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Prof. Dr. Marcos A.

Fázio

Laboratório de Bioquímica
Prática 07
FORMAÇÃO DOS CRISTAIS DE OSAZONA

3.1 INTRODUÇÃO TEÓRICA: PROPRIEDADES DOS AÇÚCARES

Os pontos de fusão, mais precisamente denominados de pontos de


decomposição, dos açúcares e de seus derivados, por exemplo, as osazonas,
não são tão definidos como os compostos orgânicos de outras classes. Estes
variam com a velocidade de aquecimento, e as diferenças entre compostos
nem sempre são grandes. Existe, entretanto, grande número de reações que
produzem derivados que servem para caracterizar açúcares simples.

3.2 FORMAÇÂO DA OSAZONA

Certos açúcares podem ser identificados pela duração do tempo


necessário para formar osazona por tratamento com fenil hidrazina, em
condições experimentais padrão.
Os monossacarídeos formam cristais a 100°C em 20 minutos, já os
dissacarídeos, como a maltose e a lactose, não formam osazonas a 100°C
(mesmo após 2 horas), mas as osazonas são obtidas por resfriamento após
aquecimento de 15 a 20 minutos.
A sacarose começa a formar uma osazona após 30 minutos de
aquecimento, em razão da hidrólise gradativa em glicose e frutose (mas não se
produz nenhuma osazona por resfriamento, após o aquecimento de 15 a 20
minutos).
As aldoses e as cetoses reagem com a fenil hidrazina com formação de
fenil hidrazonas. Se utilizarmos fenil hidrazina em excesso, a reação continua e
são produzidos compostos, conhecidos por osazonas, que contêm dois
resíduos de fenil hidrazina por molécula.
As aldoses epímeras e as cetoses correspondentes produzem a mesma
osazonas. Os diferentes carboidratos podem ser diferenciados pelo tipo de
cristal formado e, quando forma o mesmo tipo de cristal, como no caso das
aldoses epímeras e as cetoses correspondentes, pelo tempo de formação do
cristal (precipitado)
A Figura 3.1 apresenta alguns exemplos de cristais de osazonas
observadas ao microscópio óptico.

A B

C D

FIGURA 3.1 - Alguns exemplos de cristais de osazonas observadas em


microscópio óptico:

A) Glucosazona; B) Galactosazona; C) Arabinosazona; D) Xilosazona


A figura 3.2 apresenta a equação da reação de uma aldose com a fenil
hidrazina.

FIGURA 3.2- Equação da reação de uma aldose com a fenil hidrazina.

3.3 OBJETIVO

Identificar carboidratos por meio da reação com fenil hidrazina.

3.4 PROCEDIMENTO

• Coloque em um tubo de ensaio seco, cerca de 0,2 g da amostra de


carboidrato, 0,4 g de cloridrato de fenil hidrazina, 0,6 g de acetato de
sódio cristalino e 4 mL de água.
• Misture bem os reagentes. Nem todos vão dissolver.
• Tampe os tubos, com uma rolha de cortiça, e os coloque
simultaneamente em um banho de água fervente;
• No interior do banho, dê uma leve agitada nos tubos que possuírem
grumos ainda não solubilizados.
• Observe o tempo de imersão e o momento em que a osazona se separa
pela primeira vez;
• Examine as osazonas resultantes ao microscópio, passando uma
pequena quantidade da suspensão cristalina, para uma lâmina, com o
auxílio de uma pipeta de Pasteur.

Faça o ensaio com os carboidratos: manose, frutose, glicose, lactose e


sacarose.
OBSERVAÇÃO: A lactose e a sacarose não produzem precipitadas a partir da
solução quente, estas devem ser resfriadas após ferver por volta de 15
minutos.
Tubos após a formação dos cristais de osazonas.

Fonte: Edson M. da Silva

Imagens dos cristais de osazona formados após o experimento.


Fonte: Edson M. da Silva
QUESTIONÁRIO

1) Por que os açúcares podem ser caracterizados pela reação com a fenil
hidrazina?

2) Qual a principal diferença entre mono e dissacarídeos quando reagem com


a fenil hidrazina?

3) Explique o porquê da glicose e frutose produzirem a mesma osazona.


Como estes açúcares podem ser diferenciados através desse ensaio?

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