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Fichamento: Livro Compreender o Behaviorismo: Comportamento, Cultura e evolução –

William M. Baum
Disciplina: Matriz Comportamental e Cognitiva
Docentes: Wandielly Ramaianne
Aluna: Izabelly Priscila S. dos Santos

RESUMO

O objetivo do presente trabalho é expor assuntos abordados nos Capítulos 5 - Intenção e


reforço e Capítulo 6 - Controle de estímulo e conhecimento do livro “Compreender o
Behaviorismo: Comportamento, Cultura e evolução” de William M. Baum em tópicos, de
forma a qual seja possível compreender o conceito de história de reforço e punição substitui
as noções tradicionais acerca de intenções internas e como os behavioristas podem oferecer
uma explicação científica do que significa conhecer algo, sem recorrer ao mentalismo.

TÓPICOS

CAPÍTULO 5 – INTEÇÃO E REFORÇO

HISTÓRIA E FUNÇÃO

A explicação histórica e o raciocínio em termos de população andam lado a lado, e ambos


dem oram um pouco para ser assimilados. Isso vale para a explicação histórica usada na
análise de comportamento, pois as pessoas estão m uito predispostas a procurar explicações
em causas que estão presentes no m om ento da ação. Quanto ao raciocínio em termos de
população, as pessoas não estão acostum adas a agrupar ações tendo como parâmetro suas
funções - isto é, em term os do que elas realizam. Ao invés, elas o fazem tendo como parâm
etro sua aparência.

O uso de explicações históricas

Desde que Freud inventou a psicanálise, psicólogos e leigos acostumaram-se com a idéia de
que eventos da infância afetam nosso com portamento na vida adulta. Observações desse
tipo compõem a base das explicações históricas. Eu me comporto de determ inada m aneira
quando adulto por causa dos eventos de minha infância.

História versus causa imediata

Se nenhum a causa óbvia pode ser encontrada no presente, a tentação é inventar uma.
Noções como essas são exemplos de mentalismo, a prática de invocar causas imaginárias
para tentar explicar o comportamento. Aqui os eventos ocorridos há muito tempo possam
afetar o comportamento presente de forma direta.

Lacunas temporais

A relação observada entre ambiente e comportamento continua a despeito de uma lacuna


temporal, mas não é aí que reside sua importância científica ou prática. Se pessoas que
sofreram violência na infância tendem a ser violentas com crianças quando adultos, a lacuna
entre a infância e a vida adulta não altera a utilidade desse fato, que pode levar à terapia e a
uma melhor compreensão dos efeitos da experiência passada.

Unidades funcionais

Uma classe ou categoria funcional é definida pelo que seus membros fazem - como agem ou
funcionam - e não por sua composição ou aparência. Uma classe ou categoria é chamada de
“unidade” quando é tratada como um to d o singular. Se eu digo que vou comprar um a
mesa, o objeto particular que trarei para casa ainda é desconhecido, mas não há dúvida
acerca da unidade à qual me refiro.

Espécies como unidades funcionais

Antes do advento da m oderna teoria da evolução, era comum classificar as criaturas de


acordo com sua aparência, ou de acordo com sua estrutura. Hoje em dia, os biólogos
evolucionistas não definem mais as espécies de acordo com sua estrutura; em vez disso,
passaram a defini-las de acordo com o modo como se reproduzem. Uma espécie é uma
população cujos membros cruzam entre si, m as não com os membros de outras populações.
O que importa é o que as espécies fazem - como funcionam em termos reprodutivos - não
como parecem, soam ou são construídas.

Atividades como unidades funcionais

As atividades estendidas no tempo são unidades funcionais. Seus membros incluem


atividades que se estendem ao longo do tempo e que podem ser interrompidos por outras
atividades.

TRÊS SIGNIFICADOS DE INTENÇÃO

A linguagem coloquial tem um rico vocabulário para falar da relação do comportamento com
suas conseqüências. Não usamos apenas a palavra intenção, mas inúmeros outros termos
relacionados a ela, como propósito, expectativa, vontade, desejo, intuito, e assim por diante.
“Esses termos são o que os filósofos chamam de termos intencionais” ou “expressões
intencionais”
Intenção como função

O uso da intenção e termos semelhantes é facilmente compatível com o discurso científico.


Se eu disser que a intenção (finalidade) deste clipe de papel é prender estes papéis, não
terei dito nada sobre o clipe além do que ele faz, nada além de sua função. Não há
controvérsia, porque aqui se usa intenção como definição. Isto é o que um clipe é - algo que
prende papéis. Aplicado ao com portam ento, esse uso de intenção indica efeitos.

Intenção como causa

Termos como pretender e querer parecem se referir a algum evento no futuro que será
produzido pelo comportamento. Um evento futuro não pode causar o com portam ento.
Isso violaria uma regra básica da ciência: apenas eventos que realmente tenham acontecido
podem produzir resultados. As variáveis das quais meu com portam ento depende devem
estar no passado ou no presente.

Comportamento intencional

William James escreveu que o comportamento intencional consistia de “variar os meios”


para obter um fim determinado. Na definição de James, esse aspecto está contido na
preposição para, antes de fim determinado. Segundo ele, frequentemente procuramos
coisas que nunca havíamos procurado antes, e poderia parecer que não houve nenhuma
história de reforço para explicar o comportamento.

CAPÍTULO 6 - CONTROLE DE ESTÍMULO E CONHECIMENTO

CONTROLE DE ESTÍMULO

O comportamento muda à medida que muda o contexto, sendo assim o estímulo significa
“contexto” e controle significa “mudar a frequência ou probabilidade de uma ou mais
atividades”.

Estímulos discriminativos

O contexto do com portamento operante é chamado de estímulo discriminativo, para


distingui-lo dos estímulos que eliciam ou induzem o comportamento. parte do contexto ou
estímulo discriminativo pode ter ocorrido algum tem p o antes da ocasião para o
comportamento.
Discriminação

Quando o comportamento muda diante da mudança do contexto, os analistas de


comportamento denominam essa regularidade de discriminação. Isso significa uma mudança
de comportamento com a mudança de um estímulo, toda discriminação envolve pelo menos
duas condições de estímulo - dois contextos. Toda discriminação resulta de uma história. Se
não foi aprendida, resulta de: uma história evolutiva. Já o ontrole de estimulo significa que
um estímulo exerce controle sobre o comportamento - que o comportamento muda em sua
presença. Seria um erro pensar como um evento privado que precede e então causa a
mudança pública no comportamento. Em geral, a discriminação nunca é um evento privado;
a única exceção reside no modo como alguns analistas do comportamento tratam do
autoconhecimento.

CONHECIMENTO

Em vez de considerar o conhecimento e o conhecer como explicações do comportamento,


os behavioristas analisam esses termos focalizando as condições sob as quais ocorrem.
Filósofos e psicólogos geralmente dividem o conhecimento em operacional e declarativo,
“saber como" e “saber sobre”.

Conhecimento operacional: saber "como"

Significa que algum comportamento foi observado e o conhecimento declarativo significa


que o comportamento referido está sob controle de estímulo.

Conhecimento declarativo: saber "sobre"

Saber “sobre” difere de saber “como” apenas por envolver controle de estímulo. A coisa
sobre a qual se sabe é o estímulo discriminativo ou a categoria.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
M. BAUM, William. Compreender o Behaviorismo: Comportamento, Cultura e evolução. Porto
Alegre: Artmed, 2006

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