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Bases históricas, epistemológicas e

conceituais dos processos grupais

Processos Grupais
Professor Rafael Costa
Objetivos

Descrever o desenvolvimento histórico dos processos grupais;


Identificar os diferentes grupos sociais;
Descrever o que são grupos.
Contrato de convivência

O que é essencial para o sucesso do relacionamento da turma no semestre?


Quem sou eu na vida?
Quebra gelo

Apresentação pessoal

Teia de aranha

Nome
Onde mora
Curiosidade sobre você
Grupos

Os homens são seres sociais, portanto, necessitam viver em grupo, estão inseridos
nesse contexto social. O primeiro grupo a que pertencemos é a família, e aos
poucos vamos estendendo a participação no ambiente em que vivemos, como a
escola, grupos religiosos e na vida adulta a admissão ao grupo organizacional.
Grupos

Ao pertencermos à determinados grupos, podemos adquirir comportamentos


parecidos que nos moldam de uma forma que levam as pessoas a perceber que
somos participantes de certo seguimento. Quando isso acontece estamos nos
referindo aos comportamentos próprios do grupo a que um sujeito é integrante,
onde os participantes apresentam comportamentos parecidos ou semelhantes.
Alguns grupos parecem tão homogêneos (com exceção das diferenças individuais)
que as pessoas falam, gesticulam e riem da mesma forma, por exemplo.
Grupos

Fazer parte de um grupo é importante para o indivíduo, mesmo para aquele que
nega isso.

Toda pessoa que é integrante de um grupo tem um papel dentro dele. Um papel
definido e ativo (ou ativo-passivo ou passivo).
Grupos

Caso tenha que encarar a situação de ser inserido em um novo grupo, como a
entrada num grêmio estudantil, nova comunidade, nova escola, faculdade, entre
outros, a tensão e a ansiedade diante dessa realidade pode causar medo, por
precisar “se encaixar”, procurar semelhantes e/ou aliados. Sair do anonimato é
complexo para alguns e para outros é mais uma oportunidade, mas não deixa de
ser um desafio.
Exercício

O que são processos grupais em 1 palavra?


Apresentação do Plano de ensino
e procedimentos de avaliação
História dos processos grupais

Trotter (1919-1953), em 1919 definia o instinto gregário (um dos quatro


instintos básicos do homem, sendo os outros: o instinto de autopreservação, o
instinto de nutrição e o instinto sexual), como o responsável por fazer com que
os homens sempre procurassem viver em grupos, como uma forma de tornar-
se mais resistentes à seleção natural (Darwin).
História dos processos grupais
A psicologia das massas que tentava compreender fenômenos coletivos tomando como base de
pensamento a revolução francesa e o fenômeno que fez com que uma multidão de pessoas fosse
influenciada por um líder a comportamentos que muitas vezes colocavam em risco as suas próprias
vidas.

Em 1985, Gustave Le Bon publicou o livro "Psicologia das Massas“. Para Le Bon, havia uma ruptura
profunda entre o fenômeno individual e o fenômeno coletivo, ao ponto de se poder falar de uma
"psicologia das multidões" e de uma psicologia do indivíduo.
História dos processos grupais
O psicólogo francês Gustave Le Bon (1981-1931), entre
outras nominações, foi psicólogo social, físico amador e
sociólogo. Le Bon foi considerado um dos nomes mais
importantes da área da psicologia, os temas que abordou
foram de importância fundamental no século XX. Entre
eles, destacam-se psicologia das massas, comportamento
de manada e teorias sobre características nacionais e de
superioridade de raça.
História dos processos grupais
Com o início da cultura de massa no começo do século XX, com o constante desenvolvimento e
criação de um conglomerado midiático que incluía rádio, televisão e mídias impressas, a obra de Le
Bon sobre a psicologia das massas começou a ser estudada por Hadley Cantril e Blumer, dois
pesquisadores de mídia. O objetivo da dupla era fazer uma descrição das reações de grupos que
eram subordinados à opinião dos meios de comunicação.
História dos processos grupais
As ideias de Le Bon também foram de extrema importância nas discussões sobre a natureza da
energia e da matéria. Um de seus livros mais populares na França, chamado A Evolução da Matéria,
lançado em 12 edições, apresentou pontos que foram levados em consideração por grandes físicos
da época como Henri Poincaré, um matemático, físico e filósofo da ciência.
História dos processos grupais
Uma grande personalidade que discutiu as ideias expostas nas obras de Le Bon foi Sigmund Freud,
médico neurologista judeu-austríaco, fundador da psicanálise. Isso pode ser conferido no livro
Psicologia de Grupo e a Análise do Ego, que teve sua publicação no ano de 1921, dez anos antes da
morte de Le Bon.
Grupos

Os grupo tem regras, normas, direitos e deveres, que necessariamente não


precisam ser colocadas em documentos, mas apenas implícitas. Aos poucos, se
reconhece o poder exercido, os benefícios e punição por não cumprir o que já está
determinado, qual a forma de participar obtendo sucesso e prestígio ou então
sofrer as consequências da má participação.
Grupos

Seja na escola, faculdade, organização ou núcleo familiar, o indivíduo precisa tem


que se adptar e não ao contrário. O que pode acontecer é entrar para o grupo e
tentar transformá-lo o que nem sempre é fácil ou possível. Por inúmeras razões,
uma delas é se o grupo está propício a mudanças, a segunda se ele quer mudanças
ou se as regras já são tão velhas e arraigadas que não cabe nada novo e o terceiro e
último é se as mudanças que a pessoa quer no grupo são realmente necessárias.
Grupos

Faz-se necessário abrir oportunidades para que as pessoas possam compartilhar


suas ideias, convicções, valores, queixas e até opiniões para mudança de algo.
Sendo que tudo deve ser bem analisado, compreendido e “editado” para dar
retorno ao grupo, favorecendo as relações e as mudanças, caso elas sejam
implementadas, cogitadas ou prometidas para o futuro.
Grupos

Segundo Greenberg e Baron (1995) e González e Cols (1996), nos grupos há esforço
individual, responsabilidade por resultados individuais, objetivo individual e
unidades de trabalho independente.
Vídeo

Respeito às diferenças – Motivacional


https://www.youtube.com/watch?v=gcFlEw-Ux-E
Bibliografia básica
ANZIEU, Didier. Grupo e o inconsciente: O imaginario grupal. Paris: Casapsi Disponível em:
https://bv4.digitalpages.com.br/?from=explorar%2F2871%2Fdinamicade-grupo&page=-1§ion=0#/legacy/3405

NERY, Maria da Penha. Grupos e intervenção em conflitos. São Paulo: Ágora Editora Disponível em:
https://bv4.digitalpages.com.br/#/legacy/epub/49572

OSORIO, Luiz Carlos. Grupoterapias: abordagens atuais.. Porto Alegre: Artmed: ARTMED Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536314808/cfi/0!/4/2@100:0.00

ZIMERMAN, David E. Fundamentos básicos das grupoterapias. Porto Alegre: ARTMED Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536311654/cfi/0!/4/2@100:0.00
Bibliografia complementar
ANDRADE, Suely Gregori. Teoria e prática de dinâmica de grupo: jogos e exercício. São Paulo: Casa do Psicólogo Disponível em:
https://bv4.digitalpages.com.br/?from=explorar%2F2871%2Fdinamicade-grupo&page=_2§ion=0#/legacy/2293

FAIDE, Izabel. Manual do facilitador para dinâmicas de grupo. São Paulo: Papirus - Editora Disponível em:
https://bv4.digitalpages.com.br/?from=explorar%2F2871%2Fdinamicade-grupo#/legacy/4159

KAES, Rene. O Grupo e o Sujeito do Grupo: Elementos para uma teoria psicanalítica do grupo. São Paulo: Casa do Psicólogo
Disponível em: https://bv4.digitalpages.com.br/?from=explorar%2F2871%2Fdinamicade-grupo&page=-1§ion=0#/legacy/3424

MAYER, Canísio. Dinâmicas de Grupo: Ampliando a capacidade de interação. São Paulo: Papirus- Editora Disponível em:
https://bv4.digitalpages.com.br/?from=explorar%2F2871%2Fdinamicade-grupo&page=-1§ion=0#/legacy/3289
Dúvidas

O que você não entendeu?

O quer você quer saber?


Processos Grupais
Prof. Rafael Costa

Obrigado e bom semestre!


Diversidade & Inclusão
Processos Grupais
Professor Rafael Costa
Dinâmica “iguais e diferentes”

 Divisão em 4 Grupos;
 Escolha uma opção que mais combine com você;
 Em grupo, escolha uma palavra que represente fazer parte
deste grupo.
Comida
A - Japonesa B - Italiana

C – Brasileira D – Árabe
Lazer
A - Praia B - Parque

C – Cinema D – Livros
Esporte
A - Vôlei B - Natação

C – Corrida D – Futebol
Time
A - Botafogo B - Vasco

C – Fluminense D – Flamengo
Abordagens
A - TCC B - Psicanálise

C – Gestalt D – Psicologia Analítica


Raça/cor
A - Negro B - Branco

C – Indígena D – Pardo
Filhos
A-1 B-2

C – 3 ou mais D – Nenhum
IDEIAS SOTAQUE ASCENDÊNCIA DESCENDÊNCIA INTERESSES

TEMPERAMENTO MORADIA ESTILO DE VIDA

STATUS FAMILIAR LÍNGUA RENDA CLASSE SOCIAL

LATERALIDADE BAIRRO CIDADE


ESTADO CIVIL
ONDE
SAÚDE NATURALIDADE MORA
CONDIÇÃO FÍSICA
IDADE ESTILO DE TRABALHO
RELIGIÃO/ FÉ HOBBIES
GÊNERO INDIVIDUALIDADE ORIENTAÇÃO SEXUAL
HABILIDADES
RAÇA/COR ETNIA DEFICIÊNCIA HÁBITOS
PESSOAIS
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NACIONALIDADE

APARÊNCIA EDUCAÇÃO/ BACKGROUND PADRÃO MENTAL

ATITUDES CRENÇAS E VALORES


FAMÍLIA OPÇÃO POLÍTICA
CONDIÇÃO
EXPERIÊNCIAS DE VIDA COMPORTAMENTO
PSICOLÓGICA
Padrão dominante

É eleito na consciência das pessoas - individual e


coletivamente, com base na nossa história, nos costumes,
nos aprendizados que herdamos das gerações passadas.
Padrão dominante

Podemos dizer que esse padrão dominante é


marcado por um conjunto de atributos: branco,
masculino, heterossexual, adulto, sem
deficiências, saudável, magro, entre outros
atributos...

William Bradley ou Brad Pitt,


ator norte-americano
Padrão dominante

Podemos dizer que esse padrão dominante é


marcado por um conjunto de atributos: branca,
feminino, heterossexual, adulto, sem
deficiências, saudável, magro, entre outros
atributos...

Gisele Bündchen,
modelo brasileira
Cada um de nós é um Somos uma das
ser único e especial! soluções que a
vida encontrou
dentro das
A Diversidade é uma
composições
característica da vida no
possíveis...
planeta Terra.
Uma cultura de Diversidade e Inclusão...

reflete um ambiente onde existe o respeito e a


consciência de que somos iguais em nossas
diferenças;

proporciona oportunidade de trabalho às pessoas


com deficiência em áreas administrativas, com apoio
e supervisão diária de um empregado da organização.
Pessoa com Deficiência - PCD

Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem


impedimento de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Lei n°13.146, de 6 de julho de 2015


Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(Estatuto da Pessoa com Deficiência)
Igualdade X Equidade
Igualdade X Equidade

A igualdade é baseada no princípio da universalidade, ou seja,


que todos devem ser regidos pelas mesmas regras e devem ter
os mesmos direitos e deveres. A equidade, por outro lado,
reconhece que não somos todos iguais e que é preciso ajustar
esse “desequilíbrio”
É importante lembrar...
 Cultura de Diversidade & Inclusão é para todos,
independente de raça, gênero, deficiência, orientação sexual
e identidade de gênero, idade etc.
 Evitar piadas e comentários pejorativos faz bem às relações
humanas;
 Ouvir e acolher estimula a participação de todos.
“Ninguém nasce odiando outra pessoa
pela cor de sua pele, ou por sua origem,
ou sua religião. Para odiar, as pessoas
precisam aprender, e se elas aprendem a
odiar, podem ser ensinadas a amar, pois
o amor chega mais naturalmente ao
coração humano do que o seu oposto.
A bondade humana é uma chama que
pode ser oculta, jamais extinta.”

Nelson Mandela
Somos todos Diversos!

Iguais nas diferenças.

Esta é a nossa maior diferença!


Processos Grupais
Prof. Rafael Costa

Obrigado!
Fundamentação teórica sobre grupos e
processos grupais

Processos Grupais
Professor Rafael Costa
Objetivos

Reconhecer a dinâmica própria de cada grupo;


Demonstrar a importância de regras e normas nos grupos;
Elaborar contrato de convivência.
Fundamentação teórica sobre
grupos e processos grupais
Mills define grupo como:

"unidades compostas de duas ou mais pessoas que entram em contato para


determinado objetivo, e que consideram significativo o contato e representam
não apenas microsistemas, mas são também, fundamentalmente, microcosmos
de sociedades mais amplas." (1970: 13)
Fundamentação teórica sobre
grupos e processos grupais
Olmsted que entende grupo como:

"uma pluralidade de indivíduos que estão em contato uns com os outros, que se
consideram mutuamente e que estão conscientes de que têm algo
significativamente importante em comum." (1970 apud Braghirolli, et al., 1999:
122).
Vídeo

CASEMIRO GIGANTE! FOI O PRIMEIRO A ABRAÇAR O TORCEDOR

https://www.youtube.com/shorts/K62V-xp9nx4
Situação problema

O que faz com que cada grupo tenha uma dinâmica própria? O que diferencia
um grupo de outro grupo?
Fundamentação teórica sobre
grupos e processos grupais
Reunião entre pessoas sob determinadas circunstâncias combinadas entre si
que regularmente se encontram com determinados objetivos em comum.

O grupo transcende a somatória dos membros individualmente e forma uma


unidade e uma totalidade com uma dinâmica própria, caracterizando a própria
identidade grupal.

Cada grupo é composto por regras e normas que o enquadram e o definem.


Fundamentação teórica sobre
grupos e processos grupais
Campo grupal é uma estrutura formada por inúmeros fenômenos do psiquismo intra e
intersubjetivos, relacionados uns aos outros recíproca e dinamicamente, cujo potencial
energético depende do constante embate entre as forças coesivas e as disruptivas
presentes em um grupo.

O campo grupal é composto de múltiplos fenômenos e elementos do psiquismo, de


interação entre grupo de trabalho e o de supostos básicos, da presença de mecanismos
primitivos (negação, projeção, dissociação, idealização, etc) e de identificações.
Fundamentação teórica sobre
grupos e processos grupais
“O campo é composto por múltiplos fenômenos e elementos do psiquismo e,
resulta que todos esses elementos, tanto os intra como os inter-subjetivos, estão
articulados entre si, de tal modo que a alteração de cada um deles vai repercutir
sobre os demais, em uma constante interação entre todos" (Zimerman, 1997:29).
Fundamentação teórica sobre
grupos e processos grupais
Para que seja caracterizado um grupo é preciso que:

Os integrantes estejam reunidos em torno de um interesse comum;


No grupo, o "todo é maior do que as partes" (como numa gestalt), ou seja, um
grupo se constitui como uma nova identidade sendo mais do que apenas o
somatório dos seus membros;
É preciso que se mantenham discriminadas as identidades individuais, de forma
que as pessoas mantenham a sua individualidade e não virem uma massa
indiscriminada;
Fundamentação teórica sobre
grupos e processos grupais
Para que seja caracterizado um grupo é preciso que:

Haja alguma forma de interação afetiva entre os membros do grupo, ou seja, que
seja estabelecido algum tipo de vínculo entre os integrantes;
É inerente à formação de um grupo a presença de um "campo grupal dinâmico",
onde transitam fantasias e ansiedades.
Experimento I

O Poder da Influência Social - Experimento do Elevador

https://www.youtube.com/watch?v=gjQady_u6dQ
Experimento II

Conformidade Social - O Experimento em uma sala de espera

https://www.youtube.com/watch?v=luVeT1NjqbE
Fundamentação teórica sobre
grupos e processos grupais
Qual a diferença entre grupo, comunidade e sociedade?
Fundamentação teórica sobre
grupos e processos grupais
Grupo é formado por um conjunto de pessoas;

Comunidade é formada por um conjunto de grupos;

Sociedade é o conjunto interativo de várias comunidades.


Dúvidas

O que você não entendeu?

O quer você quer saber?


Processos Grupais
Prof. Rafael Costa

Obrigado!
Funções e objetivos dos grupos

Processos Grupais
Professor Rafael Costa
Objetivos

Identificar as funções e objetivos dos grupos;


Evidenciar o caráter grupal e social humano;
Diferenciar os tipos de grupos.
Comportamento
de manada
Comportamento de manada
O conceito faz referência ao comportamento de animais que se juntam para se proteger ou
fugir de um predador. Aplicado aos seres humanos, refere-se à tendência das pessoas de
seguirem um grande influenciador ou mesmo um determinado grupo, sem que a decisão
passe, necessariamente, por uma reflexão individual.

O fenômeno do pensamento de grupo também guarda relações com o comportamento de


manada. Nesse sentido, podemos definir como a influência que afeta a forma de agir ou
pensar nas ideias e atitudes dos demais membros. A tendência é que dificulte ou impeça a
manifestação de diferenças existentes.
Funções e objetivos dos grupos

Caráter grupal e social das comunidades humanas, mostrando seus aspectos


familiares, sociais e de trabalho nas sociedades bem como seus objetivos dentro de
uma sociedade.
Funções e objetivos dos grupos

Segundo Brito e Koller (1999), rede de apoio social é um “conjunto de sistemas e de


pessoas significativas, que compõem os elos de relacionamento recebidos e
percebidos do indivíduo”.
Funções e objetivos dos grupos

Segundo Zimerman (1997), todo ser humano é gregário por natureza, existindo em
função dos seus relacionamentos. Como diz Osório (1997), a interação entre os
membros de um grupo é o fenômeno que centraliza a atividade de qualquer
agrupamento humano. Os seres humanos nascem e pertencem a um primeiro
grupo que é a família nuclear; depois, passam a estabelecer outros grupos, como o
da escola, trabalho, círculo social, entre outros.
Situação problema

Com que finalidade o ser humano forma grupos ao longo da sua vida?
Funções e objetivos dos grupos

É importante fazer a distinção entre grupo e agrupamento. Para ser considerado


um grupo, é preciso que exista, entre as pessoas, uma interação social e algum tipo
de vínculo, "pode-se dizer que a passagem da condição de um agrupamento para a
de um grupo, consiste na transformação de" interesses comuns" para a de
"interesses em comum" (Zimerman, 1997:28). Para exemplificar um agrupamento,
podemos pensar numa fila de ônibus, onde as pessoas estão com interesse comum
de pegar o ônibus, mas não possuem nenhum vínculo entre si.
Funções e objetivos dos grupos

Zimerman (1997) classifica dois tipos de grupos, segundo o critério de finalidade,


em operativos e psicoterápicos.

Em relação aos grupos operativos, a sua sistematização foi feita por Pichon Riviére
desde 1945, que definiu grupo operativo como "um conjunto de pessoas com um
objetivo em comum" (apud Bleger, 1993:55).
Funções e objetivos dos grupos

Os grupos psicoterápicos, Zimerman denomina-os para "formas de psicoterapia


que se destinam prioritariamente, à aquisição de insights, notadamente, dos
aspectos inconscientes dos indivíduos e da totalidade grupal" (1997:78); que
seriam os chamados grupoterapias, com abordagens diversas como a psicanalítica,
a teoria sistêmica, a abordagem cognitivo-comportamental e a psicodramática.
Funções e objetivos dos grupos

Exemplo: Grupos e liderança

Gestores precisam encontrar formas democráticas e atraentes para lidar com os


indivíduos, com a finalidade de promover o bem-estar de todos, assim como do
desenvolvimento da organização. O ideal e ter uma liderança participativa em
todos os aspectos, pois dessa forma, compreendem-se os diferentes tipos de
percepção, desenvolvimento cognitivo, objetivos e valores que pertencem aquele
grupo.
Contrato psicológico

Sobre as relações de trabalho contemporâneas, o conceito de contrato psicológico


pode auxiliar a compreender o estabelecimento de relações mutuamente vantajosas
das organizações com os seus colaboradores. Esta afirmação justifica-se pela própria
definição de contrato psicológico que representam “crenças individuais sobre as
obrigações recíprocas entre empregados e empregadores” (Rousseau, 1990, p. 389).
Contrato psicológico

Jusoh, Ahmad e Omar (2014) afirmam que o relacionamento de troca depende de


mecanismos psicológicos, sociais e interpessoais, ao invés de formalismos que surgem
de provisões legais. Portanto, o contrato psicológico evidencia-se por sua característica
de fenômeno psicossocial que ocorre a partir da construção de vínculos não formais,
que envolvem a satisfação de necessidades de duas ou mais partes.
Processos Grupais
Prof. Rafael Costa

Obrigado!
Instrumentos e técnicas dos processos grupais

Processos Grupais
Professor Rafael Costa
Objetivos

Iniciar o aluno nas práticas e técnicas que envolvem o processo grupal;

Estimular o aluno a vivenciar o processo grupal através da demonstração de seus


instrumentos de composição.
Exercício

Desenho e
Duplas Reprodução Comunicação
descrição
Técnicas processos grupais

Princípios básicos para se trabalhar com grupos:

realização do contrato;
vínculo afetivo/ Rapport;
motivação e comprometimento;
imposição de limites;
conceitos de respeito mútuo;
confiança na capacidade e confiança no processo grupal.
Técnicas processos grupais

Realização do contrato:

Assim como na psicoterapia Individual, na Grupoterapia também precisa haver um


contrato ou enquadre. É comum delimitá-lo juntamente com as pessoas do grupo, pois diz
respeito às questões práticas que visam manter uma organização. Deve-se definir o local,
horário, férias, duração do tratamento quando houver necessidade e honorários do
terapeuta (quando for o caso de consultório particular).
Técnicas processos grupais

Pode-se também combinar com o grupo outras questões que possam contribuir com o
bom andamento da terapia, como o uso do celular, respeito a individualidade e as
diferenças, sigilo, etc.

É também chamado de enquadre (setting) grupal. Segundo Zimerman (1997), referem-se


ao conjunto de limites, regras e combinados que são realizados pelo grupo. Serve não só
para manter a organização, mas também como um fator terapêutico, funcionando como
“continente”.
Técnicas processos grupais
Vínculo afetivo: o vínculo é essencial em qualquer ação objetiva para mudanças, é a ligação entre
indivíduos, podendo ser caracterizado como forma de perceber a si próprio e ao outro. A presença
do vínculo apresenta um caráter libertador, permitindo que indivíduos sejam conduzidos à
autonomia, abrindo espaço para questionamentos importantes, quebrando preconceitos e
impedindo que hajam papéis fixos e permanentes dentro de uma estrutura grupal. Devem ser
observados pontos importantes como a disponibilidade interna, o estabelecimento de vinculo só
ocorre quando há disponibilidade interna do facilitador e dos participantes. Aceitação das
diferenças individuais e das particularidades de cada um, confiança na capacidade de
transformação individual, a escuta e o acolhimento deve ser generalizada entre os participantes,
zelar pelo bem estar do grupo, buscas de características positivas individuais, tratamento delicado,
porém firme. Saber dosar as expectativas de cada um e considerar relações pré-existentes.
Vídeo

Rapport - Empatia, interesse, comunicação. Trecho do filme "Amor sem


escalas“ (3’33)

https://www.youtube.com/watch?v=njchSJVYH0c
Técnicas processos grupais
Rapport
uniformidade nas condições de testagem, controle do grupo, instruções
padronizadas e motivar os examinandos pela redução da ansiedade –
Rapport

Deve ser estabelecido no início da avaliação como preparação para a


aplicação dos testes psicológicos, com foco no estabelecimento do vínculo
favorável à esta tarefa exclusiva do psicólogo.
Técnicas processos grupais
Rapport

Neste momento serão estabelecidos os objetivos e metas da intervenção, e o


que é esperado de cada um, como também deve ser estabelecido de forma
clara nas entrevistas iniciais e posteriormente no processo de avaliação
psicológica.
Técnicas processos grupais

Motivação e comprometimento:

Comprometimento é o ato de realizar o que se propõe a fazer. Grupos comprometidos com os


objetivos propostos funcionam como um sistema vivo onde para se atingir ao que é proposto
precisam se engajar, e no fracasso ou fraqueza de um dos indivíduos participantes, o restante do
grupo trabalha como forma de apoio mutua, não só dentro de seus esforços isolados como também
em busca do exercício em conjunto. Aqui existe uma clara função de importância do líder: o de
buscar o comprometimento de todos ruma à excelência do que é esperado e reforçar o vínculo de
lealdade e parceria dentre os participantes, sendo a melhor forma de adquirir o sucesso, a inserção
de motivação e reforços rumo ao que se espera alcançar.
Técnicas processos grupais

Imposição de limites:

O vínculo afetivo construído nas etapas iniciais da formação do grupo não deve ser uma
barreira para a imposição de limites ao grupo. É importante que o profissional que conduz
o grupo deixe claro as regras e papeis de cada um dentro do grupo, apresentando regras
claras, coerentes e justas. Deve-se explicar ao grupo que tais limites não devem ser vistos
como uma punição e sim como uma forma de se ter uma convivência mais ética. Tais
características ajudam a preservar o clima de amistoso entre os participantes e o foco do
grupo.
Técnicas processos grupais

Conceitos de respeito mútuo:

Devem ser destacadas regras importantes de respeito mútuo como, todos terem direito a expressar
seus sentimentos e pensamento, todas as opiniões serem válidas e que com respeito tudo pode ser
dito dentro do ambiente do grupo onde os participantes devem zelar pelo sigilo das informações de
outros participantes, ouvir com atenção o detentor da fala, falar para as pessoas e não sobre outras
pessoas do grupo, não tecer comentários pessoais e sim sobre fatos e ideias e falar sobre a regra de
pontualidade e assiduidade (aqui cabe a apresentação do termo contrato e sua importância para a
manutenção de um grupo). Por fim deve- se reforçar que os participantes têm ritmos diferenciados,
sendo que o ritmo de um grupo não se resume a soma dos participantes e sim de uma nova
unidade grupal.
Técnicas processos grupais

Confiança na capacidade e confiança no processo grupal:

O facilitador não deve rotular seu grupo conforme seu grau de dificuldade na condução
devendo canalizar cada dificuldade para algo produtivo dentro do grupo. Deve entender
que que cada pessoa tem um potencial e isso deve ser extraído da melhor forma possível,
favorecendo troca de experiências e ressignificando cada uma delas. O facilitador de um
grupo deve acreditar a todo o tempo no poder transformador do grupo e que cada grupo é
único e não cabe haver comparações.
Técnicas processos grupais
O respeito, a atenção e franqueza do psicólogo para com o examinado são os
elementos essenciais para a construção de vínculo e aliança, servindo também
como facilitadores para a fluidez do rapport e para a avaliação psicológica, em
especial, para a aplicação de testes psicológicos.
Técnicas processos grupais

Dinâmica de grupo é uma técnica utilizada em processos seletivos para avaliar habilidades
dos candidatos.

As principais etapas da dinâmica de grupo são:

Aquecimento;
atividade principal;
Fechamento.
Técnicas processos grupais

Dinâmica de grupo
Seleção de pessoal – Avaliação - Planejamento

Layout indicado, sequência prática, sinais e antissinais do que deve ser observados;
objetivo e público alvo definidos; habilidade(s) a ser(em) observada(s) e avaliada(s).

Seleção por valores – Case Olimpíadas e Paralimpíadas Rio 2016


Dinâmica online e presencial
Técnicas processos grupais
Dinâmica de grupo
Prepare-se!

Chegar pontualmente;
Pegar as informações sobre a área funcional e perfil dos cargos;
Iniciar a dinâmica no horário de início previsto – evite atrasos.

Mente aberta! Deixe os preconceitos e crenças pessoais em casa. Respeite a diversidade de cada
candidato.

Conheça os candidatos! Na escolha da dinâmica, certifique-se que a dinâmica a ser aplicada é


acessível para os candidatos com deficiência.
Processos Grupais
Prof. Rafael Costa

Obrigado!
Aportes teóricos e diferenças entre
psicoterapia de grupo e dinâmica de grupo

Processos Grupais
Professor Rafael Costa
Objetivos

Explicar o que é psicoterapia de grupo;


Descrever o histórico e objetivo da dinâmica de grupo;
Demonstrar as etapas da dinâmica de grupo.
1907-1950:
PERÍODO DE CONFIGURAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

A literatura proveniente dos Estados Unidos da América do Norte (EUA) atribui a Joseph H. Pratt a
criação da psicoterapia de grupo. Pratt trabalhava como clínico geral, no Ambulatório do
Massachussetts General Hospital (Boston). Em julho de 1905 iniciou programa de assistência a
doentes de tuberculose, incapazes de arcar com os custos de internação. Reunia-os uma vez por
semana, em grupos de 15 a 20 membros, no máximo 25, para que fosse possível estabelecer maior
contato com os pacientes. Além dos cuidados clínicos, orientava-os a adotar atitudes positivas em
relação às suas condições, enfatizando a necessidade de manter a confiança e a esperança. O
reconhecimento de que não eram os únicos a sofrer, aparentemente, contribuía para certa sensação
de melhora.
1907-1950:
PERÍODO DE CONFIGURAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Pratt começou seus grupos com o propósito educacional de ensinar aos pacientes a melhor maneira
de cuidar de si próprios e da doença. Descrevia sua abordagem como um método baseado em
estratégia de persuasão e reeducação emocional. Adotava técnicas denominadas, posteriormente,
comportamentais, como o emprego de diário para anotação de detalhes do dia-a-dia e tarefas a
serem realizadas em casa.
1907-1950:
PERÍODO DE CONFIGURAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Alguns anos depois, o modelo de Pratt foi adotado em diversas localidades dos Estados Unidos da
América para tratamento não só de pacientes com tuberculose bem como com doenças mentais.
Utilizavam a reunião para transmitir, simultaneamente, instruções e conselhos, e oferecer apoio a
grupo de pacientes que apresentava problemas, sintomas e doenças semelhantes. A oportunidade
de compartilhar experiências de condições análogas era um dos fatores importantes, além do efeito
benéfico que um paciente exercia sobre outro quando apresentava melhora. Em suas aulas, como
Pratt as denominava, processavam-se o que atualmente conhecemos por fatores terapêuticos:
universalidade, aceitação e instilação de esperança.
1907-1950:
PERÍODO DE CONFIGURAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Em 1925, Burrow (um dos fundadores da American Psychoanalytic Association) adotou pela primeira
vez o termo análise de grupo.

Ao mesmo tempo em que Pratt e Burrow desenvolviam suas atividades na América, Moreno
começava a lançar as sementes da psicoterapia de grupo e do psicodrama. Entre 1910 e 1914,
formou grupos com crianças nos parques de Viena e improvisava representações nas ruas,
procurando desenvolver grupos de discussão e de autoajuda. O resultado dessas primeiras
experiências convenceu-o da importância da espontaneidade como ingrediente fundamental do
processo criativo e vitalizador da vida. Nesse sentido, em 1921, fundou com um grupo de atores o
Teatro de Improvisação.
1907-1950:
PERÍODO DE CONFIGURAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Considerava que grande parte da psico e sociopatologia poderia ser atribuída ao desenvolvimento
insuficiente da espontaneidade e que seria possível obter benefício terapêutico por intermédio da
representação, isto é, na vivência ativa e estruturada de situações psíquicas conflituosas, o que
levaria o indivíduo a descobrir as implicações dos eventos na própria vida. Posteriormente, Moreno
veio a reconhecer o início do psicodrama no ano de 1921. Em 1925 foi residir e trabalhar em Nova
York e, em 1932, introduziu o termo psicoterapia de grupo numa reunião da American Psychiatric
Association.

Fonte: https://www.scielo.br/j/rlae/a/gzJT55CqVnHyWTSwJM54sfr/?format=html&lang=pt
Situação problema
A psicoterapia de grupo surgiu de forma intuitiva e foi adotada empiricamente,
tanto por Pratt quanto por Moreno. Enriquecida pelos aportes teóricos de Freud e dinâmicas de grup
o, dentre outros, foram estabelecidos seus fundamentos.

Como o conhecimento das dinâmicas de grupo podem favorecer a psicoterapia de grupo?

Por que os grupos psicoterápicos não


são apenas para suporte ou para os participantes compartilharem problemas?
Vídeo 1
Terapia de grupo (1’42)

https://www.youtube.com/watch?v=vjdCjWG-YAY
Histórico Dinâmica de Grupo

Histórico a partir do pós II Guerra mundial, quando diversos pesquisadores buscaram entender a
influência de um grupo para o indivíduo. Partindo do princípio de que o homem é um ser social e
que este deveria ser entendido dentro de sua participação em um grupo. Um destes expoentes era
Kurt Lewin, que através de seus estudos sobre o desenvolvimento da Teoria da Dinâmica de grupos,
que buscava entendimento sobre poder, liderança e comunicação de um grupo. Desenvolveu com
sua equipe práticas de Dinâmica de grupo como uma forma de educar e treinar capacidades e
competências humanas, conduzindo pessoas a novos comportamentos por meio de decisão em
grupo e discussão.
Dinâmica de grupo

Objetivo:

Observar as evidências comportamentais individuais dentro do


processo grupal.
Dinâmicas de grupo no
processo de R&S

Avaliador / Observador/ Facilitador:


• montante de informações (muita coisa acontece ao mesmo tempo)
• menor controle
• ansiedade

Participantes:
• grupo X indivíduo
• ansiedade
• artificial X real
Observação de dinâmica de grupo

Observe:

• O QUE É DITO (conteúdo)

• COMO É DITO (forma)

• interações significativas (influência, liderança, ajuda, suporte, ...)

• pontos de mudança significativos da discussão (novas ideias, decisões,...)

• qualquer coisa que pareça importante


Dinâmica de grupo em
processos seletivos

O que é Seleção?
É uma simulação na qual é gerada
uma hipótese do comportamento
futuro do candidato baseado no O que é Seleção
comportamento demonstrado na
Seleção. baseado em valores?
É uma seleção estruturada que tem
como foco a busca de evidências
(dados e fatos) dos valores no
comportamento dos candidatos.
Seleção por Valores
Case Rio 2016

REALIZAÇÃO PARTICIPAÇÃO CELEBRAÇÃO


PERFIL VOLUNTÁRIOS

COMPROMETIMENTO TRABALHO EM EQUIPE ENERGIA CONTAGIANTE

VALORIZAÇÃO DA
PROATIVIDADE CELEBRAÇÃO
DIVERSIDADE E INCLUSÃO
COM
FLEXIBILIDADE E RESPONSABILIDADE
FOCO EM SERVIR
ADAPTABILIDADE
VALORES

FAÇO VALORIZO OS PROMOVO


ACONTECER OUTROS ALEGRIA
Observação Análise Julgamento
Fenômenos de percepção

Primeira Impressão:

A tendência a ser muito influenciado pela impressão inicial, ao ponto de


tornar-se desatento ao desempenho subsequente.

Preconceito (Estereotipia):

Permitir que pontos de vista e preconceitos sobre determinados tipos de


pessoas ou comportamentos distorçam / influenciem a avaliação.
Viés inconsciente

Vieses inconscientes são preconceitos incorporados no nosso dia a dia e estão


baseados em estereótipos de gênero, raça, classe, orientação sexual, idade
etc. Eles afetam nossas ações e julgamentos sem que prestemos atenção.

Em outras palavras, são crenças que fomos levados a acreditar e que ditam
nosso comportamento, de forma tão natural, que nem questionamos.
Fenômenos de percepção

Efeito Positivo

A tendência a generalizar um
comportamento positivo para a
avaliação geral do desempenho.

Efeito Negativo

A tendência a generalizar um
comportamento negativo para a
avaliação geral do desempenho.
Comportamento

É a ação ou reação em uma situação


específica que produz um resultado.

É tudo o que se diz,


É tudo o que se faz.

Comportamento é
objetivamente observável.
Comportamento

S ITUAÇÃO A ÇÃO R ESULTADO

Observação X Julgamento
Observação x Julgamento
Observação x Julgamento

SITUAÇÃO AÇÃO RESULTADO JULGAMENTO

Que chamou a
Na apresentação Ele fez um desenho atenção de forma
pessoal diferente positiva de todo o Ele é o máximo
grupo

O grupo ficou
Na dinâmica de Ele não deixou que frustrado por que Ele é um chato
grupo os outros falassem não pôde se
colocar

Ele solicitou a Ajudando a criar


Na dinâmica de
participação do mais um clima de Ele é legal
grupo
quieto colaboração
Evidências x antievidências
COMPORTAMENTO EVIDÊNCIAS POSITIVAS ANTIEVIDÊNCIAS

- Participa bastante - Não participa


- Mostra interesse pelas atividades - Não se envolve nas atividades
Comprometimento desenvolvidas - Prejudica o andamento das atividades
- Envolve os demais nas atividades

COMPORTAMENTO EVIDÊNCIAS POSITIVAS ANTIEVIDÊNCIAS


- Escuta o colega com atenção, considerando - Não considera a ideia/opinião dos outros
outra ideia/opinião - Exclui pessoas da atividade
- Contribui com as atividades - Corta as pessoas durante a atividade
Trabalho em Equipe - Pede a opinião de outras pessoas, - Participa muito pouco
especialmente as que não se colocam muito - Levanta a voz
- Abre mão de sua ideia em favor do resultado do
grupo
- Auxilia na solução de conflitos
COMPORTAMENTO EVIDÊNCIAS POSITIVAS ANTIEVIDÊNCIAS
- Demonstra alegria e empolgação - Demonstra pessimismo
- Demonstra otimismo - Fica muito quieto, transmitindo pouca
Energia Contagiante - Transmite energia boa ao grupo energia para o grupo
- Contamina positivamente os demais com sua - Desiste frente ás dificuldades
alegria - Mostra desmotivação para realizar as
- Persiste frente aos desafios atividades
Evidências x antievidências
COMPORTAMENTO EVIDÊNCIAS POSITIVAS ANTIEVIDÊNCIAS
- Mostra respeito pela diferença de pessoas e - Mostra desrespeito em relação ideias e
Respeito à Diversidade e opiniões pessoas diferentes
Inclusão - Interage de forma igualitária - Demonstra preconceito
- Facilita a inclusão de pessoas e ideias - Exclui pessoas do grupo

COMPORTAMENTO EVIDÊNCIAS POSITIVAS ANTIEVIDÊNCIAS


- Busca soluções - Somente contribui/age se solicitado
- Demonstra iniciativa, dando os primeiros - Demonstra muito receio de agir ou colocar
passos suas opiniões
- Propõe ideias - Não se preocupa com a solução/finalização
Proatividade - Foca o grupo para a finalização das tarefas das tarefas
- Preocupa-se com a finalização da tarefa no
tempo proposto
- Age preventivamente/ antecipa
- Incomoda-se em não finalizar a tarefa
COMPORTAMENTO EVIDÊNCIAS POSITIVAS ANTIEVIDÊNCIAS
- Mobiliza o grupo na direção do resultado - Quer impor sua opinião
Liderança - Gera credibilidade por argumentar de forma - Centraliza a execução das tarefas
consistente - Não aceita a opinião e contribuição dos
- Consegue ponderar as diversas opiniões do demais
grupo em prol dos objetivos
Antes da dinâmica de grupo
Importante Saber
• Conheça os participantes! Na escolha da dinâmica, certifique-se que a
dinâmica a ser aplicada é acessível para os candidatos com deficiência

Dinâmicas Física Auditiva Visual

Construção do Logo Indicado Indicado Não Indicado

• Slogan
Jogo de Valores

Indicado Indicado Indicado

• Obra de Arte Indicado Indicado Não Indicado

• Música Indicado Não Indicado Indicado

Construção com Lego Depende Indicado Não Indicado


Durante a dinâmica de grupo
Importante Saber
• Seja receptivo!
o Receba os participantes de forma cordial e alegre
o Evite acessar o celular durante o exercício
o Mostre que você está disponível para esclarecer as dúvidas e ajudá-los

• Informe! Seja claro para explicar as atividades e tempo previsto

• Não faça diferença entre os participantes!


o Dê a mesma oportunidade e trate todos os participantes com o mesmo cuidado de
forma imparcial e igualitária
o Não interfira na discussão, a não ser que faça parte das instruções

AULA 3
Durante a dinâmica de grupo
Importante Saber

• Mantenha o foco! Siga o roteiro da dinâmica. Caso os participantes tragam


assuntos não pertinentes ao processo seletivo, informe que quaisquer dúvidas
devem ser esclarecidas após a dinâmica

• Não inverta o papel! Cuidado para não inverter o papel com o participante.
Lembre-se que seu papel é mais observar do que falar

• Concentre-se no Perfil/ Competências/ Construto: Mantenha em mente os


valores organizacionais/ objetivos da Dinâmica e foque sua avaliação neles.

AULA 4
Roteiro/ Etapas dinâmica de grupo
ETAPA ATIVIDADE DURAÇÃO

OBTENHA AS INFORMAÇÕES SOBRE A ORGANIZAÇÃO/ GRUPO

PLANEJAMENTO/ PREPARAÇÃO ANALISE A FICHA DOS CANDIDATOS E ESCOLHA A DINÂMICA APROPRIADA 20 MINUTOS
CERTIFIQUE-SE QUE ESTÁ COM O MATERIAL DE APLICAÇÃO APROPRIADO DA DINÂMICA

BOAS VINDAS
5 MINUTOS
AQUECIMENTO APRESENTAÇÃO DO FACILITADOR

QUEBRA GELO/ RAPPORT


10 MINUTOS
DÚVIDAS

ATIVIDADE PRINCIPAL (EXERCÍCIO DE INSTRUÇÃO + PREPARAÇÃO INDIVIDUAL 5 MINUTOS


APRESENTAÇÃO INDIVIDUAL)
APRESENTAÇÕES INDIVIDUAIS 10 MINUTOS

ATIVIDADE PRINCIPAL (EXERCÍCIO EM INSTRUÇÃO + PRODUÇÃO DO GRUPO 20 MINUTOS


GRUPO – LOGO)
APRESENTAÇÃO DOS GRUPOS (5 MINUTOS POR GRUPO) 20 MINUTOS

TIRAR OU DIRECIONAR DÚVIDAS

FECHAMENTO 10 MINUTOS
SENTIMENTO EM PARTICIPAR DA DG

AGRADECIMENTO E PRÓXIMOS PASSOS


Dinâmica de grupo
Exercício

1) CONSTRUÇÃO LOGO
Material: papel, cola, lápis de cor, caneta hidrocor, flip chart, logos fracionadas.

• Descrição/Orientações:

1- Dividir a turma em grupos iguais de pessoas.


2- Projetar imagem (na parede ou em um local visível).
3- Entregar para cada grupo um pedaço da imagem.
4- Cada grupo deverá construir uma nova imagem, inspirado no atual, a partir do pedaço que
recebeu, considerando os valores organizacionais. O facilitador deverá informar que os
integrantes possuem 20 minutos para execução do exercicio (porém na verdade o grupo terá
apenas 15 minutos. Vide AGRAVANTE).
5- Após criação, cada grupo terá 5 minutos para apresentar sua arte final e defender o seu LOGO
fazendo link com os valores organizacionais.
Obs.: Durante todo o exercício, o facilitador deve deixar projetados os valores organizacionais
para que sejam consultados pelos grupos durante o desenvolvimento da atividade.
Processos Grupais
Prof. Rafael Costa

Obrigado!
O grupo operativo de Pichon Rivière

Processos Grupais
Professor Rafael Costa
Objetivos

Reconhecer a biografia de Pichon Rivière e suas contribuições para as teorias de


processos grupais;
Descrever o grupo operativo de Pichon Rivière;
Explicar o conceito de ECRO.
Grupo operativo de Pichon Rivière
Enrique Pichon-Rivière, médico psiquiatra, nasceu em Genebra em 25 de junho de
1907 e faleceu em Buenos Aires em 16 de julho de 1977. Quando tinha apenas 3
anos de idade, sua família mudou-se para a região do Nordeste da Argentina.

Pioneiro na prática psiquiátrica argentina, sua experiência de trabalho permitiu


conhecer os loucos como indivíduos sofredores, marginalizados pela sociedade.
Inicia seus trabalhos num asilo para indivíduos com deficiência do desenvolvimento
mental, adquirida ou congênita, que afeta a capacidade intelectual. A primeira tarefa
que realiza é a formação de uma equipe de futebol. Através desse tipo de recreação
busca a ressocialização. Com esta experiência se dá conta da importância do esporte
e da equipe de futebol como uma terapia grupal dinâmica.
Grupo operativo de Pichon Rivière
Como nasce a ideia de grupo operativo?

Durante uma greve de enfermeiros no hospital psiquiátrico onde trabalhava, ficou comprometido o tratamento
de vários dos pacientes portadores de transtornos mentais, pois ficou inviabilizado o atendimento quanto à
medicação e cuidados em geral, assim o médico propôs que os pacientes menos comprometidos dessem uma
assistência aos mais comprometidos.

Essa experiência foi muito produtiva para todos os pacientes envolvidos, bem como para a equipe médica,
havendo uma maior identificação entre eles e pôde-se estabelecer a partir disso uma parceria trazendo como
resultado uma melhor integração entre profissionais e pacientes e até mesmo nas diferentes categorias de
pacientes.
Grupo operativo de Pichon Rivière

Grupo operativo:

Conjunto de pessoas, ligadas no tempo e espaço, articuladas por sua mútua representação
interna, que se propõem explícita ou implicitamente a uma tarefa, interatuando para isto
em uma rede de papéis, com o estabelecimento de vínculos entre si.

A função do coordenador/terapeuta consiste em:


Criar, manter e fomentar a comunicação entre os membros do grupo.
Situação problema

De acordo com Pichon Rivière, como realizar


uma possível mudança de forma gradativa nos integrantes de um grupo operativo?
Vídeos

Grupos Operativos - Teoria Pichon Rivière

https://www.youtube.com/watch?v=2Ab1reTnf5c

Grupos Operativos- Pichon Rivière

https://www.youtube.com/watch?v=l4k8akJoMBs
Grupo operativo de Pichon Rivière

Conceito de ECRO:
Esquema conceitual referencial e operativo podendo existir o ECRO individual e ECRO
grupal. Formas de atuação em grupo que favorecem ou dificultam relacionamentos
interpessoais ou aclaramentos das posições individuais e da construção coletiva que
favorece a tarefa grupal a ser realizada

ECRO individual: são os nossos valores, crenças, medos e fantasias.

ECRO grupal: é um esquema comum para as pessoas que participam de um mesmo grupo.
Atividade

Realize uma descrição do seu ECRO individual.


Grupo operativo de Pichon Rivière

O principal objetivo de existência do grupo para Pichon Rivière seria realizar uma possível
mudança de forma gradativa onde os integrantes de um grupo vão assumindo
determinados papeis e posições frente a tarefa do grupo.

Fatores terapêuticos: elementos da técnica/ terapia que colaboram para a melhoria da


condição do paciente
Grupo operativo de Pichon Rivière

Para Rivière o indivíduo social se constituiria na relação com o outro e a relação do grupo
envolve tanto racionalidade quanto afetividade não sendo uma relação puramente
objetiva.
Processos Grupais
Prof. Rafael Costa

Obrigado!
O psicodrama de Jacob L. Moreno e os
processos de maioria e minoria de Kurt Lewin

Processos Grupais
Professor Rafael Costa
Objetivos

Reconhecer a biografia de Jacob L. Moreno e Kurt Lewin e suas contribuições para


as teorias de processos grupais;
Descrever o psicodrama de Jacob L. Moreno;
Descrever os processos de maioria e minoria de Kurt Lewin.
Psicodrama de Jacob L. Moreno

Jacob Levy Moreno (1889 – 1974), médico, psicólogo, filósofo,


dramaturgo romeno-judeu, que em 1932, introduzido pela
primeira vez psicoterapia de grupo com a Associação
Americana de Psiquiatria, além de ser o criado do método
conhecido como psicodrama.
Situação problema
O psicodrama pode ser definido como um método que nasceu do teatro do improviso, de
ação profunda através do qual se trabalha as relações interpessoais como as ideologias e
crenças particulares e coletivas.

Como o teatro pode adquirir uma função psicoterapêutica?


Psicodrama de Jacob L. Moreno
O método nasceu do teatro do improviso e para o autor, os papéis que cada um assume
representam as atitudes que o indivíduo tem no momento em que reage a uma
determinada situação ou age sobre ela em que outros indivíduos ou objetos estariam
envolvidos.

Conceitos de extrema relevância para o psicodrama:


Espontaneidade e criatividade.
Psicodrama de Jacob L. Moreno
5 componentes do psicodrama:
Palco;
Sujeito;
Diretor;
Ego auxiliar;
Público.
Psicodrama de Jacob L. Moreno
Esses papéis teriam características e especificidades próprias da subjetividade cultural a
qual estariam inseridas e estruturadas, além de na maioria das vezes poder ser dito que
são referendados pelas normas de funcionamento de um grupo.
Vídeos
J L Moreno explica no palco os 5 componentes do psicodrama (4’11)

https://www.youtube.com/watch?v=XDno7uZrtmc

J. L. Moreno apresenta 3 técnicas de produção psicodramática

https://www.youtube.com/watch?v=mBhuzfSg6QY&t=308s

Psicodrama - Expressão Corporal, gestos e pé no chão (8’28)

https://www.youtube.com/watch?v=Vz6I9cpiTNg
Processos de maioria e
minoria de Kurt Lewin
Kurt Lewin (1890-1947) nasceu em Mogilmo, Alemanha,
doutorou-se em Psicologia pela Universidade de Berlim, onde
também estudou Matemática e Física. Foi professor de
Psicologia Infantil na Child Welfare Research Station, em Iowa,
até 1944. Criador da Teoria de Campo.
Processos de maioria e
minoria de Kurt Lewin
Kurt Lewin, primeiro teórico a desenvolver uma teoria voltada especificamente para o
estudo de grupos menores. Para isso ele estudou pequenos grupos em termos de
sistema de forças, procurando captar a dinâmica que ocorre quando as pessoas
estabelecem uma interdependência seja em relação a uma tarefa proposta, seja em
relação aos próprios membros em termos de atração, afeição e outras forças que o
pudessem influenciar.
Processos de maioria e
minoria de Kurt Lewin
A partir daí há o desenvolvimento do conceito de sócio-grupo como um grupo mais
especifico, com um objetivo mais definido e um lugar onde os afetos podem se
desenvolver e emergir.

Para justificar sua teoria, Kurt Lewin trabalha com a teoria de conceito dinâmico onde
temos um conjunto de forças sociais, intelectuais e morais que produzem uma atividade e
mudanças em esferas especificas, que segundo o mesmo explicaria a dinâmica de grupo
como o estudo das forças que agem no interior dos grupos, suas origens, consequências e
condições modificadoras do comportamento do mesmo.
Processos de maioria e
minoria de Kurt Lewin
Além de explicar as dinâmicas de grupo, Lewin foi importante por criar a teoria de campo,
onde acreditava que o comportamento seria influenciado pelas cognições que haveriam no
meio, na realidade em que os indivíduos estariam situados.

Ao estudar a liderança dentro dos processos grupais, Lewin apontou três tipos de
liderança: autocrático, laisse-faire e democrático.
Processos de maioria e
minoria de Kurt Lewin
Na década de trinta, Kurt Lewin referia-se ao peso da motivação para o comportamento
social. Para melhor demonstrar sua importância para o desencadeamento de certos
comportamentos, Lewin criou a teoria de campo fundamentada em duas suposições:

1) O ser humano comporta-se em resposta à totalidade de fatos coexistentes;

2) Os fatos coexistentes resultam no campo dinâmico onde cada um de seus componentes


é interdependente.
Processos de maioria e
minoria de Kurt Lewin
Para o mesmo, o comportamento humano não depende somente do passado, ou do
futuro, mas do campo dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico é “o espaço de vida
que contém a pessoa e o seu ambiente psicológico”.
Processos de maioria e
minoria de Kurt Lewin
O espaço vital psicológico ou espaço de vida do indivíduo é um conceito criado por Kurt
Lewin, e é definido como a totalidade de fatos que determinam o comportamento de um
indivíduo em certo momento.

Assim, a estrutura do meio tal qual é percebida por um indivíduo depende de seus desejos,
de suas necessidades, de suas expectativas, de suas aspirações, enfim de suas atitudes,
enquanto o conteúdo ideativo do ambiente coloca o indivíduo em um determinado estado.
Processos de maioria e
minoria de Kurt Lewin
A interrelação entre os fatos e eventos cria um campo dinâmico. Os indivíduos participam
de uma série de espaços vitais (família, escola, trabalho, igreja, etc.), que foram
construídos sob a influência de inúmeros vetores de força.

O modelo de comportamento humano proposto pela teoria de campo pode ser


representado pela equação: C= f (P, M).
Processos de maioria e
minoria de Kurt Lewin
C= f (P, M)

Na qual, comportamento (C) resulta da função (f) interação entre pessoa (P) e seu meio
externo (M). A partir dessa teoria, entende-se que, o indivíduo comporta-se de acordo com
suas percepções e não conforme a realidade.

Assim, entende-se que o ambiente pode agir ou como fonte de atuais necessidades ou
como de frustrações e gratificações, isso dependerá da perspectiva de cada um do que é
bom ou ruim.
Processos de maioria e
minoria de Kurt Lewin
Objetos, pessoas e situações possuem ressonância no ambiente psicológico, ao
proporcionar um campo dinâmico de mobilização de forças psicológicas. Os objetos,
pessoas ou situações adquirem para o indivíduo uma valência positiva quando simbolizam
gratificação ou valência negativa quando representam ou ameaçam causar frustrações.

Para Lewin, o ser humano age em um mundo de forças com cargas positivas ou negativas.
A primeira atrai e a segunda causa repulsa, o que cria uma força, um vetor. Um vetor tende
a criar a locomoção em certa direção.
Processos de maioria e
minoria de Kurt Lewin
A explicação do comportamento, segundo Lewin, implica a identificação de características
direcionais, isto é, todo comportamento tem propósitos subjacentes e objetivos para os
quais é dirigido, e pode ser modificado.

E que a motivação é a tensão persistente que leva o indivíduo a alguma forma de


comportamento que visa à satisfação de uma ou mais determinadas necessidades.
Processos de maioria e
minoria de Kurt Lewin
Contudo, nem sempre a satisfação de necessidades é obtida, pode existir algum obstáculo
para alcançá-la. E toda vez que alguma satisfação é bloqueada por uma barreira, ocorre
frustração.

Os estudos de Lewin sobre mudança de atitude também ressaltaram o papel das


discussões em grupo como facilitadoras do rompimento de barreiras impeditivas de
locomoção em uma determinada direção.
Processos de maioria e
minoria de Kurt Lewin
Foi de autoria de Kurt Lewin o desenvolvimento da Teoria da Dinâmica dos Grupos que
procura compreender a estrutura, o poder, a liderança e a comunicação grupal. O autor e
colaboradores desenvolveram a prática de dinâmica de grupo como técnica e método
educativo de treinar as capacidades humanas. O principal objetivo era levar as pessoas a
novos comportamentos por meio da exposição, discussão e decisão em grupo, um método
totalmente diferenciado do ensino tradicionalmente utilizado.
Processos de maioria e
minoria de Kurt Lewin
Para Lewin, um grupo consiste em uma totalidade dinâmica que não resulta apenas da
soma de seus integrantes; e tem propriedades específicas enquanto totalidade, princípio
da Escola da Gestalt. Possui estrutura própria, objetivos e relações com outros grupos.

A essência de um grupo não é a semelhança ou a diferença entre seus membros, mas sua
interdependência. Lewin caracteriza um grupo como um todo dinâmico, o que significa que
uma mudança no estado de uma das suas partes provoca mudança em todas as outras.
Processos de maioria e
minoria de Kurt Lewin
Lewin também dedicou-se à análise da influência dos estilos de liderança e do clima grupal
sobre o comportamento dos membros do grupo, e observou que o estilo de liderança
democrática produzia normas grupais construtivas e independentes, que levavam à
realização de um trabalho produtivo, independentemente da presença ou não do líder. Isso
torna o alcance do objetivo mais demorado, entretanto, mais duradouro. Liderança flexível,
em que o líder partilha as decisões com a equipe, leva em consideração a opinião dos
liderados, e ao mesmo tempo promove grande coesão grupal.
Processos de maioria e
minoria de Kurt Lewin
Já a liderança laissez-faire deixava os membros passivos, estilo de liderança em que o líder
não cobra prazo de seus funcionários, os deixa livre para exercitar a criatividade e não se
utiliza de hierarquia. Enquanto os grupos com liderança autocrática tornavam-se agressivos
ou apáticos. Pois, como as decisões são centralizadas na figura do líder, os membros
somente funcionam a partir de sua demanda. Ou seja, para Lewin a aprendizagem é mais
eficiente quando desenvolvida como um processo ativo para o sujeito, especialmente
quando é coordenada de maneira colaborativa.
Processos Grupais
Prof. Rafael Costa

Obrigado!
O processo grupal e suas fases para W. Schutz e o grupo de
encontro e o workshop vivencial criados de Carl Rogers

Processos Grupais
Professor Rafael Costa
Objetivos

Reconhecer a biografia de W. Schutz e Carl Rogers e suas contribuições para as


teorias de processos grupais;
Descrever as três dimensões das relações interpessoais (FIRO) de W. Schutz;
Descrever a abordagem centrada na pessoa de Carl Rogers.
W. Schutz
William Carl Schutz (1925-2002) nasceu em Chicago. Estudou
Psicologia e obteve um PhD em 1951. Em 1958, Schutz
introduziu a teoria das relações interpessoais que ele chamou
de (FIRO). Segundo a teoria de três dimensões das relações
interpessoais eram considerados necessários e suficientes para
explicar a maior interação humana: Inclusão, Controle e Afeto.
Essas dimensões têm sido usados até hoje para avaliar a
dinâmica dos grupos. Schutz também criou FIRO-B, um
instrumento de medição com escalas que avaliam os aspectos
comportamentais das três dimensões inclusão,controle e afeto.
W. Schutz

Schutz destacou as implicações de suas descobertas como a interdependência e a estreita


correlação que existe em todo grupo de trabalho entre seu grau de integração e seu nível
de criatividade. Schutz vai mais além nesse fenômeno e inova com sua teoria das
“Necessidades Interpessoais” na formação e desenvolvimento de um grupo. Conceito
usado para especificar que a integração dos membros de um grupo acontece quando
certas necessidades fundamentais são satisfeitas. Com isso, quer dizer que só em grupo e
pelo grupo essas necessidades podem ser satisfeitas e fundamentais porque são
vivenciadas por todo ser humano em um grupo qualquer.
W. Schutz

Segundo Schutz, um grupo se integra a partir do momento em que as necessidades


interpessoais são satisfeitas. E apenas em grupo e pelo grupo elas podem ser
satisfeitas adequadamente. Sendo assim ele dividiu em, 3 necessidades
interpessoais sendo elas: inclusão, controle e afeição. Logo, ao entrar em qualquer
grupo o indivíduo busca estas três necessidades de forma respectiva.
W. Schutz

I. INCLUSÃO REFERE-SE A ASSOCIAÇÕES ENTRE PESSOAS, EXCLUSÃO, ACEITAÇÃO,


POSSE, COMPANHIA. ESTA NECESSIDADE DE SENTIR-SE INCLUÍDO MANIFESTA-SE
PELO DESEJO DE REVER ATENÇÃO E EFETUAR INTERAÇÕES.

“NENHUM HOMEM É UMA ILHA” – O SER HUMANO NÃO VIVE ISOLADAMENTE. O


SER HUMANO NASCE FORMANDO VÍNCULOS E INTERAÇÕES COM AS PESSOAS
PARA A CONSTRUÇÃO DO SER.
W. Schutz

A necessidade de inclusão é a necessidade de se sentir incluído, integrado, de


receber atenção e ser valorizado pelos demais integrantes do grupo, além de ser a
fase em que o indivíduo analisa as pessoas e suas idéias, para saber se estar no
grupo certo. Essa necessidade pode ser tanto adequada, quanto inadequada
dependendo do nível de assistência dada ao grupo. (Na dinâmica percebemos a
importância de cada indivíduo no grupo quando ficamos em roda de mãos dadas
transparecendo união e notando a particularidade de todos em conjunto.)
W. Schutz

A fase de inclusão não implica necessariamente em fortes conexões emocionais ou


de domínio com outros indivíduos, mas um processo de formação grupal.

II. CONTROLE O comportamento de controle refere-se ao processo de tomar


decisões em conjunto em áreas de poder, influencia e autoridade; a necessidade de
controle varia ao longo de um continuum, deste desejo de ter autoridade sobre os
outros (e portanto, sobre o futuro).
W. Schutz

A necessidade de controle se trata de influência sob o grupo, ou seja, trata-se da


responsabilidade do indivíduo perante o grupo e suas ações a favor do mesmo, se
tornando uma necessidade adequada quando há o processo de tomada de decisão.
W. Schutz

III. AFETO VÍNCULOS PESSOAIS QUE REFEREM-SE ÀS PROXIMIDADES PESSOAIS E


EMOCIONAIS ENTRE AS PESSOAS. SUBSOCIAL – HÁ PREVALÊNCIA DA TENDÊNCIA
AO RETRAIMENTO E INTROVERSÃO. SUPERSOCIAL - TENDÊNCIA A SER
EXTROVERTIDO SOCIÁVEL – A INTERAÇÃO COM AS PESSOAS NÃO APRESENTA
PROBLEMAS SIGNIFICATIVOS.
W. Schutz

Necessidade de afeição: consiste em querer se sentir valorizado pelo grupo, sendo


que o indivíduo buscará saber se é importante e respeitado aos olhos dos membros
por sua competência. Sendo adequada quando há uma comunicação clara, aberta
e honesta entre os integrantes.
Vídeo 1

Firo-B™ – Necessidades de inclusão, controle e afeição nos


relacionamentos – Fellipelli (4’22)

https://www.youtube.com/watch?v=tGr_YAfuyDc
W. Schutz

O método de trabalho desenvolvido por baseia-se W. Schutz nos Programas de


Formação em grupos de encontro (grupos T). Estes grupos funcionam como
laboratórios onde cada indivíduo possa ter a oportunidade de desenvolvimento de
suas capacidades através de dinâmicas, conforme os objetivos citados acima, e a
partir destes encontros as relações interpessoais, os sentimentos de auto-estima e
as potencialidades de cada um possam ser trabalhados com um objetivo de
crescimento individual e grupal, que no caso pode se tratar desde um setor dentro
de uma empresa, até o contexto geral de uma instituição de grande porte.
Carl Rogers

Carl Rogers (1902-1987) foi um psicólogo norte-americano.


Desenvolveu a Psicologia Humanista, também chamada de
Terceira Força da Psicologia. Foi um dos principais
responsáveis pelo acesso e reconhecimento dos psicólogos ao
universo clínico, antes dominado pela psiquiatria médica e
pela psicanálise. Sua postura enquanto terapeuta sempre
esteve apoiada em sólidas pesquisas e observações clínicas.
Carl Rogers

"Ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo
refletido nos olhos dele".

"Não podemos mudar, não nos podemos afastar do que somos enquanto não
aceitarmos profundamente o que somos".

"Aceitar-se a si mesmo é um pré-requisito para uma aceitação mais fácil e genuína


dos outros".
Carl Rogers

"Gostar da pessoa pelo que ela é, deixando de lado as expectativas do que quero
que ela seja, deixando de lado meu desejo de adaptá-la às minhas necessidades, é
uma maneira muito mais difícil, porém mais enriquecedora de viver uma relação
íntima satisfatória".

"Durante a terapia, o sentimento de aceitação e de respeito do terapeuta em


relação ao cliente tende a transformar-se em alguma coisa que se aproxima da
admiração. À medida que vamos assistindo a luta profunda e corajosa que a pessoa
trava para ser ela própria".
Carl Rogers

A concepção humanista de aprendizagem é uma abordagem filosófica que coloca o


ser humano como figura central.

A perspectiva de ensino com viés humanista deve contribuir efetivamente para o


crescimento e a auto realização do indivíduo.
Carl Rogers

A abordagem com viés humanista valoriza o todo que forma o ser humano numa
estrutura holística, a qual compreende um conjunto integrado e indissociável de
ações, pensamentos e sentimentos, valorizando, fundamentalmente, os aspectos
afetivos e emocionais do desenvolvimento humano.
Carl Rogers

Rogers definia o “grupo de encontro” como aquele que “pretende acentuar o crescimento
pessoal e o desenvolvimento e aperfeiçoamento da comunicação e relações interpessoais,
através de um processo experiencial”, acrescentando que “os grupos de encontro
conduzem a uma maior independência pessoal, a menos sentimentos escondidos, maior
interesse em inovar, maior oposição à rigidez institucional (...). Eles produzem a mudança
construtiva”.
Carl Rogers

Nos grupos de encontro, o chamado “encontro básico” é o contato mais


diretamente ligado a uma maior intimidade social – usual na vida cotidiana –; um
dos fatores de maior estímulo nos grupos de encontro é quando o indivíduo se
esforça ou sofre com um problema e o grupo o ajuda. Esse fato está entre os
aspectos mais importantes no âmbito da experiência de grupo, pois pode se
expandir fora da ação do próprio grupo, o que é muito estimulante e benéfico.
Carl Rogers

Rogers diz que, quando existe a livre expressão dos sentimentos e eles são
irrestritamente aceitos, acabam por trazer a positividade e a irmanação entre os
participantes; isso acontece cada vez que as sessões prosseguem em mútua
confiança, com o desenvolvimento de um maior compromisso afetivo do grupo,
que tenderá para desenvolver o sentimento de positividade – e de forma especial a
verdade, seja ela positiva ou negativa.
Carl Rogers

Pode-se destacar a contribuição rogeriana às práticas grupais com sua compreensão de


que o grupo é semelhante a um organismo, possuindo o sentido de sua própria direção
(...), [de que] os grupos de encontro só podem florescer num ambiente essencialmente
democrático, [sendo] uma tentativa para enfrentar e superar o isolamento e alienação do
indivíduo na vida contemporânea.
Situação problema

Em uma era cada vez mais tecnológica, industrializada, impessoal e de superpopulação,


parece óbvio que os grupos de encontro se propõem a ser uma grande alternativa à
desumanização da sociedade moderna.

Como as pessoas poderão vir a ter as devidas ferramentas para uma maior humanização
do meio em que vivem para contrabalançar forças iguais e opostas?
Carl Rogers

A partir do desenvolvimento ainda maior desses grupos, pessoas poderão vir a ter
as devidas ferramentas para uma maior humanização do meio em que vivem para
contrabalançar forças iguais e opostas. De modo sistemático, os grupos de
encontro podem ser um valioso instrumento contra a solidão e a alienação do ser
humano na sociedade contemporânea.
Carl Rogers

De meados do século passado até o presente momento, os avanços e constantes


desenvolvimentos dos grupos de encontro têm sido saudáveis e amplos.

Os grupos de encontro têm refletido em sua síntese a necessidade de uma maior


comunicação social e psicológica para que a sociedade como um todo possa
superar os grandes desafios estruturais da modernidade, em uma era de
contradições e grandes mudanças.
Carl Rogers

O desenvolvimento da confiança acaba por gerar uma maravilhosa e real


solidariedade entre os indivíduos, mudando a postura e o gestual, concluindo por
se tratar das variadas e significativas mudanças vivenciadas.

Para Leão (2014), a troca de experiências entre o sujeito e o objeto, por meio de
conflitos e interações, é imprescindível para que a aprendizagem se solidifique. A
relação afetiva e social que se constrói ao longo deste processo pode proporcionar
ganhos reais para a aprendizagem.
Carl Rogers

A abordagem humanista está centrada nos pilares:

I. Valorização do ser humano como pessoa;


II. Interação social entre os sujeitos;
III. Crescimento pessoal;
IV. Papel do psicoterapeuta como facilitador da aprendizagem;
V. Cliente como protagonista em busca de autonomia para aprender a aprender.
Carl Rogers

A Abordagem Centrada na Pessoa de Rogers tem como principal pressuposto o fato de


que o ser humano é um organismo vivo, global, com capacidade de crescimento e
desenvolvimento em direção às suas potencialidades intrínsecas, tendência do
desenvolvimento pleno que reverbera em maturidade psicológica.
Consequentemente, a teoria rogeriana focaliza em três atitudes que devem ser
tomadas por parte do terapeuta como indispensáveis e suficientes para que ocorra
uma atenção psicológica eficaz. São elas: a congruência, a empatia e a capacidade de
aceitação positiva incondicional (ZANONI, 2008).
Carl Rogers

Congruência: convergência exigindo do facilitador uma autenticidade que reflita


confiança a pessoa, no caso, o aluno.

A individualidade, a personalidade e a expressão pessoal do Ego são sempre


enormemente respeitadas. Este tipo de atitude é chamada compreensão empática do
cliente, ou, simplesmente, empatia.
Carl Rogers

Condição ou atitude é a consideração positiva incondicional do psicoterapeuta para


com o cliente. O cliente precisa se sentir aceito, sentimento de pertença da forma que
é, sem condições de aceitação. Por sua vez o senso do mundo interno e das
significações pessoais do cliente como se fosse, ele próprio, seu próprio mundo, mas
sem perder esse "se". Isso significa que cada um compreende o outro, mas cada um
conserva o seu Eu, o seu plano pessoal de referências.
Vídeo 2

Carl Rogers - Como se tornar um facilitador (5’29)

https://www.youtube.com/watch?v=wNnJV1IJ1MM
Carl Rogers

Os Grupos Vivenciais podem se constituir nos mais diversos contextos. Desde os


grupos existenciais, como os que foram inicialmente chamados de workshops - que
constituem o modelo matriz e paradigmático dos Grupos Vivenciais; até os grupos
aplicados a um ampla gama de tarefas, ou o grupo como mediação na resolução
conflito. Em todo contexto que requeira o melhor da participação atual e criativa das
pessoas e do conjunto grupal. Seja na constituição do processo grupal, e pessoal,
como uma incrível fonte de vivência atual, e de mudança existencial; seja na aplicação
à resolução de tarefas, seja na elaboração e resolução de conflitos.
Carl Rogers

O grupo vivencial é uma concepção de trabalho com grupos desenvolvido pela


Psicologia e Psicoterapia Fenomenológico Existencial, em específico pela Abordagem
Rogeriana e pela Gestalt terapia. O Grupo Vivencial se caracteriza pelo destaque no
seu âmbito deste modo vivencial de sermos e pela fenomenologia, e que se
caracteriza pela constituição da vivência da experiência atual, da vida vivida em sua
atualidade, no perene processo do seu acontecer, transitando naturalmente das
condições do seu acontecido, a partir da potência de suas possibilidades.
Carl Rogers

Dialógico, o grupo vivencial se desenvolveu, assim, como um modo diverso de


pressupor a participação dos membros do grupo na constituição do processo deste.
Cada participante pode participar livremente da constituição e desenvolvimento do
processo grupal, e o processo grupal se constitui como a fluidez de um processo
coletivo, a partir das múltiplas participações, que respeita e considera a
individualidade e o modo singular da participação de cada um. O processo coletivo e o
processo pessoal interatuam num duplo processo de constituição que permite a
vivência atual e criativa.
Carl Rogers

A partir dos referenciais de sua abordagem, Carl Rogers cuidou de instilar no modelo
de trabalho um respeito profundo pelas pessoas no contexto do processo, por suas
individualidades, e autonomia dialógica de suas participações individuais. Condições
imprescindíveis de constituição do processo vivencial dialógico do grupo.
Carl Rogers

Aconselhamento psicológico

Credita-se a Carl Rogers essa conceituação, ao definir como “uma série de contatos
diretos com o indivíduo com o objetivo de lhe oferecer assistência na modificação
de suas atitudes e comportamentos”.
Processos Grupais
Prof. Rafael Costa

Obrigado!
Técnicas para trabalho em grupo:
Jogos cooperativos e competitivos

Processos Grupais
Professor Rafael Costa
Objetivos

Explicar a teoria dos jogos;


Descrever os jogos cooperativos e os jogos competitivos;
Diferenciar os jogos cooperativos e os jogos competitivos.
Jogos cooperativos
Jogos cooperativos são dinâmicas de grupo com a finalidade de promover ajuda entre as
pessoas, aprendendo a considerar outros indivíduos como parceiros e não como
adversários.
Jogos cooperativos
Uma boa referência para exemplificar os jogos cooperativos é a fala do arqueólogo Terry
Orlik, "começou há milhares de anos, quando membros das comunidades tribais se uniam
para celebrar a vida".

Estes jogos auxiliam os participantes a priorizar o grupo e não somente sua


individualidade. Nessa categoria de jogos não é importante ganhar ou perder e sim, a
realização da atividade proposta da melhor forma possível.
Jogos cooperativos
Tais jogos ajudam o participante a ter uma melhor noção de grupo, de como trabalhar em
prol do time, aumentar a eficácia da execução da tarefa através da ajuda dos diversos
elementos do grupo.

É importante salientar que pode haver uma única equipe buscando conquistar um objetivo
ou duas ou mais equipes competindo entre si.
Jogos cooperativos
Os fatores que possibilitam a existência do jogo cooperativo são: Enxergar o outro como
um amigo em potencial, alegria; criatividade, solidariedade, confiança entre os
participantes, ser motivante, possível para todos, ninguém é excluído e simplicidade.
Jogos cooperativos
Diferentes categorias de jogos cooperativos:
Jogos cooperativos sem perdedores onde todos os membros do grupo vencem;

Jogos cooperativos de inversão que são jogos realizados em grupos onde os participantes
são remanejados entre estes grupos de acordo com a regra vigente, ou seja, o resultado só
ocorre devido à participação e esforço do individuo dentro de cada grupo;

Jogos cooperativos de resultado coletivo que são jogos em que o foco é a atividade e o
resultado se torna secundário.
Vídeo 1
Jogos Cooperativos - Teoria de Jogos (8’28)

https://www.youtube.com/watch?v=kwtAOAfzZK0
Jogos competitivos
Jogos competitivos: estes jogos objetivam estimular a competição entre participantes.
Jogos competitivos
São jogos onde são estimuladas diferentes competências de cada individuo, como jogos
cognitivos, de agilidade, estratégia e esportes em geral.

É importante ressaltar que os participantes precisam entender que nestes jogos as vitórias
e derrotas fazem parte dos acontecimentos possíveis e não devem ser exaltadas
excessivamente.
Jogos competitivos
Fair play:

Conduta de quem se comporta ou age de maneira justa, com equidade: conduzir uma
empresa com fair play;

Adaptação às regras preestabelecidas por uma instituição, empresa, competição esportiva;

Acatar de maneira educada ou refinada uma adversidade: aceitou com fair play a dispensa
do emprego.
Jogos competitivos
Durante a competição, os participantes dos grupos estarão expostos a diversos tipos de
conflitos que geram emoções que podem ser desagradáveis. Sendo assim, devem aprender
a lidar com elas.
Jogos competitivos
Segundo Luiza Lima, "No ambiente competitivo bem administrado também estão
presentes a necessidade do respeito, a superação de limites e a amizade".

A competitividade não é o único comportamento a ser incentivado, não sendo o único foco
do jogo.
Jogos competitivos
O uso do raciocínio e estratégia para conquistar objetivos, deve ser encorajado e a
separação de grupos por raça, religião, orientação sexual e etc, deve ser alijada do
processo de formação dos grupos.
Vídeo 2
TEAL Treinamento Experiencial ao Ar Livre (2’18)

https://www.youtube.com/watch?v=xb-tdOxzPrI
Treinamento Experencial ao Ar Livre -
TEAL
TEAL, é um treinamento realizado ao ar livre.
Treinamento Experencial ao Ar Livre -
TEAL
TEAL, é um treinamento realizado ao ar livre.

Os líderes devem realizar o treinamento em espaços em que a equipe possa ter contato
com a natureza, como um hotel fazenda ou um sítio. Atividades sugeridas:

• Caminhadas ou corridas;
• Cavalgadas;
• Rafting;
• Rapel;
• Trekking/ Trilhas (Brasil tem diversos parques; contato com a natureza – Saúde);
• Arvorismo.
Treinamento Experencial ao Ar Livre -
TEAL
O objetivo é realizar um treinamento comportamental junto aos participantes para que
eles possam ser avaliados e observados, buscando sempre um aprendizado e nunca com o
objetivo de puní-los.
Treinamento Experencial ao Ar Livre -
TEAL
O líder responsável pela organização do treinamento, deve propor desafios onde os
participantes são provocados a participar de situações que irão demonstrar reações
emocionais e racionais.
Treinamento Experencial ao Ar Livre -
TEAL
Para planejar o TEAL é importante que o líder responsável tenha completo entendimento
sobre três aspectos:

I. Conhecimento dos recursos humanos disponíveis;


II. Conhecimento dos objetivos e metas;
III. Conhecimento das funções e atribuições de cada membro do grupo.
Treinamento Experencial ao Ar Livre -
TEAL
A metodologia propõe que, através de programas participativos e dinâmicos, os
colaboradores possam desenvolver habilidades, como:

 Trabalho em equipe;
 Colaboração;
 Senso crítico;
 Criatividade para resolução de problemas, e mais.
Treinamento Experencial ao Ar Livre -
TEAL
Etapas das atividades:

1. Realize uma reunião geral com os participantes: apresente o conteúdo das dinâmicas;
2. Apresente as atividades propostas: mostre também seu alinhamento com a realidade do grupo;
3. Aborde os objetivos esperados com a realização do treinamento;
4. Aplique as dinâmicas e as atividades do treinamento em campo: divida as equipes e inicie as atividades;
5. Realize, a cada final de atividade, uma breve reunião: mostre as analogias e os resultados das atividades. O
objetivo é que todos entendam porque aquela atividade foi realizada e quais lições devem ser tiradas;
6. Promova uma reunião para as conclusões gerais;
7. Mantenha o acompanhamento com seus colaboradores mesmo após o TEAL, observando se os
aprendizados foram absorvidos pela equipe.
Treinamento Experencial ao Ar Livre -
TEAL
Um dos objetivos do treinamento experiencial ao ar livre é alinhar todos os membros com
a visão e os objetivos do grupo. Por isso, é importantíssimo que todos participem do
treinamento, independentemente da função ou das responsabilidades dentro do grupo

No TEAL, os participantes são separados em equipes e devem realizar as atividades em


conjunto, para que possam treinar o senso de coletividade.
Artigo para leitura
Inclusão escolar e jogos cooperativos: uma possibilidade de atuação do
psicólogo escolar no processo de socialização e integração

https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5493581
Processos Grupais
Prof. Rafael Costa

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Prática de Dinâmica de Grupo

Processos Grupais
Professor Rafael Costa
Objetivos

Favorecer o exercício prático através de oficinas onde o aluno desenvolverá sua


escuta, percepção e compreensão dos fenômenos que emergem do grupo.
Dinâmica de grupo

As principais etapas da dinâmica de grupo são:

Aquecimento;
Atividade principal;
Fechamento.
Dinâmica dos Sonhos - “A viagem”

 9 participantes;

 Observadores;

 Observação X Julgamento;

 Analisar o comportamento.
Dinâmica dos Sonhos - “A viagem”
Objetivo: Avaliar o quanto o viajante é capaz de definir prioridade, negociar e gerenciar conflitos.
Materiais: Papel A4 e caneta/ bloco de notas

Data: 16/10
Local: Estácio Norte Shopping
Horário: 08:40

9 participantes/ membros do grupo


Roteiro Dinâmica de Grupo
(online/ presencial - 50min)
 Boas vindas/ Apresentação dos selecionadores (2min);
 Vídeo: Valores Olímpicos (1m50s);
https://www.youtube.com/watch?v=J40rQLtL-Gk
Brainstorming sobre o vídeo (3min);
 Quebra gelo: “Meu herói do esporte” – escolher atleta e o porque se identifica (9min);
 Apresentação pessoal – nome, pontos fortes e pontos a melhorar (9min);
 Atividade principal: Dinâmica dos Sonhos – “A viagem” (20min)
 Fechamento: Sentimento por participar da DG; Agradecimento; Próximos passos (5min)
Dinâmica dos Sonhos - “A viagem”
Orientações/ execução (20min): O selecionador pede para que cada viajante escreva um sonho pessoal. E
começa a dizer: Considere que esses sonhos serão nossa bagagem para esta viagem muito especial, a viagem
da nossa vida, será uma longa jornada até outro país. Com os sonhos em mãos e saindo do ponto de encontro
temos nosso primeiro desafio, nem todos os nossos sonhos cabem no carro, assim temos que abandonar dois.
Seguindo viagem, nosso carro quebra e temos que seguir a pé, mas devido ao peso das nossas bagagens temos
que deixar outras duas malas de lado, ficando somente com cinco. Qual sonho foi abandonado?
Chegando ao aeroporto, nos dirigimos ao check-in e nossas bagagens estão acima da franquia permitida,
precisamos abandonar mais duas malas. Qual sonho ficou para trás?
Após um caminho tortuoso até a chegada ao país, encontramos uma alfândega onde somos barrados e temos
que seguir somente com uma mala por grupo. (Neste momento cada viajante terá uma mala e deverão
negociar em grupo nos 5min finais qual mala levarão.)
Dinâmica dos Sonhos - “A viagem”
Perguntas para os viajantes, que deverão apresentar em grupo (4min)
Qual o maior sonho que não foi abandonado? Qual hora foi mais difícil para abandonar um sonho? O que
motivou você durante as dificuldades? O que realmente valeu a pena proteger?

Conclusões (1min) - Selecionador: O carro cheio representa a nossa família e ou amigos que nos acompanham
nesta jornada, que podem nos ajudar ou nos fazerem desistir de alguns sonhos. O peso das malas representa o
tempo no qual tentamos realizar esse sonho que pelo cansaço desistimos. O excesso de bagagem tem
conotação de apego e a alfândega é a última passagem, significa que estamos perto de realizar o nosso
propósito.
Conclusões

Como foi a experiência de participar?

O que você observou?

Você recomendaria algum participante? Por que?


Técnica da linha do tempo
Técnica baseada nos princípios da programação neurolinguística, para liberar as emoções
negativas e revisar decisões limitantes. Estabeleça com o cliente uma linha do tempo desde
o nascimento até o dia atual. Este exercício busca definir objetivo a partir das experiências
do cliente. O momento atual tem a ver com algum momento já vivenciado? Quais emoções
e pensamentos desperta cada momento da vida do cliente?

Informações importantes: Data de nascimento, experiência escolar, data de casamento,


primeiro emprego, perdas de familiares, mudança de casa, acontecimentos relevantes.
Técnica da linha do tempo
Exemplo de linha do tempo:
(jovem de 36 anos, solteiro, Ensino Médio completo, desempregado, mora com pais)
Janela de Johari

Ferramenta que tem como


objetivo auxiliar no entendimento
da comunicação interpessoal e
dos relacionamentos, será útil na
hora de descrever experiências.
MATRIZ SWOT
PONTOS FORTES
PONTOS A DESENVOLVER
Talento - Verdades
 Conjunto de competências necessárias à função que não estão
 Resultado da habilidade para dirigir esforços no desenvolvimento desenvolvidas na medida suficiente
daquilo que se gosta de fazer
 Exige Auto Conhecimento

Potencial

 Recursos intelectuais e emocionais + aptidões específicas que permitem, em


diferentes graus, desenvolvimento de competências (conhecimentos,
habilidades, atitudes)
 Capacidade para assumir novas responsabilidades, com maior complexidade
 Diz respeito ao futuro

Desempenho
Conjunto de resultados e comportamentos demonstrados no exercício de uma
determinada função,em relação às responsabilidades e tarefas, tendo em vista
resultados esperados
 Refere-se ao que é entregue e como é entregue
 Diz respeito ao passado

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

 Conjunto de circunstâncias que favorecem o trajeto rumo ao objetivo  Conjunto de circunstâncias que dificultam o trajeto rumo ao objetivo

• Perspectivas de crescimento  Desafios


• Network  Dificuldades do mercado
• Onde estou hoje...  Dificuldades pessoais
Plano de Ação
“Se você realmente quer entender alguma coisa, tente mudá-la.”
Kurt Lewin
Processos Grupais
Professor Rafael Costa

Obrigado!

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