Determinação de vitamina C em sucos e refrigerantes
Kaique de Lima Lucas Samuel Matheus Stivanelli Thais Cristina 1 INTRODUÇÃO
A presença de vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, em sucos,
refrigerantes e diversos outros produtos tem sido uma preocupação crescente devido à sua importância nutricional e às suas capacidades antioxidantes aplicadas no processamento industrial [1]. A vitamina C desempenha um papel crucial no organismo humano, atuando na formação adequada do tecido conjuntivo, como o colágeno, evitando assim o desenvolvimento da doença conhecida como escorbuto [2]. Compreender a estabilidade e a quantidade de vitamina C presente nesses produtos torna-se essencial para garantir a entrega de produtos alimentícios saudáveis aos consumidores. Ao longo das últimas décadas, diversas técnicas analíticas têm sido aplicadas para a determinação da vitamina C em alimentos. Essas técnicas incluem métodos titulométricos e espectrofotométricos, cada um com suas vantagens e limitações [3]. A precisão dessas análises é crucial não apenas para atender aos padrões regulatórios, mas também para assegurar a qualidade nutricional dos produtos consumidos diariamente. Este trabalho busca determinar o teor de vitamina C em sucos e refrigerantes por meio da metodologia de iodometria, que envolve a reação entre íons iodeto e o oxidante alvo, formando iodo. O iodo gerado é titulado com um agente redutor, como o tiossulfato de sódio, permitindo a determinação da concentração da substância oxidante [4]. A compreensão desses aspectos contribuirá não apenas para o avanço científico, mas também para a indústria alimentícia, possibilitando aprimoramentos nos processos de produção e conservação desses produtos.
2 DESENVOLVIMENTO
1. Preparação das Soluções:
1.1 Preparação da Solução de Na2S2O3 (0,1 N): 1. Pesou com precisão 25 g de tiossulfato de sódio (Na2S2O3). 2. Dissolveu o tiossulfato de sódio em água destilada. 3. Transferiu a solução para um balão volumétrico de 1 L. 4. Completou o volume com água destilada. 5. Armazenou a solução em um frasco escuro por pelo menos dois dias. 1.2 Preparação da Solução de KIO3 (0,1 N): 1. Pesou com precisão 3,5666 g de iodato de potássio. 2. Dissolveu o iodato de potássio em água destilada. 3. Transferiu a solução para um balão volumétrico de 1 L. 4. Completou o volume com água destilada. 5. Armazenou a solução em um frasco escuro. 1.3 Preparação da Solução de Amido a 1%: 1. Pesou 1 grama de amido solúvel em uma balança analítica. 2. Adicionou 100 mL de água destilada fervente, solubilizando o amido lentamente. 3. Após o preparo, filtrou a solução em algodão para remover possíveis fibras não solubilizadas. 2. Padronização das Soluções: 2.1 Padronização da Solução de Na2S2O3.5H2O (0,1 N) usando KMnO4: 1. Em um erlenmeyer, adicionou 10 mL da solução padronizada de KMnO4. 2. Acrescentou 3 mL de KI (10%), 50 mL de água destilada e 2 mL de H2SO4 50%. 3. Deixou repousar no escuro por 5 minutos. 4. Adicionou mais 50 mL de água destilada. 5. Titulou vigorosamente com a solução de Na2S2O3.5H2O até a cor amarela aparecer. 6. Adicionou 1 mL da solução de amido 1%. 7. Continuou a titulação até o desaparecimento da cor azul. 2.2 Padronização da Solução de Na2S2O3.5H2O (0,1 N) usando KIO3 (0,1 N): 1. Adicionou 10 mL de uma solução de KIO3 0,1 N a um erlenmeyer. 2. Acrescentou um excesso de iodeto de potássio (3 mL da solução a 5%) e 3 mL de ácido sulfúrico 50%. 3. Diluiu com 25 mL de água destilada. 4. Titulou o iodo liberado com a solução de Na2S2O3.5H2O, agitando constantemente. 5. Quando a cor do líquido se tornou um amarelo-pálido, adicionou 1 mL da solução de amido. 6. Continuou a titulação até que a cor mudou de azul para incolor. 2.3 Padronização da Solução de Iodo: 1. Tomou 10 mL da solução de iodo. 2. Diluiu com 50 mL de água destilada. 3. Titulou vigorosamente com a solução de Na2S2O3.5H2O 0,1 N fatorada. 4. Quando apareceu uma coloração amarelada, adicionou 2 mL da solução de amido 1% (recém-preparada). 5. Continuou a titulação até o desaparecimento da cor azul.
3. Procedimento de Titulação para Suco de Morango:
1. Adicionou-se ao erlenmeyer 10 mL de Iodeto de potássio (KIO3) 0,1 N, utilizando uma pipeta graduada de 25 mL. 2. Acrescentou-se 3 mL de Iodeto de potássio (KI) 5% por meio de uma pipeta graduada de 4 mL. 3. O erlenmeyer foi direcionado a uma bureta, previamente ambientada três vezes com uma amostra descartada de Suco de Morango, e foi completado até a marca de 25 mL. 4. Adicionou-se 25 mL do Suco de Morango à solução, resultando em uma coloração preta com leves tons rosados. 5. O erlenmeyer foi transferido para a capela, onde se encontrava o ácido sulfúrico (H2SO4) P.A 50%. Foram pipetados 2 mL de ácido sulfúrico e adicionados ao erlenmeyer por meio de uma pipeta graduada de 10 mL. 6. O erlenmeyer foi então levado de volta a uma bureta, que foi previamente ambientada três vezes e depois completada até a marca de 25 mL com Tiossulfato de Sódio (Na2S2O3) 0,1 N, usando amostras diferentes para ambientação e completamento. 7. A titulação foi realizada até a solução atingir uma coloração semelhante a um laranja escuro, momento em que a titulação foi momentaneamente cessada. 8. O erlenmeyer foi movido próximo a um béquer onde estava armazenado o amido. Pipetou-se 1 mL de amido por meio de uma pipeta de Pasteur, mantendo a agitação energética durante todo o processo. 9. O erlenmeyer foi levado de volta à bureta de Tiossulfato para continuar a titulação até atingir uma coloração rosa suave, indicando o ponto de viragem. 10. Em caso de visibilidade de precipitados de iodo, a solução foi mantida em agitação energética até a completa dissolução do iodo. Se necessário, adicionou-se uma gota de Tiossulfato e continuou-se a agitar, repetindo o processo até a ausência de qualquer precipitado sólido de iodo. REFERÊNCIAS
[1] SOUSA, MARIA PEREIRA FELIX DE. ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DA VITAMINA
C: seu papel na prevenção da oxidação dos alimentos. 2021 Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/24315 Data de acesso: 24/11/2023 [2] FIORUCCI, Antonio Rogério; SOARES, Márlon Herbert Flora Barbosa; CAVALHEIRO, Éder Tadeu Gomes. A importância da vitamina C através dos tempos. 2003.Disponível em: https://cabecadepapel.com/sites/colecaoaiq2011/QNEsc17/a02.pdf Data de acesso:24/11/2023 [3] HOEHNE, Lucélia; MARMITT, Luana Gabriela. Métodos para a determinação de vitamina c em diferentes amostras. Revista Destaques Acadêmicos, v. 11, n. 4, 2019. Disponível em: http://univates.br/revistas/index.php/destaques/article/view/2280/1594 Data de acesso: 24/11/2023 [4] MENDHAM, J. [et al.]. et al. VOGEL, análise química quantitativa.. 6. ed. RIO DE JANEIRO: LTC, 2002., 462. p.