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ECONOMIA COMPORTAMENTAL
APLICADA ÀS FINANÇAS PESSOAIS
Flávia Ávila e Gabriel Inchausti

Estimular um novo olhar em direção a mudanças nitivos e econômicos afetam a tomada de decisão real mudança comportamental. Através das des-
de comportamento por parte de pessoas comuns, dos indivíduos. cobertas da Economia Comportamental é possível
consumidores, empresas e setor público tem sido criar mecanismos para diminuir ou mesmo eliminar
um grande desaio. Um olhar que, de fato, cause As pesquisas deste novo campo identiicam tamb m alguns vieses comportamentais que muitas vezes
mudanças tanto a curto quanto a longo prazo. Mas problemas de predição nos modelos da economia nos desviam de um comportamento tido como
como possível fazer com que as pessoas, cada tradicional, o que tem contribuído para um cresci- racional , e nos levam a executar aç es que nos
uma delas dentro do seu pr prio ecossistema, sejam mento da Economia Comportamental. prejudicam e interferem na nossa saúde inanceira.
conscientizadas sobre a import ncia de pequenas Abaixo, uma lista simpliicada de inlu ncias que
mudanças inanceiras cotidianas? E mais: como Entender como pensamos e como somos afetados sofremos diariamente nas nossas decisões:
dar a entender que estas t m grande signiic ncia pelo contexto se torna a chave para promover uma
quando agrupadas em um contingente maior, em Nossas escolhas são inluenciadas por normas sociais e pelo comportamento dos outros.
Normas Sociais
prol de uma melhor saúde inanceira e qualidade de
Framing A forma que uma escolha apresentada afeta nossa decisão.
vida de famílias no mundo todo?
Status Quo Tendemos a nos manter no que conhecido e na opção padrão.
É exatamente nesse ponto que a Economia Com- Somos inluenciados facilmente por informações irrelevantes e/ou inconscientes.
Priming
portamental se encaixa, buscando minimizar ou
evidenciar os chamados “vieses comportamentais” Efeito Posse Valorizamos mais algo que possuímos comparado ao que não possuímos.

aos quais todos os seres humanos est o sujeitos, Âncoras Nossas decisões são tomadas com base em um ponto de refer ncia, consciente ou inconsciente.
enquanto tomadores de decis es. Sendo a junç o de O horizonte de tempo e quando seremos impactados pela ação afeta nossas decisões.
Desconto Intertemporall
diversas disciplinas – Economia, Psicologia, Neuro-
ciência, Sociologia, entre outras –, a EC é uma área Falácia do Planejamento Costumamos subestimar prazos e custos quando planejamos uma ação.

interdisciplinar que tem como objetivo estudar como Contexto O contexto em que vivemos fundamental e pode ser usado para inluenciar uma decisão.
os fatores emocionais, sociais, psicol gicos, cog-
Aversão à Perda Sentimos muito mais as perdas do que os ganhos, mesmo que estes tenham a mesma dimensão.

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Diariamente enfrentamos decis es que moldam a fazemos racionalmente avaliações de custos e que temos disposiç o e elementos de contexto
nossa saúde inanceira, s o decis es complexas benefícios das alternativas conforme nosso orça- aparentemente irrelevantes. Em termos práticos,
que implicam trade-offs peculiares. N o podemos mento. Essa vis o considera que o ser humano busca ferimos frequentemente os axiomas do teorema da
garantir que a perda de bem-estar que uma família maximizar seus benefícios, podendo ordenar suas utilidade tão úteis para ciência econômica na hora de
tem hoje, reduzindo seu consumo diário para poupar, escolhas e, consequentemente, sua disposiç o de modelar as escolhas das pessoas. Na tabela abaixo,
será compensada por um aumento de bem-estar gastar ou poupar. A teoria prev ainda que suas listamos algumas características dos chamados
futuro. A teoria econômica tradicional fornece fer- prefer ncias podem ser ordenadas mesmo quan- homo economicus e homo sapiens, que seriam todos
ramentais quantitativos para responder esse tipo de do custos e benefícios acontecem em momentos n s seres humanos, falíveis e impactados por vieses
quest es: taxas de desconto, estimativas de gastos diferentes. em nossas escolhas.
futuros e luxos de fundos descontados s o alguns
dos dispositivos que um economista utiliza quando Isso possível porque o homo economicus tem HOMO ECONOMICUS HOMO SAPIENS
tenta resolvê-las. preferências estáveis no tempo. Mais rigorosamente,
o “homo economicus” atende aos princípios de ra- CARACTERÍSTICAS: CARACTERÍSTICAS:
Mas a evid ncia de que esses modelos t m limites cionalidade formalizados, por exemplo, no teorema
• São egoístas e lutam pelo • Podem ter atitudes altruístas
quanto aplicabilidade dos seus progn sticos cada da utilidade do matemático John Von Neumann e próprio bem-estar • Às vezes fazem escolhas que
vez mais saliente. Mesmo supondo que as pessoas do economista Oskar Morgenstern. Segundo eles, • Maximizam sua utilidade não são as mais ben icas
tivessem suicientes compet ncias de c lculo, outros as decisões das pessoas resultam de maximizar (sempre escolhem aquilo em termos de resultado es-
fatores entram em jogo no momento da decisão. E uma funç o de utilidade que deve cumprir alguns que é melhor, dada as possi- perado
em um momento de crise? Com a intangibilidade axiomas básicos. bilidades) • Têm suas escolhas afetadas
e incerteza crescente no dia a dia dos brasileiros, • Processam de maneira ótima por diversas informações, in-
vieses críticos tendem a ser ampliicados, e causar Um deles o fato de que nossas decis es s o inde- todas as informações pos- cluindo as irrelevantes
síveis • São inluenciados pela for-
ainda mais estragos. pendentes de alternativas irrelevantes. Ou seja, se
• Não se confundem com a ma na qual as questões são
optar por poupar recursos para a aposentadoria, por forma que as escolhas são dispostas
Para que se possa entender por que as pessoas t m exemplo, essa alternativa será preferida independen- apresentadas • Vieses cognitivos e compor-
tais desvios de comportamento, necess rio que temente do contexto em que a decis o for tomada. • Não tem problemas de auto- tamentais afetam o pode de
primeiro se conceba como os economistas cons- controle ação das pessoas
tituem a igura do consumidor dentro da pr pria Mesmo que essa perspectiva tenha trazido diversos
teoria econômica. ganhos para os estudos econômicos, na vida real
HOMO ECONOMICUS nossas escolhas s o inluenciadas pelas nossas É comum pensarmos que temos controle sobre
De acordo com a teoria econômica tradicional, diiculdades de c lculo, limitaç es de informaç es nossas atitudes e escolhas, porém muitas vezes

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estamos apenas executando um processo que j enviezadamente, graças ao fundo tridimensional, niel Kahneman em seu livro Rápido e Devagar, Duas
foi predeterminado pelo nosso c rebro, e sequer h personagens com tamanhos diferentes (embora eles Formas de Pensar (Editora Objetiva, 2012). Essa abor-
uma chance de pensarmos o contrário. tenham, na verdade, as mesmas medidas). dagem considera que temos dois modos distintos
de pensar deinidos como sistema 1 e sistema 2.
HOMO SAPIENS OU HOMO BEHAVIORALIS Embora se possa aprender a reconhecer um lapso
Para exempliicar uma limitaç o b sica, mas com de racionalidade, e deste modo n o se equivocar, s O sistema 1 é rápido, simples, automático e invol-
efeitos signiicativos, as Figuras 1 e 2, abaixo, ilus- vezes o controle da ação simplesmente extrapola os unt rio, enquanto o Sistema 2 lento, meticuloso,
tram como os indivíduos normalmente absorvem nossos limites racionais. complexo e requer concentraç o.
informações errôneas em situações simples. A Figura
1 representa a conhecida ilusão de Müller-Lyer, na
SISTEMA DUAL Todos n s usamos os dois sistemas para reduzir o
qual duas linhas horizontais aparentam ter tamanhos Para explicar alguns dos padr es que est o por tr s esforço e otimizar o desempenho. O que ir determi-
distintos, mas, na verdade, têm o mesmo tamanho da falibilidade das escolhas no dia a dia, podemos nar qual dos dois sistemas ser acionado o nível de
– o que ativa a ilus o de ptica no c rebro s o as recorrer aos princípios da teoria do sistema dual, atenç o e mem ria que ser utilizado na realizaç o
setas nas extremidades. Na Figura 2, observa-se difundida de forma mais ampla pelo professor Da- de uma determinada tarefa.

Figura 1 Figura 2 A PREGUIÇA DO SISTEMA 2 E


A FALIBILIDADE DO SISTEMA 1
O modelo apresentado por Kahneman integra as
predições da teoria tradicional num modelo psico-
logicamente mais completo que reconhece que s
vezes atuamos como o homo economicus, mas
por vezes também nos afastamos desse modelo.
Seríamos mais pr ximos do homo economicus
provavelmente se o sistema 2 funcionasse sozinho
e ininterruptamente, mas o que vimos que ele s
atua diretamente quando uma tarefa requer alta dose
de atenç o e mem ria.

O que acontece na pr tica que muitas vezes o


nosso processo decis rio segue a lei do menor es-

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Sabendo que seria tentado pelo belo canto das nin-


fas, Ulisses tampou os ouvidos de seus homens e
ordenou-lhes que o amarrassem ao mastro impedin-
do que ele cedesse e acabasse jogando-se ao mar.
Seduzido pelas sereias ele implorou que o soltassem,
mas sua tripulação não podia ouvir.

O que salva Ulisses da morte n o sua capacidade


de resistir tentaç o, mas a consci ncia de que
falharia. Assim como Ulisses, h indivíduos que pos-
suem maior consciência das tentações e falhas de
autocontrole, que s o chamados de soisticados.
Esses indivíduos, assim como o her i grego, t m
maior engajamento com mecanismos de compro-
metimento, minimizando a possibilidade de errarem
forço. O sistema 1 propõe decisões ao sistema 2, e os chamados vieses. Heurísticas e vieses nos le- ou caírem em tentaç es no momento que ocorrem.
assim, poupando poder de cálculo, ele responde “Ok, vam a negligenciar a ambiguidade, inventar causas,
é isso mesmo. Vamos em frente!” e voluntariamente acreditar e conirmar padr es j experimentados. H tamb m indivíduos que t m pouca ou nenhuma
fazemos a escolha. projeç o das tentaç es futuras, para os quais aç es
NECESSIDADE DE AUTOCONTROLE
de comprometimento ou conscientização não seriam
O problema que, para ser gil, o sistema 1 se at m Se cometemos erros sistêmicos e automáticos, e aplicáveis.
à pergunta mais fácil e usa a resposta mais rápida, se não conseguimos (pelo menos não deliberada-
mesmo que n o seja necessariamente a melhor ou mente) desligar o motor que os cria, como podemos AS ESCOLHAS DE DINHEIRO
mais correta. Para isso, são criados atalhos, pas- reverter a situação? O primeiro passo para mudar o
samos a usar regras simpliicadoras, chamadas comportamento reconhecer que falhamos. De todas as nossas decis es, as que tomamos em
comumente de heurísticas. relaç o ao dinheiro s o provavelmente as que mais
A mitologia grega tem um grande exemplo de como demandam autocontrole e comprometimento. Ap s
Como não conseguimos desligar o sistema 1 sim- isso acontece. O her i Ulisses, depois de ter vencido muitas investigações e experimentos baseados em
plesmente quando bem queremos, as heurísticas a guerra de Troia, passa por inúmeras provações, an lises comportamentais, uma coisa ica clara:
acabam nos levando a cometer falhas sistêmicas, uma delas é a sua passagem pela Ilha das Sereias. pensamos no dinheiro de forma no mínimo curiosa.

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O fato da decis o envolver números sugere que de- heurísticas gravadas no nosso Sistema 1 são ativadas
vemos tratar a matéria como uma decisão para ser e perturbam o caminho racional, que nosso Sistema
resolvida com o poder de cálculo mental. Fazer a 2 tenta seguir. Com maior nível de educaç o inan-
conta pode até ser simples. Mas não estamos fa- ceira, conseguimos nos manter no Sistema 2 por
zendo somente uma conta, estamos tomando uma mais tempo durante a decisão. Também é verdade
decis o que envolve diversos fatores. E tomamos as que mais exercício do autocontrole evita que o es-
decis es inanceiras com as mesmas ferramentas gotamento envolvido na decis o deixe que o Sistema
com as quais decidimos tantas outras coisas na nos- 1 controle. Mas um bom desenho da arquitetura da
sa vida. N o temos um sistema decis rio especíico escolha acerca de uma decis o inanceira consegue
para aquelas que implicam dinheiro. A escolha por colocar outros elementos como auxílio. Entender
detr s da conta vai ter consequ ncias sobre a nossa o processo decis rio nos permite alocar sinais no
vida, e não conseguimos avaliá-las somente usando “DE TODAS AS NOSSAS contexto para melhorar o equilíbrio e fazer com que
o Sistema 2, precisamos ativar o nosso Sistema 1. DECISÕES, AS QUE TOMAMOS a decisão aumente o bem-estar da pessoa.
EM RELAÇÃO AO DINHEIRO RESTRIÇÕES DAS INICIATIVAS DE
Além do esforço mental, processos automatizados
que moram no nosso Sistema 1, como a nossa an- SÃO PROVAVELMENTE AS EDUCAÇÃO FINANCEIRA
siedade, excesso de otimismo, ilusão de controle, ou QUE MAIS DEMANDAM Uma descriç o utilizada no Brasil para educaç o
medo de arrepender-se, icam prontos para tomar o inanceira o da OCDE que diz:
controle, piorando nossa decisão. AUTOCONTROLE E
COMPROMETIMENTO.” o processo mediante o qual os indivíduos e as so-
Se para n s claro que ap s nossa aposentadoria ciedades melhoram a sua compreensão em relação
vamos precisar do que poupamos quando est vamos aos conceitos e produtos inanceiros, de maneira que,
em atividade, por que as pessoas sistematicamente com informação, formação e orientação, possam
poupam menos que o necess rio para a garantia do desenvolver os valores e as competências necessári-
bem-estar quando esse dia chegar? É somente erro as para se tornarem mais conscientes das oportuni-
de cálculo? dades e riscos neles envolvidos e, então, poderem
fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar
Mesmo que o c lculo seja complexo, um maior nível ajuda e adotar outras aç es que melhorem o seu
de instruç o parece n o ser suiciente para melhorar bem-estar. Assim, podem contribuir de modo mais
a qualidade da resposta num nível individual. Muitas consistente para a formação de indivíduos e socie-

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dades responsáveis, comprometidos com o futuro”. Os testes são feitos usualmente separando os in- Nela, e em parceria com várias instituições públicas
divíduos em tratamentos diferentes e expondo-os e privadas, oferece estudos rigorosos para ajudar as
O ponto de relex o que, apesar de o cen rio estar a determinados estímulos. Outro grupo, chamado pessoas a fazerem escolhas certas na sua relação
mudando, muitas das políticas atuais ainda acabam controle, é mantido sem nenhuma intervenção, es- com o dinheiro. Em diferentes estudos, ele e a sua
sendo mais efetivas para indivíduos soisticados, que tabelecendo qual seria o comportamento padr o equipe t m identiicado cinco fontes de erros habitu-
já possuem, por exemplo, um certo grau de consciên- para determinada circunstância. ais das pessoas: (i) erros na gestão semanal de caixa,
cia da necessidade de autocontrole. Há, entretanto, (ii) diiculdade para reduzir as despesas segundo o
NUDGES
um grande espaço para o desenvolvimento de ações planejado, (iii) diiculdades para avaliar e contratar
voltadas aos indivíduos ingênuos e baseadas na Um nudge [...] qualquer aspecto da arquitetura dívida, (iv) erros quando tentamos aumentar a pou-
Economia Comportamental. de escolha que altera o comportamento das pes- pança de curto prazo, e (v) erros quanto tentamos
soas de um modo previsível sem proibir quaisquer aumentar a poupança de longo prazo.
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opç es nem alterar signiicativamente seus incen-
E MÉTODO EXPERIMENTAL tivos econ micos. Para que uma intervenç o seja A metodologia que Ariely usou para desenvolver
Sobre a inlu ncia de determinados aspectos na considerada um mero nudge, deve ser fácil e barato nudges comportamentais tem três simples passos
tomada de decis o, que s o capazes de tornar uma evitá-la. Nudges não são imposições. Dispor as frutas que ele chama de os 3 B : (1) identiicar o compor-
escolha inconsistente sob o ponto de vista tradicio- ao nível do olhar é considerado nudge. Proibir junk tamento chave (key Behavior), (2) apagar ou reduzir
nal, se debruça a economia comportamental. Essa food, n o (Thaler e Sunstein, 2008, p. 6). as Barreiras psicol gicas e obst culos reais que
vis o, que avalia o comportamento dos indivíduos, n o deixam as pessoas fazerem o que elas querem
permitiu compreender a relevância do contexto, do Nudge tamb m pode ser deinido como abordagens fazer, e (3) ampliar os Benefícios envolvidos na de-
enquadramento e de tantos outros fatores, amplian- preservadoras de liberdade que guiam as pessoas cis o inanceira, sem envolver grandes mudanças
do a visão sobre os agentes econômicos e criando para determinadas direç es, mas que as deixam na equaç o monet ria.
novas ferramentas simples e eicazes na soluç o seguir seu pr prio caminho (Sunstein, 2015b, p.1).
de problemas. A intensão primordial desse tipo de intervenção é Ideias poderosas estão surgindo do seu trabalho:
ajudar pessoas e grupos a decidirem por si mesmos melhora das ferramentas de budget familiar usando
A economia comportamental utiliza predominante- o que melhor para todos. aplicativos que permitam identiicar e nos lembrar
mente a observaç o empírica, em laborat rio, campo dos gastos dos quais nos arrependemos, informar
ou neuroci ncia. Essa pr tica faz com que os indivídu- Os nudges podem atuar tanto no campo das políti- sobre como pessoas similares a n s est o consu-
os sejam observados enquanto fazem as escolhas, cas públicas, como no campo da empresa privada. mindo, associar a poupança a objetivos com nome
de forma que os resultados observados sejam os O Prof. Dan Ariely, da Universidade de Duke, lançou (pr ximas f rias, nova geladeira), usar os defaults
mais pr ximos ao que se obt m na realidade. uma iniciativa chamada de “Common Cents Lab”. para associar o pagamento de um empréstimo com

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a criaç o de uma conta poupança (quando a pessoa


pede um empréstimo por um carro, oferecer um
incremento da cota para uma conta poupança que
cubra imprevistos e a manutenção do carro).

Como Ulisses, indivíduos mais soisticados ter o


mais facilidade de se educar e se autocontrolar. Mas
a arquitetura de escolha consegue inserir pequenos
sinais no contexto de uma decisão e atuam como
“empurrõezinhos” na direção desejada. Eles ajudam
tanto os soisticados como os ing nuos a tomar
melhores decis es quando se fala de dinheiro. Flávia Ávila Gabriel Inchausti Blixen
Fundadora da consultoria InBehavior Lab e do site É economista graduado na Universidade da República (Uruguay),
EconomiaComportamental.org. Coordenadora do MBA em com especialização proissional em Finanças Corporativas,
Economia Comportamental na ESPM, primeira p s-graduação Estrat gia e Economia Comportamental. Atualmente diretor
no tema no Brasil, e professora da instituição. Economista, de um grande grupo sul-americano de proteína animal, e
mestre em Economia Comportamental pelo CeDEx – Centre for desenvolveu uma extensa carreira em em posiç es de liderança
Decision Research and Experimental Economics UoN. em empresas de grande porte no Uruguay, Paraguay e Brasil.

Possui mais de 15 anos de experiência prática em estudos É consultor em Economía e Negócios de organizações de grandes
experimentais sobre o comportamento humano. Idealizadora empresas no Uruguay e tem uma intensa carreira vinculada a
e co-organizadora do “Guia de Economia Comportamental e meios de comunicação eletrônica no país, o que o levou a ocupar
Experimental” que tem ganhado grande repercussão ao trazer o cargo de Gerente Geral de um importante grupo de meios
capítulos e entrevistas com os maiores pensadores do tema ao naquele país. É professor e conferecista em temas relacionados
redor do mundo. a Economia e Comunicação.

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