

Confira suas respostas.

Tarefas 1.1

1.1.1) Ferramenta manual é um instrumento utilizado na execução de um trabalho manual de


qualquer atividade produtiva.

1.1.2) Selecionar a ferramenta adequada ao trabalho que vai ser realizado; verificar se ela está
em boas condições de uso; transportá-la e armazená-la de maneira segura e usar os
equipamentos de proteção individual necessários.

Tarefas 2.1

1.2.1) A chave inglesa é uma chave ajustável mas sempre que possível deve ser evitada a sua
utilização, use preferencialmente a chave de colar. As chaves ajustáveis são ótimas
ferramentas pois podem ser adaptadas a diversos tamanhos de porcas e parafusos.

Teste de Auto-Avaliação da Unidade 1

1.1) b
1.2) a
1,3) c
1.4) b
1.5) c
1.6) d
1.7) c
1.8) a
1.9) c

Parabéns!
Você concluiu a primeira Unidade deste Módulo, portanto
vamos afiar as ferramentas do saber, reunir forças e trilhar
juntos rumo à Unidade 2, que trata dos “Marcadores”.
Vamos lá!

20
UNIDADE 2

MARCADORES

Nesta unidade, você vai:

 Utilizar os marcadores na montagem e desmontagem de equipamentos de


máquinas.
 Identificar os blocos em V, calços e paralelos na traçagem de uma peça.
 Conhecer os diferentes tipos de riscadores e sua aplicação.
 Identificar os principais tipos de punções.

  Selecionar o tipo de punção adequado ao trabalho a ser realizado.

“ S e vo c ê n ã o p o d e f a z e r d i f e r e n ç a , p e l o m e n o s vo c ê p o d e d e i x a r
uma marca”.

Manoel Ferreira Deusdavo

Acredito que, de posse dos novos conhecimentos adquiridos ao estudar a unidade 2 que
trata do assunto “marcadores”, você realmente deixará a sua marca e fará a diferença a bordo.

Assim como as pessoas são identificadas por aquilo que fazem e por suas características
pessoais, com as ferramentas manuais não é diferente. O firme propósito dos marcadores é
justamente marcar ou identificar as diferentes peças, facilitando o manuseio e o
reconhecimento de cada uma delas na atividade mecânica de montagem e desmontagem.

Veja a seguir o conceito de marcadores.

2.1 O CONCEITO DE MARCADORES

Marcadores são instrumentos construídos de aço, constituído de cabeça, corpo e cunho.


A cabeça se destina a receber a pancada do martelo. Os marcadores são vendidos em coleção
que contém números de 0 a 9 ou letras do alfabeto.

2.2 FINALIDADE DOS MARCADORES

Os marcadores são utilizados para marcar números ou letras sobre peças através do
impacto, em peças metálicas com finalidade de orientar o mecânico, por ocasião da

21
FAM 01
desmontagem de equipamentos complexos de máquinas que serão posteriormente montados.

Para indicar se uma peça deve ser montada à direita ou à esquerda da máquina, usa-se
letras assim:

D (à direita)
E (à esquerda)

Devem ser montadas em combinação com outras peças também marcadas com 1, 2, 3,
etc. pontos.

Além de algarismos ou alfabeto, usam-se muitas vezes pontos; de forma que as peças
marcadas com 1, 2, 3, e etc. pontos devem ser montadas em combinação com outras peças
também marcadas com 1, 2, 3, etc pontos. Para a marcação desses pontos, usam-se o punção
marcador. A marcação por pontos é feita também quando se vai demonstrar um conjunto
complexo. Essa marcação facilitará posteriormente a montagem.

2.3 BLOCO EM V

Antes de usinar uma peça, o ajustador precisa executar um traçado em uma ou mais
faces da peça, para localizar com rigor rebaixos, furos, recortes e outras superfícies que vão
dar formas definitiva à peça.

Para que os traçados se destaquem com nitidez, deve-se passar uma leve camada de
alvaiade nas superfícies da peça que vai receber o traçado.

Os instrumentos utilizados para fazer esses traçados são: blocos em forma de V, mesa
de traçagem, riscadores, graminhos, esquadros e paralelos.

Figura 2.1 – Blocos em forma de V, graminho,


esquadros e paralelos.

22
2.3.1 Identificação

Blocos em forma de V, assim como calços, macacos, cantoneiras e paralelos, são


instrumentos utilizados para apoiar e localizar com precisão os furos, rebaixos e recortes que
deverão ser traçado na mesa de traçagem.

Mesa de traçagem é um plano sobre o qual é colocada a peça que vai receber os traços.
A peça não deve ser colocada diretamente sobre a mesa, ela deve ser colocada sobre blocos
em V, sobre calços ou paralelos.

Figura 2.2 – Planos de traçagem.

Legenda: d – cantoneira
a – peça a ser trabalhada e – graminho
b – mesa de traçagem f – traçador vertical = calibre de graminho
c – macaco regulável g – bloco em V

2.4 RISCADORES

Riscador é uma haste de aço temperado com as extremidades ponteagudas, utilizado


para riscar superfícies metálicas.

Os ajustadores usam para traçados de eixos, contornos e em locais de difícil acesso, de


acordo com o desenho.

Figura 2-3 – Riscadores.

2.4.1 Identificação

O riscador é um dispositivo utilizado para executar traçado de ranhuras rebaixos.

A parte média da haste do riscado é formada por uma série de pequenos rasgos
cruzados para evitar que os dedos dos operadores desliguem ao ser manuseados. Um dos
extremos da ponta é dobrado num ângulo reto. Com esse extremo marcam-se os traços nos

23
FAM 01
locais mais difíceis. Se usados com régua do esquadro ou riscadores traçam retas.

As pontas se desgastam rapidamente com repetidas operações de afiar.

A ponta do riscador deve ser sempre afiada de forma cônica.

Qual a finalidade dos riscadores?

Depois de passar na face da peça verniz ou alvaiade, o traçado é feito, deslizando o


graminho sobre o plano da mesa de traçar.

2.4.2 Tipo de Riscador Graminho

Graminho é um instrumento mecânico utilizado para traçar riscos nas superfícies de


peças metálicas. A base do graminho é plana e se desloca paralelamente sobre a mesa de
traçagem. Enquanto se desloca a ponta do graminho, risca na superfície da peça uma linha
paralela ao plano da mesa de traçagem,

Figura 2.3 – Graminho.

Que tal uma parada para verificar o que aprendeu?

Tarefa 2.1

Leia, pense e faça o que se pede.

2.1.1) Descreva com suas palavras o conceito de marcadores.


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

2.4.3 Execução do Traçado

O traçado é feito deslizando-se o graminho sobre o plano da mesa.

As interseções das linhas traçadas pelo graminho determinam os furos a serem


executados.

24
As alturas desses furos são determinadas por meio do calibre de graminho utilizado para
medir a altura do traçado também conhecido como traçador vertical.

O calibre de graminho é composto de um suporte (1), no qual é fixada uma régua


graduada em polegada (5). No cursor é fixado um riscador (2) que pode ser movimentado para
cima ou para baixo até tocar na superfície da mesa.

Nesta posição o risco zero do nônio deve coincidir com o risco zero da régua graduada.

Observe a figura a seguir para uma melhor compreensão.

1) Suporte (base)
2) Riscador
3) Fixador
4) Parafuso de chamada
5) Régua
6) Cursor
7) Nônio

Figura - Calibre de graminho.

2.5 PUNÇÕES

2.5.1 Conceito e Finalidades

Punções são instrumentos de aço temperado formado de cabeça, cabo e ponta cujo
corpo apresenta forma prismática (sextavada ou ortogonal) ou cilíndrica, recartilhado para que
não deslize na mão do operador.

São ferramentas destinadas aos trabalhos de serralheiros, com várias utilidades, de


acordo com a sua característica.

2.5.2 Diferentes tipos de punções

Você verá a seguir os diferentes tipos de punção. Observe as figuras a seguir

Figura 2.5 –- Punção de bico.

O punção de bico classifica-se pelo ângulo da ponta:

30 60 90 120


25
FAM 01
a) Punção de bico 30º
30 – utillizado para marcar centros onde se apoiam os compassos de traçar;

Figura 2.6 – Punção de bico de 30o.

b) Punção de bico 60º


60 – utilizados para pontear traços de referência;

o
Figura 2.7 – Punção de bico de 60 .

c) Punção de bico 90º e 120º


90 e 120 – utilizados para marcar os centros que servem de guias para as brocas
na operação de furar. Não permite que a broca fuja e vá abrir o furo em lugar indesejado. A
ponta deve ser esmerilhada; essa operação só deve ser executada por alguém que tenha
muita prática.

Figura 2.8 – Punção de bico.

Pare, reflita sobre o que estudou até aqui e responda à tarefa abaixo.

Tarefa 2.2

2.2.1) Para que serve o punção de bico 90º e 120º?


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

d) P u n ç ã o m a r c a d o r
O punção marcador serve para pontilhar uma obra, avivando a linha por onde deve ser
cortada.

Figura 2.9 – Punção marcador.

26
e) Punção de bico deslocador

É reforçado e seu corpo vai afinando lentamente para a ponta. É feito pra suportar
pancadas fortes na operação de deslocar pinos e rebites cujas cabeças foram cortadas. Uma
vez deslocado o pino, o punção deslocador não serve mais para atacá-lo, pois é muito grosso.
Deve-se, então, empregar o punção toca-pino, que não ofende o alojamento do pino.

Figura 2.10 – Punção deslocador.

f) Punção toca-pino

É adquirido, em jogos de três unidades do mesmo tamanho e diâmetros diferentes.


Servem para tocar pinos ou parafusos que estejam encravados. Não deve ser utilizado para
deslocamento inicial de pino, porque sua ponta cilíndrica e comprida pode se entortar
facilmente. Use sempre toca-pino compatível com o pino a ser tocado.

Figura 2.11 – Punção de bico Toca-pino.

g) Punção alinhador

É utilizado para fazer com que um furo em duas peças móveis, adjacentes, fique
alinhados. O punção alinhador tem grande aplicação nas máquinas e aparelhos providos de
tampa (cilindros, caixas de válvulas, etc.).

Figura 2.12 – Punção Alinhador.


h) Punção vazador

É utilizado na confecção de juntas de borracha, cortiça ou couro e matérias plásticas,


variando de acordo com o diâmetro do parafuso. Suas pontas são providas de um gume
circular uniforme.

Para utilizá-lo, coloque o material da junta sobre um pedaço de madeira dura (de
preferência um cepo) ou chumbo, a fim de não cegar o gume. Feito isso, bata fortemente no
vazador com um martelo de bola, procurando cortar o furo na primeira pancada. Os punções
são adquiridos em jogos de três unidades. Observe as figura 2.13 e 2.14 a seguir.

Figura 2.13 – Punção vazador pequeno.

27
FAM 01
Figura 2.14 – Punção vazador grande.

2.5.3 Utilização prática do punção

Na operação de executar um furo com o punção vazador com o diâmetro igual ao que
deseja, a chapa a ser furada é assentada sobre uma placa de chumbo ou sobre um topo de
madeira, como ilustra a figura abaixo.

Figura 2.15 – Furar uma chapa com punção vazador.

Marcar um centro em uma operação de executar um furo com uma broca. Veja a figura
2.16.

Figura 2.16 – Marcação de um ponto para executar um furo.

No traçado de uma peça, o centro de qualquer furo é determinado pelo cruzamento de


duas retas ou de dois arcos de circunferências sobre esse local. Coloca-se a ponta aguda do
punção de centrar e, na sua cabeça, dá-se uma leve, mas firme, pancada com martelo.

Esta marca ajudará a iniciar bem a operação de furar com a broca, como ilustra a figura
acima.

28
2.5.4 Normas de conservação

 Mantenha as pontas dos punções de bico, marcador e vazador bem esmerilhadas.


 Mantenha os punções isolados das outras ferramentas.
 Evite que os punções sofram quedas.
 Mantenha os punções limpos após o uso.

Considerações Finais

Você estudou, nesta Unidade, que a maioria das tarefas executadas pelo ajustador
mecânico, consiste em fazer um traçado sobre uma ou mais faces de uma determinada peça.
Logo, o traçado tem a finalidade de marcar linhas, centros de furos e pontos de referência
feitos com o punção.

Nas atividades desenvolvidas a bordo de uma embarcação, estando sobre a sua


responsabilidade o uso dos punções, lembre-se também dos cuidados com a conservação.
Afinal, o imprevisto de uma viagem se estender além do planejado, por vezes é inevitável.

Você chegou ao fim de mais uma etapa deste Módulo, portanto, é hora de
verificar o que realmente aprendeu. Faça com atenção o teste abaixo.

Teste de Auto-Avaliação da Unidade 2

Assinale a opção correta.

2.1) O instrumento destinado ao traçado sobre uma ou mais faces de uma determinada peça
denomina-se

a) alicate de ponta.
b) compasso de medida interna.
c) punção de bico.
d) graminho.

2.2) O instrumento utilizado para marcar letras em placas metálicas, através de impacto,
denominam-se:

a) marcador.
b) martelo.
c) compasso.
d) graminho.

2.3) Os marcadores são construídos de: cabeça,

a) corpo e ponta.
b) boca e corpo.
c) boca e ponta.
d) corpo e cunho.

29
FAM 01
2.4) O tipo de punção utilizado para fazer com que duas peças móveis permaneçam alinhadas
é chamado de punção

a) de bico.
b) marcador.
c) toca-pino.
d) alinhador.

2.5) O valor do ângulo de ponta de bico, utilizado para marcar o centro que serve de guia para
brocas, na operação de furar, é igual a

a) 30 graus e 60 graus.
b) 60 graus e 90 graus.
c) 30 graus e 120 graus.
d) 90 graus e 120 graus.

2.6) O instrumento utilizado para confecção de juntas de borracha, cortiça, couro e matéria
plástica, é denominado de

a) punção toca-pino.
b) punção alinhado.
c) compasso hermafrodita.
d) punção vazador.

Ch
Chave de Respostas das Tarefas e do Teste de Auto-Avaliação da Unidade 2

Tarefas 2.1

2.1.1) Marcadores são instrumentos constituídos de aço, de cabeça, corpo e cunho.

2.2.1) Para marcar centro que servem de guias para as brocas na operação de furar.

Teste de auto-avaliação da unidade 2


2.1) d
2.2) a
2.3) d
2.4) d
2.5) d
2.6) d

Parabéns pela sua dedicação e pela diferença que você


certamente fará a bordo com os novos conhecimentos!
Continue sua jornada e avance para a Unidade 3, que
trata das “Ferramentas Manuais de uso comum”.

30
UNIDADE 3

FERRAMENTAS MANUAIS DE USO COMUM

Esta unidade ajudará você a:

 Identificar as principais finalidades e importância do martelo nas atividades


mecânicas.
 Perceber as principais características das chaves de boca, colar de
mangueira, Allen e chaves de fendas.
 Identificar os principais tipos de chaves fixas, ajustáveis e os diferentes
tipos de alicates.
 Selecionar o tipo de alicate adequado a cada operação a ser realizada.

“A vid a é u ma pe dr a d e a mo lar: des gas ta- nos ou afia- no s ,


c onf or me o meta l de q ue so mos f e ito s” .

George Bernard Shaw

Assim como a pedra serviu de ferramenta ao homem primitivo em suas atividades, ainda
hoje, na contemporaneidade, também nos auxilia como um instrumento, ou seja, como uma
ferramenta manual.

Fazendo uma analogia, os desafios e intempéries que o homem passa ao longo de sua
vida, somado à herança genética e histórico familiar, pode torná-lo afiado, digo, preparado para
os desafios cotidianos ou desgastado. Nesse caso, as lutas são para o homem como
ferramentas que podem torná-lo forte ou fraco. Espero que os desafios da profissão, da
aventura marítima, do estudo autônomo e toda a adversidade vivida por você promovam
marcas positivas que o faça crescer como cidadão e profissional. Psicologicamente falando,
não perder de vista o seu objetivo de vida, evidencia de que “metal” você é constituído.

Portanto, mostre sua determinação para estudar, pois nesta Unidade você conhecerá
algumas ferramentas manuais, sua importância e utilização, sobretudo na prática a bordo de
embarcações.

Veja a seguir os diferentes tipos de martelos e macete.

31
FAM 01
3.1 OS DIFERENTES TIPOS DE MARTELOS E MACETES

Martelo é uma ferramenta de impacto, constituída de aço carbono, preso a um cabo


geralmente de madeira. As partes que dão os golpes são temperadas. Observe a figura 3.1.

3.1.1 Identificação

Todo martelo é formado de cabeça e cabo. Na cabeça, nota-se uma parte chata,
chamada face, cara ou pancada. A parte oposta tem o nome de bola ou pena, conforme o tipo,
e varia de formato conforme o serviço a que se destina; a forma dessa parte é que dá o nome
ao martelo. Entre a cara e a bola, existe um furo ligeiramente cônico denominado de olho, onde
é alojado o cabo que fica fortemente preso por meio de uma cunha. Essa cunha é feita de aço
e tem suas faces ligeiramente corrugadas para evitar que saia com facilidade.

Figura 3.1 – Identificação de um martelo.

3.1.2 Finalidade

O martelo é utilizado, na maioria das atividades industriais, em: mecânica geral,


construção civil e outras.

Serve para produzir choques aplicados, tais como:

uma ferramenta de corte fazendo atacar um material (exemplo, talhadeira, bedame);

montagem e desmontagem de peças (exemplo: chavetas, pinos, etc.);

deformações permanentes (trabalho de forja, rebitagem, dobrar a frio.

3.1.3 Tipos e Aplicações do Martelo

a) Martelo de Bola

Esse martelo possui a parte da cabeça oposta à face, em forma de bola. É utilizado para
produzir choques em uma ferramenta, fazendo atacar o material.

Exemplo: talhadeira, bedame, punções, etc. Confira todos os detalhes na Figura 3.2.

Figura 3.2 – Martelo de bola.

32
b) Martelo de Pena Reta

Esse martelo possui a parte da cabeça oposta à face, a forma de uma cunha, disposta
paralelamente à linha de centro. É utilizado para obter deformações em trabalhos de forja,
rebitagem, dobrar a frio, também em montagem e desmontagem de chavetas, eixos, pinos e
cunhas. Veja a Figura 3.3.

Figura 3.3 – Martelo.

c) Martelo de Pena cruzada

Esse martelo possui a parte da cabeça oposta à face, em forma de uma cunha disposta
perpendicularmente à linha de centro do cabo do martelo. É utilizado para obter deformações
em trabalhos de forja, rebitagem, dobrar a frio, também em montagem e desmontagem de
chavetas, eixos, pinos e cunhas. Observe a Figura 3.4.

Figura 3.4 – Martelo de pena cruzada.

Teste o seu conhecimento, faça a tarefa a seguir.

Tarefa 3.1

3.1.1) Escreva com suas palavras um conceito para martelo.


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

3.1.2) Cite os diferentes tipos de martelos.


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

d) Martelo de Unha

Esse martelo tem a extremidade da cabeça oposta à cara recurvada para trás e partida
no meio. Essa extremidade é chamada de unha. É indispensável em serviços de carpintaria. A
unha serve para retirar pregos encravados. Confira a Figura 3.5.

33
FAM 01
Figura 3.5 – Martelo de unha.

3.1.4 Macete

É uma ferramenta de impacto constituída de uma cabeça de madeira, alumínio, plástico,


cobre, chumbo ou couro.

 Finalidade

Empregada para bater em peças ou em materiais cujas superfícies não possam sofrer
deformações por efeito de pancadas.

 Tipos mais usados

Macete de madeira, macete de cobre, macete de plástico e macete de borracha.

Para esclarecer as suas dúvidas, você verá a seguir uma série de figuras dos diferentes
tipos de macete. Figura 3.6.

Figura 3.6 – Diferentes tipos de macete.

Por que não se deve segurar o martelo pela cabeça?

Veja a seguir a resposta para essa pergunta.

3.1.5 Utilização prática

Não segure o martelo perto da cabeça, pois isso só diminui o braço da alavanca,
reduzindo, portanto, a força da pancada. Para obtermos melhor braço de alavanca, devemos
empunhar o martelo de tal maneira, que nossa mão fique mais distante da cabeça, isto é, que a
mão fique no outro extremo do martelo.

Chamamos de “braço de alavanca” a distância entre a mão e o ponto onde a força é


aplicada. Quanto maior é o braço da alavanca, menor é o esforço muscular e maior é a força
34
da pancada. Então, empunhe o martelo perto do fim do cabo, que tem a forma própria para
adaptar-se à palma da mão, e empunhe-o como se estivesse dando um aperto de mão no
cabo. (Figura 3.7)

Figura 3.7 – Braço de alavanca ao empunhar o martelo.

3.1.6 Normas de conservação do Martelo e do Macete

 Mantenha o martelo e o macete em perfeitas condições e bem preso por meio de


cunha.

 Evite dar golpes com o cabo do martelo e/ou do macete, ou usá-los como alvanca.

 Mantenha limpos os martelos e passe uma leve camada de óleo fino, para evitar
ferrugem.

Que tal mais uma tarefa?

Tarefa 3.2

Responda ao que se pede nos itens abaixo.

3.2.1) Qual é a finalidade do macete?


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

3.2.2) Qual são as diferenças entre o martelo e o macete?


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

3.2 PRINCIPAIS TIPOS DE CHAVES

3.2.1 Chave de boca

As chaves que têm uma ou duas extremidades em forma da letra C são chamadas de
chave de boca. As figuras que você verá nesta Unidade apresentam os tipos mais usados.

35
FAM 01
As chaves de boca são normalmente fornecidas em jogos de 6 a 10 unidades,
dependendo do tamanho variando entre 5/16’ ( 5 da polegada) e aproximadamente 1 1 ” 
16 2
(1 polegada e meia).

O tamanho do corpo é proporcional à abertura da boca para limitar o esforço do


mecânico sobre o parafuso. Quanto menor for a chave, menor será o seu comprimento.

Figura 3.8 – Chave de uma boca. Figura 3.9 – Chave de duas bocas.

3.2.2 Chave de colar ou estria

A chave de colar destaca-se pela sua utilização, pois com essa chave o profissional de
máquinas poderá trabalhar em lugares apertados, de difícil acesso. Sobretudo, apresenta a
vantagem de se envolver completamente no perfil sextavado do parafuso ou da porca,
diminuindo, assim, a possibilidade da chave escapar durante a aplicação de um maior esforço.
Logo, essa chave é mais recomendavel do que a de boca para a utlização em lugares
apertados e a aplicação de grandes esforços.

As chaves de colar tem este nome por que pegam a porca toda ao redor, como um colar.
Algumas têm o encaixe com seis estrias e outras com doze estrias.

A chave de colar tem uma desvantagem: exige muito tempo para desatarraxar a porca.
Depois de quebra do aperto, teremos de tirar inteiramente a chave e colocá-la em nova posição
em cada curso. Por essa razão, devemos empregar a chave combinada. (Figura 3.10)

Figura 3.10 – Chave de colar ou estria.

Os tipos de chaves de colar

a) Chave de colar com punho torto

Possui o punho com o formato especial para facilitar ainda mais a pegada das porcas em
lugares difíceis. Veja a figura 3.11 a seguir.

Figura 3.11 – Chave de colar com punho torto.

36
b) Chave de colar combinada

Ela possui num dos extremos do punho um colar e no outro uma boca. Deve-se usar o
colar para quebrar o aperto ou dar o aperto final, e a boca para acabar de retirar a porca mais
rapidamente. (Figura 3.12)

Figura 3.12 – Chave de colar combinada.

3.2.3 Chave de Caixa

As chaves de caixa antigas são feitas de uma só peça. Nelas pode-se distinguir a caixa e
o punho ou cabo. Apresentam no seu extremo um encaixe ou alojamento fechado, que
melhora as condições de sua adaptação na porca ou na cabeça do parafuso. Essas chaves,
conforme o uso, podem ter o encaixe quadrado, hexagonal ou estriado. O cabo pode ser em
forma de L ou T. Essas chaves, pela facilidade de adaptação, são ainda hoje os tipos mais
utilizados nas oficinas.

Hoje em dia, usa-se o jogo de chaves de caixa. Nesse jogo, as caixas são separadas
dos punhos, os quais apresentam diversos tipos de formas, e as caixas uma grande
diversidade de tamanhos. Isso aumenta a utilidade das chaves de caixa e permite que o
operador possa realizar uma infinidade de serviços com rapidez, desde que escolha o tipo de
chave apropriada. Observe a figura 3.13.

Figura 3.13 – Chave de caixa.

Tipos de chaves de caixa:

a) Chave de caixa com punho corrediço

É uma chave de grande utilidade. Possui um punho que corre no furo de uma cabeça
com uma espiga, o que permite que esta fique colocada no centro ou em um dos extremos,
regulando assim o braço da alavanca. Observe a figura a seguir.

Figura 3.14 – Chave de caixa punho corrediço.

37
FAM 01
b) Chave de caixa com catraca

Possui uma catraca na extremidade do punho, onde é alojada a chave. É a catraca que,
num movimento de vai-e-vem do punho, faz a caixa girar em um só sentido, apertando ou
afrouxando o parafuso. Isso facilita muito o serviço, por evitar que se desencaixe a chave para
mudá-la de posição. (Figura 3.15)

Figura 3.15 – Chave de caixa com catraca.

c) Chave de caixa com punho articulado

O punho articulado permite a variação do ângulo de trabalho do punho com relação à


chave, por exemplo: para “quebrar o aperto” de uma porca, pode-se empregá-lo em um ângulo
reto (90). Depois de afrouxar a porca, pode-se trabalhar com o punho na posição vertical, a
fim de aumentar a rapidez do serviço. Confira a figura 3.16.

Figura 3.16 – Chave de caixa com punho articulado.

3.2.4 Chave de Mangueira

A chave de mangueira é construída de maneira a abraçar porcas redondas. Tem na


extremidade um gancho que vai pegar em rebaixos existentes na porca.

Há dois tipos de chaves de mangueira: chave de mangueira com pino e chave de


mangueira ajustável.

Figura 3.17 – Chave de mangueira.

a) Chave de mangueira com pino

Possui um pino, em lugar do gancho. Esse pino encaixa no furo para atarraxar e
desatarraxar a porca.

b
b)) Chave de mangue ira ajustável
mangueira
É utilizada em porcas de vários tamanhos. Não se deve trabalhar em uma porca muito
grande com uma chave ajustável muito pequena, e vice-versa, pois avariará a porca ou a
chave, com toda certeza. (Figura 3.18)

38
Figura 3.18 – Chave de mangueira ajustável.

c) Chave de mangueira em forma de U

Tem a forma de U e seus ganchos se destinam a pegar dois entalhes existentes na face
da porca. Observe a figura 3.19.

Figura 3.19 – Chave de mangueira em U.

d) Chave de pino em U

Tem a forma mostrada na figura abaixo. Adapta-se à face de porcas que possuem furos
por onde entrarão os pinos da chave. Atente para a figura 3.20.

Figura 3.20 – Chave pino em U.

e) Chave tipo Alen

A chave do tipo Alen é constituída de um vergalhão de aço especial sextavado em


forma de L e utilizada para trabalhar em parafusos especiais que têm na cabeça uma caixa
sextavada. São encontradas em jogos de seis ou sete chaves. Confira a seguir, a figura 3.21.

Figura 3.21 – Chave tipo Alen.

f) Chave tipo bristo

A chave do tipo bristo é em forma de L e tem a sua extremidade estriada. É utilizada em


parafusos cuja cabeças possuem estrias internas. É empregada em aparelhos de precisão e
eletrônicos. Veja a figura 3.22 a seguir.

Figura 3.22 – Chave tipo bristo.


39
FAM 01
3.3 CHAVE DE FENDA

3.3.1 Identificação

A chave de fenda é uma ferramenta construída de uma haste cilíndrica de aço carbono,
com uma das extremidades em forma de cunha e outra em forma de espiga prismática ou
cilíndrica estriada, onde é alojado um cabo de madeira ou plástico.

A chave de fenda compõe-se de cabo, lâmina e ponta.

O cabo tem a forma apropriada a fim de ser empunhado e receber o esforço manual do
operador. A ponta é de aço extremamente dura para manter a sua forma e não ser estragada
pela fenda. A lâmina é de aço mais macio que a ponta, para resistir melhor ao esforço de
torção (qualquer material mais flexível resiste melhor aos esforços de torção que os materiais
mais duros). (Figura 3.23)

Figura 3.23 – Chave de fenda.

Quando a ponta fica rombuda (arredondada) ou se quebra, deve ser esmerilhada até
retornar a sua forma original. Esmerilhe o menos possível, porque só a ponta é dura e, uma
vez acabada essa parte, a chave fica inutilizada. A forma correta da ponta de uma chave de
fenda está ilustrada na figura 3.24 a seguir.

Figura 3.24 – Chave de fenda esmiralhada corretamente.

As faces próximas das pontas devem ser esmerilhadas em planos paralelos, para permitir
o correto ajustamento na fenda do parafuso, conforme ilustra a figura a seguir.

Figura 3.25 – Ajustamento correto da chave de fenda.

3.3.2 Finalidades

A chave de fenda é uma ferramenta utilizada pelos mecânicos em trabalhos de


montagem e desmontagem de peças. Ela tem por finalidade apertar e afrouxar parafusos.

40
3.3.3 Aplicações

A chave de fenda aplica-se exclusivamente para afrouxar e apertar parafusos, em cujas


cabeças há fendas ou ranhura, que permitam o encaixe da ponta. Sendo usada para outras
aplicações, podem sofrer danos: a lâmina pode ficar torta e a ponta se quebrar.

Só é admissível bater no cabo de uma chave de fenda para limpeza da fenda de um


parafuso. Nesse caso, dá-se uma pancada de leve, mantendo a chave legeiramente inclinada.
(Figura 3.26).

Figura 3.26 – Aperto do parafuso com chave de fenda.

3.3.4 Principais tipos de chave de fenda

a) Chave de fenda Phillips

A chave de fenda Phillips tem uma ponta em forma de cruz, que serve para trabalhar em
parafuso tipo phillips. Apresenta quatro rebaixos na ponta cônica, intercalados com quatro
estrias em forma de cruz que se encaixam nas fendas de parafusos de diferentes tamanhos.

Figura 3.27 – Chave de fenda phillips.

b) Chave de fenda angular

Este tipo de chave possui duas pontas que formam ângulos retos entre si, para que se
possa girar o parafuso de um quarto de volta a cada vez usando alternadamente uma ou outra
ponta.

É utilizada em lugares apertados, mas é uma ferramenta de difícil manuseio porque a


ponta tem tendência a saltar da fenda, se não houver cuidado suficiente em seu manejo.

Figura 3.28 – Chave de fenda angular.

c) Chave de fenda com catraca

Essa chave possui um dispositivo com catraca (compreendendo rodas dentadas, unhas e
molas, o qual facilita o giro da haste da chave no aperto ou desaperto do parafuso. Observe a
figura 3.29.

41
FAM 01
Figura 3.29 – Chave de fenda com catraca.

O botão da catraca, na posição no 2, prende a lâmina ao cabo. A posição no 1 do botão


engrena a catraca para o giro da chave da direita para a esquerda. A posição no 3 do botão
permite o giro da chave da esquerda para a direita.

3.3.5 Utilização prática da chave de fenda

O mecânico encaixa a ponta da chave na fenda do parafuso, e faz esforço no cabo para
dar giro ao parafuso. Este oferece uma resistência que é vencida pelo esforço manual
transmitido por meio da lâmina tendendo a torcê-lo. No contato da chave com a fenda, em
virtude do esforço manual, atuam as forças que vão produzir o giro do parafuso, como ilustra a
figura 3.30 a seguir.

Figura 3.30 – Sentido do giro de aperto.

É importante lembrar que se deve escolher a chave de acordo com a fenda do


parafuso.
O ideal é que a largura da ponta da chave seja igual ao comprimento da fenda do
parafuso e que a espessura entre faces na ponta seja ligeiramente inferior à largura
da fenda, a fim de não danificá-la e evitar acidente.

Dê uma parada para descansar! Após seu breve descanso, realize a tarefa a seguir.

Tarefa 3.3

Responda ao que se pede nos itens abaixo.

3.3.1) Qual é a finalidade da chave de fenda?

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

3.3.2) Por que a chave de colar possui esse nome?


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

42
3.4 UTILIZAÇÃO DAS CHAVES FIXAS

As chaves de boca são utilizadas pelos mecânicos nas operações de montagem e


desmontagem de equipamentos mecânicos. Funcionam como alavancas, de modo a permitir
aumentar o esforço manual para se conseguir o aperto e desaperto de porcas e parafusos.

O esforço manual é aplicado no extremo da chave e é aumentado com o comprimento e


vence facilmente a resistência que a porca ou o parafuso oferece ao aperto ou desaperto.

A distância entre as duas faces paralelas da pegada de uma chave é maior que o
tamanho gravado no punho ou no corpo da chave. Entre a boca de uma chave e a cabeça do
parafuso ou da porca correspondente deve existir uma folga, que varia entre 5 e 15 milésimos
da polegada, dependendo do tamanho. Isso é para que a chave possa agarrar a porca com
mais facilidade.

As figuras 3.31 e 3.32 ilustram como se utilizam as chaves de mangueira, de gancho em


forma de U, e a chave de mangueira de pino em U.

Figura 3.31 – Aperto da chave de mangueira. Figura 3.32 – Encaixe com chave de pino em
forma de U.

Você sabe quais são as normas de conservação e segurança das chaves de


fendas?

Caso você nâo saiba a resposta, confira a dicas abaixo.

3.4.1 Normas de conservação de segurança

 Nunca utilize a chave de fenda como alavanca ou ferramenta cortante.

 Utilize sempre a chave do tamanho apropriado ao trabalho a ser executado.

 Nunca utilize uma chave de fenda comum em um parafuso phillips, porque estará avariando a
chave e a cabeça do parafuso.

 Nunca utilize uma chave de fenda para verificar a corrente elétrica de um circuito.

 Nunca segure a peça na mão quando estiver usando uma chave de fenda.

 Segure a peça em um torno, ou um grampo, ou uma superfície sólida.

 Mantenha-as justas nos parafusos e porcas para evitar o seu estrago;

43
FAM 01
 Evite dar golpes com as chaves;

 Limpe-as após o uso; e

 Guarde as chaves em estojos ou painéis apropriados.

Verifique o que você aprendeu realizando a tarefa a seguir.

Tarefa 3.4

3.4.1) Cite quatro procedimentos importantes na conservação e segurança das chaves de


fendas.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

3.5 CHAVES AJUSTÁVEIS

As chaves ajustáveis, são, sob certos aspectos, muito parecidas com as chaves de boca.
A abertura da boca pode variar até mais de 1/12 polegada, dependendo do tamanho. A
mandíbula pode ser aberta ou fechada por meio de um parafuso ou porca.

Veja nesta subunidade os diferentes tipos de chaves ajustáveis.

3.5.1 Tipos e Aplicação

As chaves ajustáveis são ótimas ferramentas de emergência, pois, devido à boca


ajustável, podem ser adaptadas a diversos tamanhos de porcas e parafusos.

a) Chave inglesa com ajustagem longitudinal

Figura 3.33 – Chave inglesa com ajustagem longitudinal.

b) Chave inglesa com ajustagem transversal de punho reto

Figura 3.34 – Chave inglesa com ajustagem transversal punho reto.

44
c) Chave inglesa com ajustagem transversal de punho curvo

Figura 3.35 – Chave inglesa com ajustagem transversal punho curvo.

e) Chave de grifo

Figura 3.36 – Chave de grifo.

Essas chaves possibilitam o aperto e desaperto de tubos, porcas e parafusos de


dimensões variadas, dentro dos limites das aberturas máxima e mínima empregadas para
serviços em tubulações.

Apresentam os seguintes incovenientes:

a) manipulação mais difícil do que as chaves fixas, por serem mais pesadas e devido às
peças móveis; e

b) a folga resultante do mecanismo da mandíbula móvel não permite boa adaptação.

3.6 ALICATE

3.6.1 Identificação

São ferramentas de corte fabricadas de aço, formadas por dois braços articulados por
meio de um eixo. Possui em uma das extremidades dos braços mandíbulas estriadas em forma
de mordentes.

3.6.2 Finalidade

Os alicates são empregados para cortar, prender, torcer peças chatas e roliças, colocar e
retirar determinadas peças nas montagens e desmontagem de equipamentos mecânicos.

3.6.3 Tipos de Aplicações do Alicate

Existem vários tipos de alicates. Os mais usados são os que se seguem, veja as figuras:

a) Alicate universal

O alicate universal reune em uma só ferramenta vários tipos de alicates. É utilizado em


várias operações, como segurar, cortar e dobrar. (Figura 3.37)

45
FAM 01
Figura 3.37 – Alicate universal

b) Alicate de grifo ajustável

O alicate de grifo ajustável é feito de aço forjado, suas mandíbulas são reguláveis e
construído de modo a permitir duas ordens de aberturas. Seu tamanho varia de 5 a 10
polegadas de comprimento. É empregado, principalmente para segurar e torcer peças. (figura
3.38)

Figura 3.38 – Alicate de grifo ajustável.

c) Alicates de pontas chatas

Os alicates de ponta são fabricados principalmente para torcer fios e pequenas peças de
chapa fina e não devem ser empregados em serviços pesados. (Figura 3.39)

Figura 3.39 – Alicate de ponta chata.

d) Alicates de pontas redondas

São utilizados nos trabalhos de virar e modelar não só chapas finas como também fios
macios, além de colocar retentores em seus alojamentos. (Figura 3.40)

Figura 3.40 – Alicate de ponta redonda.

e) Alicates de pontas compridas

Os alicates de pontas compridas são utilizados em lugares de difícil acesso, como


colocação de porcas e arruelas em lugares apertados. (Figura 3.41)

Figura 3.41 – Alicate de ponta comprida.

46
f) Alicates de corte lateral

Neste alicate, as lâminas de corte estão dispostas na parte lateral da mandíbula. Os


alicates de corte lateral são muito utilizados pelos eletricistas, principalmente para cortar fios
finos e grossos. (Figura 3.42)

Figura 3.42 – Alicate de corte lateral.

g) Alicates de corte diagonal

Os alicates diagonais possuem duas lâminas curtas, fortes e ligeiramente inclinadas.


Podem ser empregados para cortar arames macios, colocar e retirar contrapinos. São
indispensáveis para colocar e retirar arames de segurança dos pinos e freios de porcas. (Figura
3.43)

Figura 3.43 – Alicate de corte diagonal.

h) Alicates de pressão

O alicate de pressão possui, em uma das extremidades, um parafuso que serve para
regular a pressão.

São utilizados para dar aperto firme às peças. Fazem o papel de chave de grifo,
seguram a peça, substituindo o torno em emergências. Geralmente têm tamanho único.(Figura
3.44)

Figura 3.44 – Alicate de pressão.

3.5.4 Utilização Prática do Alicate

Os principiantes usam muitas vezes o alicate para apertar e afrouxar porcas; isso estraga
as quinas das porcas, inutilizando-as. Para trabalhar com porcas, existem chaves apropriadas,
que vamos estudar mais adiante.

Existem alicates de diferentes tamanhos, para serem empregados em diferentes


serviços. Escolha sempre o tamanho adequado ao trabalho que vai realizar.

Exemplo: alicate de pontas redondas é uma ferramenta de aço que se presta para executar
caneluras ou ondulações em chapas finas. Os bicos dos alicates redondos são cônicos.
47
FAM 01
3.5.5 Normas de Conservação do Alicate

 Mantenha-o limpo e ponha uma gota de óleo fino na articulação.

 Evite quedas, pois as articulações podem sofrer avarias.

 Não use para bater em outra peça.

 Mantenha-o isolado de outras ferramentas.

Considerações Finais

Nesta unidade, você teve a oportunidade de conhecer uma variedade de ferramentas


manuais de uso comum. Viu também que todas são imprecindíveis nas tarefas mecânicas
desenvolvidas a bordo das embarcações.

Dentre a ferramentas apresenadas, estudamos os diferentes tipos de martelo, macete e


chaves e alicates, todos acompanhados de sua identificação, finalidades, aplicação e normas
de conservação de segurança. Portanto, seu conhecimento sobre as ferramentas manuais
aumentaram, logo poderá colocá-lo em prática em seu trabalho.

Você está de parabéns por ter concluído mais esta unidade de estudos!
Verifique o que aprendeu, realizando o teste a seguir.

Teste de Auto-Avaliação da Unidade 3

Assinale a opção correta.

3.1) A ferramenta utilizada para produzir choques aplicados, em montagem e desmontagem de


peças mecânicas, denomina-se

a) alicate.
b) chave de grifo.
c) martelo.
d) chave de fenda.

3.2) Ferramenta de impacto empregada para bater em peças e materiais cuja superfície não
possa sofrer deformações por efeito das pancadas, denominamos

a) martelo de bola.
b) martelo de unha.
c) macete.
d) martelo de borracheiro.

48
3.3) O tipo de chave utilizada pelo profissional para trabalhar em lugares apertados, de difícil
acesso, é a chave

a) de grifo.
b) combinada.
c) de boca ajustável.
d) de colar de estria.

3.4) O tipo de chave empregada em aparelhos eletrônicos e de precisão é

a) a chave de catraca.
b) a chave de caixa.
c) a chave tipo bristo.
d) o torquímetro.

3.5) Admite-se bater no cabo de uma chave de fenda quando

a) o parafuso é quadrado.
b) fizer limpeza no parafuso.
c) a porca é quadrada.
d) o parafuso está preso.

3.6) O instrumento utilizado pelos eletricistas para cortar fios grossos e finos é o alicate

a) universal.
b) de corte lateral.
c) de pressão.
d) de ponta redonda.

Ch
Chave de Respostas das Tarefas e do Teste de Auto-Avaliação da Unidade 3

Tarefas 3.1
3.1.1) É uma ferramenta de impácto constituída de aço carbono preso a um cabo geralmente
de madeira.

3.1.2) Martelo de bola, martelo de pena reta, martelo de pena cruzada, martelo de cunha.

Tarefas 3.2

3.2.1) Empregados para bater em peças ou em materiais que não possam sofrer deformações
por efeito de pancadas.

3.2.2) O martelo é contituído de aço carbono enquanto o macete é constituído de madeira,


alumínio, plástico, cobre, chumbo ou couro.

Tarefas 3.3

3.3.1) A chave de fenda tem a finalidade de apertar e afrouxar parafusos em cujas cabeças há
fendas ou ranhuras.
3.3.2) Porque pega a porca toda a redor, como um colar.

49
FAM 01
Tarefas 3.4

3.4.1) Nunca utilize uma chave de fenda para verificar corrente elétrica de um circuito. Nunca
segure a peça na mão quando estiver usando a chave de fenda. Segure a peça em um torno
ou grampo ou em uma superfície sólida. Evite dar golpes com as chaves de fenda

Teste de Auto-Avaliação da Unidade 3

3.1) c
3.2) c
3.3) d
3.4) c
3.5) b
3.6) b

Parabéns pelo seu progresso!


Continue sua jornada de estudos, veja na Unidade 4
as Ferramentas Manuais de Ação Cortante.

50
UNIDADE 4

FERRAMENTAS MANUAIS DE AÇÃO CORTANTE

Nesta unidade, você vai:

 Conhecer a importância da utilização das ferramentas manuais de ação


cortante.
 Selecionar a lâmina de serra de acordo com o trabalho a ser realizado.
 Identificar os principais tipos de lima.
 Selecionar os tipos de lima de acordo com o trabalho a ser realizado.
 Selecionar os diferentes tipos de tarraxas e machos de roscar.

Na idade da pedra lascada, o homem primitivo, como você pôde ver na primeira Unidade,
reconheceu através da dor provocada pelo corte com a pedra a sua utilidade. Examinando
melhor a pedra e lascando-a, conseguiu obter uma extremidade cortante para o trabalho,
deixando a outra extremidade arredondada para dar mais firmeza e não cortar sua mão.

Desde aquela época, o homem percebeu que certas tarefas poderiam ser realizadas com
maior perfeição, segurança e em menor tempo se fosse criada uma ferramenta específica para
cada tarefa. Aos poucos foi inventada cada ferramenta que você conhece e lhe é familiar.

Apesar de toda a tecnologia e os grandes avanços na indústia naval, ainda hoje é


imprescindível que você conheça as ferramentas manuais de ação cortante, sua utilização,
cuidados, manuseio, manutenção e transporte.

Por isso, você deve estar preparado para usá-las adequadamente em cada atividade que
venha desempenhar a bordo de embarcações.

As atividades diárias de manutenção e reparos realizadas pelo profissional da área de


máquinas, requer a utilização de um conjunto de ferramentas. Cada uma tem um perfil
apropriado de acordo com o trabalho a ser executado. As ferramentas manuais são
instrumentos utilizados na execução de um trabalho manual ou mecânico de qualquer atividade
produtiva.

Atualmente, encontramos no mercado inúmeras ferramentas e, para cada tarefa, sempre


há uma ferramenta mais indicada.

A seguir, você verá algumas dessas ferramentas.

51
FAM 01
Vo
Você sabe o que é, e para que serve um Arco de Serra?

Veja a resposta certa para essa pergunta.

4.1 ARCO DE SERRA

O arco de serra é uma ferramenta manual composta de um arco de aço carbono onde
deve ser montada uma lâmina de aço rápido, dentada e temperada.

4.1.1 Características do arco de serra:

 pode ser regulável ou ajustável, de acordo com o comprimento da lâmina;

 o tipo mais comum compõe-se de arco, lâmina, punho, borboleta de tensão e pinos;

 os punhos mais comuns são do tipo cabo de pistola e alguns têm os punhos retos;

 a distância dos pinos do arco é que dá o comprimento da lâmina a ser usada;

 as lâminas possuem furos nas extremidades para serem fixadas ao arco por meio de
pinos situados nos suportes. O arco possui pinos nas extremidades, que servem para
dar tensão à lâmina por meio da borboleta de tensão.

4.1.2 Principais finalidades

 A operação de serrar manualmente é amplamente utilizada na manutenção de


máquinas.

 Cortar barras ou chapas metálicas.

 Cortar um contorno traçado.

 Abrir fendas em peças para apertar parafusos por meio de chave de fenda.

As lâminas são montadas sempre com os dentes para a frente, ou melhor, em sentido
oposto ao cabo.

Veja o arco de serra na figura 4.1 a seguir.

Figura 4.1 – Arco de serra.

52
4.1.3 Características das lâminas de serra

As lâminas de serra se caracterizam pelo comprimento, que normalmente mede 8,10 ou


12 polegadas; pela largura, que geralmente mede ½ polegada; pelo número de dentes por
polegada (muitas vezes chamado de “passo"), que em geral é de 18, 24 e 32 dentes.

Os dentes das lâminas possuem travas, que são deslocamentos laterais dados aos
dentes, em forma alternada, conforme as figuras 4.2 e 4.3 (a), (b) e (c).

Figura 4.2 – Lâmina de serra.

Trava alternada (a)

Trava meio alternada (b)

Trava ondulada ( c )

Figura 4.3 (a), (b) e (c) – Tipos de trava.

A utilização da lâmina está relacionada com a dureza do material.

Para corte de material macio........................ 14 dentes por polegada.

Para corte de aço.......................................... 18 dentes por polegada.

Para corte de cantoneira............................... 24 dentes por polegada.

Para corte de tubos finos.............................. 32 dentes por polegada.

4.1.4 Escolha da lâmina de serra

Existem lâminas duras e lâminas flexíveis. As lâminas duras são melhores para serrar
latão, aço, ferro fundido, trilhos e material de grande seção. As flexíveis são mais para serrar
perfis côncavos, material de pequena seção.

Para a escolha da lâmina, deve-se considerar a natureza do trabalho, com a qualidade e


a espessura do material.

 Quanto mais duro é o metal, maior é o número de dentes da lâmina. Para materiais
muito duros ou muito finos, deve-se usar lâmina de serra de 32 dentes por polegada.

 Para materiais de dureza ou espessura média, usa-se lâmina de serra de 24 dentes


por polegada.

 Para materiais macios, usam-se lâminas de 18 dentes por polegadas.


53
FAM 01
4.1.5 Utilização prática

Na operação de serrar manualmente procede-se da seguinte forma:

1o) Preparo da serra:

 selecione a lâmina de acordo com o material;

 coloque a lâmina no arco com os dentes voltados para a frente;

 dê tenção à lâmina girando a borboleta de tensão com a mão; e

 serre sempre no sentido dos dentes.

Veja a figura 4.4 a seguir.

Figura 4.4 – Colocação da lâmina no arco com os dentes voltados para a frente.

2o) Trace e prenda a peça a um torno de bancada

Atente para a parte a ser cortada, pois deve estar do lado direito do operador, portanto
observe a figura a seguir.

Figura 4.5 – Posicionamento do torno de bancada para corte.

3o) Inicie o corte

1) Ao iniciar o corte, coloque a lâmina junto ao traço, guiando-a com dedo polegar e
ligeiramente inclinada para frente, a fim de evitar que se quebrem os dentes. (Figura 4.6)

Figura 4.6 – Posição correta de segurar a serra.

54
2) Quando o corte é longo, a lâmina deve ser montada, conforme a figura abaixo. À
medida que for serrando, suba a chapa. Os pinos nos extremos do arco de serra permitem a
lâmina girar num ângulo de 90 graus (90).

Figura 4.7 – Serra em posição perpendicular para cortes profundos.

3) Para serrar perfis, sempre por etapas, procure superfícies contínuas. Observe a figura
4.8.

Figura 4.8 – Posição de cortes ao serrar perfis.

4) Ao serrar tubos, mude freqüentemente a direção do corte, conforme a figura acima


nas posições 1, 2 e 3 (figura 4.9), a fim de melhorar o rendimento e evitar a quebra dos dentes.

Figura 4.9 – Posicionamento.

Que tal uma parada para descansar?

Após seu merecido descanso, verifique o que aprendeu até aqui sobre o arco de serra.

Tarefa 4.1

Faça o que se pede nos itens abaixo.

4.1.1) Cite duas principais finalidades do arco de serra.


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

55
FAM 01
4.1.2) Qual é o tipo de lâmina de serra indicada para materiais macios?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

4.1.6 Posição do corte ao serrar tubos

Normas de conservação

 A pressão da lâmina sobre o material é feita apenas durante o avanço. No


retorno, a lâmina deve correr livremente sobre o material.

 A lâmina deve ser usada em todo o seu comprimento, e o movimento deve


ser dado apenas com os braços.

 O número de golpes não deve exceder a 60 por minuto.

 Deve-se folgar a tensão da lâmina ao terminar o corte.

 Mantenha as lâminas isoladas das outras ferramentas.

 Limpe o arco e a lâmina após o uso.

 Passe uma leve camada de óleo fino para evitar a ferrugem.

4.2 LIMA

A lima é uma ferramenta temperada de aço carbono, suas faces são estriadas em
diagonal. A disposição das estrias pode ser simples ou dupla. Assim, as limas simples
apresentam estrias cortantes em um só sentido e as limas cruzadas apresentam estrias
cortantes em duplo sentido, que se cruzam. Para cada serviço existem limas de
comprimento, tipos e corte de dentes diferentes. As limas possuem cabos removíveis,e é
perigoso usá-las sem ele, pois a espiga termina em uma ponta fina, que pode ferir a mão do
operador.

4.2.1 Nomenclatura

Face é a parte dentada da lima. Espiga é a ponta afinada, onde é enfiado o cabo. A parte
sem dentes entre a face e a espiga chama-se talão. O comprimento da lâmina é a distância da
ponta ao fim do talão, não incluída, portanto, a espiga. (Figura 4.10)

Figura 4.10 – Nomenclatura de uma lima.

56
Sua face estriada, quando atritada contra a superfície do material mais macio, desgasta-o,
retirando pequenas partículas (limalha). As limas nas oficinas de manutenção são utilizadas
para remover, alisar, polir metais, e principalmente para trabalhos de desbaste leve e
acabamento em peças.

4.2.2 Classificação e aplicação

As limas podem ser classificadas quanto ao corte, quanto ao número de dentes e quanto
à forma.
1 ) QUANTO A O CORTE:

♦ Cortes Simples

Seus dentes (estrias) são paralelos à face da lima, e inclinados de 65 em relação à linha
de centro. São utilizados em materiais não ferrosos (alumínio, chumbo).

Figura 4.11 – Cortes simples.

 Corte Cruzado (Duplo)

Seus dentes são inclinados em relação à linha de centro em ângulos que variam de 40 a
50. Mais usadas em materiais ferrosos, para serviços mais pesados.

Figura 4.12 – Cortes duplos.

2 ) QUANTO A O NÚMERO D E DENTES:

 Bastarda – é usada para desbastes grossos. Numa crosta de ferro fundido ou numa
oxidação, deve ser utilizada uma lima bastarda já bem usada.

 Bastardinha – usada para desbaste médio.

a) bastarda b) bastardinha

Figura 4.13 –

 Murça – usada para acabamento.

Figura 4.14 – Murça.


57
FAM 01
3) QUANTO À FOR MA:

 Limas Paralelas – são utilizadas em superfícies planas, internas e externas, em


ângulos retos e obtusos, podendo ter seus cortes simples ou cruzados. Têm a mesma largura
e espessura em todo o comprimento.

Figura 4.15 – Limas paralelas.

 Limas Chatas – possuem dentes nas duas faces em um dos flancos (bordas). A outra
parte do flanco é lisa. Algumas têm um dos flancos redondo e a largura vai diminuindo na
ponta.

Figura 4.16 – Limas chatas.

 Lima Meia Cana – tem uma superfície plana e uma curva; é usada para limpar
superfícies côncavas.

Figura 4.17– Lima meia cana.

 Lima Faca – tem um lado grosso e um fino, formando um triângulo e dando o formato
de uma faca.

Figura 4.18– Lima faca.

 Limatão Quadrado – tem o formato de um quadrado e são usados em superfícies


planas em ângulo reto, rasgos internos e externos.

Figura 4.19– Limatão quadrado.

 Limatão Redondo – tem o formato redondo, geralmente de corte simples. É


empregado para alargar furos e superfícies côncavas.

Figura 4.20 – Limatão redondo.

 Limatão Triangular – tem formato triangular com dentes nas três faces. São usados
para limar ângulos internos, agudos e para avivar ângulos retos.

Figura 4.21– Limatão triangular.

58
 Grosas – são parecidas com as limas, apresentam dentes separados e não possuem
estrias. São usadas em madeira e couro. (Figura 4.22)

Figura 4.22 – Grosa.

4.2.3 Utilização Prática

O uso da lima apresenta certas particularidades. É indispensável ao porfissional de


máquinas conhecer as diferentes limas, para que faça melhor o seu trabalho e obtenha maior
rendimento. Logo, é importante que você saiba usá-la corretamente.

Ao iniciar o trabalho com a lima, a pressão da mão no cabo deve ser menor do que a
pressão da mão na ponta, porque a distância do cabo à peça é maior.

À medida que a lima avança, a pressão na ponta deve ir diminuindo e a pressão no cabo
deve ir aumentando. Assim, no meio do golpe, a pressão é igual, porque as distâncias são
iguais. No final do golpe, a pressão ao cabo deve ser maior, porque a distância do cabo à
peça é menor.

O movimento de volta se faz, aliviando as pressões, pois no retorno não existe corte. Não
se dando corte, evita-se o desgaste e a quebra dos dentes. As figuras 4.23 (a), (b), (c ) e (d)
ilustram o modo de segurar a lima nos casos mais comuns.

Modo a) Modo b)

Modo c) Modo d)
Figura 4.23 – Modo de segurar a lima nos casos mais comuns.

59
FAM 01
Para se obter um trabalho com melhor acabamento, é aconselhável limar a traços
cruzados. Essa operação consiste em limar em duas direções. A lima deve ser
inclinada a 45 graus em relação à obra em cada curso, como mostram as figuras a
seguir.

Figura 4.24 – Limagem a traços cruzados.

Cuidados a serem observados, na limagem a traços cruzados:

 A lima deve ser inclinada a 45.

 Em cada golpe, não desloque a lima cerca da metade de sua largura.

 Dê uma passada de 45 de um extremo ao outro da peça.

 cruze a passada seguinte, de um extremo ao outro da peça, e assim sucessivamente.

Quando se deseja um acabamento bem liso, é necessário que se faça uma


translimagem. É a operação de limar uma obra, fazendo com que a lima siga cursos
perpendiculares a ela mesma. Para um acabamento ainda mais fino, veste-se a lim a
com uma lixa e faz-se outra translimagem com uma lima bastardinha. Confira na
figura abaixo.

Figura 4.25 – Translimagem.

Dê uma parada, respire fundo, tome um pouco de ar e, em seguida, faça a tarefa


proposta.

60
Tarefa 4.2

Faça o que se pede nos itens abaixo.

4.2.1) Explique com suas palavras o que significa uma translimagem.


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

4.2.2) Com base no que você estudou sobre as limas, cite dois tipos de lima quanto ao número
de dentes e quanto à forma.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

Depois de cortar uma chapa no tamanho aproximado, é necessário fazer o acabamento


do corte até a linha marcada, como ilustra a figura 4.26 abaixo.

Figura 4.26 – Acabamento de um corte em chapa.

Depois de ter levado o acabamento com a lima até a linha marcada, devem-se quebrar
as quinas, com o quebrador de quinas, conforme a figura 4.27.

Figura 4.27 – Quebra quinas.

4.2.4 Normas de conservação e segurança de trabalho.

 Não trabalhe com lima muito gasta, ou lima com limalhas agarradas nos dentes.

 Qualquer obra de ferro fundido, ou de forja, oxidada (enferrujada) somente deve ser
limada com lima bastarda com bastante uso.

 Para desbartar, use lima bastarda. Para dar o acabamento, use lima murça.

 As limas murças usadas não servem para aço duro, são melhores para limar latão e
cobre. A lima bastarda desliza sobre o latão e oferece muita resistência ao movimento
sobre o cobre.
61
FAM 01
 Não se deve limar nem rápida nem vagarosamente: são 60 golpes por minuto a média.

 Não se deve dar golpes na lima, nem muito longos nem muito curtos, Usa-se todo o
comprimento útil da lima.

 Ao limar uma peça, a mão esquerda guia a lima, e a direita produz o movimento de ida e
volta da lima.

 Partículas do material que aderem às limas devem ser retiradas, passando-se giz na
superfície e limpando-se em seguida com uma escova metálica.

Confira a Figura 4.28 abaixo.

Figura 4.28 – Utilização da lima.

Certamente você já aprendeu muito sobre a utilização da lima. Portanto, está apto a
realizar a próxima tarefa.

Tarefa 4.3

Faça o que se pede nos itens abaixo.

4.3.1) Qual é o tipo de lima mais indicado para limpar superfícies côncavas?
____________________________________________________________________________

4.3.2) Qual é a finalidade da lima bastarda?


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

4.3.3) Cite duas normas de conservação e segurança na utilização da lima.


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

4.3 BROCAS

Todos os conjuntos que sejam de máquinas operatrizes, pontes caldeiras e outras


construções são em geral formadas por peças soltas. A abertura de furos dispostos nessas

62
peças permite montá-las por meio de parafusos ou rebites. Abrem-se esses furos por meio de
uma ferramenta especial chamada broca.

4.3.1 Identificação e finalidade da broca

Mas afinal, o que é uma broca?

As brocas são ferramentas de corte, de forma cilíndrica, com canais helicoidais. São
fabricadas de aço carbono, porém para altas rotações usam-se brocas de aço rápido. Elas
oferecem maior resistência ao calor provocado pelo atrito, desgastando-se menos, trabalham
com mais rapidez sendo, portanto mais econômicas.

Os diâmetros da brocas são medidos em frações da polegada e em milímetro. A medida


do diâmetro em polegada varia de 1/64’’ (um sessentas e quatros avos de polegada) de um
tamanho ao outro. Os diâmetros medidos em milímetros variam de 1/10 mm (um décimo de
milímetro). Esses valores são encontrados no punho (haste) das brocas.

4.3.2 Tipos de brocas e aplicações

Os dois tipos usuais comuns se diferenciam pelo punho (haste), conforme demonstrados
nas figuras 4.29 e 4.30 abaixo.

a) Broca helicoidal de haste cilíndrica

Figura 4.29 – Broca helicoidal de haste cilíndrica.

b) Broca helicoidal de haste cônica

Figura 4.30 – Broca helicoidal de haste cônica.

O primeiro apresenta o punho cilíndrico, é utilizado em conjunto com um acessório


denominado “mandril”. A broca é presa no mandril e este, por sua vez, é adaptado na árvore
da máquina de furar. É o único tipo que pode ser usado na maioria das máquinas de furar
portáteis, manuais e máquinas de furar de bancada. Satisfaz plenamente, quando se deseja
furos até 1/2  de diâmetro. Para furos maiores, devem-se empregar brocas de punhos cônicos
(punhos morse).

O segundo apresenta punho cônico ou punho morse, com a finalidade de possibilitar


sua adaptação diretamente à árvore (eixo porta-broca) da máquina de furar, dispensando,
assim, a utilização do mandril.

Podem-se abrir furos com uma broca de 1/4’’ de diâmetro, ou menos, usando uma
máquina de furar de mão.

63
FAM 01
c) Broca de Centro

Permite a execução dos furos de centro nas peças que vão ser torneadas, fresadas ou
retificadas entre pontos.

Figura 4.31 – Broca de centro.

Não se deve trabalhar com a rotação arbitrária, pois a rotação muito elevada
produz calor excessivo, e o efeito do atrito desgasta a ferramenta.

4.3.3 Velocidade de corte das brocas

Vejamos!

A velocidade de corte é dada em rotações por minuto (r.p.m). E nos trabalhos de abrir
furos com as brocas, um fator de real importância é a escolha da rotação por minuto (r.p.m).
Como regra geral para escolha da (r.p.m), pode-se afirmar que, para brocas de grandes
diâmetros, utiliza-se baixa rotação; e para brocas de pequenos diâmetros, maior rotação.

A regra acima citada serve como regra geral; todavia para um trabalho é necessário
consultar uma tabela que relaciona a rotação da máquina com o diâmetro da broca e o material
a ser usinado.

As tabelas apresentadas a seguir apresentam rotações para o material indicado e para


operações com brocas de aço carbono e aço rápido.
Tabela de aço rápido

ROTAÇÃO POR MINUTO PARA BROCA DE AÇO RÁPIDO (r.p.m)

Diâmetros das Materiais a furar


brocas

Em Em Bronze Ferro Ferro Aço de Aço Aço de Aço de Aço fundido


poleg. mm e latão fundido fundido médio forjado baixo ferramenta
macio duro teor de teor de
carbono carbono

1/16” 1.6 - 9170 4278 6111 3660 - 3056 2440

1/8” 3.2 9170 4584 2139 3056 1830 2745 1528 1220

3/16” 4.8 6112 3056 1426 2037 1210 1830 1019 807

1 /4 ” 6.3 4585 2292 1070 1528 915 1375 764 610

5/16” 7.9 3660 1833 856 1222 732 1138 611 490

3/8” 9.5 3056 1528 713 1019 610 915 510 407

7/16” 11.1 2614 1310 611 873 522 784 437 348

1 2” 12.7 2287 1146 535 764 458 688 382 305

64
5/8” 15.9 1830 917 428 611 366 569 306 245

3 /4” 19.0 1525 764 357 509 305 458 255 203

7/8” 22.2 1307 655 306 436 261 392 218 174

1” 25.4 1143 573 267 382 229 349 191 153

11/4” 31.7 915 458 214 306 183 275 153 122

11/2” 38.0 762 382 178 255 153 212 127 102

13/4” 44.4 654 327 153 218 131 196 109 87

2” 50.8 571 287 134 191 115 172 95 77

Ao iniciar o trabalho, deve-se abrir um furo de diâmetro menor para servir de guia para a
broca, pois é difícil iniciar um furo com a broca grande em uma marca feita com um punção.
Sempre que for abrir um furo acima de 3/16” de diâmetro, deve-se fazer um furo guia. Não é
necessária uma broca especial para isso. Uma broca de 1/8” é indicada para um furo guia de
uma broca de 3/8”.

4.3.4 Afiação da broca

A ponta da broca é formada pela guia, pelos cortes, pelos cônicos, pelas saídas e pelos
extremos das arestas de corte. As duas arestas afiadas cortam o metal. Para isso, precisam
ser afiadas de forma conveniente. O ângulo de corte mede 59°(59 graus). Os dois cortes
devem ter o mesmo comprimento, pois, se um deles for maior, este cortará mais que o outro e
isso provocará trepidação na broca.

As brocas devem ser afiadas em uma máquina de afiar, cujos afiadores têm uma exata
noção dos respectivos ângulos. Um profissional de máquinas qualificado deve saber afiar
manualmente uma broca.

Ao afiar manualmente a broca, devem-se usar os seguintes procedimentos: segurar com


a mão esquerda na parte dos canais helicoidais, perto da ponta, pressionando-se sua parte
traseira à superfície da pedra; segurando a parte cilíndrica com a mão direita, e com um
movimento de vaivém, vai-se girando a broca. As brocas devem ser afiadas com refrigeração
de óleo solúvel.

Para começar, pegue uma broca de 3/8”, punho cilíndrico, que esteja amolada
corretamente. Leve a broca ao esmeril e faça como se estivesse afiando, mas com o esmeril
parado. Faça isso várias vezes até perceber que já pode realizar a operação de verdade.

65
FAM 01
Figura 4.32 – Procedimentos para afiar brocas manualmente.

4.3.5 Utilização Prática

Para começar, pegue uma broca de 3/8” punho cilíndrico, que esteja amolada
corretamente.

Leve a broca ao esmeril e faça como se estivesse afiando, mas com o esmeril parado.
Faça isso várias vezes até perceber que já pode realizar a operação de verdade.

É importante você saber que na operação de abrir furos pela ação da rotação e avanço
de uma broca numa máquina de furar procede-se da seguinte forma:

1º) Deve-se prender a peça diretamente na mesa da máquina, num torno paralelo ou
num torno de mão.

Para evitar perfurar a mesa da máquina, ponha um pedaço de madeira entre a


peça e a mesa de trabalho da máquina.

2º) Prenda a broca no mandril.

No caso da broca de punho (haste) cônica, deve-se fixá-la diretamente na árvore da máquina.

3º) Apóie a ponta da broca sobre a peça, centre a broca bem no ponto onde vai ser
furado.

4º) Inicie a furação.

 Ligue a máquina;

 acione a alavanca de avanço; e

 inicie e termine o furo.

4.3.6 Normas de conservação

 Limpe as brocas após o uso.


 Evite choques e contatos com outras ferramentas.

66
 Mantenha as brocas em lugares apropriados.
 Certiique-se de que estão afiadas quando for guardá-las

Que tal mais uma parada para mais uma tarefa?

Tarefa 4.4

4.4.1) Descreva com suas palavras os três procedimentos de utilização prática das brocas.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

4.4 CINTEL OU COMPASSO DE HASTE

4.4.1 Identificação

É um instrumento constituído de uma barra longa de metal ou madeira sobre a qual


podem fixar-se pontas retas ou curvas em posições graduáveis. Geralmente, a barra também é
graduável. É usado para riscar arcos de grande raio.

4.4.2 Finalidade

O cintel ou compasso de haste é utilizado para medir distâncias entre pontos impossíveis
de serem alcançados pelos compassos comuns. Ele é empregado para projetar riscos e
círculos acima da capacidade dos outros compassos.

Veja a seguir, a figura 4.33.

Figura 4.33 – Cintel ou compas so de haste.

67
FAM 01
4.5 FERRAMENTAS MANUAIS DE ROSCAR

4.5.1 Macho de rosca

São ferramentas de corte construídas de aço carbono ou aço especial, com rosca similar
a um parafuso com três ou quatro canais longitudinais que formam as arestas cortantes. Um
dos seus extremos termina com uma espiga de forma quadrada para fixar o desandador.
(Figura 4.34)

Figura 4.34 – Três machos de um jogo se diferenciado somente nas pontas.

Os machos são ferramentas fabricadas para abrir manualmente roscas internas. Para
isso, o operador terá de usar um recurso de um dispositivo denominado “desandador de
macho”. Conforme mostrado nas figuras abaixo.

Figura 4.35 – Desandador de macho.

O macho é capaz de penetrar, pouco a pouco, por meio de um movimento de rotação


que lhe transmite o desandador, permitindo a construção de uma rosca em um furo
previamente executado em medida conveniente.

Observe a execução nas figuras 4.36 (a) e (b) a seguir.

68
Figura 4.36 – Início da operação de roscar e depois da partida.

4.4.3 Execução de rosca com macho e desandador

1º) Fixe a peça no torno de bancada e mantenha o furo na posição vertical. Observe a
figura 4.37.

Figura 4.37 – Perpendicularidade do macho.

2º) Introduza o macho nº 1 no furo da peça, inicie o corte, fazendo uma ligeira pressão
vertical, utilizando uma boa lubrificação.

Figura 4.38 º –Cone de entrada.

3º) Se for necessário, verifique a perpendicularidade da peça.

Figura 4.39 – Verificação da perpendicularidade da peça.

69
FAM 01
4º) Ao perceber que as arestas cortantes do macho estão penetrando no metal,
imprime-se uma rotação no desandador, mantendo-se sempre uma boa lubrificação. Deve-se
ter o cuidado de girar o desandador uma volta à direita e meia volta à esquerda para limpar os
canais do macho, eliminando o material retirado, ou seja, as rebarbas, até completar o corte
com o macho número um.

Em seguida, passe os machos de número dois e número três até terminar a rosca.

Que tal mais uma tarefa? Verifique seus conhecimentos.

Tarefa 4.5

4.5.1) Com base no que você estudou sobre macho de rosca, apresente uma definição.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

4.6 TARRAXA DE ROSCAR

Tarraxas são ferramentas de corte constituídas de aço especial, com roscas temperadas
e retificadas. As tarraxas têm a forma de uma porca com quatro canais internos, que formam
arestas cortantes e permitem a saída do material que se desprende.

Geralmente, as tarraxas possuem, na parte cilíndrica, dois furos. Um serve para fixar a
tarraxa no desandador e outro, no sentido da espessura, que permite a regulagem da
profundidade do corte, através de um parafuso alojado no seu interior. Veja a figura 4.40 a
seguir.

Figura 4.40 – Tarraxas com forma de uma peça com filetes internos.

As tarraxas são utilizadas para abrir, manualmente, roscas externas, em peças cilíndricas
de determinados diâmetros, tais como parafusos, estojos e tubos. Para isso, o operador terá de
utilizar o recurso de um dispositivo denominado desandador para tarraxa.

O desandador para tarraxa é também chamado de tarraxa, porta-tarraxa, como também a


tarraxa é chamada de cossinete.

A tarraxa não cortará com facilidade, sem que antes a ponta do vergalhão, onde se vai
iniciar a rosca, seja chanfrada. Esse chanfro pode ser executado com a lima ou no esmeril,
fazendo-se um ligeiro cone na extremidade da haste que se vai roscar.

70
4.6.1 Tipos de tarraxas

Observe as figuras 4.41 (a) e (b) abaixo.

Figura 4.41 – Tarraxa Redonda Ajustável.

A tarraxa redonda ajustável diferencia-se do tipo redondo por ter uma fenda radial que
a torna ligeiramente ajustável. Por meio de um parafuso cônico, pode-se alargar um pouco a
fenda, para abrir roscas em hastes de diâmetro um pouco maior do que o diâmetro
especificado para a rosca. Algumas tarraxas são providas de guias, que ajudarão a manter o
corte e a rosca centrada.

Outras tarraxas são feitas em duas partes, as quais são removíveis, substituíveis e
ajustáveis. São tarraxas para abrir roscas de grande diâmetro.

Esses tipos estão ilustrados nas figuras abaixo:

Figura 4.42 – Tarraxas de abrir roscas de grande diâmetro.

As porcas tarraxas, às vezes, são confundidas com as tarraxas redondas. As


primeiras são empregadas para limpar roscas já existentes, enquanto as segundas são
empregadas para abrir roscas externas. (Figura 4.43)

Figura 4.43 – Diferença entre uma tarraxa redonda e uma porca tarraxa.

4.6.2 Operação de abrir rosca com tarraxa

1º) Ajuste a tarraxa no desandador (porta-tarraxa), com a parte cônica maior da tarraxa
virada para fora.

71
FAM 01
2º) Fixe a haste cilíndrica na posição vertical e devidamente chanfrada, no torno de
bancada, tendo o cuidado de marcar no material o comprimento da rosca.

3º) Se necessário, verifique a perpendicular.

Figura 4.44 – Processo de perpendicularidade.

4º) Introduza a tarraxa na extremidade da haste e inicie o corte, fazendo uma ligeira
pressão vertical no desandador, utilizando uma boa lubrificação. (Figura 4.45)

Figura 4.45 – Processo de roscado.

5º) Ao perceber que as arestas de corte estão penetrando no material, deve-se: imprimir
uma rotação no desandador, mantendo-se uma boa lubrificação. Deve-se também ter o
cuidado de girar o desandador uma volta à direita e meia volta em sentido contrário para limpar
a tarraxa das rebarbas retiradas do material, procedendo assim até o final.

Pode-se usar para o ferro e o aço uma mistura de óleo solúvel na proporção
de 1 parte de óleo para 8 de água para lubrificação.

4.6.3 Normas de conservação da tarraxa

 Mantenha as tarraxas isoladas das outras ferramentas.

 Evite quedas e choques nas tarraxas.

 Passe uma leve camada de óleo fino para evitar ferrugem.

 Limpe as tarraxas após o uso.

 Mantenha as tarraxas acondicionadas em estojos apropria-


dos.

72
4.7 IMPORTÂNCIA DAS FERRAMENTAS MANUAIS DE ROSCAR

Os machos são ferramentas utilizadas para abrir roscas em porcas, enquanto as


tarraxas são utilizadas para abrir roscas em parafusos.

Em geral, porcas e parafusos são utilizados para a união de peças, nas montagens e
desmontagens de equipamentos e instalações de máquinas. Quando for necessário fazer
manutenção e reparo em mecanismo de motores e máquinas, para manterem as peças unidas,
é que temos que saber como empregá-los.

4.8 SELECIONAR MACHOS E TARRAXAS

Os machos são construídos de aço carbono ou aço especial, com roscas similares aos
parafusos, com vários canais retos ou helicoidais que forma as arestas cortantes. O cabo do
macho serve para fixar o desandador.

O macho de roscar com canais helicoidais tem a vantagem de assegurar condições de


corte mais favoráveis do que os de canais retos e é empregado, geralmente, para abrir roscas
de mais precisão.

Os machos são fabricados para roscas no sistema métrico (em milímetro) e no sistema
whitworth (em polegadas).

Tarraxas são ferramentas constituídas de aço especial, utilizadas para abrir roscas
externas manualmente. São fabricadas para abrir roscas pelo sistema métrico e pelo sistema
whitworth conforme o diâmetro de cada parafuso.

4.9 DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DO FURO PARA ABRIR ROSCAS

O diâmetro do furo para abrir a rosca de uma porca, consiste na escolha do diâmetro da
broca que vai furar a peça para passar o macho.

O diâmetro da broca para furar a peça pode ser calculado pela fórmula abaixo:

d = D – 1,6 x t
sendo:

d – diâmetro do furo a abrir em mm;


D – diâmetro externo do macho em mm;
t – profundidade da rosca a ser feita, calculada pela fórmula:

t = P x 0,64
sendo:

P – passo da rosca;
0,64 – constante.
73
FAM 01
Exemplo: Calcule o diâmetro do furo para fazer uma porca com um macho, sabendo-se
que o diâmetro (D) da rosca é 10mm e o seu passo é 1,25mm.

Solução:

d – diâmetro do furo procurado;


D – diâmetro externo do macho 10mm;
P – passo da rosca 1,25mm:
t – profundidade da rosca a ser feita, calculada pela fórmula:

t = P x 0,64
t = 1,25 x 0,64
t = 0,8

Aplicando a fórmula teremos:

d = D – 1,6 x t
d = 10 – 1,6 x 0,8
d = 10 – 1,28
d = 8,72 mm

Considerações Finais

No decorrer desta Unidade você tomou conhecimento das principais características das
ferramentas manuais de ação cortante. Logo, fica mais fácil selecionar os tipos de lima de
acordo com o trabalho a ser executado, bem como os cuidados e normas de conservação.

Aprendeu que dentre as ferramentas de ação cortante, podemos destacar as brocas,


seus diferentes tipos, velocidade, afiação e utilização prática. Viu também que o cintel, o
macho de rosca, as tarraxas e as porcas são importantes nos reparos e manutenção das
máquinas das embarcações. Identificou do que é constituído cada tipo de ferramenta, suas
finalidades, fórmulas, manuseios e normas de manutenção e segurança.

Certamente, você saberá selecionar adequadamente o tipo de macho e de tarraxa de


acordo com o diâmetro do parafuso ou da porca com que se vai abrir a rosca.

Parabéns pelos novos conhecimentos adquiridos e por sua dedicação até aqui!

Verifique o que aprendeu, realizando o teste a seguir.

Teste de Auto-Avaliação da Unidade 4

Assinale a opção correta.

4.1) Uma das características da lâmina de serra é a largura, que geralmente é de


a) 1/4”. c) 1/2”.
b) 3/8”. d) 3/4”.

74
4.2) Durante o corte, a pressão da lâmina sobre o material deve ser feita
a) no início do corte.
b) durante todo avanço.
c) no final do corte.
d) no retorno.

4.3) Para desbastes grossos deve ser utilizada a lima


a) bastarda.
b) murça.
c) corte simples.
d) bastardinha.

4.4) As partículas do material que se aderem nas estrias da lima são retiradas
a) passando giz na superfície.
b) com uma escova metálica.
c) lubrificando a lima com uma camada de óleo.
d) com um arame fino.

4.5) As brocas que oferecem maior resistência ao calor provocado pelo atrito, trabalhando
com rapidez, sendo por isso mais econômica, são as brocas
a) cilíndricas.
b) de aço carbono.
c) de punho cônico.
d) de aço rápido.

4.6) Nas operações de abrir furos com brocas, um fator importante é a rotação (rpm). De
acordo com nosso manual de consultas, podemos afirma que nas brocas de
a) pequenos diâmetros utiliza-se baixa rotações.
b) grandes diâmetros utiliza-se altas rotações.
c) pequenos diâmetros utiliza-se maior rotações.
d) grandes diâmetros utiliza-se altas rotações.

4.7) Denominamos de tarraxas as ferramentas utilizadas para


a) abrir roscas internas em parafusos.
b) atarraxar porcas em estojos.
c) abrir roscas externas em parafusos.
d) abrir roscas externas em porcas.

4.8) Os machos são ferramentas utilizadas para abrir roscas internas. Para isso, o operador
terá que usar um dispositivo denominado
a) calibrador.
b) calibre de rosca.
c) cintel.
d) desandador.
Ch
Chave de Respostas das Tarefas e do Teste de Auto-Avaliação da Unidade 4

Tarefas 4.1

4.1.1) Cortar barras ou chapas metálicas. Cortar contorno traçado.

4.1.2) Para materiais macios, usam-se lâminas de 18 dentes por polegadas.

Tarefas 4.2

4.2.1) É a operação de lima de uma obra, fazendo com que a lima siga cursos perpendiculares
a ela mesma.

4.2.2) Lima bastarda, lima bastardinha.

Lima paralela, lima meia cana.

Tarefas 4.3

4.3.1) Lima meia cana

4.3.2) Utilizada para desbastes grossos numa crosta de ferro fundido ou numa oxidação.

4.3.3) O número de golpes não deve exceder a 60 golpes por minuto. A pressão da lâmina
sobre o material é feito apenas durante o avanço, no retorno a lâmina deve correr livremente
sobre o material.

Tarefas 4.4

4.4.1) A peça deve ser presa diretamente na mesa da máquina num torno paralelo ou num
torno de mão. A broca de punho cilíndrico deve ser presa no mandril, a broca de punho cônico
deve ser fixada na árvore da máquina.

Tarefas 4.5

4.5.1) São uma espécie de parafusos com canais longitudinais retos que formam arestas
cortantes.

Teste de Auto-Avaliação da Unidade 4

4.1) c 4.3) a 4,5) d 4.7) c


4.2) b 4.4) b 4.6) c 4.8) d

Continue sua jornada de estudos, não desanime,


máquinas a vante!
Estude na Unidade 5 “Metrologia”.

76
UNIDADE 5

METROLOGIA

Esta unidade ajudará você a:

 Conhecer a importância do controle dimensional nas operações de


instalação e manutenção de máquinas.
 Reconhecer os principais sistemas de padronização de unidade de
medidas de metrologia.
 Identificar os principais instrumentos de metrologia.
 Aplicar os conhecimentos adquiridos na leitura da régua ou escala
graduada.
 Aplicar os conhecimentos adquiridos na leitura do calibre Vernier e do
Micrômetro.

“Dois pesos e duas medidas”


Dito popular

Certamente, você já ouviu falar, em especial no ambiente de trabalho, esse dito popular,
que muito se aplica ao seguinte exemplo:

Pedro é o supervisor do Setor Qualidade de Solda. Por vezes, tolerou o atraso de João,
seu subordinado, sem que este tivesse que compensar o atraso. Em contrapartida, não
procedeu da mesma forma com Paulo e José que também chegaram atrasados.

Não só foram chamados à atenção, como tiveram que compensar o atraso ficando
depois do horário da saída. Nesse exemplo, é notório que o supervisor usou para a mesma
situação, medida diferente. A atitude correta do supervisor deveria ser a mesma para todos os
funcionários. Logo, ele usou dois pesos e duas medidas.

Nesta Unidade, você terá a oportunidade de conhecer a importância dos pesos e das
medidas na fabricação mecânica. Portanto, fique atento, pois essas medidas são fundamentais
na manutenção e reparos das máquinas nas embarcações.

O que é Metrologia?

Segundo o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, do Globo, metrologia é o


conhecimento dos pesos e medidas de todos os povos.
77
FAM 01
Vamos lá!

5.1 A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DIMENCIONAL NAS OPERAÇÕES


DE MÁQUINAS.

O metro assim como a polegada trouxe significativos progressos aos instrumentos de


medidas, bem como grande aperfeiçoamento nos métodos utilizados no processo de medidas
de precisão. Quase todas as medições em uma oficina envolvem medidas de comprimento.
Elas são numerosas, de modo que há uma infinidade de instrumentos, tais como: escala,
compasso, calibre vernier micrômetro e outros que estão disponíveis para atender as
necessidades da indústria. Com isso, tornou-se possível a produção em série de peças, isto é,
peças que podem ser substituídas trocadas por outras com as mesmas medidas, em um só
aparelho, sem alterar suas funções.

5.2 UNIDADES DE MEDIDAS DE METROLOGIA

5.2.1 Leitura da escala em milímetro

A leitura é feita pelo sistema métrico decimal:

1 metro 10 decímetros

1 decímetro 10 centímetros

1 centímetro 10 milímetros

A graduação da escala consiste em dividir 1 centímetro em 10 partes iguais.

Na figura abaixo, temos a leitura das medidas 0 = 30, p = 34 e q = 40 milímetros:

Figura 5.1 – Leitura de medidas em espaços marcados.

78
5.2.2 Leitura da Escala em Polegada

Como se realiza a leitura da escala em polegada?

Representação em polegada:

(") Polegada 1" = uma polegada

(IN) Polegada - 1 IN = uma polegada

Figura 5.2 – Intervalo referente a 1” (ampliado).

As graduações da escala são feitas, dividindo-se a polegada em 2, 4, 8, 16, e em alguns


casos, em 32 partes iguais.

Figura 5.3 – Divisão da polegada nas graduações da escala.

A distância entre traços é igual a 1/2" (1/2 polegada). Somando as frações, teremos:

Figura 5.4 – Divisão de 1” por 2.

Distância entre traços é igual 1/4" (1/4 da polegada). Somando-se as frações, teremos:

1/4" + 1/4" = 1/2"

1/4" + 1/4" + 1/4" = 3/4"

1/4" + 1/4" + 1/4" + 1/4" = 1"

Observe!

Operando com frações ordinárias, sempre que o numerador e o denominador forem


números que possam ser divididos, devemos simplificar a fração.

Exercício resolvido 5.1

Exemplo:

Temos

79
FAM 01
Simplificando, teremos:

Figura 5.5 – Divisão de 1” por 4.

Distância entre traços é igual a 1/8. Somando, teremos:

1/8" + 1/8" = 2/8" = 1/4"

1/8" + 1/8" + 1/8" = 3/8"

1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8"= 4/8" + 1/2"

1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8" = 5/8"

1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8" + 1/8" = 6/8" = 3/4"

Prosseguindo a soma, encontramos o valor de cada traço na figura abaixo.

Figura 5.6 – Divisão de 1” por 8.

A distância entre traços é igual 1/16". Somando as frações, teremos

1/16" + 1/16" = 2/16" = 1/8"

1/16" + 1/16" + 1/16" = 3/16"

Prosseguindo a soma, encontraremos o valor de cada traço, conforme demonstrado na


figura a seguir.

Figura 5.7 – Divisão de 1” por 16.

A distância entre traços é igual 1/32". Somando as frações, teremos:

1/32" + 1/32" = 2/32" = 1/16"

1/32" + 1/32" + 1/32" = 3/32"

1/32" + 1/32" + 1/32" + 1/32" = 4/32' = 2/16" = 1/8"

Prosseguindo a soma, encontraremos o valor de cada valor na figura abaixo.

Figura 5.8 – Valor encontrado de cada traço.

80
Exercício resolvido 5.2

Na figura abaixo, temos as medidas f = 1 1/16", g = 1 1/4", h = 1 3/4", e i = 15/16".

A sua graduação se faz em 1/2, 1/4 1/8,1/16,e 1/32 da polegada.

5.3 ESCALA OU RÉGUA GRADUADAS

Régua graduada é o mais elementar instrumento de medição utilizado nas oficinas; é


usado para obter medidas lineares, quando não há exigência de precisão.

É constituída normalmente de aço inoxidável, tendo sua graduação inicial situada na


extremidade esquerda.

É graduada rigorosamente em divisões de 1 , 1 , 1 e 1 da polegada em


8 16 32 64
milímetro.

Você sabe qual é a finalidade da escala graduada?

A escala graduada é de importância fundamental nas oficinas mecânicas para medidas


lineares, tais como marcar linhas, medidas comprimentos com face de referência, e para
regular abertura de compasso utilizado para transportar medidas.

As figuras mostram como podem ser feitas as leituras com as escalas graduadas.

81
FAM 01
Figura 5.9 – Leituras com escalas graduadas.

5.3.1 Tipos de escala graduada

Você conhece os tipos de escala graduada?

Vamos conhecer!

A escala graduada apresenta-se sob vários tipos para as mais variados tarefas de
medições.

 Escala de profundidade – é utilizada para medir profundidade de furos, rasgos de


chavetas e outros rebaixos. (Figura 5.10)

Figura 5.10 – Régua de profundidade.

 Escala de encosto interno – é utilizada para medir comprimento com a face interna
de referência. (Figura 5.11)

Figura 5.11 – Escala de encosto interno.

82
 Escala de encosto externo – é utilizada para medição de comprimento de uma face
externa com um encosto que deve estar perfeitamente no plano perpendicular à face da peça
para uma boa medição.

Figura 5.12 – Escala de Encosto Externo.

Leitura da Escala em Milímetro

Em uma escala de plástico ou uma escala de madeira nem sempre as medidas são
exatas e podem ser a causa de peça mal feita.

Como se realiza a leitura da escala em milímetro?

Um mecânico experiente pode tomar medidas precisas, usando para isto uma escala de
aço e um compasso.

Escala

Escala ou régua graduada é um dos mais simples instrumentos de medida linear utilizado
nas oficinas de reparo e manutenção. É constituída, normalmente de aço inoxidável ou aço
carbono.

A leitura feita pelo sistema métrico decimal:

1 metro 10 decímetros

1 decímetro 10 centímetros

1 centímetro 10 milímetros

A graduação da escala consiste em dividir 1 centímetro em 10 partes iguais.

Figura 5.13 – Graduação de escala.

Que tal uma parada para respirar? Aproveite para beber um copo d’água, em seguida
realize a tarefa proposta.

83
FAM 01
Tarefa 5.1

5.1.1) Qual é a finalidade da escala graduada?


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

Você sabe como utilizar os diversos tipos de escala graduada?

5.3.2 Utilização Prática

Existe uma variedade de aplicações aos mais diversos tipos de escala graduada como
você pode verificar nas figuras a abaixo:

Figura 5.14 – Medição de comprimento com face de referência.

Figura 5.15 – Medição de comprimento com face interna de referência.

Figura 5.16 – Transferência de medida com escala em milímetro.

84
Figura 5.17 – Medição do diâmetro de uma peça.

Figura 5.18 – Medição de comprimento sem encosta de referência.

Quais são as características da escala graduada?

Confiram quais são:

5.3.3 Características da escala graduada

 Ser, de preferência, de aço inoxidável.

 Ter bom acabamento.

 Possuir graduação uniforme.

 Apresentar traços bem finos, profundos e bem visíveis.

5.3.4 Normas de conservação

Os procedimentos abaixo são muito importantes, vejam quais são:

 Evite quedas e contatos com outras ferramentas.

 Evite flexioná-la, para que não se empene ou quebre.

 Limpe-as após o uso, removendo o suor e a sujeira.

 Aplique uma ligeira camada de óleo fino após o uso.

85
FAM 01
5.3.5 Transformação de medidas

Como realizar a transformação de medidas?

1) Transformação de polegada para milímetro

Basta multiplicar 25,4 mm, pela quantidade da polegada.

Exemplo:

Transformar 4” (4 polegadas) em milímetro:

Se 1” = 25,4 mm, então teremos 25,4 x 4 = 101,6 mm

2) Transformação de fração em polegada para milímetro:

Quando o número for fracionário, multiplica-se 25,4 pelo numerador da fração e divide-se
pelo denominador.

Exemplo:
7"
Transformar ( 7/8 da polegada) em milímetros.
8
25,4 x 7
Então,  22,225 mm
8
3 ) Transformação de milímetro para polegada

Para transformar milímetro em polegada, divide-se o valor em milímetro por 2,54 e


multiplica-se numerador e denominador por 128, o que facilitará a redução da fração.

Exemplo:

Transformar 19,05mm em polegada:


(19,05  25,4) 128 0,75 x 128 96
 
128 128 128
Simplificando a fração, teremos:
96 48 24 12 6 3
    
128 64 32 16 8 4
Observação:

Caso o numerador não dê um número inteiro, deve-se arredondá-lo para o número inteiro
mais próximo.

Exemplo:

Transformar 19,8 mm em polegada


19,8  25,4 ) 128 99,779

128 128
100"
arredondando:
128

86
Simplificando, teremos:
100" 50" 25"
 
128 64 32

4) Transformação de fração ordinária da polegada em ffração


ração decimal
decimal..
Para transformar fração ordinária da polegada em fração decimal, divide-se o numerador
pelo denominador.

Exemplo:

Transformar 5/8” em decimal:


5"
 0,625
8
5) Transformação de fração decimal da polegada em fração ordinária.

Para transformar fração decimal da polegada em ordinária, multiplica-se o valor em


decimal, por uma das divisões da polegada, tomando-se o denominador a mesma divisão
dada, simplificando-se a fração.

Exemplo>

Transformar 0,4375 em fração ordinária:


(0,4375 x 128) 56

128 128
Simplificando a fração, teremos:
56 28 14 7"
  
128 64 32 16

5.4 COMPASSO

Como você definiria um compasso?

Confira a resposta!

Compasso é um instrumento de medida construído de aço-carbono, constituído de duas


pernas, que se abrem e se fecham através de uma articulação. As pernas podem ser retas,
terminadas em pontas afiladas e endurecidas, de uma perna reta e outra curva.

O compasso de pernas retas é denominado de compasso de pontas. O compasso de


perna reta e outra curva é denominado compasso de centrar ou hermafrodita.

As pontas do compasso podem ser afiadas. A afiação é feita no esmeril ou na pedra de


afiar, e se faz pela parte externa. Ao se afiar, deve-se ter o cuidado de manter as duas pernas
com o mesmo comprimento, o que é importante para se obter um bom traçado.

87
FAM 01
Observe um dos tipos de compasso, figura 5.19, a seguir.

Figura 5.19 – Compasso.

5.4.1 Finalidades

Para que serve o compasso?

O compasso é um instrumento destinado ao traçado de arcos, circunferência,


perpendiculares, divisão de ângulos, marcação de centro etc.

É um dos mais antigos instrumentos de comparação. Depende do tato para medir uma
peça, transfere a medida para uma escala graduada, calibre vernier ou micrômetro e consegue
uma boa leitura.

A abertura do compasso poderá ser medida com auxílio de uma escala.

5.4.2 Tipos de compasso

Vamos conhecer os tipos de compasso?

Existem compassos de vários tipos, formatos e tamanhos e podem ser utilizados em uma
variedade de tarefas. Basicamente os principais tipos são os compassos de fricção e de mola.
a ) C OMPASSO D E FR ICÇÃO

As pernas do compasso de fricção são simplesmente articuladas, sendo a abertura


mantida apenas pela fricção ou pelo aperto que se dá na articulação.

O seu uso não é recomendável, quando há necessidade de muita precisão. Existem


compassos de fricção para várias modalidades de trabalhos. (Figura 5.20)

88
Figura 5.20 – Compasso de fricção.

b ) COMPASSO D E MED IDA S EXTERNA S

Esse compasso pode ser travado pela articulação e é provido de um parafuso que
permite ajustamentos finais. Depois que as pernas são ajustadas a uma medida aproximada, o
ajuste final é feito com alguns giros da porca recartilhada. (Figura 5.21)

Figura 5.21 – Compasso de medidas externas.

c ) C OM PAS S O D E MED IDA S INT ERNA S

Esse compasso também pode ser travado pela articulação e é provido de parafuso que
permite ajustamentos finais. (Figura 5.22)

Figura 5.22 – Compasso de medidas internas.

d ) COM PAS S O D E PON TA S

Utilizado para traçar circunferências, arcos de circunferências, para transportar medidas.

89
FAM 01
Figura 5.23 – Compasso de pontas.

e ) C OMPASSO H ERMAFROD ITA

Esse compasso é metade compasso de medida externa, metade compasso de ponta. É


utilizado para determinar o centro de uma peça cilíndrica e traçar uma reta a uma superfície
plana.

É um instrumento de maior precisão e sensibilidade que os demais. Isso se deve à ação


da mola, que o mantém sob tensão, e à possibilidade de aberturas com medidas mais
precisas, por meio de parafusos e da porca de regulagem. (Figura 5.24)

Figura 5.24 – Compasso hermafrodita.

Exercite o que você aprendeu sobre o compasso. Faça a tarefa abaixo.

Tarefa 5.2

Faça o que se pede nos itens abaixo.

5.2.1) Qual é a finalidade do compasso?


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

90
5.2.2) Cite os diferentes tipos de compasso apresentados nesta unidade.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

5.4.3 Utilização prática

Agora você poderá observar os diferentes tipos de utilização do compasso.

Quando se faz a centragem aproximada da base de uma


peça cilíndrica, dá-se a abertura aproximada do raio e, com a
face de contato em pontos opostos, traçam-se quatro arcos que
se cortam. O centro fica no interior desse quadrilátero
curvilíneo.

Figura 5.25 – Centragem de uma peça cinlíndrica.

Vale ressaltar que, para a traçagem de uma superfície, passa-se uma leve
camada de verniz ou alvaiade, com pincel na face da peça que vai receber o
traçado, para que os traços se destaquem com nitidez.

Figura 5.26 – (a) Traçado de uma linha paralela a uma superfície plana.
Acerta-se a medida na escala (a) e faz-se o traçado na figura (b).

Tomada a medida na escala graduada e o transporte dessa medida uma ou mais


vezes, como mostram as figuras 5.27 (a) e (b) a seguir:

91
FAM 01
Figura 5.27 – (a) e (b)

Quando se quer medir a distância entre as superfícies de um rasgo, é necessário que as


duas pontas do compasso toquem as superfícies ligeiramente. Isso é obtido por um pequeno
movimento de vaivém, sentindo-se o contato com a peça, conforme a figura 5.28.

Figura 5.28 – Medição de distância entre superfícies.

Para que o compasso esteja em boas condições de uso é indispensável que:

 as pontas sejam afiadas na pedra de afiar;


 as pernas estejam iguais; e
 o deslocamento das pernas se faça no mesmo plano.

5.4.4 Normas de conservação

Para conservar os compassos em bom estado de uso, é importante lembrar que:

 os compassos devem estar bem ajustados;


 as pontas devem estar bem afiadas;
 devem ser mantidos isolados de outras ferramentas;
 deve-se proteger contra golpes e quedas;
 deve-se lubrificar após o uso;
 as pontas devem ser protegidas com madeira ou borracha; e
 as pontas devem ser acertadas corretamente, na forma e no comprimento,
empregando a pedra de afiar.

92
5.4.5 Calibres (apalpadores)

São também denominados Calibres Espaçadores, Canivetes de Espessuras ou


Sondas.

Constam de uma coleção de lâminas de aço temperado reunidas entre si, dando um
aspecto de um canivete e tendo cada lâmina uma dimensão linear característica (espessura ou
largura, sendo a largura para grandes dimensões).

Esses Calibres se destinam à determinação de folgas existentes entre superfícies


planas ou não; entre superfícies cilíndricas. Temos como exemplo típico a determinação de
folgas dos mancais.

As diversas lâminas têm sua dimensão característica expressa em fração decimal da


polegada ou do milímetro.

Figura 5.29 – Calibres (apalpadores).

5.4.6 Calibres para ferramenta de corte

Os calibres para ferramenta de corte, também chamados de escantilhões, se destinam à


verificação dos ângulos das ferramentas usadas para o corte de roscas, bem como à
colocação da ferramenta em posição de trabalho.

Figura 5.30 – Calibres para ferramenta de corte.

93
FAM 01
5.4.7 Calibre de rosca

Esses calibres também chamado de canivxcetes para rosca, em milímetro e em


polegada, são formados por uma série de lâminas dentadas (perfil e passo) reunidas em
formas de canivete. São utilizadas para a rápida verificação de uma rosca tanto externa,
quanto internamente.

5.4.8 Escantilhão

Instrumentos utilizados pelos torneiros mecânicos para preparar ferramentas de abrir


roscas com perfil do ângulo desejado.

5.5 CALIBRE VERNIER

O que é Calibre Vernier?

O calibre vernier é um instrumento de medida de precisão, composto de uma régua


graduada em milímetro e em polegadas na qual corre uma escala móvel (cursor) denominado
de nônio ou vernier, que permite menor divisão da escala. O calibre vernier é também
conhecido com o nome de paquímetro.

5.5.1 Finalidade

É empregado para medir diâmetros externos e internos, comprimentos, espessuras e


profundidades com precisão. Observe a figura 5.31 a seguir.

1) Escala fixa 7) Bico fixo 8) Nônio em polegadas


2) Escala móvel 9) Bico móvel 10) Nônio em milímetros
3) Orelha fixa 11) Parafuso de fixação
4) Orelha móvel 12) Vareta de profundidade

Figura 5.31 – Calibre Vernier.

94
5.5.2 Leitura da escala fixa

Figura 5.32 – Leitura da escala fixa (a).

Se deslocarmos o cursor do calibre vernier até que o zero do nônio coincida com zero do
primeiro traço da escala fixa, a leitura medida é 1mm, no segundo traço 2mm, no terceiro traço
3mm no décimo sétimo traço, e assim sucessivamente.

Figura 5.33 – Leitura da escala fixa (b).

5.5.3 Leitura da escala móvel em milímetro

Através da escala móvel, podemos fazer várias frações de milímetro e o primeiro passo é
conhecer o valor da aproximação.

A aproximação é dada conforme a divisão da escala móvel (nônio). Existem calibres


vernier que possuem 10 divisões na escala móvel (nônio), outros 20 divisões, etc. Obtém-se a
aproximação, dividindo-se o menor valor da escala fixa pelo número de divisões da escala
móvel (nônio ou vernier).

Quando o menor valor da escala fixa de um calibre vernier é 1 milímetro e o nônio


possui 10 divisões na sua escala móvel, se fizermos coincidir o primeiro traço do nônio com o
primeiro traço da escala fixa, a abertura do calibre será de 0,1mm. Quando coincide com o
segundo traço 0,2 e com o terceiro, será 0,3 assim sucessivamente, como mostra na figura
5.33.

95
FAM 01
Figura 5.34 – Leitura da escala móvel em milímetro.

Quando o menor valor da escala fixa é um milímetro e o nônio possui 20 divisões a


aproximação é igual a cinco centésimo de milímetro (0,05mm).

Que tal mais uma tarefa para colocar em prática o que você acabou de estudar?

Tarefa 5.3

Faça o que se pede abaixo.

Nas figuras a seguir, o nônio possui 20 divisões, faça a leitura e escreva a medida nas lacunas.

5.5.4 Leitura do Calibre Vernier em Polegada

Para efetuarmos a leitura do calibre vernier em polegada, é necessário conhecermos


bem todos os valores dos traços das escalas.

A escala fixa do calibre vernier é dividida em polegadas. Cada polegada é dividida em 16


partes iguais.

96
Valor de cada traço de escala fixa.

ATENÇÃO

Quando deslocarmos o cursor do calibre vernier até que o primeiro traço do nônio
coincida com primeiro traço da escala fixa, a leitura medida será 1/16”, no segundo traço 1/8”,
no décimo traço será 5/8’, como mostram as figuras a seguir.

Na figura abaixo, o zero do nônio está coincidindo no quarto traço após a sétima
polegada. A leitura é 7 ¼ (sete polegadas e um quarto).

5.5.6 Leitura da escala móvel em polegada

O calibre vernier nos permite, através do nônio, medir valores fracionários de maior
sensibilidade, e o primeiro passo é conhecer a aproximação do instrumento.

O valor da aproximação do calibre vernier em frações ordinárias da polegada é um


cento e vinte oito avos da polegada (1/128”).

Assim, uma divisão do nônio vale:

Figura 5.35 – Leitura da escala móvel em mpolegada.

Quando deslocamos o cursor do calibre vernier até que o primeiro traço do nônio
coincida com primeiro traço da escala fixa, a leitura da medida é 1/128”, com segundo traço

97
FAM 01
1/64”,com o terceiro traço 3/128, e assim sucessivamente. Confira no conjunto de figuras 5.36.

Figura 5.36 – Conjunto de figuras.

Na figura 5.37, o quarto traço do nônio coincide com o da escala fixa. A leitura da medida é:

Figura 5.37 – Medida em polegada fracionária

Figura 5.38 – Soma das medidas da Escala Fixa e do Nônio.

5.5.7 Utilização Prática

Medir diâmetro externo é uma operação freqüentemente realizada pelo mecânico, a qual
deve ser feita corretamente, a fim de se obter medida precisa sem se danificar o instrumento.

Veja a figura 5.39 a seguir.

98
Figura 5.39 – Utilização prática.

5.5.8 Procedimentos Importantes

Para que você possa executar esta tarefa corretamente fique atento a alguns
procedimentos importantes:

 Segure o calibre vernier, utilizando a mão direita.


 Abra o calibre vernier a uma abertura maior que o diâmetro da peça a ser medida.
 Encoste o centro do encosto fixo em uma das extremidades do diâmetro da peça.
 Feche o calibre suavemente até que o encosto móvel toque a outra extremidade do
diâmetro.
 Faça a leitura da medida.
 O calibre deve ser aberto e a peça retirada, sem que os encostos a toquem.

5.5.9 Tipos de medidas

a ) Medidas externas

A peça deve ser colocada o mais profundamente possível entre os bicos de medição
para evitar desgastes nas pontas.

Figura 5.40 – Utilização prática.

b ) Medidas internas

As orelhas devem ser colocadas o mais profundamente possível. O calibre deve estar
sempre paralelo à peça que está sendo medida.

Figura 5.41 – Utilização prática.

99
FAM 01
5.5.10 Normas de conservação

 Limpe bem o calibre antes do uso, a fim de eliminar sujeira depositada, especialmente
nas superfícies de medição.
 Não force o calibre vernier ao colocá-lo e retirá-lo da peça.
 Não deixe o calibre vernier em contato com outras ferramentas.
 Limpe bem o calibre vernier após o uso.
 Guarde o instrumento em estojo apropriado.

5.6 MICRÔMETRO

Os micrômetros são instrumentos, largamente empregados nas oficinas mecânicas em


geral, que permitem leitura de alta precisão.

O funcionamento do micrômetro tem por base o princípio de funcionamento do


deslocamento de um parafuso em sentido longitudinal, quando ele gira em uma porca.

Os micrômetros permitem leituras em polegadas e em milímetros. Observe na figura


5.42.

1 – Ferradura 4 – Trava 6 – Tambor com escala móvel


2 – Contatos 5 – Escala fixa 7 – Catraca
3 – Haste 8 – Punho

Figura 5.42 – Micrômetro.

5.6.1 Finalidade

Em um calibre vernier, pode-se fazer medidas com uma aproximação de 1/128


polegada. Esse grau de aproximação, entretanto, não será suficiente para os serviços
chamados de alta precisão.

Para medidas rigorosas que exigirem alta precisão, devemos utilizar o micrômetro.

Segundo a natureza da medição, os micrômetros podem ser de diferentes tipos.

Todos os micrômetros têm a capacidade de medição, isto é, tem a abertura máxima entre
as pontas dos contatos.

Os micrômetros mais utilizados têm a abertura de 0 a 25 mm, 25 a 50 mm, 50 a 75mm;


há também micrômetros com abertura maior, sendo estes de tipo especial.

100
Todo micrômetro deve:

 ser de aço inoxidável;


 ter graduação uniforme;
 apresentar traços bem nítidos no tambor e na escala móvel (longitudinal); e
 possuir tambor bem justo, sem jogo.

5.6.2 Tipos de micrômetro

a) Micrômetro de medida externa

Figura 5.43 – Micrômetro de medida externa.

b) Micrômetro de medida interna

Os micrômetros internos podem ter várias aplicações, utilizando-se o conjunto de hastes


intercambiáveis.

Figura 5.44 – Micrômetro de medida interna.

5.6.3 Princípio de funcionamento

A construção do micrômetro se baseia no princípio do parafuso, que avança ou recua


uma distância correspondente a uma volta completa do passo do parafuso micrométrico. A
escala fixa dispõe de uma graduação longitudinal de uma polegada de comprimento, dividida
em 40 partes iguais. Daí, cada divisão equivale a 1/40 da polegada, que corresponde a 25
milésimo da polegada (0,025").

O tambor possui uma escala (móvel) dividida em 25 partes iguais; conseqüentemente,


cada divisão equivale a um milésimo da polegada de avanço da haste (0,001").

5.6.4 Leitura do micrômetro em polegada

a) L eitura da escala fixa

Estando o micrômetro fechado, se dermos uma volta completa no tambor, teremos um


deslocamento igual ao seu passo (0,025”), aparecendo o primeiro traço na escala fixa. A leitura
medida será 0,025”. Dando duas voltas completas, aparecerá o segundo traço 0,050”, e assim
sucessivamente.

101
FAM 01
Figura 5.45 – Leitura de escala fixa.

b) Leitura do tambor

Sabendo-se que uma volta do tambor equivale a 0,025”, tendo o tambor 25 divisões,
conclui-se que cada divisão do tambor equivale a 0,001” (um milésimo da polegada).

Uma volta no tambor – 0,025”

Número de divisões do tambor – 25

0,025
Cada divisão do tambor -  0,001
25
Se fizermos coincidir o primeiro traço do tambor com a linha de referência da escala fixa,
a leitura será 0,001” (um milésimo da polegada), no segundo traço 0,002”, e no vigésimo
quarto traço 0,024”.

Figura 5.46 – Leitura do tambor.

Sabendo-se a leitura da escala fixa e do tambor, podemos ler qualquer leitura no


micrômetro.

Exemplo:

Para efetuar a leitura, soma-se a leitura da escala fixa com a leitura do tambor.

0,225” + 0,012”=0,237”

Faça a leitura na figura abaixo, somando a leitura da escala fixa com a do tambor.

102
Tarefa 5.4

Leia as medidas e escreva nas linhas abaixo de cada figura.

a) Leitura ___________________ b) Leitura ___________________

Veja se você acertou. As respostas corretas são:

Na figura (a), 0,214” e na figura (b), 0,352”

Após realizar essa tarefa, confira a resposta no final desta Unidade.

5.6.4 Processo de utilização

 Gire o tambor a uma abertura maior que a medida da peça.


 Apóie o micrômetro na palma da mão esquerda.
 Conforme demonstrado nas figuras 5.47 e 5.48.

Figura 5.47 – Utilização do micrômetro (a).

 Prenda a peça entre os dedos indicador e médio.

Figura 5.48 – Utilização do micrômetro (b).

103
FAM 01
 Encoste o contato fixo em uma das extremidades do diâmetro da peça.
 Feche o micrômetro, suavemente, usando apenas a catraca.
 Anote a medida; abra o micrômetro e retire a peça sem que os contatos a toquem.

5.6.5 Utilização do micrômetro interno

O funcionamento desse micrômetro também se baseia no avanço ou recuo de um


parafuso que gira numa porca.

A escala longitudinal possui a graduação de uma


polegada dividida em 40 partes. Cada divisão é igual a 0,025”.
Cada volta do tambor é igual a 0,025”. Como o tambor tem 25
divisões, cada divisão do tambor, a haste da escala
longitudinal avança um milésimo da polegada o
correspondente a 0,001”.

Encoste os contatos na superfície interna da peça e anote


a medida, como ilustra a figura 5.49.
Figura 5.49 – Utilização do micrômetro interno.

5.6.6 Normas de conservação

 Evite contatos com outras ferramentas.


 Evite choques e quedas.
 Evite danificar entalhes, o que prejudica a sua escala.
 Limpe o micrômetro, secando-o com pano limpo e macio, após o uso.
 Guarde o micrômetro destravado, com os contatos ligeiramente afastados.

5.7 RELÓGIO COMPARADOR

É um instrumento de precisão de grande sensibilidade, que mostra visivelmente as


variações das dimensões de uma peça por meio de um mostrador.

Figura 5.50 – Relógio comparador.

104
5.7.1 Finalidade

É utilizado para verificar a correção de alinhamento da posição de uma obra montada em


uma máquina.

A sensibilidade da leitura pode ser de 0,01 mm a 0,001 mm.

5.7.2 Funcionamento

O funcionamento do relógio comparador é baseado no movimento do apalpador (ponta


de contato), o qual é ampliado 100 ou 1000 vezes por meio de engrenagens localizadas no
corpo do relógio.

A escala está montada em todo o perímetro do mostrador e é dividida em 100 a 1000


partes iguais. Uma volta completa do ponteiro corresponde ao deslocamento de 1 mm do
apalpador.

Figura 5.51 – Mecanismo interno. Figura 5.52 – Mostrador.

Assim, cada divisão da escala representa um centésimo ou um milésimo de milímetro,


conforme o número de divisões da escala.

O relógio comparador, para ser usado, necessita ser montado em suporte adequado.
Para a leitura, ajusta-se o APALPADOR sobre a superfície da obra depois de montado em
suporte.

Ao tomar contato com a superfície, o APALPADOR sofre um deslocamento, por meio de


ponteiro, que é registrado no MOSTRADOR. (Figura 5.53)

Figura 5.53 – Mostrador.

105
FAM 01
5.7.3 Aplicações

Por meio do ARO, faz-se coincidir o zero da escala com a posição do ponteiro. A
verificação é obtida, deslocando-se o relógio de maneira que o apalpador percorre vários
pontos da superfície, observando-se as variações do ponteiro. Essas variações podem ser
para a direita do zero, indicando elevação, ou para a esquerda do zero, indicando depressão.

Figura 5.54 – Demonstração de aplicações.

5.8 CONTADORES DE ROTAÇÃO

São aparelhos constituídos com dispositivos que permitem medir o número de rotações, a
cada momento, de uma máquina, de um eixo, de um motor ou outra peça qualquer sujeito a
um movimento giratório. Esse movimento é a velocidade do eixo, e é medido em rotações por
minuto (rpm).

5.8.1 Tacômetro

Os tacômetros, em sua maioria, são fixados aos equipamentos onde são instalados. Eles
são ligados a turbinas, eixos propulsores, motores etc., para que se tenha conhecimento
permanente de suas velocidades. O tipo mais simples é o que se baseia na força centrífuga.
Utiliza o efeito causado por essa força, que agindo sobre dois pesos, que ao se abrirem, vai
comandar um sistema hidráulico que, por seu lado, determina o movimento do eixo que
controla a quantidade de combustível injetada no cilindro, conseguindo com isso a velocidade
do motor, causando o deslocamento do ponteiro sobre o mostrador graduado .

A figura abaixo ilustra o desenho esquemático desse tipo de tacômetro.

Figura 5.55 – Tacômetro em desenho esquemático.

106
5.8.2 Taquímetro

São contadores de rotação geralmente portáteis e são também utilizados para medir a
RPM de equipamentos que tenha movimento de rotação. São aparelhos de precisão
acondicionados em estojos portáteis.

Geralmente possuem hastes diferentes que serão utilizadas dependendo do tipo do eixo
em movimento que se vai medir. Essas hastes são encostadas ao eixo em movimento, e um
conjunto de engrenagem vai transmitir o movimento ao ponteiro, que indica as rotações ao
mostrador

Existem vários tipos de hastes. Cada uma para tipos de eixos diferentes. As pontas em
forma de cone e as pontas de vácuo são as que mais normalmente são fornecidas com os
instrumentos.

As pontas de vácuo são as que mais se adaptam a eixos de extremidades lisas, a ponta
cônica é melhor para trabalhar em eixos em cuja extremidade exista um furo de centro.

Figura 5.56 – Taquímetro.

Quando se usa um contador de rotações, deve-se considerar o fator tempo. Podem-se


usar os ponteiros dos segundos de um relógio, para melhor medir as rotações, porém é mais
conveniente que se use o cronômetro.

Cronômetro é um relógio de precisão, fabricado seguindo rigorosos padrões


internacionais de exatidão. É um instrumento mecânico ou elétrico, que permite medir com
precisão intervalos de tempo.

5.8.3 Normas de conservação

Devem-se manter os taquímetros isolados de outras ferramentas. Por isso, mantenha-os


limpos após o uso.

Considerações Finais

Esta unidade de ensino apresentou atividades que permitirão a você, aluno, desenvolver
a leitura em frações ordinárias e decimais de milímetro e polegada, utilizadas nas escalas
graduadas, no calibre vernier (paquímetro) e no micrômetro, desenvolvendo a capacidade de
medidas lineares de alta precisão.

Parabéns por mais esta Unidade concluída.


Portanto, chegou a hora de você testar seus
conhecimentos.

107
FAM 01
Teste de Auto-Avaliação da Unidade 5

5.1) Em uma régua graduada dividida em 32 partes iguais da polegada a distância entre dois
traços é igual a _______ da polegada.

   
b) 1 c) 1 d) 1
a) 1 32 64 28
16
5.2) Os apalpadores são também denominados de
a) canivete de espessura.
b) canivete de folga.
c) escantilhão.
d) canivete de aço.

5.3) O instrumento destinado ao traçado de arcos e circunferência é:

a) o graminho.
b) o riscador.
c) a escala graduada.
d) o compasso.

5.4) Quando deslocamos o cursor do calibre vernier até que o primeiro traço do nônio coincida
com o primeiro traço da escala fixa em milímetro, a leitura é:

a) 0,1 mm
b) 1,0 mm
c) 0,5 mm
d) 0,2 mm

5.5) Quando deslocamos o cursor do calibre vernier até que o primeiro traço do nônio coincida
com o primeiro traço da escala fixa em polegada a leitura é:

   
b) 1 c) 1 d) 1
a) 1 8 16 32
4

5.6) Sabemos que cada divisão da escala fixa do micrômetro equivale 1 da polegada que
40
corresponde a:

a) 0,020”
b) 0,050”
c) 0,025”
d) 0,250”

108
Chave de Respostas das Tarefas e do Teste de Auto-Avaliação da Unidade 5

Tarefas 5.1

5.1.1) A escala graduada é utilizada nas oficinas mecânicas para medidas lineares como
marcar, linhas, medidas de comprimentos, como fazer referências, regular e abertura de
compasso para transportar medidas.

Tarefas 5.2

5.2.1) É um instrumento destinado ao traçado de arcos, circunferência, perpendiculares,


divisão de ângulos, marcação de centro.

5.2.2) Compasso de fricção, compasso de medida interna, compasso de medida, compasso de


ponta, compasso hermafrodita.

Tarefas 5.3

5.3.1)
a) 3,65 mm
b) 17,45 mm

Teste de Auto-Avaliação

5.1) b

5.2) a

5.3) d

5.4) b

5.5) c

5.6) c

Não desista de seus objetivos, continue seu


estudo e avance para a Unidade 6 que trata do
assunto: “Máquinas de furar (furadeira) e
esmeril”.

109
FAM 01
110
UNIDADE 6

MÁQUINAS DE FURAR E ESMERIL

Nesta unidade, você vai:

 Identificar os principais tipos de máquinas de furar.


 Conhecer os componentes da máquina de furar.
 Selecionar os principais acessórios utilizados nas máquinas de furar.
 Conhecer a utilidade e os principais componentes do esmeril.
 Identificar os tipos de abrasivos utilizados no esmeril.

“A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho
original”.

Albert Einstein

Parafraseando o pensamento de Einstein, poderíamos dizer que, quando um homem se


rende a um conhecimento, ele jamais será o mesmo. Sobretudo, as novas idéias possibilitam
mudanças que interferem nas emoções, no físico e nas atitudes. Logo, nosso tamanho
intelectual será muito maior que o anterior.

Você deve estar se perguntando o que esse pensamento tem a ver com máquinas de
furar?

Veja a resposta!

Assim como uma nova idéia muda o tamanho intelectual do homem, a máquina de furar,
ao tocar em uma determinada superfície, sem o devido cálculo e preparo, pode comprometer
todo o trabalho. Nesse caso, inutiliza todo o projeto original. A peça que foi indevidamente
furada nunca mais será a mesma, pois perderá a sua originalidade. Logo, ao utilizar a furadeira
e o esmeril, você precisa conhecê-los, bem como observar também os procedimentos para
manuseá-los.

Vamos ao nosso estudo!

6.1 PRINCIPAIS MÁQUINAS DE FURAR

As máquinas de furar podem ser manuais, portáteis ou elétricas. Normalmente, uma


máquina de furar possui um dispositivo denominado árvore, onde é fixada a haste cônica do
mandril ou bucha.

111
FAM 01
O mandril é um dispositivo que possui três mordidas que se abrem e se fecham para
prender a broca por meio de uma chave.

6.2 FINALIDADE DA MÁQUINA DE FURAR

A máquina de furar é utilizada para prender uma broca que, animada de um movimento
de rotação, permite que ela penetre no material a ser furado.

Os furos são feitos, mediante a necessidade de roscar ou introduzir eixos, buchas,


parafusos ou rebites em peças que poderão ter funções diferentes.

6.3 TIPOS DE FERRAMENTA DE FURAR, METAIS E APLICAÇÃO

6.3.1 Máquina de furar de mão

Permite fazer furos de até ¼” (um quarto da polegada), sem ser necessário utilizar a
corrente elétrica.

Veja a seguir os diferentes tipos de ferramentas utilizadas para furar metais.

Figura 6.1 – Máquina de furar de mão.

6.3.2 Máquina de furar de peito

Permite fazer furos sem utilizar corrente elétrica, e ainda oferece mais facilidade no seu
manuseio que a máquina de furar de mão.

112
Figura 6.2 – Máquina de furar de peito.

6.3.3 Arco de pua

Destinado a serviços mais pesados é um instrumento em forma de manivela que possui,


em uma das extremidades, um mandril para ser adaptado numa broca cuja finalidade é abrir
furos manualmente em chapas metálicas.

Figura 6.3 – Arco de pua.

As máquinas de furar já mencionadas são destinadas a abrir furos em metais, desde que
não sejam maiores que ¼ da polegada. Para isso, é necessário virar a máquina,
manualmente, numa velocidade moderada. Deve-se verificar se o ângulo que ela está fazendo
com a superfície da peça é correto, geralmente de 90 graus. Deve-se segurar a máquina firme
e com pressão suficiente para manter a broca cortando.

6.3.4 Máquina de furar portátil

São usadas com a mesma finalidade que as máquinas manuais, mas com estas não se
precisa empregar esforço para girar a broca. O eixo porta-broca, ou árvore, é girado por meio
de um motor. A potência varia de ¼ a 1 HP.

113
FAM 01
Podem-se usar máquinas de furar portáteis para serviços como polir, desbastar e
esmerilhar. Nesse caso, devem-se empregar artifícios para segurar os polidores as pedras de
esmeril, etc.

As máquinas de furar portáteis podem ser utilizadas em qualquer posição.

Figura 6.4 – Máquina de furar portátil.

6.3.5 Máquina de furar de bancada

Possui um suporte e uma coluna que sustenta o sistema de transmissão e a mesa de


trabalho, montada sobre uma bancada ou pedestal. É provida de um motor que gira a árvore
por meio de polias e correias em forma de V.

Uma das vantagens dessa máquina sobre a portátil é o controle da velocidade, que é
feito por meio das polias e correia. Geralmente a polia do motor possui quatro alojamentos
para a correia, o mesmo acontecendo com a polia da árvore.

o
Figura 6.5 – Máquina de furar de bancada com mesa giratória de 360 .

114
6.4 PRINCIPAIS COMPONENTES DA MÁQUINA DE FURAR

Você sabe quais são os principais componentes da máquina de furar?

A obra pode ser presa em um torno de bancada na mesa de trabalho. Às vezes é


preciso inventar artifícios para prender certas obras na mesa. Pode-se usar bloco em V e
grampo para prender objetos redondos. Usa-se torno paralelo para prender obras pequenas;
as obras grandes são presas diretamente na mesa de trabalho.

a) Bloco em V

Figura 6.6 – Bloco em V.

b) Torno de bancada paralelo

Figura 6.7 – Torno de bancada paralelo.

A bucha (mandril) é o dispositivo no qual é presa a broca. A maioria das buchas possui
três mordidas (mandíbulas), que são apertadas e afrouxadas com uma chave, como ilustra a
figura.

c) Mandril

Figura 6.8 – Mandril.

115
FAM 01
Que tal você verificar o que acaba de estudar?

Tarefa 6.1

6.1.1) Quais são os tipos de máquinas de furar mais utilizados?


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

6.1.2) Qual é a vantagem da máquina de furar de bancada?


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

6.5 UTILIZAÇÃO PRÁTICA

A operação que consiste em fazer furos pela ação da rotação e avanços de uma broca é
feita por máquina de furar.

A máquina da figura 6.5 possui quatro velocidades. A correia está na posição de maior
velocidade; 3000 a 3600 rotações por minuto (3000 a 3600 rpm). Está é a velocidade que se
pode empregar para furar com uma broca pequena, mas se emprega uma velocidade 10 vezes
menor ao furar com uma broca de ½” (1/2 polegada). No caso de dúvida, empregue a menor
velocidade.

Para executar a furação de uma obra na máquina de furar, procede-se da seguinte


forma:

1o – A obra, dependendo do tamanho, pode ser fixada diretamente na mesa da


máquina, podendo ser presa em um torno paralelo ou em um bloco em forma de V, e até
ser presa em um torno de mão.

A fixação de uma obra na máquina não é difícil. Depende muito da imaginação do


operador e naturalmente dos recursos disponíveis.

As figuras 6.9 e 6.10 mostram alguns equipamentos para fixação de peças na máquina
de furar.

– Bloco em V e respectivo grampo

Figura 6.9 – Bloco em V e respectivo grampo.

116
– Torno de bancada paralelo

Figura 6.10 – Torno de bancada paralelo.

Para evitar furar o torno ou a mesa da máquina, coloca-se um pedaço de madeira


entre a peça e a base de apoio.

2o – Prenda a broca no mandril.

a) Antes de fixar a broca, verifique se ela está afiada e se o diâmetro está adequado.

b) No caso de broca de punho cônico, fixe-a diretamente na árvore da máquina.

3 o – Execute a furação.

a) A obra e a broca devem estar presas.

b) Aproxime a broca, acionando o ajustador de comprimento.

c) Centre a broca com o ponto onde se vai furar.

d) Ligue a máquina.

e) Inicie e termine o furo.

Durante a furação, utiliza-se o fluido de corte, que serve como refrigerante e lubrificante
na peça e da broca e também para se obter maior durabilidade do corte e melhor acabamento
na superfície de trabalho.

O fluido de corte mais utilizado é uma mistura de aspecto leitoso que contém água (como
refrigerante) e 5 a 10 por cento de óleo solúvel como lubrificante. Geralmente, o fluido do corte
é encontrado no comércio.

6.5.1 Normas de conservação

 Retire sempre a chave do mandril depois de utilizar a máquina.


 Mantenha a broca, cortando sempre que estiver em contato com material.
 Evite choques e quedas com as máquinas portáteis.
 Guarde as máquinas portáteis e as brocas em lugar apropriado.

6.6 ESMERIL

Você sabe o que é esmeril?

117
FAM 01
É uma máquina rotativa na qual existe uma pedra de afiar, desbastar ou polir, geralmente
de forma circular chamada rebolo, acionada por um motor.

O que é rebolo e do que é formado?

O rebolo é formado por duas matérias primas, a saber:

1. o abrasivo, que tem a função de desbastar, afiar, retificar ou cortar; e

2. o aglomerante, cuja função é segurar, unido, um grão abrasivo ao outro, mantendo a


pedra abrasiva.

6.6.1 Tipos de abrasivos

Óxido de alumínio

É recomendado para a esmerilhagem de material de alta resistência à tração, tais como


aço carbono, aço temperado, aço rápido, bronze laminado, ferro maleável, etc.

Carbureto de silício

Existem dois tipos diferentes:

Cor azul-escuro, tipo comum, aplicado em esmerilhagem de ferro fundido, materiais não
ferrosos e não metálicos em geral, tais como: alumínio, bronze fundido, latão, vidro, mármore
etc.

A cor verde é recomendada para afiação e retificação de ferramentas de carbureto de


tungstênio (widia),

O rebolo é classificado pelo tipo de pureza, pelo tipo de abrasivo e também pelo tamanho
do grão que se conhece por uma escala de algarismo que vai de 8 a 600, sendo 8 o grão mais
grosso e 600 o mais fino. O mais grosso e usado para serviços de desbaste e o mais fino para
serviço de acabamento.

6.5.2 Normas de conservação e segurança

 Antes da montagem do rebolo na máquina, certifique-se da máxima rotação


permitida, verificando a indicação existente no rótulo do rebolo. A rotação máxima
nunca pode ultrapassar a rotação marcada no rótulo o rebolo.
 Na montagem do rebolo, verifique se o seu furo do mesmo corresponde ao diâmetro
do eixo da máquina.
 Regule a tampa de proteção e a mesa de apoio. O trabalho sem tampa de proteção
contraria as leis de prevenção de acidentes.
 Conserve o rebolo bem redondo; para retificar o rebolo, deve ser usada ferramenta
apropriada isto é, a roseta.
 Não use a face lateral do rebolo para serviços pesados.
 Montado o rebolo, deixe-o girar livre por alguns minutos, podendo, depois dessa
prova, ser usado normalmente.

118
 Em todo e qualquer serviço com rebolo, é obrigatório o uso de máscara ou óculos
de proteção.

Considerações Finais

Esta unidade exigiu que você aplicasse os conhecimentos adquiridos anteriormente.


Logo, aprendeu que a operação que consiste em fazer furos por meio de uma operação com
broca é feita com a máquina de furar. A máquina de furar, além de ser utilizada para prender a
broca, pode também fazer serviços de desbastar, polir e esmerilhar.

A obra a ser trabalhada pode ser presa na mesa da máquina podendo também ser presa
num torno de bancada ou em um bloco em V. A fixação da obra na máquina depende muito da
imaginação do operador e naturalmente dos recursos da oficina.

Você está progredindo muito! Parabéns por chegar até aqui! Continue sua jornada
de estudos e, demonstre o que aprendeu ,realizando o teste a seguir.

Teste de Auto-Avaliação da Unidade 6

6.1) O dispositivo da máquina de furar, onde é fixado o mandril denomina-se

a) bucha.
b) polia.
c) árvore.
d) alojamento.

6.2) Para prender pequenas obras na máquina de furar usa-se o torno

a) de bancada.
b) universal.
c) paralelo.
d) vertical.

6.3) Na máquina de furar, as grandes obras são presas

a) num torno vertical.


b) num torno horizontal.
c) diretamente na árvore.
d) diretamente na mesa.

6.4) Qual o nome da pedra existente no esmeril utilizada para afiar, desbastar e polir metais?

a) abrasivo.
b) rebolo.
c) grão abrasivo.
d) roseta.

119
FAM 01
6.5) O rebolo é classificado pelo tipo de pureza, pelo tipo de abrasivo e

a) pelo diâmetro.
b) pela espessura.
c) pelo tamanho do grão.
d) pelo furo central.

6.6) As matérias primas que formam o rebolo são:

a) alumínio e silício.
b) abrasivo e silício.
c) liga e alumínio.
d) abrasivo e aglomerante.

Chave de Resposta da Tarefa e do Teste de Auto-Avaliação da Unidade 6

Tarefas 6.1

6.1.1) As máquinas de furar portáteis podem ser usadas para polir, desbastar, esmerilhar. As
máquinas de furar de bancada têm a vantagem sobre as portáteis pelo controle de velocidade
feito por meio de polias e correias.

6.1.2) É o controle da velocidade feito por meio de polias e correias.

Teste de auto-avaliação

6.1) c
6.2) c
6.3) d
6.4) b
6.5) c
6.6) d

Parabéns por mais esta Unidade realizada!


Máquinas avante! Veja a seguir a Unidade 7 que trata
do assunto: “Tornos Mecânicos”.

120
UNIDADE 7

TORNO MECÂNICO

Nesta unidade, você vai:

 Conhecer os componentes e acessórios do torno mecânico.


 Efetuar cálculos de rodas dentadas para confecção de roscas e peças
cônicas.
 Conhecer os principais ângulos da ferramenta de corte.
 Identificar as principais operações realizadas no torno mecânico.
 Conhecer as normas de segurança que devem ser respeitadas durante a
operação de um torno mecânico.

“ Se eu t i ve sse o it o h or as par a d er ru ba r u m a á r vo re ,
p as sar ia se is af ia ndo o me u ma ch ado” .

Abrahan Lincoln

Este pensamento nos remete a idéia do quanto é importante cuidar das ferramentas.
Logo, o êxito de um trabalho, só ocorrerá se você ao utilizar as máquinas disponíveis a bordo
for cauteloso, zeloso, cumprir as normas de segurança e conhecer todas as partes que
compõem a máquina. Não se limite apenas em operar, procure conhecer muito bem os seus
instrumentos de trabalho.

Vamos ao nosso estudo!

Os tornos mecânicos são máquinas destinadas à confecção de peças metálicas,


animadas de um movimento de rotação, por meio de uma ferramenta de corte. Esta ferramenta
pode trabalhar deslocando-se ao longo da peça, paralelamente ao seu eixo ou
perpendicularmente ao mesmo.

A peça tanto pode ser trabalhada por uma ferramenta que atua pela parede externa,
como também pela parede interna. No primeiro caso diz-se tornear e no segundo facear.

121
FAM 01
Figura 7. 1– Torno Mecânico.

7.1 NOMENCLATURA DO TORNO MECÂNICO

Esta Unidade apresenta os principais componentes, acessórios e finalidades do torno


mecânico, normas de conservação, envolvendo cálculo de rodas dentadas para confecção de
roscas.
Veja a seguir os principais componentes do torno mecânico.
Vamos lá!
A utilização correta do torno mecânico depende fundamentalmente do pleno
conhecimento dos seus componentes e principais acessórios. Comecemos, agora, a conhecer
o torno mecânico pelo estudo dos principais componentes.

1) Barramento

São construídos geralmente de ferro fundido de


alta resistência onde se assentam os principais
componentes. São projetados e construídos com tal
precisão que os dois cabeçotes são perfeitamente
alinhados em todo comprimento do torno.

No barramento são montados prismas em forma


de V em aço de alta dureza que servem de guias ao
carro principal e de trilho ao deslocamento do
cabeçote móvel.
Figura 7.2 – Barramento.
Normas de conservação do barramento:

a) O barramento deve ser bem protegido pela ação do material retirado das peças

b) Não se deve deixar ferramentas ou peças sobre o barramento nem tão pouco usá-lo
como bancada de trabalho.

c) Recomenda-se aplicar uma leve camada de óleo lubrificante após a limpeza a fim de
evitar a oxidação pela ação da umidade do ar ou a salinidade do meio ambiente.

122
2) Cabeçote fixo

O cabeçote fixo é utilizado para apoiar a árvore por meio da qual a peça recebe o
movimento de rotação. No cabeçote fixo estão alojados outros componentes para o
funcionamento do torno.

Figura 7.2 – Cabeçote Fixo.

3) Cabeçote móvel

O cabeçote móvel ou contraponto se desloca ao longo da mesa sobre guias e serve


para apoiar peças, a serem trabalhadas, pelo outro extremo. Ele desliza ao longo do
barramento e pode ser fixado em qualquer ponto do mesmo, por um dispositivo de fixação. É
constituído de corpo propriamente dito e base. Existe um orifício no corpo no qual é introduzido
um dispositivo conhecido como canhão ou mangote cujo movimento é feito por meio de volante
de acionamento. Para isso o canhão possui um furo cônico denominado de cone Morse,
conforme demonstrado na figura 7.3 a seguir.

Figura 7.3 – Cabeçote móvel.

4) Carro principal

É o conjunto que tem como finalidade proporcionar movimento nas ferramentas de corte
nas principais operações do torno mecânico. Desloca-se manual e automaticamente ao longo
do barramento, conduzindo o carro transversal, a espera e o porta ferramenta. A espera é
montada sobre uma base giratória e permite o movimento da ferramenta em qualquer direção,
ou seja, longitudinal transversal e inclusive oblíquo. Veja a figura 7.4 a seguir.

123
FAM 01
Figura 7.4 – Carro principal.

5) Caixa de velocidade

Na parte esquerda do cabeçote, estão montadas, dentro de uma caixa, um conjunto de


engrenagens, sendo umas para pô-lo em marcha e inverter os movimentos de rotação do fuso
e da vara por meio de alavancas, e outras para abrir roscas, fazendo variar a velocidade do
fuso. Observe a figura 7.5 a seguir.

Figura 7.5 – Caixa de velocidade.

6) Cremalheira

É uma peça de aço dentada fixada por meio de parafusos ao barramento do torno,
serve para deslocar o carro principal, por meio de um pinhão ou rodete. (Figura 7.6)

Figura 7.6 – Cremalheira.

7) Volante

Movimenta o pinhão ou rodete que engrena na cremalheira e serve para deslocar o


carro principal, manualmente, ao longo do barramento. Pode ser observado na figura do carro
principal (Figura 7.7).

124
Figura 7.7 – Volante.
8) Fuso

Está localizado abaixo da cremalheira e é tão comprido quanto o barramento serve par
deslocar o carro principal na operação de abrir roscas. Veja a seguir na figura 7.8.

Figura 7.8 – Fuso.


9) Vara

Tem a forma de um eixo, disposto paralelamente ao fuso e serve para deslocar os


carros principal e transversal nas operações de tornear e facear automaticamente. Veja a
seguir na figura 7.9.

Figura 7.9 – Vara.


10) Cava

Há tornos providos de uma cavidade, mais ou menos profunda localizada no


barramento, à esquerda do operador, e que permite trabalhar com peças de maior raio que o
raio de trabalho, esta distância é compreendida entre a parte mais alta do barramento e o
centro da peça.

11) Calço da cava

É uma peça que serve para fechar a cavidade da cava.

12) Viola ou grade

É uma peça de formato triangular com rasgos que permitem o encaixe de eixos móveis,
e serve para fixar o trem de engrenagens de recâmbio deslocando-se os eixos e ajustando as
engrenagens sempre que se fizer necessário. Está alojada na extremidade esquerda do torno.

125
FAM 01
13) Caixa Norton

Os tornos modernos são providos de uma caixa de engrenagens acopladas à árvore e


ao fuso que possibilita determinar os movimentos automáticos do torno mecânico. É acionada
pela caixa de velocidade por meio de um conjunto de engrenagens chamadas de recâmbio.
(Figura 7.10)

Figura 7.10 – Caixa Norton.

Que tal mais uma tarefa para ativar seus neurônios?

Tarefa 7.1

7.1.1) Descreva dois procedimentos das normas de conservação do barramento.


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

7.1.2) Cite todos os componentes do torno mecânico.


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

7.2 PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

O torno mecânico, por si só, não é uma máquina que oferece maiores perigos, mas
como qualquer outra máquina pode produzir acidentes, às vezes graves, para um operador
descuidado das normas de segurança para os torneiros.

É de fundamental importância a limpeza apurada, a lubrificação perfeita, sempre


deixando, o torno em boas condições de trabalho, principalmente dos prismas do barramento
os quais devem ser protegidos das limalhas ou cavacos retirados das peças. É importante que
se tenha os cuidados necessários para mantê-lo por muito tempo em bom estado de
conservação.

126
7.3 LIMPEZA DO TORNO

a) Deve-se limpar o torno ao meio dia e a tarde, antes do término do expediente

a) Uma vez por semana deve-se fazer uma limpeza em todas as partes do torno, não só
aquelas que estão à vista, mas também as partes internas.

b) Limpe bem o excesso de óleo em redor das partes móveis com um pano limpo ou
estopa.

c) Não deixe que o pó cavacos ou a ferrugem se acumulem em qualquer parte do torno.


Mantenha-o sempre limpo para que ele permaneça em perfeito estado de funcionamento.

d) No barramento principalmente os prismas devem ser bem protegidos pela ação do


material retirado das peças (limalhas ou cavacos)

Você acha que o torno precisa de lubrificação? De que forma?

Veja como!

Lubrificação do torno

1) Lubrifique todas as partes móveis do torno, todos os dias. Esteja certo de que está
usando óleo de boa qualidade e de viscosidade apropriada.

2) Nunca lubrifique o torno enquanto o mesmo estiver em movimento

3) Não basta encher as graxeiras do torno, é necessário assegurar-se de que os tubos


que levam o óleo para as partes internas não estão obstruídos pela sujeira.

4) Recomenda-se aplicar no barramento, após a limpeza, uma leve camada de óleo


lubrificante a fim de evitar a oxidação pela ação da umidade do ar ou a salinidade do
meio ambiente.

5) O torno precisa ser lubrificado regularmente, para produzir um trabalho de qualidade.

6) Siga cuidadosamente as instruções de lubrificações dos fabricantes se deseja manter


o seu torno em ótimas condições de funcionamento.

7.4 CÁLCULO DE RODAS DENTADA

7.4.
7.4.11 Cálculo de engrenagens de rosca com passo em polegad
polegadaa

Os tornos mecânicos modernos vêm equipados com uma caixa que permite fazer
diferentes passos de roscas.

Por vezes o operador necessitará fazer algum tipo de rosca que não está indicada na
tabela do torno. Tal situação inesperada pode deixar o operador em dificuldade. Portanto, é

127
FAM 01
necessário que você saiba como calcular uma rosca, cujo passo não está especificado na
tabela do torno.

F
Observe estas informações na relação !
P

Chamando “F” o passo do fuso do torno e “P” o passo da rosca de abrir.

Abrir uma rosca com 10 fios por polegada, num torno cujo fuso tem 4 fios por polegada.

Analise o cálculo a seguir!

Abrir uma rosca com 10 fios por polegada, num torno cujo fuso tem 4 fios por polegada.

Sendo o passo fuso do torno 4 fios por polegada e o passo da rosca a abrir 10 fios por
polegada, teremos:

F 4

P 10
Multiplica-se o fator 4/10 (fator de multiplicação) por um número qualquer que dê como
resultado o número de dentes de engrenagens existente na relação do torno.

4 5 20
x 
10 5 50
O resultado é uma engrenagem de 20 dentes e outra de 50 dentes, conforme na figura
7.13 a seguir.

Figura 7.13 – Engrenagem de 20 e 50 dentes.

Montagem:

Quando o número de fios a abrir é maior que número de fios do fuso, a engrenagem da
árvore é menor que a engrenagem do fuso.

Exemplo:

Abrir uma rosca com 8 fios por polegada, num torno que o fuso tenha 4 fios por
polegada.

F 4 10 40
 x 
P 8 10 80

128
O número de fios a abrir é maior que o número de fios do fuso, então a engrenagem da
árvore é menor que a engrenagem do fuso.

 Exercício resolvido

Jogo de 4 rodas para roscas em polegada.

Quando se deseja abrir uma rosca com grande número de fios por polegada, é
necessário usar dois jogos de engrenagem no lugar de um.

Para calcular as engrenagens para abrir 28 fios por polegada, num torno cujo passo do
fuso seja 4 fios por polegada. Acompanhe o cálculo a seguir:

F 4

P 28
Se multiplicarmos a fração por 5, fica:

4 5 20
x 
28 5 140
Bastaria às engrenagens de 20 e 140 para abrir a rosca. Mas não existe
engrenagem de 140 dentes. Então, vamos decompor a fração 20 / 140 em duas frações,
cujo resultado seja o número. Mas antes devemos simplificar essa fração 20 / 140,

20 2
/10 
140 14
A gora decompõe-se fração 2 / 14 em duas frações

2 1 2
 x
14 2 7
Multiplicam-se as duas frações por um número cujo resultado seja um número de dentes
do jogo de engrenagens existente na relação de engrenagem do torno.

1 30 30
x 
2 30 60
E a outra

2 10 20
x 
7 10 70
Dê mais uma parada, beba um copo de água e em seguida, realize a tarefa abaixo.

Tarefa 7.2

7.2.1) Quantas vezes por semana deve ser feita a limpeza interna e externa do torno?
____________________________________________________________________________

129
FAM 01
7.2.2) Cite dois procedimentos de lubrificação do torno.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

Então temos dois jogos com 4 engrenagens, de 30 e 60 dentes e outro de 20 e 70 dentes. A


disposição da será

Assim montadas:

30 = na árvore

60 = primeira intermediária

20 = segunda intermediária

70 = no fuso

Figura 7.14 – Jogo de engrenagens.

7.4.2 Cálculo de engrenagens de roscas em passos de polegada

Para roscas de passo em polegada, o cálculo é o mesmo, a única diferença é que vamos
calcular em frações da polegada.

Exemplo

Vamos calcular as engrenagens para abrir uma rosca de 1/8” de passo, em um torno cujo
fuso tenha 1 / 4”

F 1/8 1 4 4
  x 
P 1/4 8 1 8
Multiplica-se a fração 4/8 por um número, cujo resultado seja o número de dentes de
engrenagens existente na relação existente no torno.

4 x 10 40

8 x 10 80
As engrenagens do passo a abrir são menores que o passo do fuso, então as
engrenagens da árvore é a de menor número de dentes.

130
7.4.3 Jogo de quatro engrenagens para roscas métricas

Vamos calcular as engrenagens para abrir uma rosca de 3 mm de passo em um torno


cujo fuso tem 8 mm de passo.

Constroem-se duas frações com os números 3 e 8.

3 mm = 1x 3 e 8mm = 2 x 4

Formam-se as seguintes frações:

1 2
e
3 4
Multiplica-se o numerador e o denominador dessa fração pelo número de dentes de
engrenagens existentes na coleção do torno.

1 20 20 2 20 40
x  e x 
3 20 60 4 20 80
Teremos as seguintes engrenagens:

20 40
e
60 80
As engrenagens 20 40 dos numeradores são condutoras e as de 60 80 dos
denominadores serão as conduzidas.

7.5 FERRAMENTAS DE CORTE

Qual é a composição das ferramentas de corte?

Vamos aprender!

As ferramentas de corte formam três grupos principais que são:

7.5.1 Aço Carbono

Para ferramenta de corte que tem 0,6 a 1,8% de carbono contendo ainda, uma pequena
quantidade de manganês e silício que facilitam a fusão e a operação de forjar. O carbono é o
elemento essencial que constitui os carvões e os compostos orgânicos.

O carbono combina-se com um grande número de metais e é um dos constituintes do


ferro fundido.

O manganês - é um metal muito empregado na fabricação de ligas ferrosas, copiosas e


na desoxidação do ferro.

O silício - é uma substância que se dissolve em alguns metais (chumbo, prata, e zinco).
As suas principais utilizações na indústria são a preparação do ferro fundido e os aços.

131
FAM 01
7.5.2 Aço rápido

Recebe esse nome porque permite a homenagem de peças em velocidade superiores


àquelas utilizadas pelas ferramentas de aço carbono que estão praticamente em desuso. São
encontrados nas formas de bit, e bedame, etc.

7.5.3 Ligas especiais

São pastilhas de pó de carbono, cobalto, cromo e outros componentes, têm grande


dureza, resistem a elevadas temperaturas, são de grande durabilidade e permitem melhor
acabamento das peças.

A ferramenta deve possuir as seguintes propriedades:

Dureza – Capacidade de um material resistir à penetração de outro material.

Tenacidade – Capacidade de resistência de um metal quando submetido o grande


esforço.

Têmpera – Tratamento térmico cujo principal objetivo é aumentar a dureza do material.

Resistência às temperaturas elevadas – capacidade de manter a dureza mesmo com as


altas temperaturas provocadas pelo atrito.

Resistência ao desgaste – capacidade de resistir à pressão do corte.

A fim de se tornear metais com eficiência, tornam-se necessário uma ferramenta do tipo
adequado, especialmente afiado para o determinado serviço a ser executado. O bit de aço
rápido montado em porta – ferramenta, conforme se vê nas figuras 7.15 (a) e (b) a seguir, são
os tipos mais comuns, entre ferramentas de torno.

Figura 7.15 (a) – Bit de aço rápido.


132
Figura 7.15 (b) – Bit de aço rápido.

7.6 NORMAS DE CONSERVAÇÃO E SEGURANÇA DO TORNO MECÂNICO

Para que o seu trabalho a bordo tenha qualidade, procure observar e cumprir os
procedimentos abaixo.

 Aprenda a função dos diversos órgãos.


 Conheça a função dos principais componentes.
 Mantenha o torno convenientemente lubrificado.
 Planifique e completamente a tarefa antes de executá-la.
 Conserve sempre afiada a ferramenta de corte.
 Execute um corte que possa ser bem suportado pela máquina, pela peça e pela
ferramenta de corte.
 Concentre-se em seu trabalho. A falta de atenção pode provocar sério acidente.
 Não manobre qualquer alavanca sem que conheça o resultado da manobra.
 Nunca deixe a chave de aperto encaixada na placa de castanhas.
 Não trabalhe no torno com camisas de mangas compridas.
 Não use gravatas longas ou anéis.
 Não deixe de usar óculos de proteção.
 Nunca coloque a mão em uma peça ou ferramenta que esteja girando.

7.7 AS CARACTERÍSTICAS DO TORNO MECÂNICO

Os tornos mecânicos são definidos por certas características que servem para orientar os
operadores quanto a sua capacidade para diferentes trabalhos As principais características
que devem ser observadas nos tornos mecânicos são as seguintes:

 comprimento entre pontos é a distância máxima entre a ponta do cabeçote fixo e a


ponta do cabeçote móvel, todo recuado;

133
FAM 01
 altura do centro da árvore em relação ao barramento é a distância da árvore à parte
superior ao barramento;
 o diâmetro do fundo do eixo da árvore e o passo da rosca do fuso; e
 a potência do motor.

7.7.1 Acessórios do torno mecânico

1) Placas

As placas são acessórios do torno acoplados a árvore de onde recebe o movimento de


rotação. Têm como finalidade principal a fixação das peças a serem torneadas. Os principais
tipos são: placa universal, placa de castanhas independentes placa lisa e placa de arrasto.

Placa Universal tem como característica principal o


movimento simultâneo de suas castanhas (castanhas são
dispositivos responsáveis pela fixação das peças). As
castanhas se movimentam pela ação de uma chave
introduzida em um dos furos existente na placa. Estas
placas possuem três castanhas e são utilizadas para
fixação de peças de seção hexagonais e circulares,
conforme a figura número 7.16.

Figura 7.16 – Placa Universal.

Placa de Castanhas Independentes – esta placa


pode ter três ou quatro castanhas reversíveis, sendo que
cada uma pode ser ajustada independente da outra. Este
tipo de placa permite a fixação de peças redondas,
quadradas, de formas irregulares, inclusive excêntricas.
Este tipo de centragem é por causa do deslocamento
individual de suas castanhas. Veja na figura número 7.17
a seguir.
Figura 7.17
Placa de castanhas independentes.

Placa de Arrasto – é uma placa provida de


um rasgo no qual se entrosa um grampo que torna
a peça solidária a árvore, transmitindo o seu
movimento de rotação. A placa de arrasto é fixada à
árvore do torno e permite melhor centro entre
pontos, porque não depende de castanhas para a
fixação das peças. Observe na figura 7.18 a seguir.

Figura 7.18 – Placa de arrasto.

134
Placa Lisa – possui várias ranhuras que permite a utilização de parafusos para a fixação
da obra. São utilizadas para usinagem de peças cujos centros não são alinhados. Confira na
figura 7.19 abaixo.

Figura 7.19 – Placa lisa.

2) Pontos

São acessórios utilizados quando o comprimento da peça ultrapassa três vezes o


diâmetro, ou quando na operação utiliza-se a placa de arrasto. No primeiro caso são
adaptados ao cabeçote fixo e no segundo caso a arvore do torno. São utilizados para evitar
vibrações e deslocamento da peça pela ação da ferramenta de corte, sendo os tipos mais
comuns o ponto fixo e o ponto móvel.

O ponto fixo tem a desvantagem de não acompanhar o movimento de rotação da peça,


por causa do calor desprendido pelo atrito, podendo danificar a peça, por isso, está
praticamente em desuso.

O ponto móvel é construído com um dispositivo de rolamentos de forma permitir que a


sua ponta gire acompanhando o movimento de rotação da peça, evitando, assim, o atrito entre
a ponta e a peça.

Figura 7.20 – Ponto.

3) Lunetas

São acessórios do torno que têm as seguintes finalidades:

a) apoiar peças e eixos compridos que não possam ser apoiados por pontos rotativos.

b) evitar o flexionamento de eixos finos e compridos sob pressão do corte.

Existem dois tipos de lunetas: luneta fixa e luneta móvel. Veja as figuras 7.20 e 7.21 a
seguir.

135
FAM 01
Luneta fixa – o grande espaço entre a placa e o contra ponto nas peças comprida e
finas leva o aparecimento de vibrações e flexões dificultando a usinagem. Para contornar essa
dificuldade usa-se a luneta. Uma vez definida a posição ideal, a luneta deve ser fixado a
barramento até a conclusão do trabalho.

A luneta possui três castanhas e a parte da obra que se apóia nas castanhas não deve
ser rugosa e o apoio deve ser constantemente lubrificado.

Figura 7.20 – Luneta fixa.

Figura 7.21 – Utilização com a luneta fixa.

Luneta móvel – quando o apoio da luneta fixa não é suficiente, usa-se a luneta móvel.
Ela trabalha fixa ao carro principal, acompanhando o deslocamento da ferramenta de corte,
apoiando a obra durante todo o avanço da ferramenta.

136
Figura 7.22 – Luneta móvel.

4) Mandril

O mandril é o acessório utilizado para fixar brocas, alargadores e peças de pequenos


diâmetros nas operações de furar. O mandril tem uma haste de cone Morse para adaptação do
canhão no cabeçote móvel. Conforme demonstrado na figura 7.23 a seguir.

Figura 7.23 – Mandril.

Considerações Finais

Nesta Unidade você estudou sobre o torno mecânico e seus principais componentes. De
posse destes conhecimentos você poderá realizar as operações de um torno mecânico.

O barramento no qual se montam todos os outros componentes. O cabeçote móvel que


serve de apoio à outra extremidade da peça a ser trabalhada.

A árvore onde é alojada placa que serve para fixar obra. O cabeçote fixo de importância
fundamental para o funcionamento do torno.

O carro principal cuja finalidade é proporcionar o deslocamento da ferramenta de corte


nas operações do torno mecânico.

137
FAM 01
Estamos chegando à reta final deste Módulo e você acabou de concluir mais
uma Unidade, portanto, é importante verificar o que aprendeu. Demonstre seus
conhecimentos realizando o teste a seguir.

Teste de Auto-Avaliação da Unidade 7

Complete as lacunas nos itens abaixo:

7.1) A ferramenta do torno mecânico pode trabalhar deslocando-se ao _________________ da


peça paralela ou perpendicularmente ao seu eixo.

7.2) O barramento são construídos com tal precisão que ______________________________


são perfeitamente alinhados em todo comprimento do torno.

7.3) O cabeçote fixo é utilizado para apoiar a _________________________________ por


meio da qual a peça recebe o movimento de rotação.

7.4) O carro principal desloca-se manual e ______________________ ao longo do


barramento.

7.5) O volante serve para deslocar o carro principal, ____________________________, ao


longo do barramento.

F
7.6) Na relação , chamamos de P ___________________________ e de F o passo da rosca
P
do fuso do torno.

F 4
7.7) Na igualdade = o fator de multiplicação é __________________.
P 10
7.8) O carbono ________________________ com grande número de metais e é um dos
constituintes do ferro fundido.

7.9) A placa universal tem como principal característica o movimento


________________________ de suas castanhas.

7.10) Ao trabalhar no torno mecânico, quando o apoio _______________________________


não é suficiente usa-se a luneta móvel.

138
Assinale a opção correta:

4
7.11) Sendo o fator de multiplicação , podemos afirmar que o passo do fuso tem
10
a) 4 fios por polegada.
b) 10 fios por polegada.
c) 40 fios por polegada.
d) 2,5 fios pó polegada.

4
7.12) Sabendo-se que o fator de multiplicação é , então podemos afirmar que a rosca a
10
abrir tem:

a) 10 fios por polegada.


b) 4 fios por polegada.
c) 40 fios por polegada.
d) 2,5 fios pó polegada.

7.13) Sendo a relação F/P, a letra

a) F representa o passo do fuso do torno.


b) F é o número de fios de rosca a abrir.
c) F não tem significado.
d) P não em significado.
e) P representa o passo do fuso.

7.14) Quando se deseja abrir uma rosca com grande números de fios por polegada:

a) usa fator de multiplicação.


b) usa engrenagens.
c) dois jogos de engrenagens.
d) usa engrenagem na árvore.
e) usa engrenagem no fuso.

Ch
Ch a v e d e R e s p o s t a d a T a r e f a e d o T e s t e d e A u t o - A v a l i a ç ã o d a U n i d a d e 7

Tarefa 7.1

7.1.1) Deve ser bem protegido do material retirado das peças. Não se deve deixar peças ou
ferramentas sobre o barramento nem tão pouco usar como bancada. Recomenda-se aplicar
uma leve camada de óleo lubrificante após a limpeza a fim de evitar a oxidação pela ação da
umidade do ar ou a salinidade do meio ambiente.

7.1.2) Cabeçote fixo; cabeçote móvel; carro principal; caixa Norton.

139
FAM 01
Tarefa 7.2

7.2.1) Uma vez por semana deve-se fazer uma limpeza em todas as partes do torno.

7.2.2) Lubrifique todas as partes do torno, todos os dias. Esteja certo de que está usando óleo
de boa qualidade. Nunca lubrifique o torno enquanto o mesmo estiver em movimento.

Teste de auto-avaliação

7.1) longo

7.2) os dois cabeçotes

7.3) árvore

7.4) automaticamente

7.5) manualmente

7.6) passo de rosca a abrir

4
7.7)
10
7.8) combina-se

7.9) simultâneo

7.10) luneta fixa

7.11) a

7.12) a

7.13) a

7.14) c

Parabéns!
Você é um vencedor, afinal, estudará a seguir a
última Unidade deste Módulo.
Não desista, máquinas avante! Veja o próximo
assunto: “Torneamento Cônico”.

140
UNIDADE 8

TORNEAMENTO CÔNICO

Esta unidade ajudará você a:

 Conhecer o processo de torneamento cônico.


 Aplicar a fórmula para encontrar o ângulo do vértice do cone.
 Identificar os principais ângulos da ferramenta de corte para tornearia.
 Estabelecer os cuidados que devem ser empregados no corte de aço e no
ferro fundido.
 Compreender as principais operações executadas no torno.
 Conhecer as principais normas de conservação e segurança na utilização
do torno.

“O homem é a medida de todas as coisas”


Pitágoras

O processo de desenvolvimento do ser humano, que se da a partir de seu nascimento à


fase adulta é fruto da interação do indivíduo com o meio. Sobretudo, esta interação inicia-se no
seio da família e se estende por todos os relacionamentos sociais e culturais. Ao longo de
nossa vida, tudo que recebemos, em especial na infância, contribui para a formação de nosso
caráter e personalidade. Logo, podemos concordar com Pitágoras que é a nossa medida,
matematicamente falando, a essência do que somos, ou seja, é a nossa fórmula. Somos
reconhecidos pelo que representamos no convívio social.

Nesta Unidade você estudará sobre o torneamento cônico e verá a importância das
medidas e aplicação das fórmulas para o êxito de seu trabalho a bordo. Portanto, fique atento
nesta última Unidade deste módulo.

8.1 O TORNO MECÂNICO

8.1.1 Princípio básico do funcionamento do torno mecânico

O princípio básico do funcionamento do torno mecânico é imprimir movimento de rotação


no material a ser trabalhado à ação de uma ferramenta de corte.

141
FAM 01
As ferramentas devem possuir as seguintes propriedades:

Dureza, tenacidade, resistência às temperaturas elevadas e resistência ao desgaste,


devem ser afiadas de acordo com o perfil da operação a ser executada, obedecendo as
medidas dos denominados ângulos de corte.

Vamos lá!

8.2 O PROCESSO DE TORNEAMENTO CÔNICO

Você sabe o que é torneamento cônico?

Veja a resposta!

Um tronco de cone tem dois diâmetros: um na base e outro no corte de seção. A


diferença entre um e outro, em relação à altura nos dará a inclinação ou conicidade. A
inclinação é designada por dois números, dos quais um é a diferença dos diâmetros, e o outro
a altura do tronco, referindo-se as mesmas unidades de medidas, milímetros, centímetros ou
polegadas.

Para obtenção de superfícies cônicas é necessário que durante o movimento da peça a


ferramenta se desloque obliquamente em relação ao eixo da peça e não paralelamente a este
como nos torneamentos comuns.

Pode ser determinado de várias maneiras, conforme os dados possuídos.

Veja como:

a) Conhece-se o ângulo do vértice do cone.

Neste caso inclina-se a espera a metade do ângulo.

Exemplo:

Para tornear o ponto de um torno que tem um ângulo de 60º, gira-se a espera 30º.

60º

142
b) Se não se conhece o ângulo do vértice, ou se a espera não tem graduação.

Neste caso, inclina-se a espera até que a ferramenta copie o ângulo da peça.

c) Conhece-se o diâmetro maior “D”, o diâmetro menor “d” e a altura do cone “H”.

Neste caso, calcula-se a tangente do ângulo pela formula:

D-d
TANG =
2H
Calculando o valor da tangente podemos encontrar o ângulo na tábua trigonométrica.

D = 90 mm d = 85 mm H = 120 mm
D-d 90 - 85
TANG = TANG =
2H 2 x 120
90 - 85 5
= = 0,0208
240 240
TANG = Ângulo 1º10”
(um grau e dez minutos).

Exemplo:

Deslocamento do cabeçote móvel.

8.2.1 Advertência para o Torneamento Cônico

No torneamento cônico, é necessário que a ponta da ferramenta esteja colocada


exatamente na altura dos pontos do torno, caso contrário, pode haver diferença de conicidade,
tanto mais sensíveis quando mais acima ou abaixo se mantenha a ferramenta.

143
FAM 01
Para o cálculo do deslocamento do cabeçote móvel aplica-se a seguinte fórmula:

(D  d) * L
Desl 
2H

Sendo: Teremos:
(80  72) * 300
D = 80mm Desl 
2x120
d = 72mm
8 x300
L = 300mm Desl 
240
H = 120mm 2400
Desl 
240
240
Desl   10
24

Portanto, o deslocamento do cabeçote móvel será de 10mm.

Que tal fazer uma tarefa para verificar o que acabou de estudar?

Tarefa 8.1

Responda.

8.1.1) Quantos diâmetros tem um torno cônico?


____________________________________________________________________________

8.1.2) Qual o valor de uma tangente de uma peça, cujo diâmetro maior é de 60mm, o diâmetro
menor é de 50mm e a altura é de 10mm?
____________________________________________________________________________

8.3 FERRAMENTA DE CORTE PARA TORNEARIA

Os principais ângulos da ferramenta de corte são formados pelas superfícies


esmerilhadas. Estes formam o perfil de acordo com a operação a ser executada.

144
Ângulo de corte - é formado pela superfície de saída e de incidência (lateral ou frontal),
cuja interseção constitui o gume da ferramenta.

Ângulo de saída – é formado pela superfície de ataque e o plano horizontal. Quanto


maior, menor pressão material fará de encontro à face de corte da ferramenta, torneamento
mais perfeito, porém, a ferramenta estará sujeita a perder o corte, graças a pouca resistência o
que oferece ângulo de folga lateral.

Ângulo de incidência – é formado pela superfície lateral e o plano vertical que passa
pela aresta de corte. Quanto maior for o ângulo, mais fácil será a penetração da ferramenta no
material.

Ângulo de folgas Laterais – é o ângulo que permite que aresta de corte atue livremente
sob o material sem que a parte inferior da ferramenta raspe na peça.

A figura 8.1 a seguir, mostra a denominação dos ângulos. Vejamos!

a  ângulo de incidência

b  Ângulo de cunha

c  Ângulo de saída

d  Ângulo de corte

Figura 8.1 – Ângulos de incidência.

O ângulo de corte varia com a dureza do material. Ao tornear o aço macio usa-se um
ângulo mais agudo, porém em se tratando de aço duro ou ferro fundido o ângulo será menos
agudo.

A tabela que se segue nos dá os valores destes ângulos:

A B C D

Fibra 25° 3° 55° 10°

Alumínio 10° 3° 43° 7°

Cobre Latão 55° 3° 27° 8°

Aço Doce (Ferro) 50° 3° 24° 6°

Aço Semi-Duro 65° 4° 30° 5°

Aço Duro e Bronze 75° 4° 11° 4°

Ferro Fundido 80° 4° 5° 5°

8.3.1 Afiação da ferramenta de corte

Ao se afiar uma ferramenta de corte, utiliza-se um calibre de ângulo, como mostram as


figuras 8.2 a seguir:

145
FAM 01
A – Verificando a B – Verificando a folga frontal C – Verificando o ângulo
folga lateral de corte para o aço

Figura 8.2 – Calibre de ângulo.

A folga lateral permite à borda da cortante, cortar livremente, sem que a parte inferior da
ferramenta raspe o trabalho.

Figura 8.3 – Folga lateral correta e chanfro lateral de um bit.

A folga frontal permite à face cortante, cortar livremente, de acordo com o avanço da
ferramenta em direção à peça. Conforme demonstrado na figura 8.4 a seguir.

Figura 8.4 – Folga frontal e chanfro posterior corretos de um bit.

As figuras 8.5 a), b), c) e d) abaixo, mostram os graus de comoo afiar uma ferramenta
para seriços de máquinas.

Figura 8.5 – Graus de como afiar uma ferramenta.

146
8.4 PRINCIPAIS OPERAÇÕES EXECUTADAS NO TORNO

As principais operações realizadas no torno consistem em tornear e facear. Veja a seguir


o que significa cada um dessas ações.

O que é tornear e facear?

Confira a resposta!
Tornear  é desbastar uma superfície interna ou externa de um sólido de revolução.

Figura 8.5 – Aplicação da ferramenta direita de tornear.

Facear  é desbastar uma superfície plana, que constitui a base do sólido de revolução.
Normalmente é feita antes de se fazer qualquer outra operação na peça. Essa operação serve
para preparar uma face de referência, a fim de se poder marcar o comprimento ou, para
permitir furação sem o desvio da broca.

Figura 8.6 – Como facear a extremidade de um eixo.

O que é torneamento cilíndrico?

Torneamento cilíndrico  é uma das operações executadas em quase todos os


trabalhos de torno. A maneira mais simples de ser executada é quando a peça é presa na
placa de castanhas universal ou na placa de castanhas independentes.

(a) (b)
Figura 8.7 – Aplicação de uma ferramenta de: a) desbastar e b) acabamento fino.

Consiste basicamente em dar forma cilíndrica à superfície externa ou interna da peça. É


feita normalmente em duas fases: desbaste e acabamento.
147
FAM 01
Operação de desbastar  consiste em aproximar a peça das medidas definitivas, com o
torno em baixa rotação.

Operação de acabamento  é a operação final, depois do desbaste, é feita com passes


leves, com rotações maiores e a medida definitiva deve ser bem controlada.

Operação de abrir roscas  quando se torneia, as curvas geradas pela ferramenta,


deslizando-se ao longo das superfícies externa da peça é uma hélice, esta hélice pode ter suas
espiras tão juntas, que não é possível percebê-las a olho nu, e pode ser tão profundas que a
hélice pode ser perfeitamente visível, neste caso a hélice toma o nome de filete de roscas.

Broquear  é tornear internamente, no sentido de aumentar o diâmetro de um furo.

Furar  é abrir furos com brocas ou ferramentas similares.

Para fixar o que você estudou nesta Subunidade, faça a tarefa abaixo.

Tarefa 8.2

Responda.

8.2.1) Qual é a operação realizada no torno mecânico que consiste em aproximar a peça das
medidas definitivas?
____________________________________________________________________________

8.2.2) Qual é o nome da operação de tornear, cujo objetivo é aumentar o diâmetro interno de
um furo?
____________________________________________________________________________

Considerações Finais

Partindo do princípio de que você não é mais o mesmo opós o estudo deste Módulo, pois
o conhecimento adquirido nos torna maiores intelectualmente. Logo, o que você aprendeu o
ajudará nas atividades de torneamento, no que diz respeito a aplicação dos cálculos para a
confecção de peças cônicas.

Ainda sobre o assunto torneamento, vimos também os processos de afiação manual das
ferramentas de corte, as principais operações, acessórios e as ferramentas mais utilizadas.
Procure fazer bom uso de todas as informaçães contidas neste Manual, pois elas aumentarão
as saus chances de ser um marítimo bem mais qualificado.

Bem, chegamos ao final da última Unidade deste Módulo. Portanto, você precisa
testar o que realmente aprendeu. Procure realizar o teste a seguir com bastante
atenção. Caso tenha dúvida leia novamente toda a Unidade.

148
Teste de Auto-Avaliação da Unidade 8

Responda ao que se pede nos itens abaixo.

8.1) Quantos diâmetros tem um tronco de cone?


____________________________________________________________________________

8.2) Mencione os diâmetros contidos no tronco de cone.


____________________________________________________________________________

8.3) Qual é o sentido de deslocamento da ferramenta em relação ao eixo da peça para


obtenção da superfície cônica?
____________________________________________________________________________

8.4) Qual é o valor da tangente uma peça cujo diâmetro maior é de 60 mm, o diâmetro menos
50 mm e a altura 10 mm?
____________________________________________________________________________

8.5) Qual é o nome do calibre utilizado para afiar a ferramenta de corte?


____________________________________________________________________________

8.6) Qual é o ângulo da ferramenta de corte que varia com a dureza do material a ser
trabalhado?
____________________________________________________________________________

8.7) Qual é o dispositivo onde são montados os bits e os bedames?


____________________________________________________________________________

8.8) Qual é a denominação da capacidade de resistência de um metal, quando submetido a um


grande esforço?
____________________________________________________________________________

8.9) Qual é o tipo de aço utilizado nas ferramentas de corte que está praticamente em desuso?
____________________________________________________________________________

8.10) Qual é a operação feita no torno mecânico, inicialmente para permitir uma furação sem o
desvio da broca?
____________________________________________________________________________

8.11) Como se denomina a operação de tornear internamente no sentido de aumentar o


diâmetro interno de um furo?
____________________________________________________________________________

8.12) As curvas geradas pela ferramenta, deslizando-se ao longo da superfície externa da peça
denomina-se?
____________________________________________________________________________

149
FAM 01
8.13) Qual é a operação que consiste em abrir furos com brocas ou ferramenta similar?
____________________________________________________________________________

8.14) Qual é a operação do torno mecânico que consiste em aproximar a peça das medidas
definitivas?
____________________________________________________________________________

Ch
Chave de Resposta da Tarefa e do Teste de Auto-Ava liação da Unidade 8

Tarefas 8.1

8.1.1) Dois diâmetros: um na base e outro no corte de seção

D-d 60 - 50 10 1
8.1.2) tg =  = = 0,5
2H 2 2

Tarefas 8.2

8.2.1) Operação de desbastar

8.2.2) Operação de broquear

Teste de auto-avaliação

8.1) dois diâmetros: um na base e outro no corte de seção


8.2) diâmetro maior e diâmetro menor
8.3) sentido obliquo
8.4) 0,5
8.5) escantilhão
8.6) ângulo de corte
8.7) porta ferramenta
8.8) tenacidade
8.9) aço carbono
8.10) operação de facear
8.11) broquear
8.12) hélice
8.13) operação de broquear
8.14) operação de desbastar

Somente os vencedores conseguem atingir o objetivo


traçado. Os desafios, não são para os covardes, mas
sim para os destemidos e perseverantes.
Parabéns por mais esta conquista!

150
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MINISTÉRIO DA MARINHA, Diretoria de Portos e Costa. Ferramentaria 1. Rio de Janeiro:


Diretoria de Portos e Costa, 1994. 68 p.

______. Ferramentas. Rio de janeiro: Diretoria de Portos e Costa. 1993. 179 p.

Folhas de informação Mecânica Geral.(S.I.) .(s. d.)

Folheto de Metrologia Dimensional da Starret.

FREIRE, José de Mendonça. Tecnologia Mecânica V.1. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Cientifícos, Editora S.A. 1978. 271 p.

Fundamentos de Tecnologia: Instrumentos e Ferramentas Manuais. V 12 ed. Rio de


Janeiro:Editora Interciência Ltda. 1989. 184 p.

MITUTOYO DO BRASIL IND. E COM. LTDA. Intrumentos de Medição e Precisão. São Paulo:
1985. 103 p.

SENAI. Inspetor de Medição . Rio de Janeiro. (s.d.) p. irreg.

STARRETT INDUSTRIA E COMÉRCIO LTDA. Catálogo B29- 2000. 2. ed. São Paulo: 2000.
640 p.

SOUITH BEND LATHE WORKS. Manual do Torneiro e Manutenção e Operação do Torno


Mecânico. 46. ed. E.U.A.: Twins. South Bend, 1951. 128 p.

TELE CURSO 2000. Curso Profissionalizante: Mecânica. Rio de Janeiro: Ed. GLOBO, (s.d.)
240 p.

YOSHIDA, Américo. Mecânica industrial: manual do ajustador. Santos: Editora Brasília


Ltda.(s.d.) 351 p.

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FAM 01
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