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CÂNCER DE MEDIASTINO

ANATOMIA pré-aórticos; (2) Médio, que é ocupado pelo


pericárdio e contém a carina, brônquios fontes e
• O mediastino é um espaço entre as pleuras que linfonodos traqueo-brônquicos; (3) Posterior,
contêm todos os órgãos torácicos, exceto os pulmões. que se estende do pericárdio posterior até o
• Limites anatômicos: ligamento espinhal anterior, contendo esôfago,
• Limite superior: é imaginário, pois tem livre aorta, nervos, gânglios e ducto torácico.
comunicação com pescoço por 3 planos fasciais, o
• Essa divisão não considera os 3 planos fasciais
pré-vascular, o pré-traqueal e faringo- esofágico
cervico-mediastinais.
• Limite inferior: músculo diafragma
• Limites laterais: pulmões em faces mediastinais e DIVISÃO EM TRÊS COMPARTIMENTOS
pleuras parietais
• Limite anterior: tábua posterior do osso esternal • A divisão é semelhante à em 4 compartimentos,
• Limite posterior: pelo ligamento espinhal ignorando os planos fasciais, mas tem-se a fusão dos
anterior ou sulco paravertebral. compartimentos anterior e superior, o que resulta
• As estruturas contidas no mediastino são: (1) em: (1) mediastino ântero-superior, o qual é o maior
Cardiovasculares, com coração e grandes vasos; (2) sítio de tumores; (2) mediastino médio; e (3)
Aéreas, com traqueia e brônquios fontes; (3) mediastino posterior.
Gastrintestinais, com esôfago; (4) Nervosas, com
nervos e gânglios; (5) Linfáticas, com linfonodos, DIVISÃO EM TRÊS COMPARTIMENTOS DE SHIELDS
ducto torácico e timo; e (6) Pericárdio, uma cavidade
serosa. • Essa divisão considera planos de dissecção desde a
abertura torácica superior até o diafragma, formando
(1) compartimento anterior; (2) compartimento
visceral; e (3) sulcos paravertebrais.
1. Compartimento Anterior (Zona Pré-Visceral):
Estende-se da borda posterior do esterno até a
superfície anterior dos grandes vasos.
2. Compartimento Visceral: Localiza-se entre a
superfície anterior dos grandes vasos e
pericárdio e o ligamento longitudinal espinal
anterior.
3. Sulcos Paravertebrais (Regiões
Costovertebrais): Localizados posteriormente,
são espaços laterais aos corpos vertebrais e
adjacentes às articulações costovertebrais. Eles
não são anatomicamente incluídos no
mediastino, mas, em lesões, são considerados.

ASPECTOS CLÍNICOS

DIVISÃO EM QUATRO COMPARTIMENTOS • ½ dos casos são assintomáticos, sendo detectados


incidentalmente em radiografia de tórax.
• Nessa divisão baseada na
• A localização e etiologia geralmente é relacionada
radiografia de tórax lateral,
com a idade do paciente, a qual varia e pode acometer
considerada a tradicional, o
menores de 15 anos em 8% dos casos.
mediastino se divide em regiões
➔ Entre 20-40 anos, metade das lesões são
superior e inferior, por um plano
malignas. Fora dessa faixa, a malignidade cai
imaginário que se estende da
para próximo de 30%.
junção posterior manúbrio-
➔ 60% dos tumores do mediastino ântero-
esternal (ângulo de Louis) até a
superior, 30% do mediastino médio e 15% do
borda inferior da vértebra T4.
mediastino posterior são malignos.
Esse plano corresponde ao arco
aórtico e à carina traqueal SINTOMAS
principal.
1. O mediastino superior contém: grandes vasos, • A maioria dos sintomas está relacionada às
traqueia, esôfago, linfáticos, linfonodos, ducto estruturas mediastinais comprimidas ou invadidas:
torácico e timo. 1. Respiratórios: Tosse, estridor, dispneia e
2. O mediastino inferior se divide em (1) Anterior, hemoptise esporádica.
que se estende da borda posterior esternal até a
superfície anterior do pericárdio e contém o timo
e tecido gorduroso adjacente e os linfonodos
EPIDEMIOLOGIA GERAL
2. Dor torácica: Causada por invasão da parede, Ressonância Nuclear Magnética de Tórax
diafragma ou pleura mediastinal. • Não é utilizada em rotina, mas pode ser útil em (1)
3. Outros associados: disfagia, síndrome da V. Cava Lesões que comprometem a coluna e o forame
Superior, invasão do pericárdio gerando intervertebral, como pode ocorrer em tumores
tamponamento, rouquidão por paralisia do neurogênicos; (2) avaliação de estruturas vasculares
nervo recorrente, paralisia diafragmática por em impossibilidade de TC com contraste; (3)
paralisia do nervo frênico, síndrome de Horner suspeitas de cistos mediastinais; e (4) avaliação do
por acometimento do gânglio estrelado e dor diafragma.
radicular por extensão tumoral via canal • Fornece boa informação sobre composição de massa,
intervertebral. até mais que a TC.
4. Alguns casos podem apresentar
linfonodomegalia supraclaviculares associadas. MARCADORES TUMORAIS
• 25% dos tumores são malignos, e 2/3 das crianças • São incluídos (1)
são sintomáticos, enquanto 1/3 dos adultos o é. Anticorpos antirreceptores
• Os sintomas variam conforme o local, pois, como a de acetilcolina (Anti-AChR),
metade superior do tórax é mais estreita e com úteis em casos de timomas
órgãos restritos por caixa óssea, há mais sintomas em com miastenia gravis; e (2)
tumores nessa área. marcadores tumorais, como
• Lesões malignas produzem mais sintomas, sendo gonadotrofina coriônica
quase 80% dos casos sintomáticos. Por outro lado, humana B (B-HCG) e a-
83% dos assintomáticos são casos benignos. fetoproteína (AFP),
importantes no diagnóstico
DIAGNÓSTICO de neoplasias germinativas.
EXAMES DE IMAGEM ➔ 90% dos tumores não seminomatosos
• Ao usar recursos imagéticos, deve-se questionar a apresentam elevação de pelo menos um desses
opacidade é mediastinal e tumoral; se é um tumor dois últimos marcadores.
benigno ou maligno, com necessidade de biópsia, • Alguns marcadores extras podem ser úteis
ressecção ou ambas; e qual será o método de biópsia. dependendo da área acometida, como PTH em
tumores de paratireoide; e catecolaminas
Radiografia Simples de Tórax plasmáticas e urinárias, no caso de feocromocitoma.
• É o exame inicial, podendo dar informações como
alargamento, características (difuso, focal, tamanho) EXAMES CITOLÓGICOS E HISTOLÓGICOS
e extras, como lesões adjacentes. • Biópsias podem realizadas por vários métodos:
• O alargamento é caracterizado pelo diâmetro agulha fina, histológico por agulha grossa (core
mediastinal maior que 8 cm na altura do arco aórtico, needle) ou cirúrgico, a depender da localização e
ou maior que 5 mm na faixa paratraqueal direita. suspeita.
• A imagem alargada pode ser localizada, como em • A biópsia é mandatória quando o tratamento
tumores, ou difusa, como em doenças infiltrativas primário não for cirúrgico, como na maioria dos
exemplificadas por mediastinite ou hematoma de linfomas e tumores germinativos, o que requer a
mediastino. obtenção de material por vias menos invasivas que
uma toracotomia.

Punção por Agulha Fina


• Possui uma especificidade >90% em tumores de
mediastino anterior, mas <50% em linfomas.

Biópsia Transtorácica com Agulha Grossa


• Pode levar ao diagnóstico em ¾ dos casos,
principalmente quando guiada por TC.

Biópsia de Linfonodos Supraclaviculares Aumentados


• Em casos de linfonodomegalia supraclavicular, pode-
Tomografia Computadorizada (TC) de Tórax se coletar materiais por métodos pouco invasivos.
• É exame essencial e base para diagnóstico,
predizendo tamanho, localização e envolvimento de Mediastinoscopia Cervical
outros órgãos. • A mediastinoscopia cervical é um método mais
• Deve ser, se possível, realizada com contraste para invasivo que requer anestesia, tendo diagnóstico em
avaliação vascular. 90-100% dos casos. Ela possibilita amostras da
• Pode distinguir massas de tecido adiposo, tecido de região peri e infratraqueal no mediastino visceral,
partes moles e cistos. que são áreas comumente acometidas por linfomas.
Mediastinotomia Anterior • A sobrevida em 5 anos para tumores estádios III e IV
• A mediastinotomia anterior é realizada por pequena é variável, em torno de 40-60% e 30-40%,
incisão transversa sobre a segunda cartilagem costal, respectivamente.
permitindo biópsia no compartimento pré-visceral
Manifestações Clínicas
com baixa morbidade.
• Assintomáticos são 50% dos pacientes, mas pode-se
Torascospia ter sintomas relacionados ao tamanho de tumor,
• É um substituto da mediastinotomia anterior, pois causando invasão ou compressão de estruturas
atinge qualquer compartimento mediastinal de mediastinais.
forma segura e eficaz. ➔ É comum, devido à ação do Anti-AChR,
• Pode ser empregada para ressecção completa do associação com miastenia grave como síndrome.
tumor, quando existir essa indicação. • 5-10% dos pacientes têm aplasia de células
vermelhas, hipogamaglobulinemia, lúpus
Toracotomia eritematoso sistêmico, síndrome de Cushing ou
• É a última opção diagnóstica, mas tem acurácia de secreção inapropriada de hormônio antidiurético.
98%. Deve ser reservada para tumores em que o • O alargamento mediastinal é o achado mais
tratamento primordial seja cirúrgico e nos quais a frequente na radiografia; e, na TC, é frequentemente
ressecção por videotoracoscopia não for possível ou diagnóstica mediante visualização de massa redonda
recomendável. ou lobulada com densidade de partes moles no
mediastino anterior, com possíveis áreas de
TUMORES REGIONAIS ESPECÍFICOS degeneração cística e hemorragia.
MEDIASTINO ANTERIOR Tratamento
TIREOIDE – BÓCIO MERGULHANTE • Seu tratamento é ressecção, uma vez que a biópsia
não exclui possibilidade de neoplasia associada.
• Apesar de se localizar
• Em casos não invasivos, o tratamento é cirúrgico,
primariamente na região
preferencialmente com ressecção do tumor, timo e
cervical, o bócio mergulhante é
gordura mediastinal de frênico a frênico.
um dos principais tumores no
• Em timomas invasivos, terapia adjuvante
mediastino ântero-superior, e
(especialmente em estágios III e IV) pode ser feita
pode se localizar em outros
por radioterapia ou quimioterapia associada à
compartimentos conforme sua
radioterapia. Em casos avançados ao diagnóstico,
relação com outras estruturas
quimioterapia neoadjuvante pode ser útil.
mediastinais.
• Em carcinomas epidermoides, a variante mais
• Ele caracteriza-se pela
encontrada, a ressecção é uma opção sempre que
presença de pelo menos ½ do bócio em topografia
possível; e, devido a sua radiossensibilidade, a
intratorácica.
radioterapia pode ser empregada. Enquanto isso,
• Pode ser assintomático ou apresentar sintomas
quimioterapia é reservada a casos indiferenciados e
compressivos traqueais e esofágicos.
a recidivas locais ou metástases extratorácicas.
• O tratamento é puramente cirúrgico.
• Cistos tímicos são raros e, no geral, assintomáticos,
TIMO sendo encontrados por alargamento mediastinal na
radiografia e confirmação via TC. Nesses casos, se
• A hiperplasia tímica é caracterizada pelo ↑ volume e houver dúvida diagnóstica, a resseção é justificável.
↑ peso do timo, que, radiologicamente, é
representada por massa na topografia tímica. CÉLULAS GERMINATIVAS
• Os timomas são os tumores mais frequentes no
• Tumores germinativos primários de mediastino
compartimento pré-visceral, ocorrendo
representam migração de células germinativas extra-
principalmente entre 40-60 anos. Possui prognóstico
gonadais durante a vida embrionária, sendo 15% das
relacionado ao grau de invasão de estruturas
neoplasias mediastinais e benignos ou malignos.
adjacentes mediante classificação de Masaoka.
• Possuem distribuição igual entre os sexos e idade
média de 28 anos.
• Em adultos, são massas de crescimento lento e
assintomáticas em 2/3 dos casos. Porém, sintomas
por compressão (dor torácica, tosse e dispneia)
podem ocorrer, e tricoptise é patognomônica.

Diagnóstico
• Radiografia apresenta alargamento mediastinal, e TC
• A sobrevida em 10 anos após ressecção completa no permite identificar massa de margens nítidas e
estádio I é de 80-90%, e no estádio II de 70-80%. densidades diferentes, características de gordura,
tecidos moles, cistos e calcificações, as quais muitas • Metástases para pulmão, linfonodos mediastinais ou
vezes são grosseiras. fígado estão presentes em 25-50% dos casos.
• Por definição histológica, deve conter tipos celulares • O tratamento é quimioterápico, mesmo em recidiva,
de 2 das 3 camadas germinativas (ectoderme, podendo ser realizado até transplante de medula
mesoderme e endoderme). óssea em alguns casos.
➔ A ectoderme é a mais evidente nas pesquisas. • Pacientes que respondem a quimioterapia mas
continuam com massas ressecáveis podem ser
Teratomas Maduros submetidos à cirurgia.
• Teratomas maduros são os tumores mediastinais de
células germinativas mais comuns, sendo LINFOMAS
caracterizados pela área cística no seu interior,
representadas por conteúdo sebáceo, gelatinoso ou • São a segunda lesão mais comum no mediastino
líquido, podendo conter cistos dermoides: dentes, anterior e representam 20% das lesões mediastinais
pelos, cartilagem e outros. malignas em adultos. Os de Hodgkin, que são mais
incidentes em adultos, afetam o mediastino em 50%
Tumores Seminomatosos dos casos; e os não Hodgkin em 20%.
• Tumores seminomatosos, que representam 30% dos • Os sintomas mais encontrados são síndrome de V.
tumores germinativos malignos, ocorrem quase Cava Superior, rouquidão, síndrome de Horner,
exclusivamente em homens, tendo pico de incidência disfagia, dispneia, dor torácica, tosse e derrames
em 20-30 anos. pleurais ou pericárdicos.
• Possuem crescimento lento e invasivo, geralmente ➔ Linfomas de Hodgkin iniciam com sintomas B:
causando sintomas de compressão (disfagia, febre, sudorese noturna e perda de peso.
dispneia, tosse) e, ocasionalmente, febre e • Adenopatias periféricas (supraclaviculares, axilares
emagrecimento. Além disso, Síndrome de V. Cava e inguinais) são muito frequentes, e a biópsia garante
ocorre em 10% dos casos. diagnóstico mais fácil.
• Comprometimento metastático pulmonar é mais ➔ Biópsia por agulha, seja transparietal guiada por
comum, sendo que em casos raros à distância, ossos TC ou por agulha fina com ultrassom
são mais acometidos. endoscópico, tem sido método alternativo, mas
• Possuem TC com massas homogêneas, bem melhores resultados advêm de agulhas grossas.
definidas, sem grande obliteração de estruturas, mas • Expectativa de cura para tipos Hodgkin e não
com planos de clivagem mal definidos. Hodgkin são 80% e 50%, respectivamente.
• Marcadores tumorais são importantes para
PARATIREOIDE
diagnóstico e prognóstico de tumores germinativos,
mas B-HCG é expresso em apenas 10% e valores • As paratireoides mediastinais são explicadas pelo
acima de 100 ng/mL desse marcador são indicativos desenvolvimento embrionário, com as glândulas
de tumores não-seminomatosos. Enquanto isso, inferiores originárias junto ao timo.
alfafetoproteína está ausente em seminomas. • A maioria dos tumores mediastinais da paratireoide
Desidrogenase lática é um marcador menos se localiza no mediastino ântero-superior, mas pode
específico, mas, em pacientes jovens com grandes ocorrer no posterior também.
massas, pode ter valor diagnóstico presuntivo. • Geralmente, são pequenos e manifestam-se com
• Investigação testicular por ultrassom é mandatória, sinais e sintomas de hiperparatireoidismo.
mesmo que sejam raras as metástases de seminomas • Estudo pré-operatório é a cintilografia com tecnécio
testiculares para o mediastino. e a maioria das lesões pode ser ressecada por via
• Seminomas são altamente radiossensíveis, e, na cervical.
doença disseminada, quimioterapia baseada em
cisplatina é eficiente, principalmente se associada à MEDIASTINO MÉDIO
radioterapia. CISTOS BRONCOGÊNICOS
• Cirurgia tem um papel pouco definido.
• São lesões congênitas originadas durante a formação
Tumores Não Seminomatosos pulmonar, sendo encontradas ao longo da árvore
• Em tumores não seminomatosos, que são 2/3 dos traqueobrônquica, mais comumente na carina.
casos e extremamente agressivos, estão incluídos • Normalmente, são sintomáticos com dor torácica.
carcinomas de células embrionárias, coricarcinomas,
• Complicações infecciosas podem ocorrer, tanto em
tumores do saco vitelínico, teratocarcinoma e
virtude de obstrução da via aérea quanto por
tumores mistos.
comunicação direta do cisto com a árvore, apesar de
• Possuem títulos elevados de B-HCG e não existir comumente essa comunicação.
alfafetoproteína.
• Possuem cunho agressivo à TC, tendo aspecto CISTOS DE DUPLICAÇÃO ESOFÁGICA
borrado nos planos entre vasos, irregularidade,
• São lesões congênitas originadas de anormalidades
densidades diferentes (sugerindo hemorragia ou
na formação do intestino primitivo, as quais contém
necrose) e nenhuma calcificação.
epitélio gastrointestinal e íntimo contato com o
esôfago (na maioria, circundados pelas camadas REFERÊNCIAS:
musculares e sem contato com mucosa).
• A maioria dos casos é assintomática, mas pode-se ter 1. HOFF, P. M. G. Tratado de Oncologia, 2013.
2. MARQUES, C. L. Q. et al. Oncologia: Uma Abordagem
dor torácica e disfagia.
Multidisciplinar, 2016.
• Algumas complicações podem ocorrer, como
infecção do cisto, sangramento e consequente
ruptura para esôfago (hematêmese) ou para
brônquico (hemoptise).

CISTOS PERICÁRDICOS

• São cistos congênitos mesoteliais, localizados em


geral à direita, no ângulo cardiofrênico.
• Tem característica assintomática e diagnóstico entre
40-50 anos. A videotoracoscopia é a via de acesso.

MEDIASTINO POSTERIOR
TUMORES NEUROGÊNICOS

• Representam 15-30% de todas as massas


mediastinais, sendo, portanto, as mais comuns.
Acometem tanto adultos quanto crianças e têm uma
leve predileção por mulheres.
➔ Em casos infantis, tem-se 50% casos malignos;
enquanto em adultos, <10%.
• Geralmente, estão localizadas no mediastino
posterior e se originam da bainha nervosa via
gânglios simpáticos (ganglioma,
ganglioneuroblastoma, neuroblastoma), dos nervos
intercostais (neurofibromas, neurilemomas e
neurossarcomas) e das células paraganglionares
(paraganglioma).

Sintomas
• Em adultos, geralmente não se tem sintomas, mas,
por compressão, podem ser relatados tosse, dispneia,
cornagem, dor torácica e síndrome de Horner. Além
disso, poucos pacientes (3-6%) têm evidência de
compressão medular.
➔ Sintomas constitucionais, principalmente perda
de peso, estão relacionados à malignidade.
➔ Em compressões medulares, ressonância
magnética pode ser necessária para determinar
o grau de invasão e acometimento espinhal, além
de determinar etiologia da lesão.

Diagnóstico
• Radiologicamente, são variáveis, mas tem-se, na
maioria, alargamento mediastinal unilateral em
mediastino posterior. Além disso, podem se
apresentar em TC como massa lobulada ou não e
calcificações ocasionais.
➔ Alterações nas adjacências, como erosão costal
ou vertebral, não indicam malignidade, pois
apenas os efeitos de massa de tumores benignos
têm relação com a origem dessas alterações.

Tratamento
• O tratamento é a ressecção cirúrgica, podendo ser
realizada por videotoracoscopia em tumores
benignos e pequenos. Em pacientes com extensão
intramedular, a abordagem deve ser combinada (via
posterior e anterior), para maior segurança.

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