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Stress

Estratégias de Coping
25/03/2014 - 17:38 Versão de impressão
Atualizado: 26/03/2014 - 09:33
A vida quotidiana é indutora de stress, impondo
a cada um a adoção de estratégicas que
facilitem a adaptação aos novos contextos de
exigência. As estratégias de coping são
mecanismos cognitivos e comportamentais para
fazer face a estas situações. Neste artigo
explicam-se as várias formas de abordagem às
situações-problema e as oito estratégias de
coping mais consensuais.

As atuais exigências
que caraterizam a
dinâmica vivencial de
cada pessoa, nos mais
diversos planos,
biológico, económico,
social, profissional, etc.,
constituem-se,
frequentemente, como
fatores geradores de níveis desconfortáveis de stress,
os quais conduzem à adoção de estratégias de coping,
enquanto facilitadoras do alcance de um estado de
adaptação perante novas imposições.

As estratégias de coping são mecanismos cognitivos e


comportamentais, utilizados pelas pessoas para fazer
face a situações, internas e/ou externas, que são
percebidas como excedendo a capacidade de utilização
dos recursos pessoais disponíveis e aprendidos ao
longo da vida.

A seleção de estratégias de coping resulta da avaliação


da situação problemática, sendo que, a perceção do
acontecimento stressor varia de pessoa para pessoa,
produzindo diferentes tipos de respostas interligadas, a
nível biológico, cognitivo, comportamental e emocional,
cuja sua intensidade e duração estão relacionadas com
a frequência e temporização da exposição ao estímulo
stressante.

A avaliação cognitiva de uma situação indutora de


stress depende do nível de significação atribuído, das
estratégias de coping para lidar com o stress, dos
recursos pessoais e sociais que a pessoa detém, assim
como das caraterísticas da sua personalidade. A
avaliação primária coincide com a atribuição de uma
significação ao evento, podendo ser conotado como
irrelevante, benéfico ou stressante e, neste caso,
percecionado como um desafio, uma ameaça ou um
prejuízo. Numa avaliação secundária prospetiva-se a
existência de mecanismos de coping capazes de
ultrapassar ou modificar a situação, tendo presente a
relação esforço/benefício.

Estratégias determinadas pelos resultados da


avaliação
O resultado da avaliação determina a escolha das
estratégias, predominando as focalizadas no problema
se a situação é avaliada como passível de ser
modificada, ou pelo contrário, prevalecendo as
centradas na emoção quando a situação é entendida
como inalterável. Esta separação não é linear, elas
podem coexistir em diferentes fases do problema e a
mesma estratégia pode assumir diferentes funções no
decurso do processo.

Independentemente do mecanismo de ação, pode


atribuir-se aos mecanismos de coping uma função
protetora, no sentido de lidar com o stress e suas
manifestações afetivas, como a ansiedade, o
desespero o medo, etc., quando nos deparamos com
eventos cuja sua exigência vai muito para além dos
recursos disponíveis. Esta proteção pode ser
materializada por mecanismos diversos e distintos,
nomeadamente pela eliminação ou modificação das
situações que criam o problema, pelo controlo percetivo
do significado da experiência e suas consequências, ou
pela manutenção das consequências emocionais
dentro de limites aceitáveis.

Neste sentido, podem distinguir-se estratégias


focalizadas no problema, centradas no controlo
percetivo da situação e suas consequências, que visam
a modificação da situação - problema através da
alteração da relação pessoa/ambiente, e estratégias
centradas nas emoções, dispondo-se a modular e
regular somaticamente as emoções. Ambas as
estratégias, se usadas em simultâneo, podem
influenciar-se mutuamente em termos de resultados,
pois a diminuição da tensão emocional terá um efeito
positivo sobre a capacidade cognitiva de agir sobre o
problema e, do mesmo modo, a tentativa de
modificação da situação-problema irá influenciar a
expressão das emoções.

As oito estratégias de utilização universal


Existem inúmeras estratégias de coping, porém é, mais
ou menos, consensual a utilização universal de oito
estratégias, designadamente, o confronto, a resolução
planeada do problema, a aceitação/assumir das
responsabilidades, o autocontrolo, a procura de suporte
social, a reavaliação positiva, o distanciamento e a
fuga/evitamento do problema. As primeiras cinco
estratégias estarão mais focalizadas na
modificação/resolução da situação problema e as três
últimas desempenharão um papel mais incisivo na
regulação/modulação da expressão das emoções.
Como referido anteriormente, esta divisão não é linear,
pois, por exemplo, o suporte social pode estar focado
no problema quando se procura, numa pessoa amiga
ou familiar, ajuda ou mesmo a resolução para o
problema, mas por outro lado, pode estar centrado nas
emoções se o objetivo for, apenas, desabafar e exprimir
os sentimentos.

Nota: O texto está escrito ao abrigo do novo acordo


ortográfico

Bibliografia

- RIBEIRO, P; SANTOS, C – Estudo conservador de adaptação do Ways Coping

Questionnaire a uma amostra e contexto portugueses. Análise Psicológica, 4, 2001, p.

491-502.

- SERRA, A – Um estudo sobre coping: O Inventário de Resolução de Problemas.

Psiquiatria Clínica, 9, 1987, p. 301-316.

Autor:
Paulo Rosa - Enfermeiro Especialista em Enfermagem
de Saúde Mental e Psiquiátrica
Sistema Nervoso Bem-Estar

Nota: As informações e conselhos disponibilizados no


Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do
seu Médico e/ou Farmacêutico.
Foto: ShutterStock

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