Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MÓDULO
FABRICAÇÃO MECÂNICA
- FAM 01 -
(ÊNFASE - EAD)
2ªedição
Rio de Janeiro
2010
© 2008 direitos reservados à Diretoria de Portos e Costas
______ exemplares
2
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................. 5
3
FAM 01
4.7 Importância das ferramentas manuais de roscar .................................................... 73
4.8 Selecionar machos e tarraxas ................................................................................. 73
4.9 Determinação do diâmetro do furo para abrir roscas .............................................. 73
Teste de Auto-Avaliação da Unidade 4 ............................................................................ 74
Chave de Respostas das Tarefas e do teste de auto-avaliação da unidade 4 ................. 76
4
APRESENTAÇÃO
O uso correto das ferramentas ajudará você na execução de muitas tarefas, além de
poupar o esforço e contribuir para eficiência de seu trabalho.
Como aluno, tire proveito dos conhecimentos contidos neste módulo. Lembre-se: estude
para aprender! Na prática a bordo, você precisa contar com os conhecimentos teóricos,
portanto tenha um excelente estudo!
Boa sorte!
5
FAM 01
6
COMO USAR O MÓDULO
2. Conteúdos da unidade
Leia com atenção o conteúdo, procurando entender e fixar os conceitos por meio dos
exercícios propostos. Se você não entender, refaça a leitura e os exercícios. É muito
importante que você entenda e domine os conceitos.
7
FAM 01
3. Questões para reflexão
São questões que ressaltam a idéia principal do texto, levando-o a refletir sobre os temas
mais importantes deste material.
4. Auto-avaliação
São testes que o ajudarão a se avaliar, evidenciando o seu progresso. Realize-os, à medida
que aparecem, e se houver qualquer dúvida, volte ao conteúdo e reestude-o.
5. Tarefa
Você coloca em prática o que já foi ensinado, testando seu desempenho de aprendizagem.
6. Exercícios resolvidos
São exercícios que o ajudarão a acompanhar o desenvolvimento passo a passo para a
solução da questão.
Unidade 1 : S E G U R A N Ç A N O U S O D A S F E R R A M E N T A S M A N U A I S
Unidade 2 : M A R C A D O R E S
Unidade 3 : F E R R A M E N T A S M A N U A I S D E U S O C O M U M
Essa unidade apresenta atividades que tem por objetivo possibilitar ao aluno a utilização
do martelo, das chaves fixa, das chaves ajustáveis e dos alicates, nas diferentes tarefas de
manutenção e reparos nos navios da marinha mercante.
Unidade 4 : F E R R A M E N T A S M A N U A I S D E A Ç Ã O C O R T A N T E
Esta unidade tem a finalidade de proporcionar a utilização correta das lâminas de serra
para o corte de um contorno traçado; a lima para o desbaste de um ferro fundido; e a tarraxa
para abrir roscas num parafuso ou um macho na confecção de uma porca.
Unidade 5: M E T R O L O G I A
8
medições com instrumentos de medidas, tais como: régua graduada, calibre vernier
(paquímetro) e micrômetro.
Unidade 6 : M Á Q U I N A S D E F U R A R E E S M E R I L
Unidade 7 : T O R N O M E C Â N I C O
Unidade 8 : T O R N E A M E N T O C Ô N I C O
VI – Símbolos utilizados
Existem alguns símbolos no manual para guiá-lo em seus estudos. Observe o que cada
um quer dizer ou significa.
Este lhe diz que há uma visão geral da unidade e do que ela trata.
Este lhe diz que há, no texto, uma pergunta para você pensar e responder a
respeito.
Este lhe diz que há uma tarefa a ser feita por escrito.
Este lhe diz que esta é a chave das respostas das tarefas e dos testes de
auto-avaliação.
9
FAM 01
10
UNIDADE 1
Você está iniciando o estudo deste Módulo, logo não poderíamos deixar de falar um
pouco da história, ou seja, de como surgiram as primeiras ferramentas manuais.
Em algum momento da pré-história, um homem primitivo feriu-se com uma pedra que a
natureza esculpiu. Estimulado pela dor, seu cérebro comparou as dificuldades que tinha para
cortar alimentos e preparar abrigos à facilidade com que a pedra feria. O resultado da
comparação foi a primeira ferramenta que pôs o homem na trilha da moderna civilização. A
partir dessa descoberta, passou a manusear os instrumentos “ferramentas” com a maior
cautela possível, para evitar ferimentos.
Dentro dessa hipótese sobre a origem da primeira ferramenta, estão presentes algumas
leis que governam a existência humana: a lei do menor esforço, que implica eficiência
crescente, e a lei da autopreservação, que procura essa eficiência com a maior segurança
possível.
Contudo, podemos afirmar que a eficiência e segurança, da pré-história até os dias de
hoje são as balizas do desenvolvimento das ferramentas.
Os conceitos que inspiram a fabricação das modernas ferramentas manuais definem uma
dupla abordagem: “a ferramenta deve estar adequada ao trabalho, tanto quanto ao
trabalhador. Ficam contra-indicadas, portanto, aquelas que demandam muito esforço
muscular, por muito tempo, ou requerem posições incômadas”.
11
FAM 01
1 . 1 ACIDENTES DURANTE A UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS MANUAIS
Vejamos!
Esses acidentes, assim como outros, são causados por atos inadequados, tais como:
manuseio das ferramentas fora dos padrões recomendados, falta de atenção, despreparo do
operador, condições precárias dos equipamentos e falta de segurança na estrutura das áreas
de trabalho.
Portanto, para você se prevenir dos acidentes com as ferramentas manuais, deve seguir,
pelo menos as principais regras, que são:
Tarefa 1.1
Com base no que você estudou até aqui, faça o que se pede.
12
1.1.2) Descreva pelo menos duas regras que podem ajudar na prevenção de acidentes ao
utilizar as ferramentas manuais.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Veja, a seguir, algumas ferramentas manuais de uso mais comum, seus riscos e meio de
preveni-los.
Ferramentas manuais de uso mais comum
Ferramentas usadas tanto para cortar como para desbastar metais e outros
materiais devem estar bem afiadas e, sempre que apresentarem rebarbas
em suas cabeças (provocadas pelos impactos que recebem), devem ser
TALHADEIRA E BEDAME
retificadas para evitar projeções de estilhaços e possíveis cortes.
É indispensável o uso de óculos proteção, luvas e calçados de segurança.
13
FAM 01
Você, que já conhece algumas das ferramentas mais comuns utilizadas a bordo, estudará
agora sobre os equipamentos de proteção individual, conhecidos pela sigla EPI.
Vamos aprender!
São exemplos de EPI: aparelho de proteção auricular, que tem por finalidade proteger o
trabalhador contra ruídos excessivos; ou um aparelho de proteção respiratório, que protege o
trabalhador contra poeiras em suspensão. Só deve ser fornecido o EPI que seja adequado ao
fim a que se destina.
Vale lembrar!
O EPI só deve ser fornecido ao tripulante após prévia instrução acerca do seu uso e
quando tiver o CERTICADO DE APROVAÇÃO (C.R.) concedido pelo MINISTÉRIO DO
TRABALHO.
Luvas para o manuseio de materiais ou peças com rebarbas, partes cortantes, nunca
durante a operação das ferramentas.
Sapato de segurança para evitar ferimentos nos pés, devido à queda de materiais e
ferramentas.
14
O tripulante é obrigado a obedecer às normas de segurança de trabalho, prevista na
lei, nas convenções coletivas, nos acordos coletivos de trabalho e nas ordens de
serviços elaboradas pelo Comandante para o cumprimento da rotina da embarcação.
Tarefa 1.2
1.2.1) Você está ciente que, nas embarcações modernas, é eficiente o sistema de automação,
e grande o nível tecnológico, contudo, não se dispensa o uso das ferramentas manuais.
Portanto, cite algumas características da chave inglesa e descreva qual é sua importância a
bordo.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Característica
Devem ser de cristal ótico sem distorções, com grau correto temperado para resistir;
impacto de partícula pode ser de resina de boa qualidade.
Característica
Devem ser de cristal ótico sem distorções, com grau correto temperado para resistir aos
respingos. Pode ser de resina de boa qualidade. A armação deve ser de borracha, resistente e
flexível, para permitir perfeito ajuste aos mais diferentes rostos.
Característica
Lentes externas: de vidro ou resina incolor e plano para proteger a lente filtrante.
A armação deve ser de correta polivinila ou similar, flexível para fácil adaptação ao rosto,
e possuir dispositivo de ventilação. São indicados para soldadores e ajudante, alimentadores
de forno, fundidores, transportadores de cadinhos.
Característica
Deve ter o corpo fabricado em seleron ou similar, com suspensão para manter a máscara
presa na cabeça, visor retangular articulado, lente de vidro nas tonalidades apropriadas,
protegidas com lâmina de vidro incolor plana, fixa para proteger os olhos do soldador, quando
este articular para cima a fim de bater ou examinar a solda.
Qu
Quais os membros do corpo humano que são mais atingidos nos
acidentes?
4) equipamentos energizados; e
5) radiações perigosas.
16
1.4 PROCEDIMENTOS SEGUROS NA UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS ROTATIVOS
A fonte de energia deve sempre ser desligada antes da troca de acessório de uma
máquina. As guardas protetoras devem ser recolocadas antes de a máquina ser usada.
Máquinas elétricas
As lesões mais comuns causadas por essas máquinas são: corte, ferimentos,
escoriações, fraturas, porém as mais temidas são: o choque elétrico, queimaduras e quedas.
Atualmente, algumas máquinas possuem dupla isolação, oferecendo maior proteção aos
operadores contra choque elétricos.
Veja, a seguir, alguns cuidados que devem ser observados para sua proteção
quando estiver operando uma máquina elétrica:
As chaves de ligação devem ser de boa qualidade e sua localização deve ser tal que
impeça ligações acidentais
As chaves de ligação devem ser providas de molas que permitam ligar o motor
somente quando o operador as pressionar.
As chaves tipo gatilho devem ser colocadas do lado de dentro do cabo e protegidas
contra choque acidentais.
Os cordões elétricos devem ser de boa qualidade para suportar os maus-tratos que
sofreram durante a operação.
O cordão elétrico deve ser curto, ter no máximo três metros de comprimento, pois isto
facilita o desligamento da máquina em caso de acidente ou ajuste, facilitando também
o armazenamento.
17
FAM 01
A furadeira
Pode atingir a mão, a perna, ou qualquer outra parte do corpo, quando o operador,
inclusive, não estiver furando. O olho do operador pode ser machucado pelos fragmentos do
material a ser furado ou por pedaços de uma broca quebrada. Furadeiras elétricas equipadas
com botão de velocidade variáveis permitem ao operador usar rotações lentas quando estiver
iniciando um novo furo.
As serras
A maioria das serras estão providas com boas proteções pelo fabricante. O operador
precisa usar as serras na posição adequada, observar o estado de conservação das mesmas e
se proteger dos riscos de acidentes.
Considerações Finais
As condições ideais para um trabalho seguro ao efetuar operação de ajuste deve ser feita
de acordo com o estudo apresentado nesta unidade.
a) 25%
b) 10%
c) 01%
d) 5%
18
1.2) Cortes, contusões, torções, lacerações são acidentes freqüentes com ferramentas
manuais cuja principal causa
a) radiações.
b) isolamento.
c) proteção individual.
d) proteção coletivo.
1.4) São equipamentos de proteção individual, utilizados por operadores em trabalhos com
esmeril:
a) luvas.
b) óculos de proteção.
c) mangas de proteção.
d) máscaras.
a) as ordens de serviços.
b) os materiais de objetos aquecidos.
c) o manual de manutenção sobre o uso e normas de manutenção dos equipamentos.
d) a fiscalização durante a operação com ferramenta.
a) em áreas úmidas.
b) quando não usam óculos de proteção.
c) quando a instalação elétrica é protegida com fita isolante.
d) quando a máquina manual elétrica não é acionada.
19
FAM 01
1.9) As máquinas elétricas utilizadas em áreas úmidas expõem os operadores
Ch
Chave de Respostas das Tarefas e do Teste de Auto-Avaliação da Unidade 1
Tarefas 1.1
1.1.2) Selecionar a ferramenta adequada ao trabalho que vai ser realizado; verificar se ela está
em boas condições de uso; transportá-la e armazená-la de maneira segura e usar os
equipamentos de proteção individual necessários.
Tarefas 2.1
1.2.1) A chave inglesa é uma chave ajustável mas sempre que possível deve ser evitada a sua
utilização, use preferencialmente a chave de colar. As chaves ajustáveis são ótimas
ferramentas pois podem ser adaptadas a diversos tamanhos de porcas e parafusos.
1.1) b
1.2) a
1,3) c
1.4) b
1.5) c
1.6) d
1.7) c
1.8) a
1.9) c
Parabéns!
Você concluiu a primeira Unidade deste Módulo, portanto
vamos afiar as ferramentas do saber, reunir forças e trilhar
juntos rumo à Unidade 2, que trata dos “Marcadores”.
Vamos lá!
20
UNIDADE 2
MARCADORES
“ S e vo c ê n ã o p o d e f a z e r d i f e r e n ç a , p e l o m e n o s vo c ê p o d e d e i x a r
uma marca”.
Acredito que, de posse dos novos conhecimentos adquiridos ao estudar a unidade 2 que
trata do assunto “marcadores”, você realmente deixará a sua marca e fará a diferença a bordo.
Assim como as pessoas são identificadas por aquilo que fazem e por suas características
pessoais, com as ferramentas manuais não é diferente. O firme propósito dos marcadores é
justamente marcar ou identificar as diferentes peças, facilitando o manuseio e o
reconhecimento de cada uma delas na atividade mecânica de montagem e desmontagem.
Os marcadores são utilizados para marcar números ou letras sobre peças através do
impacto, em peças metálicas com finalidade de orientar o mecânico, por ocasião da
21
FAM 01
desmontagem de equipamentos complexos de máquinas que serão posteriormente montados.
Para indicar se uma peça deve ser montada à direita ou à esquerda da máquina, usa-se
letras assim:
D (à direita)
E (à esquerda)
Devem ser montadas em combinação com outras peças também marcadas com 1, 2, 3,
etc. pontos.
Além de algarismos ou alfabeto, usam-se muitas vezes pontos; de forma que as peças
marcadas com 1, 2, 3, e etc. pontos devem ser montadas em combinação com outras peças
também marcadas com 1, 2, 3, etc pontos. Para a marcação desses pontos, usam-se o punção
marcador. A marcação por pontos é feita também quando se vai demonstrar um conjunto
complexo. Essa marcação facilitará posteriormente a montagem.
2.3 BLOCO EM V
Antes de usinar uma peça, o ajustador precisa executar um traçado em uma ou mais
faces da peça, para localizar com rigor rebaixos, furos, recortes e outras superfícies que vão
dar formas definitiva à peça.
Para que os traçados se destaquem com nitidez, deve-se passar uma leve camada de
alvaiade nas superfícies da peça que vai receber o traçado.
Os instrumentos utilizados para fazer esses traçados são: blocos em forma de V, mesa
de traçagem, riscadores, graminhos, esquadros e paralelos.
22
2.3.1 Identificação
Mesa de traçagem é um plano sobre o qual é colocada a peça que vai receber os traços.
A peça não deve ser colocada diretamente sobre a mesa, ela deve ser colocada sobre blocos
em V, sobre calços ou paralelos.
Legenda: d – cantoneira
a – peça a ser trabalhada e – graminho
b – mesa de traçagem f – traçador vertical = calibre de graminho
c – macaco regulável g – bloco em V
2.4 RISCADORES
2.4.1 Identificação
A parte média da haste do riscado é formada por uma série de pequenos rasgos
cruzados para evitar que os dedos dos operadores desliguem ao ser manuseados. Um dos
extremos da ponta é dobrado num ângulo reto. Com esse extremo marcam-se os traços nos
23
FAM 01
locais mais difíceis. Se usados com régua do esquadro ou riscadores traçam retas.
Tarefa 2.1
24
As alturas desses furos são determinadas por meio do calibre de graminho utilizado para
medir a altura do traçado também conhecido como traçador vertical.
Nesta posição o risco zero do nônio deve coincidir com o risco zero da régua graduada.
1) Suporte (base)
2) Riscador
3) Fixador
4) Parafuso de chamada
5) Régua
6) Cursor
7) Nônio
2.5 PUNÇÕES
Punções são instrumentos de aço temperado formado de cabeça, cabo e ponta cujo
corpo apresenta forma prismática (sextavada ou ortogonal) ou cilíndrica, recartilhado para que
não deslize na mão do operador.
o
Figura 2.7 – Punção de bico de 60 .
Pare, reflita sobre o que estudou até aqui e responda à tarefa abaixo.
Tarefa 2.2
d) P u n ç ã o m a r c a d o r
O punção marcador serve para pontilhar uma obra, avivando a linha por onde deve ser
cortada.
26
e) Punção de bico deslocador
É reforçado e seu corpo vai afinando lentamente para a ponta. É feito pra suportar
pancadas fortes na operação de deslocar pinos e rebites cujas cabeças foram cortadas. Uma
vez deslocado o pino, o punção deslocador não serve mais para atacá-lo, pois é muito grosso.
Deve-se, então, empregar o punção toca-pino, que não ofende o alojamento do pino.
f) Punção toca-pino
g) Punção alinhador
É utilizado para fazer com que um furo em duas peças móveis, adjacentes, fique
alinhados. O punção alinhador tem grande aplicação nas máquinas e aparelhos providos de
tampa (cilindros, caixas de válvulas, etc.).
Para utilizá-lo, coloque o material da junta sobre um pedaço de madeira dura (de
preferência um cepo) ou chumbo, a fim de não cegar o gume. Feito isso, bata fortemente no
vazador com um martelo de bola, procurando cortar o furo na primeira pancada. Os punções
são adquiridos em jogos de três unidades. Observe as figura 2.13 e 2.14 a seguir.
27
FAM 01
Figura 2.14 – Punção vazador grande.
Na operação de executar um furo com o punção vazador com o diâmetro igual ao que
deseja, a chapa a ser furada é assentada sobre uma placa de chumbo ou sobre um topo de
madeira, como ilustra a figura abaixo.
Marcar um centro em uma operação de executar um furo com uma broca. Veja a figura
2.16.
Esta marca ajudará a iniciar bem a operação de furar com a broca, como ilustra a figura
acima.
28
2.5.4 Normas de conservação
Considerações Finais
Você estudou, nesta Unidade, que a maioria das tarefas executadas pelo ajustador
mecânico, consiste em fazer um traçado sobre uma ou mais faces de uma determinada peça.
Logo, o traçado tem a finalidade de marcar linhas, centros de furos e pontos de referência
feitos com o punção.
Você chegou ao fim de mais uma etapa deste Módulo, portanto, é hora de
verificar o que realmente aprendeu. Faça com atenção o teste abaixo.
2.1) O instrumento destinado ao traçado sobre uma ou mais faces de uma determinada peça
denomina-se
a) alicate de ponta.
b) compasso de medida interna.
c) punção de bico.
d) graminho.
2.2) O instrumento utilizado para marcar letras em placas metálicas, através de impacto,
denominam-se:
a) marcador.
b) martelo.
c) compasso.
d) graminho.
a) corpo e ponta.
b) boca e corpo.
c) boca e ponta.
d) corpo e cunho.
29
FAM 01
2.4) O tipo de punção utilizado para fazer com que duas peças móveis permaneçam alinhadas
é chamado de punção
a) de bico.
b) marcador.
c) toca-pino.
d) alinhador.
2.5) O valor do ângulo de ponta de bico, utilizado para marcar o centro que serve de guia para
brocas, na operação de furar, é igual a
a) 30 graus e 60 graus.
b) 60 graus e 90 graus.
c) 30 graus e 120 graus.
d) 90 graus e 120 graus.
2.6) O instrumento utilizado para confecção de juntas de borracha, cortiça, couro e matéria
plástica, é denominado de
a) punção toca-pino.
b) punção alinhado.
c) compasso hermafrodita.
d) punção vazador.
Ch
Chave de Respostas das Tarefas e do Teste de Auto-Avaliação da Unidade 2
Tarefas 2.1
2.2.1) Para marcar centro que servem de guias para as brocas na operação de furar.
30
UNIDADE 3
Assim como a pedra serviu de ferramenta ao homem primitivo em suas atividades, ainda
hoje, na contemporaneidade, também nos auxilia como um instrumento, ou seja, como uma
ferramenta manual.
Fazendo uma analogia, os desafios e intempéries que o homem passa ao longo de sua
vida, somado à herança genética e histórico familiar, pode torná-lo afiado, digo, preparado para
os desafios cotidianos ou desgastado. Nesse caso, as lutas são para o homem como
ferramentas que podem torná-lo forte ou fraco. Espero que os desafios da profissão, da
aventura marítima, do estudo autônomo e toda a adversidade vivida por você promovam
marcas positivas que o faça crescer como cidadão e profissional. Psicologicamente falando,
não perder de vista o seu objetivo de vida, evidencia de que “metal” você é constituído.
Portanto, mostre sua determinação para estudar, pois nesta Unidade você conhecerá
algumas ferramentas manuais, sua importância e utilização, sobretudo na prática a bordo de
embarcações.
31
FAM 01
3.1 OS DIFERENTES TIPOS DE MARTELOS E MACETES
3.1.1 Identificação
Todo martelo é formado de cabeça e cabo. Na cabeça, nota-se uma parte chata,
chamada face, cara ou pancada. A parte oposta tem o nome de bola ou pena, conforme o tipo,
e varia de formato conforme o serviço a que se destina; a forma dessa parte é que dá o nome
ao martelo. Entre a cara e a bola, existe um furo ligeiramente cônico denominado de olho, onde
é alojado o cabo que fica fortemente preso por meio de uma cunha. Essa cunha é feita de aço
e tem suas faces ligeiramente corrugadas para evitar que saia com facilidade.
3.1.2 Finalidade
a) Martelo de Bola
Esse martelo possui a parte da cabeça oposta à face, em forma de bola. É utilizado para
produzir choques em uma ferramenta, fazendo atacar o material.
Exemplo: talhadeira, bedame, punções, etc. Confira todos os detalhes na Figura 3.2.
32
b) Martelo de Pena Reta
Esse martelo possui a parte da cabeça oposta à face, a forma de uma cunha, disposta
paralelamente à linha de centro. É utilizado para obter deformações em trabalhos de forja,
rebitagem, dobrar a frio, também em montagem e desmontagem de chavetas, eixos, pinos e
cunhas. Veja a Figura 3.3.
Esse martelo possui a parte da cabeça oposta à face, em forma de uma cunha disposta
perpendicularmente à linha de centro do cabo do martelo. É utilizado para obter deformações
em trabalhos de forja, rebitagem, dobrar a frio, também em montagem e desmontagem de
chavetas, eixos, pinos e cunhas. Observe a Figura 3.4.
Tarefa 3.1
d) Martelo de Unha
Esse martelo tem a extremidade da cabeça oposta à cara recurvada para trás e partida
no meio. Essa extremidade é chamada de unha. É indispensável em serviços de carpintaria. A
unha serve para retirar pregos encravados. Confira a Figura 3.5.
33
FAM 01
Figura 3.5 – Martelo de unha.
3.1.4 Macete
Finalidade
Empregada para bater em peças ou em materiais cujas superfícies não possam sofrer
deformações por efeito de pancadas.
Para esclarecer as suas dúvidas, você verá a seguir uma série de figuras dos diferentes
tipos de macete. Figura 3.6.
Não segure o martelo perto da cabeça, pois isso só diminui o braço da alavanca,
reduzindo, portanto, a força da pancada. Para obtermos melhor braço de alavanca, devemos
empunhar o martelo de tal maneira, que nossa mão fique mais distante da cabeça, isto é, que a
mão fique no outro extremo do martelo.
Evite dar golpes com o cabo do martelo e/ou do macete, ou usá-los como alvanca.
Mantenha limpos os martelos e passe uma leve camada de óleo fino, para evitar
ferrugem.
Tarefa 3.2
As chaves que têm uma ou duas extremidades em forma da letra C são chamadas de
chave de boca. As figuras que você verá nesta Unidade apresentam os tipos mais usados.
35
FAM 01
As chaves de boca são normalmente fornecidas em jogos de 6 a 10 unidades,
dependendo do tamanho variando entre 5/16’ ( 5 da polegada) e aproximadamente 1 1 ”
16 2
(1 polegada e meia).
Figura 3.8 – Chave de uma boca. Figura 3.9 – Chave de duas bocas.
A chave de colar destaca-se pela sua utilização, pois com essa chave o profissional de
máquinas poderá trabalhar em lugares apertados, de difícil acesso. Sobretudo, apresenta a
vantagem de se envolver completamente no perfil sextavado do parafuso ou da porca,
diminuindo, assim, a possibilidade da chave escapar durante a aplicação de um maior esforço.
Logo, essa chave é mais recomendavel do que a de boca para a utlização em lugares
apertados e a aplicação de grandes esforços.
As chaves de colar tem este nome por que pegam a porca toda ao redor, como um colar.
Algumas têm o encaixe com seis estrias e outras com doze estrias.
A chave de colar tem uma desvantagem: exige muito tempo para desatarraxar a porca.
Depois de quebra do aperto, teremos de tirar inteiramente a chave e colocá-la em nova posição
em cada curso. Por essa razão, devemos empregar a chave combinada. (Figura 3.10)
Possui o punho com o formato especial para facilitar ainda mais a pegada das porcas em
lugares difíceis. Veja a figura 3.11 a seguir.
36
b) Chave de colar combinada
Ela possui num dos extremos do punho um colar e no outro uma boca. Deve-se usar o
colar para quebrar o aperto ou dar o aperto final, e a boca para acabar de retirar a porca mais
rapidamente. (Figura 3.12)
As chaves de caixa antigas são feitas de uma só peça. Nelas pode-se distinguir a caixa e
o punho ou cabo. Apresentam no seu extremo um encaixe ou alojamento fechado, que
melhora as condições de sua adaptação na porca ou na cabeça do parafuso. Essas chaves,
conforme o uso, podem ter o encaixe quadrado, hexagonal ou estriado. O cabo pode ser em
forma de L ou T. Essas chaves, pela facilidade de adaptação, são ainda hoje os tipos mais
utilizados nas oficinas.
Hoje em dia, usa-se o jogo de chaves de caixa. Nesse jogo, as caixas são separadas
dos punhos, os quais apresentam diversos tipos de formas, e as caixas uma grande
diversidade de tamanhos. Isso aumenta a utilidade das chaves de caixa e permite que o
operador possa realizar uma infinidade de serviços com rapidez, desde que escolha o tipo de
chave apropriada. Observe a figura 3.13.
É uma chave de grande utilidade. Possui um punho que corre no furo de uma cabeça
com uma espiga, o que permite que esta fique colocada no centro ou em um dos extremos,
regulando assim o braço da alavanca. Observe a figura a seguir.
37
FAM 01
b) Chave de caixa com catraca
Possui uma catraca na extremidade do punho, onde é alojada a chave. É a catraca que,
num movimento de vai-e-vem do punho, faz a caixa girar em um só sentido, apertando ou
afrouxando o parafuso. Isso facilita muito o serviço, por evitar que se desencaixe a chave para
mudá-la de posição. (Figura 3.15)
Possui um pino, em lugar do gancho. Esse pino encaixa no furo para atarraxar e
desatarraxar a porca.
b
b)) Chave de mangue ira ajustável
mangueira
É utilizada em porcas de vários tamanhos. Não se deve trabalhar em uma porca muito
grande com uma chave ajustável muito pequena, e vice-versa, pois avariará a porca ou a
chave, com toda certeza. (Figura 3.18)
38
Figura 3.18 – Chave de mangueira ajustável.
Tem a forma de U e seus ganchos se destinam a pegar dois entalhes existentes na face
da porca. Observe a figura 3.19.
d) Chave de pino em U
Tem a forma mostrada na figura abaixo. Adapta-se à face de porcas que possuem furos
por onde entrarão os pinos da chave. Atente para a figura 3.20.
3.3.1 Identificação
A chave de fenda é uma ferramenta construída de uma haste cilíndrica de aço carbono,
com uma das extremidades em forma de cunha e outra em forma de espiga prismática ou
cilíndrica estriada, onde é alojado um cabo de madeira ou plástico.
O cabo tem a forma apropriada a fim de ser empunhado e receber o esforço manual do
operador. A ponta é de aço extremamente dura para manter a sua forma e não ser estragada
pela fenda. A lâmina é de aço mais macio que a ponta, para resistir melhor ao esforço de
torção (qualquer material mais flexível resiste melhor aos esforços de torção que os materiais
mais duros). (Figura 3.23)
Quando a ponta fica rombuda (arredondada) ou se quebra, deve ser esmerilhada até
retornar a sua forma original. Esmerilhe o menos possível, porque só a ponta é dura e, uma
vez acabada essa parte, a chave fica inutilizada. A forma correta da ponta de uma chave de
fenda está ilustrada na figura 3.24 a seguir.
As faces próximas das pontas devem ser esmerilhadas em planos paralelos, para permitir
o correto ajustamento na fenda do parafuso, conforme ilustra a figura a seguir.
3.3.2 Finalidades
40
3.3.3 Aplicações
A chave de fenda Phillips tem uma ponta em forma de cruz, que serve para trabalhar em
parafuso tipo phillips. Apresenta quatro rebaixos na ponta cônica, intercalados com quatro
estrias em forma de cruz que se encaixam nas fendas de parafusos de diferentes tamanhos.
Este tipo de chave possui duas pontas que formam ângulos retos entre si, para que se
possa girar o parafuso de um quarto de volta a cada vez usando alternadamente uma ou outra
ponta.
Essa chave possui um dispositivo com catraca (compreendendo rodas dentadas, unhas e
molas, o qual facilita o giro da haste da chave no aperto ou desaperto do parafuso. Observe a
figura 3.29.
41
FAM 01
Figura 3.29 – Chave de fenda com catraca.
O mecânico encaixa a ponta da chave na fenda do parafuso, e faz esforço no cabo para
dar giro ao parafuso. Este oferece uma resistência que é vencida pelo esforço manual
transmitido por meio da lâmina tendendo a torcê-lo. No contato da chave com a fenda, em
virtude do esforço manual, atuam as forças que vão produzir o giro do parafuso, como ilustra a
figura 3.30 a seguir.
Dê uma parada para descansar! Após seu breve descanso, realize a tarefa a seguir.
Tarefa 3.3
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
42
3.4 UTILIZAÇÃO DAS CHAVES FIXAS
A distância entre as duas faces paralelas da pegada de uma chave é maior que o
tamanho gravado no punho ou no corpo da chave. Entre a boca de uma chave e a cabeça do
parafuso ou da porca correspondente deve existir uma folga, que varia entre 5 e 15 milésimos
da polegada, dependendo do tamanho. Isso é para que a chave possa agarrar a porca com
mais facilidade.
Figura 3.31 – Aperto da chave de mangueira. Figura 3.32 – Encaixe com chave de pino em
forma de U.
Nunca utilize uma chave de fenda comum em um parafuso phillips, porque estará avariando a
chave e a cabeça do parafuso.
Nunca utilize uma chave de fenda para verificar a corrente elétrica de um circuito.
Nunca segure a peça na mão quando estiver usando uma chave de fenda.
43
FAM 01
Evite dar golpes com as chaves;
Tarefa 3.4
As chaves ajustáveis, são, sob certos aspectos, muito parecidas com as chaves de boca.
A abertura da boca pode variar até mais de 1/12 polegada, dependendo do tamanho. A
mandíbula pode ser aberta ou fechada por meio de um parafuso ou porca.
44
c) Chave inglesa com ajustagem transversal de punho curvo
e) Chave de grifo
a) manipulação mais difícil do que as chaves fixas, por serem mais pesadas e devido às
peças móveis; e
3.6 ALICATE
3.6.1 Identificação
São ferramentas de corte fabricadas de aço, formadas por dois braços articulados por
meio de um eixo. Possui em uma das extremidades dos braços mandíbulas estriadas em forma
de mordentes.
3.6.2 Finalidade
Os alicates são empregados para cortar, prender, torcer peças chatas e roliças, colocar e
retirar determinadas peças nas montagens e desmontagem de equipamentos mecânicos.
Existem vários tipos de alicates. Os mais usados são os que se seguem, veja as figuras:
a) Alicate universal
45
FAM 01
Figura 3.37 – Alicate universal
O alicate de grifo ajustável é feito de aço forjado, suas mandíbulas são reguláveis e
construído de modo a permitir duas ordens de aberturas. Seu tamanho varia de 5 a 10
polegadas de comprimento. É empregado, principalmente para segurar e torcer peças. (figura
3.38)
Os alicates de ponta são fabricados principalmente para torcer fios e pequenas peças de
chapa fina e não devem ser empregados em serviços pesados. (Figura 3.39)
São utilizados nos trabalhos de virar e modelar não só chapas finas como também fios
macios, além de colocar retentores em seus alojamentos. (Figura 3.40)
46
f) Alicates de corte lateral
h) Alicates de pressão
O alicate de pressão possui, em uma das extremidades, um parafuso que serve para
regular a pressão.
São utilizados para dar aperto firme às peças. Fazem o papel de chave de grifo,
seguram a peça, substituindo o torno em emergências. Geralmente têm tamanho único.(Figura
3.44)
Os principiantes usam muitas vezes o alicate para apertar e afrouxar porcas; isso estraga
as quinas das porcas, inutilizando-as. Para trabalhar com porcas, existem chaves apropriadas,
que vamos estudar mais adiante.
Exemplo: alicate de pontas redondas é uma ferramenta de aço que se presta para executar
caneluras ou ondulações em chapas finas. Os bicos dos alicates redondos são cônicos.
47
FAM 01
3.5.5 Normas de Conservação do Alicate
Considerações Finais
Você está de parabéns por ter concluído mais esta unidade de estudos!
Verifique o que aprendeu, realizando o teste a seguir.
a) alicate.
b) chave de grifo.
c) martelo.
d) chave de fenda.
3.2) Ferramenta de impacto empregada para bater em peças e materiais cuja superfície não
possa sofrer deformações por efeito das pancadas, denominamos
a) martelo de bola.
b) martelo de unha.
c) macete.
d) martelo de borracheiro.
48
3.3) O tipo de chave utilizada pelo profissional para trabalhar em lugares apertados, de difícil
acesso, é a chave
a) de grifo.
b) combinada.
c) de boca ajustável.
d) de colar de estria.
a) a chave de catraca.
b) a chave de caixa.
c) a chave tipo bristo.
d) o torquímetro.
a) o parafuso é quadrado.
b) fizer limpeza no parafuso.
c) a porca é quadrada.
d) o parafuso está preso.
3.6) O instrumento utilizado pelos eletricistas para cortar fios grossos e finos é o alicate
a) universal.
b) de corte lateral.
c) de pressão.
d) de ponta redonda.
Ch
Chave de Respostas das Tarefas e do Teste de Auto-Avaliação da Unidade 3
Tarefas 3.1
3.1.1) É uma ferramenta de impácto constituída de aço carbono preso a um cabo geralmente
de madeira.
3.1.2) Martelo de bola, martelo de pena reta, martelo de pena cruzada, martelo de cunha.
Tarefas 3.2
3.2.1) Empregados para bater em peças ou em materiais que não possam sofrer deformações
por efeito de pancadas.
Tarefas 3.3
3.3.1) A chave de fenda tem a finalidade de apertar e afrouxar parafusos em cujas cabeças há
fendas ou ranhuras.
3.3.2) Porque pega a porca toda a redor, como um colar.
49
FAM 01
Tarefas 3.4
3.4.1) Nunca utilize uma chave de fenda para verificar corrente elétrica de um circuito. Nunca
segure a peça na mão quando estiver usando a chave de fenda. Segure a peça em um torno
ou grampo ou em uma superfície sólida. Evite dar golpes com as chaves de fenda
3.1) c
3.2) c
3.3) d
3.4) c
3.5) b
3.6) b
50
UNIDADE 4
Na idade da pedra lascada, o homem primitivo, como você pôde ver na primeira Unidade,
reconheceu através da dor provocada pelo corte com a pedra a sua utilidade. Examinando
melhor a pedra e lascando-a, conseguiu obter uma extremidade cortante para o trabalho,
deixando a outra extremidade arredondada para dar mais firmeza e não cortar sua mão.
Desde aquela época, o homem percebeu que certas tarefas poderiam ser realizadas com
maior perfeição, segurança e em menor tempo se fosse criada uma ferramenta específica para
cada tarefa. Aos poucos foi inventada cada ferramenta que você conhece e lhe é familiar.
Por isso, você deve estar preparado para usá-las adequadamente em cada atividade que
venha desempenhar a bordo de embarcações.
51
FAM 01
Vo
Você sabe o que é, e para que serve um Arco de Serra?
O arco de serra é uma ferramenta manual composta de um arco de aço carbono onde
deve ser montada uma lâmina de aço rápido, dentada e temperada.
o tipo mais comum compõe-se de arco, lâmina, punho, borboleta de tensão e pinos;
os punhos mais comuns são do tipo cabo de pistola e alguns têm os punhos retos;
as lâminas possuem furos nas extremidades para serem fixadas ao arco por meio de
pinos situados nos suportes. O arco possui pinos nas extremidades, que servem para
dar tensão à lâmina por meio da borboleta de tensão.
Abrir fendas em peças para apertar parafusos por meio de chave de fenda.
As lâminas são montadas sempre com os dentes para a frente, ou melhor, em sentido
oposto ao cabo.
52
4.1.3 Características das lâminas de serra
Os dentes das lâminas possuem travas, que são deslocamentos laterais dados aos
dentes, em forma alternada, conforme as figuras 4.2 e 4.3 (a), (b) e (c).
Trava ondulada ( c )
Existem lâminas duras e lâminas flexíveis. As lâminas duras são melhores para serrar
latão, aço, ferro fundido, trilhos e material de grande seção. As flexíveis são mais para serrar
perfis côncavos, material de pequena seção.
Quanto mais duro é o metal, maior é o número de dentes da lâmina. Para materiais
muito duros ou muito finos, deve-se usar lâmina de serra de 32 dentes por polegada.
Figura 4.4 – Colocação da lâmina no arco com os dentes voltados para a frente.
Atente para a parte a ser cortada, pois deve estar do lado direito do operador, portanto
observe a figura a seguir.
1) Ao iniciar o corte, coloque a lâmina junto ao traço, guiando-a com dedo polegar e
ligeiramente inclinada para frente, a fim de evitar que se quebrem os dentes. (Figura 4.6)
54
2) Quando o corte é longo, a lâmina deve ser montada, conforme a figura abaixo. À
medida que for serrando, suba a chapa. Os pinos nos extremos do arco de serra permitem a
lâmina girar num ângulo de 90 graus (90).
3) Para serrar perfis, sempre por etapas, procure superfícies contínuas. Observe a figura
4.8.
Após seu merecido descanso, verifique o que aprendeu até aqui sobre o arco de serra.
Tarefa 4.1
55
FAM 01
4.1.2) Qual é o tipo de lâmina de serra indicada para materiais macios?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Normas de conservação
4.2 LIMA
A lima é uma ferramenta temperada de aço carbono, suas faces são estriadas em
diagonal. A disposição das estrias pode ser simples ou dupla. Assim, as limas simples
apresentam estrias cortantes em um só sentido e as limas cruzadas apresentam estrias
cortantes em duplo sentido, que se cruzam. Para cada serviço existem limas de
comprimento, tipos e corte de dentes diferentes. As limas possuem cabos removíveis,e é
perigoso usá-las sem ele, pois a espiga termina em uma ponta fina, que pode ferir a mão do
operador.
4.2.1 Nomenclatura
Face é a parte dentada da lima. Espiga é a ponta afinada, onde é enfiado o cabo. A parte
sem dentes entre a face e a espiga chama-se talão. O comprimento da lâmina é a distância da
ponta ao fim do talão, não incluída, portanto, a espiga. (Figura 4.10)
56
Sua face estriada, quando atritada contra a superfície do material mais macio, desgasta-o,
retirando pequenas partículas (limalha). As limas nas oficinas de manutenção são utilizadas
para remover, alisar, polir metais, e principalmente para trabalhos de desbaste leve e
acabamento em peças.
As limas podem ser classificadas quanto ao corte, quanto ao número de dentes e quanto
à forma.
1 ) QUANTO A O CORTE:
♦ Cortes Simples
Seus dentes (estrias) são paralelos à face da lima, e inclinados de 65 em relação à linha
de centro. São utilizados em materiais não ferrosos (alumínio, chumbo).
Seus dentes são inclinados em relação à linha de centro em ângulos que variam de 40 a
50. Mais usadas em materiais ferrosos, para serviços mais pesados.
Bastarda – é usada para desbastes grossos. Numa crosta de ferro fundido ou numa
oxidação, deve ser utilizada uma lima bastarda já bem usada.
a) bastarda b) bastardinha
Figura 4.13 –
Limas Chatas – possuem dentes nas duas faces em um dos flancos (bordas). A outra
parte do flanco é lisa. Algumas têm um dos flancos redondo e a largura vai diminuindo na
ponta.
Lima Meia Cana – tem uma superfície plana e uma curva; é usada para limpar
superfícies côncavas.
Lima Faca – tem um lado grosso e um fino, formando um triângulo e dando o formato
de uma faca.
Limatão Triangular – tem formato triangular com dentes nas três faces. São usados
para limar ângulos internos, agudos e para avivar ângulos retos.
58
Grosas – são parecidas com as limas, apresentam dentes separados e não possuem
estrias. São usadas em madeira e couro. (Figura 4.22)
Ao iniciar o trabalho com a lima, a pressão da mão no cabo deve ser menor do que a
pressão da mão na ponta, porque a distância do cabo à peça é maior.
À medida que a lima avança, a pressão na ponta deve ir diminuindo e a pressão no cabo
deve ir aumentando. Assim, no meio do golpe, a pressão é igual, porque as distâncias são
iguais. No final do golpe, a pressão ao cabo deve ser maior, porque a distância do cabo à
peça é menor.
O movimento de volta se faz, aliviando as pressões, pois no retorno não existe corte. Não
se dando corte, evita-se o desgaste e a quebra dos dentes. As figuras 4.23 (a), (b), (c ) e (d)
ilustram o modo de segurar a lima nos casos mais comuns.
Modo a) Modo b)
Modo c) Modo d)
Figura 4.23 – Modo de segurar a lima nos casos mais comuns.
59
FAM 01
Para se obter um trabalho com melhor acabamento, é aconselhável limar a traços
cruzados. Essa operação consiste em limar em duas direções. A lima deve ser
inclinada a 45 graus em relação à obra em cada curso, como mostram as figuras a
seguir.
60
Tarefa 4.2
4.2.2) Com base no que você estudou sobre as limas, cite dois tipos de lima quanto ao número
de dentes e quanto à forma.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Depois de ter levado o acabamento com a lima até a linha marcada, devem-se quebrar
as quinas, com o quebrador de quinas, conforme a figura 4.27.
Não trabalhe com lima muito gasta, ou lima com limalhas agarradas nos dentes.
Qualquer obra de ferro fundido, ou de forja, oxidada (enferrujada) somente deve ser
limada com lima bastarda com bastante uso.
Para desbartar, use lima bastarda. Para dar o acabamento, use lima murça.
As limas murças usadas não servem para aço duro, são melhores para limar latão e
cobre. A lima bastarda desliza sobre o latão e oferece muita resistência ao movimento
sobre o cobre.
61
FAM 01
Não se deve limar nem rápida nem vagarosamente: são 60 golpes por minuto a média.
Não se deve dar golpes na lima, nem muito longos nem muito curtos, Usa-se todo o
comprimento útil da lima.
Ao limar uma peça, a mão esquerda guia a lima, e a direita produz o movimento de ida e
volta da lima.
Partículas do material que aderem às limas devem ser retiradas, passando-se giz na
superfície e limpando-se em seguida com uma escova metálica.
Certamente você já aprendeu muito sobre a utilização da lima. Portanto, está apto a
realizar a próxima tarefa.
Tarefa 4.3
4.3.1) Qual é o tipo de lima mais indicado para limpar superfícies côncavas?
____________________________________________________________________________
4.3 BROCAS
62
peças permite montá-las por meio de parafusos ou rebites. Abrem-se esses furos por meio de
uma ferramenta especial chamada broca.
As brocas são ferramentas de corte, de forma cilíndrica, com canais helicoidais. São
fabricadas de aço carbono, porém para altas rotações usam-se brocas de aço rápido. Elas
oferecem maior resistência ao calor provocado pelo atrito, desgastando-se menos, trabalham
com mais rapidez sendo, portanto mais econômicas.
Os dois tipos usuais comuns se diferenciam pelo punho (haste), conforme demonstrados
nas figuras 4.29 e 4.30 abaixo.
Podem-se abrir furos com uma broca de 1/4’’ de diâmetro, ou menos, usando uma
máquina de furar de mão.
63
FAM 01
c) Broca de Centro
Permite a execução dos furos de centro nas peças que vão ser torneadas, fresadas ou
retificadas entre pontos.
Não se deve trabalhar com a rotação arbitrária, pois a rotação muito elevada
produz calor excessivo, e o efeito do atrito desgasta a ferramenta.
Vejamos!
A velocidade de corte é dada em rotações por minuto (r.p.m). E nos trabalhos de abrir
furos com as brocas, um fator de real importância é a escolha da rotação por minuto (r.p.m).
Como regra geral para escolha da (r.p.m), pode-se afirmar que, para brocas de grandes
diâmetros, utiliza-se baixa rotação; e para brocas de pequenos diâmetros, maior rotação.
A regra acima citada serve como regra geral; todavia para um trabalho é necessário
consultar uma tabela que relaciona a rotação da máquina com o diâmetro da broca e o material
a ser usinado.
1/8” 3.2 9170 4584 2139 3056 1830 2745 1528 1220
3/16” 4.8 6112 3056 1426 2037 1210 1830 1019 807
5/16” 7.9 3660 1833 856 1222 732 1138 611 490
3/8” 9.5 3056 1528 713 1019 610 915 510 407
7/16” 11.1 2614 1310 611 873 522 784 437 348
64
5/8” 15.9 1830 917 428 611 366 569 306 245
3 /4” 19.0 1525 764 357 509 305 458 255 203
7/8” 22.2 1307 655 306 436 261 392 218 174
11/4” 31.7 915 458 214 306 183 275 153 122
11/2” 38.0 762 382 178 255 153 212 127 102
Ao iniciar o trabalho, deve-se abrir um furo de diâmetro menor para servir de guia para a
broca, pois é difícil iniciar um furo com a broca grande em uma marca feita com um punção.
Sempre que for abrir um furo acima de 3/16” de diâmetro, deve-se fazer um furo guia. Não é
necessária uma broca especial para isso. Uma broca de 1/8” é indicada para um furo guia de
uma broca de 3/8”.
A ponta da broca é formada pela guia, pelos cortes, pelos cônicos, pelas saídas e pelos
extremos das arestas de corte. As duas arestas afiadas cortam o metal. Para isso, precisam
ser afiadas de forma conveniente. O ângulo de corte mede 59°(59 graus). Os dois cortes
devem ter o mesmo comprimento, pois, se um deles for maior, este cortará mais que o outro e
isso provocará trepidação na broca.
As brocas devem ser afiadas em uma máquina de afiar, cujos afiadores têm uma exata
noção dos respectivos ângulos. Um profissional de máquinas qualificado deve saber afiar
manualmente uma broca.
Para começar, pegue uma broca de 3/8”, punho cilíndrico, que esteja amolada
corretamente. Leve a broca ao esmeril e faça como se estivesse afiando, mas com o esmeril
parado. Faça isso várias vezes até perceber que já pode realizar a operação de verdade.
65
FAM 01
Figura 4.32 – Procedimentos para afiar brocas manualmente.
Para começar, pegue uma broca de 3/8” punho cilíndrico, que esteja amolada
corretamente.
Leve a broca ao esmeril e faça como se estivesse afiando, mas com o esmeril parado.
Faça isso várias vezes até perceber que já pode realizar a operação de verdade.
É importante você saber que na operação de abrir furos pela ação da rotação e avanço
de uma broca numa máquina de furar procede-se da seguinte forma:
1º) Deve-se prender a peça diretamente na mesa da máquina, num torno paralelo ou
num torno de mão.
No caso da broca de punho (haste) cônica, deve-se fixá-la diretamente na árvore da máquina.
3º) Apóie a ponta da broca sobre a peça, centre a broca bem no ponto onde vai ser
furado.
Ligue a máquina;
66
Mantenha as brocas em lugares apropriados.
Certiique-se de que estão afiadas quando for guardá-las
Tarefa 4.4
4.4.1) Descreva com suas palavras os três procedimentos de utilização prática das brocas.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
4.4.1 Identificação
4.4.2 Finalidade
O cintel ou compasso de haste é utilizado para medir distâncias entre pontos impossíveis
de serem alcançados pelos compassos comuns. Ele é empregado para projetar riscos e
círculos acima da capacidade dos outros compassos.
67
FAM 01
4.5 FERRAMENTAS MANUAIS DE ROSCAR
São ferramentas de corte construídas de aço carbono ou aço especial, com rosca similar
a um parafuso com três ou quatro canais longitudinais que formam as arestas cortantes. Um
dos seus extremos termina com uma espiga de forma quadrada para fixar o desandador.
(Figura 4.34)
Os machos são ferramentas fabricadas para abrir manualmente roscas internas. Para
isso, o operador terá de usar um recurso de um dispositivo denominado “desandador de
macho”. Conforme mostrado nas figuras abaixo.
68
Figura 4.36 – Início da operação de roscar e depois da partida.
1º) Fixe a peça no torno de bancada e mantenha o furo na posição vertical. Observe a
figura 4.37.
2º) Introduza o macho nº 1 no furo da peça, inicie o corte, fazendo uma ligeira pressão
vertical, utilizando uma boa lubrificação.
69
FAM 01
4º) Ao perceber que as arestas cortantes do macho estão penetrando no metal,
imprime-se uma rotação no desandador, mantendo-se sempre uma boa lubrificação. Deve-se
ter o cuidado de girar o desandador uma volta à direita e meia volta à esquerda para limpar os
canais do macho, eliminando o material retirado, ou seja, as rebarbas, até completar o corte
com o macho número um.
Em seguida, passe os machos de número dois e número três até terminar a rosca.
Tarefa 4.5
4.5.1) Com base no que você estudou sobre macho de rosca, apresente uma definição.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Tarraxas são ferramentas de corte constituídas de aço especial, com roscas temperadas
e retificadas. As tarraxas têm a forma de uma porca com quatro canais internos, que formam
arestas cortantes e permitem a saída do material que se desprende.
Geralmente, as tarraxas possuem, na parte cilíndrica, dois furos. Um serve para fixar a
tarraxa no desandador e outro, no sentido da espessura, que permite a regulagem da
profundidade do corte, através de um parafuso alojado no seu interior. Veja a figura 4.40 a
seguir.
Figura 4.40 – Tarraxas com forma de uma peça com filetes internos.
As tarraxas são utilizadas para abrir, manualmente, roscas externas, em peças cilíndricas
de determinados diâmetros, tais como parafusos, estojos e tubos. Para isso, o operador terá de
utilizar o recurso de um dispositivo denominado desandador para tarraxa.
A tarraxa não cortará com facilidade, sem que antes a ponta do vergalhão, onde se vai
iniciar a rosca, seja chanfrada. Esse chanfro pode ser executado com a lima ou no esmeril,
fazendo-se um ligeiro cone na extremidade da haste que se vai roscar.
70
4.6.1 Tipos de tarraxas
A tarraxa redonda ajustável diferencia-se do tipo redondo por ter uma fenda radial que
a torna ligeiramente ajustável. Por meio de um parafuso cônico, pode-se alargar um pouco a
fenda, para abrir roscas em hastes de diâmetro um pouco maior do que o diâmetro
especificado para a rosca. Algumas tarraxas são providas de guias, que ajudarão a manter o
corte e a rosca centrada.
Outras tarraxas são feitas em duas partes, as quais são removíveis, substituíveis e
ajustáveis. São tarraxas para abrir roscas de grande diâmetro.
Figura 4.43 – Diferença entre uma tarraxa redonda e uma porca tarraxa.
1º) Ajuste a tarraxa no desandador (porta-tarraxa), com a parte cônica maior da tarraxa
virada para fora.
71
FAM 01
2º) Fixe a haste cilíndrica na posição vertical e devidamente chanfrada, no torno de
bancada, tendo o cuidado de marcar no material o comprimento da rosca.
4º) Introduza a tarraxa na extremidade da haste e inicie o corte, fazendo uma ligeira
pressão vertical no desandador, utilizando uma boa lubrificação. (Figura 4.45)
5º) Ao perceber que as arestas de corte estão penetrando no material, deve-se: imprimir
uma rotação no desandador, mantendo-se uma boa lubrificação. Deve-se também ter o
cuidado de girar o desandador uma volta à direita e meia volta em sentido contrário para limpar
a tarraxa das rebarbas retiradas do material, procedendo assim até o final.
Pode-se usar para o ferro e o aço uma mistura de óleo solúvel na proporção
de 1 parte de óleo para 8 de água para lubrificação.
72
4.7 IMPORTÂNCIA DAS FERRAMENTAS MANUAIS DE ROSCAR
Em geral, porcas e parafusos são utilizados para a união de peças, nas montagens e
desmontagens de equipamentos e instalações de máquinas. Quando for necessário fazer
manutenção e reparo em mecanismo de motores e máquinas, para manterem as peças unidas,
é que temos que saber como empregá-los.
Os machos são construídos de aço carbono ou aço especial, com roscas similares aos
parafusos, com vários canais retos ou helicoidais que forma as arestas cortantes. O cabo do
macho serve para fixar o desandador.
Os machos são fabricados para roscas no sistema métrico (em milímetro) e no sistema
whitworth (em polegadas).
Tarraxas são ferramentas constituídas de aço especial, utilizadas para abrir roscas
externas manualmente. São fabricadas para abrir roscas pelo sistema métrico e pelo sistema
whitworth conforme o diâmetro de cada parafuso.
O diâmetro do furo para abrir a rosca de uma porca, consiste na escolha do diâmetro da
broca que vai furar a peça para passar o macho.
O diâmetro da broca para furar a peça pode ser calculado pela fórmula abaixo:
d = D – 1,6 x t
sendo:
t = P x 0,64
sendo:
P – passo da rosca;
0,64 – constante.
73
FAM 01
Exemplo: Calcule o diâmetro do furo para fazer uma porca com um macho, sabendo-se
que o diâmetro (D) da rosca é 10mm e o seu passo é 1,25mm.
Solução:
t = P x 0,64
t = 1,25 x 0,64
t = 0,8
d = D – 1,6 x t
d = 10 – 1,6 x 0,8
d = 10 – 1,28
d = 8,72 mm
Considerações Finais
No decorrer desta Unidade você tomou conhecimento das principais características das
ferramentas manuais de ação cortante. Logo, fica mais fácil selecionar os tipos de lima de
acordo com o trabalho a ser executado, bem como os cuidados e normas de conservação.
Parabéns pelos novos conhecimentos adquiridos e por sua dedicação até aqui!
74
4.2) Durante o corte, a pressão da lâmina sobre o material deve ser feita
a) no início do corte.
b) durante todo avanço.
c) no final do corte.
d) no retorno.
4.4) As partículas do material que se aderem nas estrias da lima são retiradas
a) passando giz na superfície.
b) com uma escova metálica.
c) lubrificando a lima com uma camada de óleo.
d) com um arame fino.
4.5) As brocas que oferecem maior resistência ao calor provocado pelo atrito, trabalhando
com rapidez, sendo por isso mais econômica, são as brocas
a) cilíndricas.
b) de aço carbono.
c) de punho cônico.
d) de aço rápido.
4.6) Nas operações de abrir furos com brocas, um fator importante é a rotação (rpm). De
acordo com nosso manual de consultas, podemos afirma que nas brocas de
a) pequenos diâmetros utiliza-se baixa rotações.
b) grandes diâmetros utiliza-se altas rotações.
c) pequenos diâmetros utiliza-se maior rotações.
d) grandes diâmetros utiliza-se altas rotações.
4.8) Os machos são ferramentas utilizadas para abrir roscas internas. Para isso, o operador
terá que usar um dispositivo denominado
a) calibrador.
b) calibre de rosca.
c) cintel.
d) desandador.
Ch
Chave de Respostas das Tarefas e do Teste de Auto-Avaliação da Unidade 4
Tarefas 4.1
Tarefas 4.2
4.2.1) É a operação de lima de uma obra, fazendo com que a lima siga cursos perpendiculares
a ela mesma.
Tarefas 4.3
4.3.2) Utilizada para desbastes grossos numa crosta de ferro fundido ou numa oxidação.
4.3.3) O número de golpes não deve exceder a 60 golpes por minuto. A pressão da lâmina
sobre o material é feito apenas durante o avanço, no retorno a lâmina deve correr livremente
sobre o material.
Tarefas 4.4
4.4.1) A peça deve ser presa diretamente na mesa da máquina num torno paralelo ou num
torno de mão. A broca de punho cilíndrico deve ser presa no mandril, a broca de punho cônico
deve ser fixada na árvore da máquina.
Tarefas 4.5
4.5.1) São uma espécie de parafusos com canais longitudinais retos que formam arestas
cortantes.
76
UNIDADE 5
METROLOGIA
Certamente, você já ouviu falar, em especial no ambiente de trabalho, esse dito popular,
que muito se aplica ao seguinte exemplo:
Pedro é o supervisor do Setor Qualidade de Solda. Por vezes, tolerou o atraso de João,
seu subordinado, sem que este tivesse que compensar o atraso. Em contrapartida, não
procedeu da mesma forma com Paulo e José que também chegaram atrasados.
Não só foram chamados à atenção, como tiveram que compensar o atraso ficando
depois do horário da saída. Nesse exemplo, é notório que o supervisor usou para a mesma
situação, medida diferente. A atitude correta do supervisor deveria ser a mesma para todos os
funcionários. Logo, ele usou dois pesos e duas medidas.
Nesta Unidade, você terá a oportunidade de conhecer a importância dos pesos e das
medidas na fabricação mecânica. Portanto, fique atento, pois essas medidas são fundamentais
na manutenção e reparos das máquinas nas embarcações.
O que é Metrologia?
1 metro 10 decímetros
1 decímetro 10 centímetros
1 centímetro 10 milímetros
78
5.2.2 Leitura da Escala em Polegada
Representação em polegada:
A distância entre traços é igual a 1/2" (1/2 polegada). Somando as frações, teremos:
Distância entre traços é igual 1/4" (1/4 da polegada). Somando-se as frações, teremos:
Observe!
Exemplo:
Temos
79
FAM 01
Simplificando, teremos:
80
Exercício resolvido 5.2
As figuras mostram como podem ser feitas as leituras com as escalas graduadas.
81
FAM 01
Figura 5.9 – Leituras com escalas graduadas.
Vamos conhecer!
A escala graduada apresenta-se sob vários tipos para as mais variados tarefas de
medições.
Escala de encosto interno – é utilizada para medir comprimento com a face interna
de referência. (Figura 5.11)
82
Escala de encosto externo – é utilizada para medição de comprimento de uma face
externa com um encosto que deve estar perfeitamente no plano perpendicular à face da peça
para uma boa medição.
Em uma escala de plástico ou uma escala de madeira nem sempre as medidas são
exatas e podem ser a causa de peça mal feita.
Um mecânico experiente pode tomar medidas precisas, usando para isto uma escala de
aço e um compasso.
Escala
Escala ou régua graduada é um dos mais simples instrumentos de medida linear utilizado
nas oficinas de reparo e manutenção. É constituída, normalmente de aço inoxidável ou aço
carbono.
1 metro 10 decímetros
1 decímetro 10 centímetros
1 centímetro 10 milímetros
Que tal uma parada para respirar? Aproveite para beber um copo d’água, em seguida
realize a tarefa proposta.
83
FAM 01
Tarefa 5.1
Existe uma variedade de aplicações aos mais diversos tipos de escala graduada como
você pode verificar nas figuras a abaixo:
84
Figura 5.17 – Medição do diâmetro de uma peça.
85
FAM 01
5.3.5 Transformação de medidas
Exemplo:
Quando o número for fracionário, multiplica-se 25,4 pelo numerador da fração e divide-se
pelo denominador.
Exemplo:
7"
Transformar ( 7/8 da polegada) em milímetros.
8
25,4 x 7
Então, 22,225 mm
8
3 ) Transformação de milímetro para polegada
Exemplo:
Caso o numerador não dê um número inteiro, deve-se arredondá-lo para o número inteiro
mais próximo.
Exemplo:
86
Simplificando, teremos:
100" 50" 25"
128 64 32
Exemplo:
Exemplo>
5.4 COMPASSO
Confira a resposta!
87
FAM 01
Observe um dos tipos de compasso, figura 5.19, a seguir.
5.4.1 Finalidades
É um dos mais antigos instrumentos de comparação. Depende do tato para medir uma
peça, transfere a medida para uma escala graduada, calibre vernier ou micrômetro e consegue
uma boa leitura.
Existem compassos de vários tipos, formatos e tamanhos e podem ser utilizados em uma
variedade de tarefas. Basicamente os principais tipos são os compassos de fricção e de mola.
a ) C OMPASSO D E FR ICÇÃO
88
Figura 5.20 – Compasso de fricção.
Esse compasso pode ser travado pela articulação e é provido de um parafuso que
permite ajustamentos finais. Depois que as pernas são ajustadas a uma medida aproximada, o
ajuste final é feito com alguns giros da porca recartilhada. (Figura 5.21)
Esse compasso também pode ser travado pela articulação e é provido de parafuso que
permite ajustamentos finais. (Figura 5.22)
89
FAM 01
Figura 5.23 – Compasso de pontas.
Tarefa 5.2
90
5.2.2) Cite os diferentes tipos de compasso apresentados nesta unidade.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Vale ressaltar que, para a traçagem de uma superfície, passa-se uma leve
camada de verniz ou alvaiade, com pincel na face da peça que vai receber o
traçado, para que os traços se destaquem com nitidez.
Figura 5.26 – (a) Traçado de uma linha paralela a uma superfície plana.
Acerta-se a medida na escala (a) e faz-se o traçado na figura (b).
91
FAM 01
Figura 5.27 – (a) e (b)
92
5.4.5 Calibres (apalpadores)
Constam de uma coleção de lâminas de aço temperado reunidas entre si, dando um
aspecto de um canivete e tendo cada lâmina uma dimensão linear característica (espessura ou
largura, sendo a largura para grandes dimensões).
93
FAM 01
5.4.7 Calibre de rosca
5.4.8 Escantilhão
5.5.1 Finalidade
94
5.5.2 Leitura da escala fixa
Se deslocarmos o cursor do calibre vernier até que o zero do nônio coincida com zero do
primeiro traço da escala fixa, a leitura medida é 1mm, no segundo traço 2mm, no terceiro traço
3mm no décimo sétimo traço, e assim sucessivamente.
Através da escala móvel, podemos fazer várias frações de milímetro e o primeiro passo é
conhecer o valor da aproximação.
95
FAM 01
Figura 5.34 – Leitura da escala móvel em milímetro.
Que tal mais uma tarefa para colocar em prática o que você acabou de estudar?
Tarefa 5.3
Nas figuras a seguir, o nônio possui 20 divisões, faça a leitura e escreva a medida nas lacunas.
96
Valor de cada traço de escala fixa.
ATENÇÃO
Quando deslocarmos o cursor do calibre vernier até que o primeiro traço do nônio
coincida com primeiro traço da escala fixa, a leitura medida será 1/16”, no segundo traço 1/8”,
no décimo traço será 5/8’, como mostram as figuras a seguir.
Na figura abaixo, o zero do nônio está coincidindo no quarto traço após a sétima
polegada. A leitura é 7 ¼ (sete polegadas e um quarto).
O calibre vernier nos permite, através do nônio, medir valores fracionários de maior
sensibilidade, e o primeiro passo é conhecer a aproximação do instrumento.
Quando deslocamos o cursor do calibre vernier até que o primeiro traço do nônio
coincida com primeiro traço da escala fixa, a leitura da medida é 1/128”, com segundo traço
97
FAM 01
1/64”,com o terceiro traço 3/128, e assim sucessivamente. Confira no conjunto de figuras 5.36.
Na figura 5.37, o quarto traço do nônio coincide com o da escala fixa. A leitura da medida é:
Medir diâmetro externo é uma operação freqüentemente realizada pelo mecânico, a qual
deve ser feita corretamente, a fim de se obter medida precisa sem se danificar o instrumento.
98
Figura 5.39 – Utilização prática.
Para que você possa executar esta tarefa corretamente fique atento a alguns
procedimentos importantes:
a ) Medidas externas
A peça deve ser colocada o mais profundamente possível entre os bicos de medição
para evitar desgastes nas pontas.
b ) Medidas internas
As orelhas devem ser colocadas o mais profundamente possível. O calibre deve estar
sempre paralelo à peça que está sendo medida.
99
FAM 01
5.5.10 Normas de conservação
Limpe bem o calibre antes do uso, a fim de eliminar sujeira depositada, especialmente
nas superfícies de medição.
Não force o calibre vernier ao colocá-lo e retirá-lo da peça.
Não deixe o calibre vernier em contato com outras ferramentas.
Limpe bem o calibre vernier após o uso.
Guarde o instrumento em estojo apropriado.
5.6 MICRÔMETRO
5.6.1 Finalidade
Para medidas rigorosas que exigirem alta precisão, devemos utilizar o micrômetro.
Todos os micrômetros têm a capacidade de medição, isto é, tem a abertura máxima entre
as pontas dos contatos.
100
Todo micrômetro deve:
101
FAM 01
Figura 5.45 – Leitura de escala fixa.
b) Leitura do tambor
Sabendo-se que uma volta do tambor equivale a 0,025”, tendo o tambor 25 divisões,
conclui-se que cada divisão do tambor equivale a 0,001” (um milésimo da polegada).
0,025
Cada divisão do tambor - 0,001
25
Se fizermos coincidir o primeiro traço do tambor com a linha de referência da escala fixa,
a leitura será 0,001” (um milésimo da polegada), no segundo traço 0,002”, e no vigésimo
quarto traço 0,024”.
Exemplo:
Para efetuar a leitura, soma-se a leitura da escala fixa com a leitura do tambor.
0,225” + 0,012”=0,237”
Faça a leitura na figura abaixo, somando a leitura da escala fixa com a do tambor.
102
Tarefa 5.4
103
FAM 01
Encoste o contato fixo em uma das extremidades do diâmetro da peça.
Feche o micrômetro, suavemente, usando apenas a catraca.
Anote a medida; abra o micrômetro e retire a peça sem que os contatos a toquem.
104
5.7.1 Finalidade
5.7.2 Funcionamento
O relógio comparador, para ser usado, necessita ser montado em suporte adequado.
Para a leitura, ajusta-se o APALPADOR sobre a superfície da obra depois de montado em
suporte.
105
FAM 01
5.7.3 Aplicações
Por meio do ARO, faz-se coincidir o zero da escala com a posição do ponteiro. A
verificação é obtida, deslocando-se o relógio de maneira que o apalpador percorre vários
pontos da superfície, observando-se as variações do ponteiro. Essas variações podem ser
para a direita do zero, indicando elevação, ou para a esquerda do zero, indicando depressão.
São aparelhos constituídos com dispositivos que permitem medir o número de rotações, a
cada momento, de uma máquina, de um eixo, de um motor ou outra peça qualquer sujeito a
um movimento giratório. Esse movimento é a velocidade do eixo, e é medido em rotações por
minuto (rpm).
5.8.1 Tacômetro
Os tacômetros, em sua maioria, são fixados aos equipamentos onde são instalados. Eles
são ligados a turbinas, eixos propulsores, motores etc., para que se tenha conhecimento
permanente de suas velocidades. O tipo mais simples é o que se baseia na força centrífuga.
Utiliza o efeito causado por essa força, que agindo sobre dois pesos, que ao se abrirem, vai
comandar um sistema hidráulico que, por seu lado, determina o movimento do eixo que
controla a quantidade de combustível injetada no cilindro, conseguindo com isso a velocidade
do motor, causando o deslocamento do ponteiro sobre o mostrador graduado .
106
5.8.2 Taquímetro
São contadores de rotação geralmente portáteis e são também utilizados para medir a
RPM de equipamentos que tenha movimento de rotação. São aparelhos de precisão
acondicionados em estojos portáteis.
Geralmente possuem hastes diferentes que serão utilizadas dependendo do tipo do eixo
em movimento que se vai medir. Essas hastes são encostadas ao eixo em movimento, e um
conjunto de engrenagem vai transmitir o movimento ao ponteiro, que indica as rotações ao
mostrador
Existem vários tipos de hastes. Cada uma para tipos de eixos diferentes. As pontas em
forma de cone e as pontas de vácuo são as que mais normalmente são fornecidas com os
instrumentos.
As pontas de vácuo são as que mais se adaptam a eixos de extremidades lisas, a ponta
cônica é melhor para trabalhar em eixos em cuja extremidade exista um furo de centro.
Considerações Finais
Esta unidade de ensino apresentou atividades que permitirão a você, aluno, desenvolver
a leitura em frações ordinárias e decimais de milímetro e polegada, utilizadas nas escalas
graduadas, no calibre vernier (paquímetro) e no micrômetro, desenvolvendo a capacidade de
medidas lineares de alta precisão.
107
FAM 01
Teste de Auto-Avaliação da Unidade 5
5.1) Em uma régua graduada dividida em 32 partes iguais da polegada a distância entre dois
traços é igual a _______ da polegada.
b) 1 c) 1 d) 1
a) 1 32 64 28
16
5.2) Os apalpadores são também denominados de
a) canivete de espessura.
b) canivete de folga.
c) escantilhão.
d) canivete de aço.
a) o graminho.
b) o riscador.
c) a escala graduada.
d) o compasso.
5.4) Quando deslocamos o cursor do calibre vernier até que o primeiro traço do nônio coincida
com o primeiro traço da escala fixa em milímetro, a leitura é:
a) 0,1 mm
b) 1,0 mm
c) 0,5 mm
d) 0,2 mm
5.5) Quando deslocamos o cursor do calibre vernier até que o primeiro traço do nônio coincida
com o primeiro traço da escala fixa em polegada a leitura é:
b) 1 c) 1 d) 1
a) 1 8 16 32
4
5.6) Sabemos que cada divisão da escala fixa do micrômetro equivale 1 da polegada que
40
corresponde a:
a) 0,020”
b) 0,050”
c) 0,025”
d) 0,250”
108
Chave de Respostas das Tarefas e do Teste de Auto-Avaliação da Unidade 5
Tarefas 5.1
5.1.1) A escala graduada é utilizada nas oficinas mecânicas para medidas lineares como
marcar, linhas, medidas de comprimentos, como fazer referências, regular e abertura de
compasso para transportar medidas.
Tarefas 5.2
Tarefas 5.3
5.3.1)
a) 3,65 mm
b) 17,45 mm
Teste de Auto-Avaliação
5.1) b
5.2) a
5.3) d
5.4) b
5.5) c
5.6) c
109
FAM 01
110
UNIDADE 6
“A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho
original”.
Albert Einstein
Você deve estar se perguntando o que esse pensamento tem a ver com máquinas de
furar?
Veja a resposta!
Assim como uma nova idéia muda o tamanho intelectual do homem, a máquina de furar,
ao tocar em uma determinada superfície, sem o devido cálculo e preparo, pode comprometer
todo o trabalho. Nesse caso, inutiliza todo o projeto original. A peça que foi indevidamente
furada nunca mais será a mesma, pois perderá a sua originalidade. Logo, ao utilizar a furadeira
e o esmeril, você precisa conhecê-los, bem como observar também os procedimentos para
manuseá-los.
111
FAM 01
O mandril é um dispositivo que possui três mordidas que se abrem e se fecham para
prender a broca por meio de uma chave.
A máquina de furar é utilizada para prender uma broca que, animada de um movimento
de rotação, permite que ela penetre no material a ser furado.
Permite fazer furos de até ¼” (um quarto da polegada), sem ser necessário utilizar a
corrente elétrica.
Permite fazer furos sem utilizar corrente elétrica, e ainda oferece mais facilidade no seu
manuseio que a máquina de furar de mão.
112
Figura 6.2 – Máquina de furar de peito.
As máquinas de furar já mencionadas são destinadas a abrir furos em metais, desde que
não sejam maiores que ¼ da polegada. Para isso, é necessário virar a máquina,
manualmente, numa velocidade moderada. Deve-se verificar se o ângulo que ela está fazendo
com a superfície da peça é correto, geralmente de 90 graus. Deve-se segurar a máquina firme
e com pressão suficiente para manter a broca cortando.
São usadas com a mesma finalidade que as máquinas manuais, mas com estas não se
precisa empregar esforço para girar a broca. O eixo porta-broca, ou árvore, é girado por meio
de um motor. A potência varia de ¼ a 1 HP.
113
FAM 01
Podem-se usar máquinas de furar portáteis para serviços como polir, desbastar e
esmerilhar. Nesse caso, devem-se empregar artifícios para segurar os polidores as pedras de
esmeril, etc.
Uma das vantagens dessa máquina sobre a portátil é o controle da velocidade, que é
feito por meio das polias e correia. Geralmente a polia do motor possui quatro alojamentos
para a correia, o mesmo acontecendo com a polia da árvore.
o
Figura 6.5 – Máquina de furar de bancada com mesa giratória de 360 .
114
6.4 PRINCIPAIS COMPONENTES DA MÁQUINA DE FURAR
a) Bloco em V
A bucha (mandril) é o dispositivo no qual é presa a broca. A maioria das buchas possui
três mordidas (mandíbulas), que são apertadas e afrouxadas com uma chave, como ilustra a
figura.
c) Mandril
115
FAM 01
Que tal você verificar o que acaba de estudar?
Tarefa 6.1
A operação que consiste em fazer furos pela ação da rotação e avanços de uma broca é
feita por máquina de furar.
A máquina da figura 6.5 possui quatro velocidades. A correia está na posição de maior
velocidade; 3000 a 3600 rotações por minuto (3000 a 3600 rpm). Está é a velocidade que se
pode empregar para furar com uma broca pequena, mas se emprega uma velocidade 10 vezes
menor ao furar com uma broca de ½” (1/2 polegada). No caso de dúvida, empregue a menor
velocidade.
As figuras 6.9 e 6.10 mostram alguns equipamentos para fixação de peças na máquina
de furar.
116
– Torno de bancada paralelo
a) Antes de fixar a broca, verifique se ela está afiada e se o diâmetro está adequado.
3 o – Execute a furação.
d) Ligue a máquina.
Durante a furação, utiliza-se o fluido de corte, que serve como refrigerante e lubrificante
na peça e da broca e também para se obter maior durabilidade do corte e melhor acabamento
na superfície de trabalho.
O fluido de corte mais utilizado é uma mistura de aspecto leitoso que contém água (como
refrigerante) e 5 a 10 por cento de óleo solúvel como lubrificante. Geralmente, o fluido do corte
é encontrado no comércio.
6.6 ESMERIL
117
FAM 01
É uma máquina rotativa na qual existe uma pedra de afiar, desbastar ou polir, geralmente
de forma circular chamada rebolo, acionada por um motor.
Óxido de alumínio
Carbureto de silício
Cor azul-escuro, tipo comum, aplicado em esmerilhagem de ferro fundido, materiais não
ferrosos e não metálicos em geral, tais como: alumínio, bronze fundido, latão, vidro, mármore
etc.
O rebolo é classificado pelo tipo de pureza, pelo tipo de abrasivo e também pelo tamanho
do grão que se conhece por uma escala de algarismo que vai de 8 a 600, sendo 8 o grão mais
grosso e 600 o mais fino. O mais grosso e usado para serviços de desbaste e o mais fino para
serviço de acabamento.
118
Em todo e qualquer serviço com rebolo, é obrigatório o uso de máscara ou óculos
de proteção.
Considerações Finais
A obra a ser trabalhada pode ser presa na mesa da máquina podendo também ser presa
num torno de bancada ou em um bloco em V. A fixação da obra na máquina depende muito da
imaginação do operador e naturalmente dos recursos da oficina.
Você está progredindo muito! Parabéns por chegar até aqui! Continue sua jornada
de estudos e, demonstre o que aprendeu ,realizando o teste a seguir.
a) bucha.
b) polia.
c) árvore.
d) alojamento.
a) de bancada.
b) universal.
c) paralelo.
d) vertical.
6.4) Qual o nome da pedra existente no esmeril utilizada para afiar, desbastar e polir metais?
a) abrasivo.
b) rebolo.
c) grão abrasivo.
d) roseta.
119
FAM 01
6.5) O rebolo é classificado pelo tipo de pureza, pelo tipo de abrasivo e
a) pelo diâmetro.
b) pela espessura.
c) pelo tamanho do grão.
d) pelo furo central.
a) alumínio e silício.
b) abrasivo e silício.
c) liga e alumínio.
d) abrasivo e aglomerante.
Tarefas 6.1
6.1.1) As máquinas de furar portáteis podem ser usadas para polir, desbastar, esmerilhar. As
máquinas de furar de bancada têm a vantagem sobre as portáteis pelo controle de velocidade
feito por meio de polias e correias.
Teste de auto-avaliação
6.1) c
6.2) c
6.3) d
6.4) b
6.5) c
6.6) d
120
UNIDADE 7
TORNO MECÂNICO
“ Se eu t i ve sse o it o h or as par a d er ru ba r u m a á r vo re ,
p as sar ia se is af ia ndo o me u ma ch ado” .
Abrahan Lincoln
Este pensamento nos remete a idéia do quanto é importante cuidar das ferramentas.
Logo, o êxito de um trabalho, só ocorrerá se você ao utilizar as máquinas disponíveis a bordo
for cauteloso, zeloso, cumprir as normas de segurança e conhecer todas as partes que
compõem a máquina. Não se limite apenas em operar, procure conhecer muito bem os seus
instrumentos de trabalho.
A peça tanto pode ser trabalhada por uma ferramenta que atua pela parede externa,
como também pela parede interna. No primeiro caso diz-se tornear e no segundo facear.
121
FAM 01
Figura 7. 1– Torno Mecânico.
1) Barramento
a) O barramento deve ser bem protegido pela ação do material retirado das peças
b) Não se deve deixar ferramentas ou peças sobre o barramento nem tão pouco usá-lo
como bancada de trabalho.
c) Recomenda-se aplicar uma leve camada de óleo lubrificante após a limpeza a fim de
evitar a oxidação pela ação da umidade do ar ou a salinidade do meio ambiente.
122
2) Cabeçote fixo
O cabeçote fixo é utilizado para apoiar a árvore por meio da qual a peça recebe o
movimento de rotação. No cabeçote fixo estão alojados outros componentes para o
funcionamento do torno.
3) Cabeçote móvel
4) Carro principal
É o conjunto que tem como finalidade proporcionar movimento nas ferramentas de corte
nas principais operações do torno mecânico. Desloca-se manual e automaticamente ao longo
do barramento, conduzindo o carro transversal, a espera e o porta ferramenta. A espera é
montada sobre uma base giratória e permite o movimento da ferramenta em qualquer direção,
ou seja, longitudinal transversal e inclusive oblíquo. Veja a figura 7.4 a seguir.
123
FAM 01
Figura 7.4 – Carro principal.
5) Caixa de velocidade
6) Cremalheira
É uma peça de aço dentada fixada por meio de parafusos ao barramento do torno,
serve para deslocar o carro principal, por meio de um pinhão ou rodete. (Figura 7.6)
7) Volante
124
Figura 7.7 – Volante.
8) Fuso
Está localizado abaixo da cremalheira e é tão comprido quanto o barramento serve par
deslocar o carro principal na operação de abrir roscas. Veja a seguir na figura 7.8.
É uma peça de formato triangular com rasgos que permitem o encaixe de eixos móveis,
e serve para fixar o trem de engrenagens de recâmbio deslocando-se os eixos e ajustando as
engrenagens sempre que se fizer necessário. Está alojada na extremidade esquerda do torno.
125
FAM 01
13) Caixa Norton
Tarefa 7.1
O torno mecânico, por si só, não é uma máquina que oferece maiores perigos, mas
como qualquer outra máquina pode produzir acidentes, às vezes graves, para um operador
descuidado das normas de segurança para os torneiros.
126
7.3 LIMPEZA DO TORNO
a) Uma vez por semana deve-se fazer uma limpeza em todas as partes do torno, não só
aquelas que estão à vista, mas também as partes internas.
b) Limpe bem o excesso de óleo em redor das partes móveis com um pano limpo ou
estopa.
Veja como!
Lubrificação do torno
1) Lubrifique todas as partes móveis do torno, todos os dias. Esteja certo de que está
usando óleo de boa qualidade e de viscosidade apropriada.
7.4.
7.4.11 Cálculo de engrenagens de rosca com passo em polegad
polegadaa
Os tornos mecânicos modernos vêm equipados com uma caixa que permite fazer
diferentes passos de roscas.
Por vezes o operador necessitará fazer algum tipo de rosca que não está indicada na
tabela do torno. Tal situação inesperada pode deixar o operador em dificuldade. Portanto, é
127
FAM 01
necessário que você saiba como calcular uma rosca, cujo passo não está especificado na
tabela do torno.
F
Observe estas informações na relação !
P
Abrir uma rosca com 10 fios por polegada, num torno cujo fuso tem 4 fios por polegada.
Abrir uma rosca com 10 fios por polegada, num torno cujo fuso tem 4 fios por polegada.
Sendo o passo fuso do torno 4 fios por polegada e o passo da rosca a abrir 10 fios por
polegada, teremos:
F 4
P 10
Multiplica-se o fator 4/10 (fator de multiplicação) por um número qualquer que dê como
resultado o número de dentes de engrenagens existente na relação do torno.
4 5 20
x
10 5 50
O resultado é uma engrenagem de 20 dentes e outra de 50 dentes, conforme na figura
7.13 a seguir.
Montagem:
Quando o número de fios a abrir é maior que número de fios do fuso, a engrenagem da
árvore é menor que a engrenagem do fuso.
Exemplo:
Abrir uma rosca com 8 fios por polegada, num torno que o fuso tenha 4 fios por
polegada.
F 4 10 40
x
P 8 10 80
128
O número de fios a abrir é maior que o número de fios do fuso, então a engrenagem da
árvore é menor que a engrenagem do fuso.
Exercício resolvido
Quando se deseja abrir uma rosca com grande número de fios por polegada, é
necessário usar dois jogos de engrenagem no lugar de um.
Para calcular as engrenagens para abrir 28 fios por polegada, num torno cujo passo do
fuso seja 4 fios por polegada. Acompanhe o cálculo a seguir:
F 4
P 28
Se multiplicarmos a fração por 5, fica:
4 5 20
x
28 5 140
Bastaria às engrenagens de 20 e 140 para abrir a rosca. Mas não existe
engrenagem de 140 dentes. Então, vamos decompor a fração 20 / 140 em duas frações,
cujo resultado seja o número. Mas antes devemos simplificar essa fração 20 / 140,
20 2
/10
140 14
A gora decompõe-se fração 2 / 14 em duas frações
2 1 2
x
14 2 7
Multiplicam-se as duas frações por um número cujo resultado seja um número de dentes
do jogo de engrenagens existente na relação de engrenagem do torno.
1 30 30
x
2 30 60
E a outra
2 10 20
x
7 10 70
Dê mais uma parada, beba um copo de água e em seguida, realize a tarefa abaixo.
Tarefa 7.2
7.2.1) Quantas vezes por semana deve ser feita a limpeza interna e externa do torno?
____________________________________________________________________________
129
FAM 01
7.2.2) Cite dois procedimentos de lubrificação do torno.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Assim montadas:
30 = na árvore
60 = primeira intermediária
20 = segunda intermediária
70 = no fuso
Para roscas de passo em polegada, o cálculo é o mesmo, a única diferença é que vamos
calcular em frações da polegada.
Exemplo
Vamos calcular as engrenagens para abrir uma rosca de 1/8” de passo, em um torno cujo
fuso tenha 1 / 4”
F 1/8 1 4 4
x
P 1/4 8 1 8
Multiplica-se a fração 4/8 por um número, cujo resultado seja o número de dentes de
engrenagens existente na relação existente no torno.
4 x 10 40
8 x 10 80
As engrenagens do passo a abrir são menores que o passo do fuso, então as
engrenagens da árvore é a de menor número de dentes.
130
7.4.3 Jogo de quatro engrenagens para roscas métricas
3 mm = 1x 3 e 8mm = 2 x 4
1 2
e
3 4
Multiplica-se o numerador e o denominador dessa fração pelo número de dentes de
engrenagens existentes na coleção do torno.
1 20 20 2 20 40
x e x
3 20 60 4 20 80
Teremos as seguintes engrenagens:
20 40
e
60 80
As engrenagens 20 40 dos numeradores são condutoras e as de 60 80 dos
denominadores serão as conduzidas.
Vamos aprender!
Para ferramenta de corte que tem 0,6 a 1,8% de carbono contendo ainda, uma pequena
quantidade de manganês e silício que facilitam a fusão e a operação de forjar. O carbono é o
elemento essencial que constitui os carvões e os compostos orgânicos.
O silício - é uma substância que se dissolve em alguns metais (chumbo, prata, e zinco).
As suas principais utilizações na indústria são a preparação do ferro fundido e os aços.
131
FAM 01
7.5.2 Aço rápido
A fim de se tornear metais com eficiência, tornam-se necessário uma ferramenta do tipo
adequado, especialmente afiado para o determinado serviço a ser executado. O bit de aço
rápido montado em porta – ferramenta, conforme se vê nas figuras 7.15 (a) e (b) a seguir, são
os tipos mais comuns, entre ferramentas de torno.
Para que o seu trabalho a bordo tenha qualidade, procure observar e cumprir os
procedimentos abaixo.
Os tornos mecânicos são definidos por certas características que servem para orientar os
operadores quanto a sua capacidade para diferentes trabalhos As principais características
que devem ser observadas nos tornos mecânicos são as seguintes:
133
FAM 01
altura do centro da árvore em relação ao barramento é a distância da árvore à parte
superior ao barramento;
o diâmetro do fundo do eixo da árvore e o passo da rosca do fuso; e
a potência do motor.
1) Placas
134
Placa Lisa – possui várias ranhuras que permite a utilização de parafusos para a fixação
da obra. São utilizadas para usinagem de peças cujos centros não são alinhados. Confira na
figura 7.19 abaixo.
2) Pontos
3) Lunetas
a) apoiar peças e eixos compridos que não possam ser apoiados por pontos rotativos.
Existem dois tipos de lunetas: luneta fixa e luneta móvel. Veja as figuras 7.20 e 7.21 a
seguir.
135
FAM 01
Luneta fixa – o grande espaço entre a placa e o contra ponto nas peças comprida e
finas leva o aparecimento de vibrações e flexões dificultando a usinagem. Para contornar essa
dificuldade usa-se a luneta. Uma vez definida a posição ideal, a luneta deve ser fixado a
barramento até a conclusão do trabalho.
A luneta possui três castanhas e a parte da obra que se apóia nas castanhas não deve
ser rugosa e o apoio deve ser constantemente lubrificado.
Luneta móvel – quando o apoio da luneta fixa não é suficiente, usa-se a luneta móvel.
Ela trabalha fixa ao carro principal, acompanhando o deslocamento da ferramenta de corte,
apoiando a obra durante todo o avanço da ferramenta.
136
Figura 7.22 – Luneta móvel.
4) Mandril
Considerações Finais
Nesta Unidade você estudou sobre o torno mecânico e seus principais componentes. De
posse destes conhecimentos você poderá realizar as operações de um torno mecânico.
A árvore onde é alojada placa que serve para fixar obra. O cabeçote fixo de importância
fundamental para o funcionamento do torno.
137
FAM 01
Estamos chegando à reta final deste Módulo e você acabou de concluir mais
uma Unidade, portanto, é importante verificar o que aprendeu. Demonstre seus
conhecimentos realizando o teste a seguir.
F
7.6) Na relação , chamamos de P ___________________________ e de F o passo da rosca
P
do fuso do torno.
F 4
7.7) Na igualdade = o fator de multiplicação é __________________.
P 10
7.8) O carbono ________________________ com grande número de metais e é um dos
constituintes do ferro fundido.
138
Assinale a opção correta:
4
7.11) Sendo o fator de multiplicação , podemos afirmar que o passo do fuso tem
10
a) 4 fios por polegada.
b) 10 fios por polegada.
c) 40 fios por polegada.
d) 2,5 fios pó polegada.
4
7.12) Sabendo-se que o fator de multiplicação é , então podemos afirmar que a rosca a
10
abrir tem:
7.14) Quando se deseja abrir uma rosca com grande números de fios por polegada:
Ch
Ch a v e d e R e s p o s t a d a T a r e f a e d o T e s t e d e A u t o - A v a l i a ç ã o d a U n i d a d e 7
Tarefa 7.1
7.1.1) Deve ser bem protegido do material retirado das peças. Não se deve deixar peças ou
ferramentas sobre o barramento nem tão pouco usar como bancada. Recomenda-se aplicar
uma leve camada de óleo lubrificante após a limpeza a fim de evitar a oxidação pela ação da
umidade do ar ou a salinidade do meio ambiente.
139
FAM 01
Tarefa 7.2
7.2.1) Uma vez por semana deve-se fazer uma limpeza em todas as partes do torno.
7.2.2) Lubrifique todas as partes do torno, todos os dias. Esteja certo de que está usando óleo
de boa qualidade. Nunca lubrifique o torno enquanto o mesmo estiver em movimento.
Teste de auto-avaliação
7.1) longo
7.3) árvore
7.4) automaticamente
7.5) manualmente
4
7.7)
10
7.8) combina-se
7.9) simultâneo
7.11) a
7.12) a
7.13) a
7.14) c
Parabéns!
Você é um vencedor, afinal, estudará a seguir a
última Unidade deste Módulo.
Não desista, máquinas avante! Veja o próximo
assunto: “Torneamento Cônico”.
140
UNIDADE 8
TORNEAMENTO CÔNICO
Nesta Unidade você estudará sobre o torneamento cônico e verá a importância das
medidas e aplicação das fórmulas para o êxito de seu trabalho a bordo. Portanto, fique atento
nesta última Unidade deste módulo.
141
FAM 01
As ferramentas devem possuir as seguintes propriedades:
Vamos lá!
Veja a resposta!
Veja como:
Exemplo:
Para tornear o ponto de um torno que tem um ângulo de 60º, gira-se a espera 30º.
60º
142
b) Se não se conhece o ângulo do vértice, ou se a espera não tem graduação.
Neste caso, inclina-se a espera até que a ferramenta copie o ângulo da peça.
c) Conhece-se o diâmetro maior “D”, o diâmetro menor “d” e a altura do cone “H”.
D-d
TANG =
2H
Calculando o valor da tangente podemos encontrar o ângulo na tábua trigonométrica.
D = 90 mm d = 85 mm H = 120 mm
D-d 90 - 85
TANG = TANG =
2H 2 x 120
90 - 85 5
= = 0,0208
240 240
TANG = Ângulo 1º10”
(um grau e dez minutos).
Exemplo:
143
FAM 01
Para o cálculo do deslocamento do cabeçote móvel aplica-se a seguinte fórmula:
(D d) * L
Desl
2H
Sendo: Teremos:
(80 72) * 300
D = 80mm Desl
2x120
d = 72mm
8 x300
L = 300mm Desl
240
H = 120mm 2400
Desl
240
240
Desl 10
24
Que tal fazer uma tarefa para verificar o que acabou de estudar?
Tarefa 8.1
Responda.
8.1.2) Qual o valor de uma tangente de uma peça, cujo diâmetro maior é de 60mm, o diâmetro
menor é de 50mm e a altura é de 10mm?
____________________________________________________________________________
144
Ângulo de corte - é formado pela superfície de saída e de incidência (lateral ou frontal),
cuja interseção constitui o gume da ferramenta.
Ângulo de incidência – é formado pela superfície lateral e o plano vertical que passa
pela aresta de corte. Quanto maior for o ângulo, mais fácil será a penetração da ferramenta no
material.
Ângulo de folgas Laterais – é o ângulo que permite que aresta de corte atue livremente
sob o material sem que a parte inferior da ferramenta raspe na peça.
a ângulo de incidência
b Ângulo de cunha
c Ângulo de saída
d Ângulo de corte
O ângulo de corte varia com a dureza do material. Ao tornear o aço macio usa-se um
ângulo mais agudo, porém em se tratando de aço duro ou ferro fundido o ângulo será menos
agudo.
A B C D
145
FAM 01
A – Verificando a B – Verificando a folga frontal C – Verificando o ângulo
folga lateral de corte para o aço
A folga lateral permite à borda da cortante, cortar livremente, sem que a parte inferior da
ferramenta raspe o trabalho.
A folga frontal permite à face cortante, cortar livremente, de acordo com o avanço da
ferramenta em direção à peça. Conforme demonstrado na figura 8.4 a seguir.
As figuras 8.5 a), b), c) e d) abaixo, mostram os graus de comoo afiar uma ferramenta
para seriços de máquinas.
146
8.4 PRINCIPAIS OPERAÇÕES EXECUTADAS NO TORNO
Confira a resposta!
Tornear é desbastar uma superfície interna ou externa de um sólido de revolução.
Facear é desbastar uma superfície plana, que constitui a base do sólido de revolução.
Normalmente é feita antes de se fazer qualquer outra operação na peça. Essa operação serve
para preparar uma face de referência, a fim de se poder marcar o comprimento ou, para
permitir furação sem o desvio da broca.
(a) (b)
Figura 8.7 – Aplicação de uma ferramenta de: a) desbastar e b) acabamento fino.
Para fixar o que você estudou nesta Subunidade, faça a tarefa abaixo.
Tarefa 8.2
Responda.
8.2.1) Qual é a operação realizada no torno mecânico que consiste em aproximar a peça das
medidas definitivas?
____________________________________________________________________________
8.2.2) Qual é o nome da operação de tornear, cujo objetivo é aumentar o diâmetro interno de
um furo?
____________________________________________________________________________
Considerações Finais
Partindo do princípio de que você não é mais o mesmo opós o estudo deste Módulo, pois
o conhecimento adquirido nos torna maiores intelectualmente. Logo, o que você aprendeu o
ajudará nas atividades de torneamento, no que diz respeito a aplicação dos cálculos para a
confecção de peças cônicas.
Ainda sobre o assunto torneamento, vimos também os processos de afiação manual das
ferramentas de corte, as principais operações, acessórios e as ferramentas mais utilizadas.
Procure fazer bom uso de todas as informaçães contidas neste Manual, pois elas aumentarão
as saus chances de ser um marítimo bem mais qualificado.
Bem, chegamos ao final da última Unidade deste Módulo. Portanto, você precisa
testar o que realmente aprendeu. Procure realizar o teste a seguir com bastante
atenção. Caso tenha dúvida leia novamente toda a Unidade.
148
Teste de Auto-Avaliação da Unidade 8
8.4) Qual é o valor da tangente uma peça cujo diâmetro maior é de 60 mm, o diâmetro menos
50 mm e a altura 10 mm?
____________________________________________________________________________
8.6) Qual é o ângulo da ferramenta de corte que varia com a dureza do material a ser
trabalhado?
____________________________________________________________________________
8.9) Qual é o tipo de aço utilizado nas ferramentas de corte que está praticamente em desuso?
____________________________________________________________________________
8.10) Qual é a operação feita no torno mecânico, inicialmente para permitir uma furação sem o
desvio da broca?
____________________________________________________________________________
8.12) As curvas geradas pela ferramenta, deslizando-se ao longo da superfície externa da peça
denomina-se?
____________________________________________________________________________
149
FAM 01
8.13) Qual é a operação que consiste em abrir furos com brocas ou ferramenta similar?
____________________________________________________________________________
8.14) Qual é a operação do torno mecânico que consiste em aproximar a peça das medidas
definitivas?
____________________________________________________________________________
Ch
Chave de Resposta da Tarefa e do Teste de Auto-Ava liação da Unidade 8
Tarefas 8.1
D-d 60 - 50 10 1
8.1.2) tg = = = 0,5
2H 2 2
Tarefas 8.2
Teste de auto-avaliação
150
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, José de Mendonça. Tecnologia Mecânica V.1. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Cientifícos, Editora S.A. 1978. 271 p.
MITUTOYO DO BRASIL IND. E COM. LTDA. Intrumentos de Medição e Precisão. São Paulo:
1985. 103 p.
STARRETT INDUSTRIA E COMÉRCIO LTDA. Catálogo B29- 2000. 2. ed. São Paulo: 2000.
640 p.
TELE CURSO 2000. Curso Profissionalizante: Mecânica. Rio de Janeiro: Ed. GLOBO, (s.d.)
240 p.
151
FAM 01
152