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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

GRADUAÇÃO EM DIREITO

MATÉRIA: DIREITO EMPRESARIAL II (DIRE0255)

PROFESSOR: PEDRO DURÃO

ALUNO: RAFAEL ALMEIDA DIAS ALVES (202100018763)

RESUMO CRÍTICO

Falando agora sobre os deveres gerais do empresário, é importante salientar


que se dividem em três: registro, escrituração e levantamento. Decerto, por
decorrência do relevo de seu papel no tecido social, está o empresário adstrito a
várias regras agrupadas nesses três itens, verdadeiras balizas legais cuja relação
com sua atividade empresarial é fundamental para o regular funcionamento da
empresa.

O registro diz respeito ao dever que tem o empresário (obrigação imposta por
lei a todo empresário e sociedade empresária – vide o art. 967 do Código Civil) de
se inscrever na Junta Comercial antes de dar início à atividade empresarial. É de
suma importância esse registro. A partir dele, a atividade será considerada regular,
garantido ao empresário ou a sociedade empresarial novos direitos. Também vale
dizer que, na Junta Comercial, dá-se a matrícula de profissionais para a atuação em
atividades comerciais específicas (por exemplo, leiloeiros); o arquivamento – o
registro do empresário (pessoa natural ou jurídica) enquanto tal -, que compreende
os atos de formação, alteração e dissolução de empresas ou de sociedades
empresárias (também as sociedades cooperativas); a autenticação, que é o depósito
de instrumentos de escrituração de livros, por exemplo. Todos esses três “feixes” do
registro, em conjunto, asseguram o exercício empresarial de forma organizada, pois
promovem a formalização e subsequente publicidade e ordem sob a luz da Lei.

A escrituração, pos sua vez, diz respeito ao trabalho de contas, de registro


contábil de forma sistemática. Escrituram-se os livros empresariais, munidos como
são de força probante, ensina André Ramos (RAMOS, 2014, pg.153) – é o que
disciplina o art, 378 do CPC. Os livros se dividem em obrigatórios e facultativos,
aqueles tem o Livro Caixa e o Livro Razão como principais exemplos, e estes, o
Livro Diário, que registra as operações de cada dia da empresa, nele lançadas.

Finalmente, tratando do levantamento (que também é apresentado na Junta


Comercial, reitere-se), vale dizer que compreende o balanço patrimonial e de
resultado econômico. Deve ser feito por alguém que seja hábil e pelo qual se nutra
confiança no quesito contabilidade (contador). As operações comerciais lançadas
nos livros e o levantamento podem se apresentar de forma complexa. Hão-de ser
organizadas para a obtenção dos fins que a legislação comercial almeja, a saber, a
já referida organização – ordem - da dinâmica empresarial no seio da sociedade.
Essa ordem pode ser fundamentada no art. 170 da Constituição Federal, quando
trata da ordem econômica em sentido “total”.

REFERÊNCIAS

RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito empresarial esquematizado. 4. ed. rev.,
atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.

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