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Os métodos cromatográficos se caracterizam pela passagem de uma fase móvel, em geral

líquida,

sobre uma fase estacionária também líquida. Se uma substância está dissolvida na fase móvel,

ela se moverá mais ou menos rapidamente, de acordo com a relação de solubilidade na fase
móvel

e estacionária. Neste caso, temos o fenômeno da partição.[1]

Quando a fase estacionária é uma substância sólida, em vez da solubilidade

relativa das substâncias a serem separadas, deve-se considerar a sua adsorção relativa

no sólido. No fenômeno da adsorção há a formação de uma ligação fraca entre as moléculas


da

substância líquida ou gasosa e a superfície de um sólido.[1] A cromatografia em camada fina

(CCF) é uma poderosa ferramenta analítica. Sua eficiência e baixo custo fazem desta técnica um
dos

principais métodos empregados desde a análise de reações orgânicas a química forense.[2] Na


CCF uma

pequena quantidade da solução da amostra a ser analisada é aplicada, sob a forma pontual
(spot), na

superfície de um adsorvente (fase estacionária). Em geral, a fase estacionária é sílica (SiO2


hidratada)

ou a alumina (Al2O3) depositadas como uma fina camada na superfície de uma placa de vidro.
Após a aplicação

da solução, o solvente evapora, deixando depositada sobre a superfície adsorvente a amostra.


Esta placa é

então colocada, de forma vertical em um recipiente contendo pequena quantidade de um


eluente ou mistura de eluentes

(fase móvel). Com o recipiente coberto, o solvente “elui” (caminha) verticalmente na


superfície da placa,

por ação capilar, “carregando” a mancha correspondente à mistura aplicada. Os


componentes da mistura “movem-se” com

velocidades diferentes, permitindo sua separação.[3] A maioria dos compostos orgânicos são
incolores, por isso, após realizar

a corrida cromatográfica, a placa deverá sofrer um processo de revelação para que se


possam identificar as manchas

correspondentes aos compostos presentes na amostra. Um método de revelação é a utilização


de uma câmara com luz ultravioleta ou

uma câmara contendo cristais de iodo.[2] O fator de retenção (Rf) pode ser empregado para
auxiliar a identificação de uma substância
desconhecida. O Rf é a razão entre a distância percorrida na placa cromatográfica por
um componente e distância total.[3]

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] J. A. Marques, C. P. F. Borges. Práticas de Química Orgânica.


Editora Atomo.

[2] H. Becker, W. Berger, G. Domschke. Organikum. Química Orgânica Experimental. 2ª edição.


Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1997.

[3] A.G. Dias, M.A. Costa e P.I.C. Guimarães. Guia Prático de Química Orgânica. Técnicas e
Procedimentos: aprendendo a fazer, Interciência, 2000, vol. 1

CONCLUSÃO De acordo com os resultados obtidos na realização do experimento, pode-se


observar a eficiência da técnica de cromatografia em camada fina

na separação de misturas devido a interação dos componentes com a fase móvel. Portanto,
uma das etapas mais importante da CCF é a escolha do eluente a ser

utilizado, visto que ele deve apresentar polaridade semelhante aos componentes da
amostra para que seja possível realizar a sua separação.

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