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Semiologia do sistema endócrino

Serão abordados a seguir as principais doenças que acometem as glândulas do sistema endócrino.

Diabetes Mellitus (DM)

Células endócrinas do pâncreas (ilhotas de Langerhans):

• células beta: produtoras de insulina (participa na homeostase de glicose)

• células alfa: produtoras de glucagon

• células D: produtoras de somatostatina

DM tipo I: destruição das células beta, com deficiência absoluta de insulina, por auto-imunidade (DM 1A)
ou de causa idiopática (DM 1B). Nesse caso, o paciente é insulino-dependente.

• representa < 10% dos casos

• fatores de risco ambientais: vírus (rubéola, caxumba, CMV, Epstein-Barr), alimentos introduzidos
na 1ª infância (leite de vaca, cereais, glúten), componentes tóxicos na dieta (nitrosaminas)

DM tipo II: secreção diminuída de insulina (esgotamento das células beta) ou resistência à insulina
(receptores periféricos) com aumento da neoglicogênese hepática.

• a resistência à insulina pelos receptores é feita ao longo do tempo, não aproveitando a insulina
no sangue (pré-diabetes), fazendo com que as células beta tentem produzir mais insulina a fim
tentar reverter a situação, dessa forma exaustando as células beta.
• representa > 90% dos casos e está associada a uma predisposição genética, idade e peso, além
de outros fatores de risco ambientais (fatores nutricionais; gravidez* - levando a uma

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macrossomia fetal; sedentarismo, obesidade – central**; estresse e história familiar de DM).

* Todas as mulheres grávidas desenvolvem uma resistência à insulina e se tiver fatores de risco, pode
levar à diabetes gestacional.
** A obesidade central (ou centrípeta ou andróide) normalmente indica o desenvolvimento de DM2. A
obesidade ginóide é aquela que está mais localizada nos quadris e pode não indicar perigo para DM.
Calcular a relação entre o perímetro da cintura pelo quadril - se estiver maior que 0,9, em homens e
maior que 0,85 em mulheres, pode começar a se pensar num desenvolvimento de resistência à insulina.

Clínica

• poliúria (aumento do volume urinário)

• polifagia (ato de comer bastante)

• polidipsia (sede)

• infecções frequentes (principalmente urinária)

• lesões de órgãos e estruturas-alvo (crônicas)


• eventos agudos

◦ Hipoglicemia:

• glicemia < 50
• quadro clínico: sensações de fadiga ou tontura, paciente em sudorese, confusão
mental, rebaixamento do nível de consciência, convulsões ou até coma.
• Tríade de Whipple: glicemia baixa, sintomas típicos e melhora com
administração de soro glicosado.
• Pode acontecer quando o paciente não está seguindo a dieta apropriada,
associada ao tratamento da doença.

◦ Hiperosmolaridade não cetótica (está associada ao infarto agudo do miocárdio e ao


acidente vascular encefálico):

• quadro clínico: cetose leve, glicemia de até de 1000, desidratação, creatinina


elevada

◦ Cetoacidose diabética:

• estado agudo de hipoinsulinismo com hiperglicemia, produzindo diurese


osmótica, mobilização de gordura para neoglicogênese com formação de corpos
cetônicos que liberam H+, o que contribui para a acidose.
• Normalmente infecções estão responsáveis por este quadro.
• Clínica: poliúria/desidratação, vômitos, taquipneia/respiração acidótica
(Kussmaul), nível de consciência comprometida, hálito cetônico.
• Critérios diagnósticos: glicemia > 250; pH < 7,3; bicarbonato < 15; moderada
cetoanemia ou cetonúria.

• doenças associadas ao DM 1A: esclerose múltipla, doença celíaca, espondilite anquilosante,

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tireoidite de Hashimoto, anemia megaloblástica, astenia grave.

Complicações Crônicas

• retinopatia, catarata

◦ não proliferativa: micro-aneurismas nos vasos retinianos, sangramentos e exsudatos


duros
◦ proliferativa: proliferação de vasos (vistos ao exame de fundo de olho), sangramentos

• nefropatia (síndrome nefrótico, insuficiência renal)

• aterosclerose acelerado

• neuropatia periférica: perda de sensibilidade, sendo que o paciente não nota qualquer ferimento
perifericamente e pode levar ao pé diabético.

• neuropatia autonômica: comprometimento do sistema autônomo (principalmente o


parassimático) - hipotensão postural, gastroparesia diabética, não havendo esvaziamento
gástrico; hipomotilidade do trato grastrointestinal, levando a um supercrescimento bacteriano
da flora, representando diarreias de repetição; impotência sexual masculina

• hipertensão arterial

• infecções de repetição
Diagnóstico

É feito por exames de sangue repetidos da glicemia em jejum (mínimo de 9 horas), após ingesta de
glicose em 2 horas e aleatoriamente, em dia subsequente.

• valores:

◦ Em jejum: < 100 é normal, 100-125 é intolerância à glicose e > 126 diabetes
◦ Glicose 2h: < 140 é normal, 140-199 caracteriza intolerância e > 200 é diabetes
◦ Aleatória: > 200 é diabetes

Síndrome Plurimetabólico (ou síndrome X): obesidade (avaliar esteatose hepática), diabetes,
hipertensão arterial e dislipidemia (pode-se também considerar a hiperurecemia).

Achados Clínicos Tipo 1 Tipo 2

Poliúria e Sede ++ +

Fraqueza ou fadiga ++ +

Polifagia com perda de peso ++ -

Visão Borrada + ++

Vulvovaginite ou prurido + ++

Neuropatia periférica + ++

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Enurese noturna ++ -

Frequentemente assintomático - ++

Legenda:
+ menos frequente
++ mais frequente
- ausente
Hipertireoidismo

Etiologia

• hipersecreção do hormônio tireóideo por:

◦ hiperplasia nodular da tireoide


◦ doença de Graves (> 50% dos casos) - doença autoimune
◦ lesão de tireoide (tireoidite)

• hipertireoidismo primário (aumento de T4 e diminuição de TSH) - disfunção da tireoide.

• Hipertireoidismo secundário (T4 normal ou aumentado e aumento de TSH) - excesso de TSH por
doença hipofisária.

Sinais e sintomas

• intolerância ao calor e sudorese, pele quente e úmida

• irritabilidade

• ansiedade

• perda ponderal (perda de peso sem alteração ou aumento do apetite)

• diarreia

• fraqueza

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• fadiga

• tremor

• taquicardia/fibrilação atrial

• bócio: aumento difuso da tireoide com aumento de produção de hormônio tiroidiano.

• retração palpebral

◦ lagoftalmia - a porção inferior da íris fica visível quando paciente fecha o olho

◦ Sinal de Graef - paciente olha para baixo e para cima e a pálpebra superior não se mexe

• ginecomastia

• perda da libido

• irregularidade menstrual

• doença de Graves (proptose, mixedema pré-tibial, exoftalmia)

• fácies de espanto.
Hipotireoidismo

Etiologia

• diminuição dos hormônios tireoidianos por:

◦ doença de Hashimoto, tireoidite pós-parto, medicamentos (lítio, interferon,


sulfonamidas, amiodarona), disfunção hipofisária, displasia congênita de tireóide, etc.

• hipotireoidismo primário (diminuição de T4 e aumento de TSH) - disfunção da tireoide

• hipotireoidismo secundário (diminuição de T4 e TSH ou TSH normal) - falta de TSH

Sinais e Sintomas

• fraqueza

• letargia

• fadiga

• déficit de concentração e de memória

• ganho ponderal

• intolerância ao frio

• pele fria e seca

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• cabelo grosso

• alopecia

• constipação

• dispneia

• rouquidão

• déficit auditivo

• parestesias

• bradicardia

• irregularidade menstrual

• retardo no relaxamento dos reflexos profundos

• bócio

• mixedema de face e extremidades


Mixedema pré-tibial: etiologia autoimune, pele com aspecto de porco, com coloração acastanhada.
Pode fazer compressão de estruturas vasculares.

Tireoidite

Causada por destruição do tecido tireoidiano e por liberação de hormônio pré formado do espaço
colóide.

Tipos

• subaguda de Quervain – etiologia viral

• pós irradiação

• pós parto

• pós amiodarona (antiarritmico)

• linfocítica crônica (Hashimoto)

Sinais e sintomas

• aumento de volume

• dor

• hipersensibilidade local

• febre

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Nódulo Tireoidiano

Crescimento anormal do tecido tireoidiano encontrado ao exame físico da glândula, podendo ser a
manifestação clínica de diversas doenças tireoidianas.

Etiologia

• não neoplásica: bócio coloide, tireoidite crônica autoimune

• neoplásica: adenoma folicular, carcinomas. *os carcinomas tireoidianos têm crescimento


insidioso (lento).

Sinais e sintomas

• disfagia

• disfonia

• sangramento

• rápido crescimento

• dor (mais presente em processos agudos)


• adenomegalia (cadeia jugular e supraclavicular)

• pode haver um nódulo fixo na musculatura ou na traqueia.

Diagnóstico diferencial

Adenoma, cisto, bócio coloide, tireoidite de Hashimoto, tireoidite subaguda, cisto ou adenoma de
paratireoide, cisto tireoglosso, higroma cístico, aneurisma, broncocele, laringocele, doença de Plummer
(bócios nodular tóxico).

Diagnóstico

Função tireoidiana (T3, T4, TSH), cintilografia (nódulos "frios" e "quentes"), ecografia, avaliação citológica
aspirativa.

Tireotoxicose

Síndrome clínica caracterizada por aumento dos hormônios tireoidianos circulantes. Todo o
hipertireoidismo leva a uma tireotoxicose, mas nem toda tireotoxicose é decorrente de um
hipertireoidismo.

Causas

• Hipertireoidismo: doença de Graves (bócio difuso tóxico), adenoma folicular tóxico, doença de
Plummer (bócio multinodular tóxico), adenoma hipofisário produtor de TSH
• Na ausência de hipertireoidismo: tireotoxicose factícia (ingestão de hormônios tireoidianos),
tireoidite subaguda de De Quervain, tireoidite pós parto, tireoidite pós radioterapia.

Sinais e Sintomas

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• taquicardia/taquiarritmia

• insuficiência cardíaca

• aumento significativo da pressão arterial

• bócio

• sopro sobre o bócio

• perda de peso e outros sinais/sintomas do hipertireoidismo.

Diagnóstico

T3 elevado, T4 elevado, TSH indetectável, eletrocardiograma, raio-x de tórax, ecocardiograma, ecografia.

Hiperparatireoidismo

Etiologia

• primário: excesso de PTH (adenoma em 90%)


• secundário: hiperestimulação das paratireoides por diminuição do cálcio sérico (insuficiência
renal crônica*).
*IRC - menor ativação da vitamina D à menos absorção de cálcio no intestino e liberação de cálcio a
partir dos ossos à diminuição de cálcio sérico à estimula paratireoides a liberar PTH.

Sinais e sintomas

• cálculos renais (50%)

• dor óssea, fraturas

• osteoporose

• dor abdominal

• náusea e vômitos

• constipação

• anorexia

• pancreatite

• psicose

• depressão

• fadiga

• ansiedade

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Hipoparatireoidismo
Etiologia

• Remoção ou dano das paratireoides durante cirurgia no pescoço, hipoparatireoidismo


hereditário, Síndrome de DiGeorge.

• deficiência de vitamina D (1,25D aumenta absorção dietética de cálcio)

• doença renal (diminui a formação de 1,25D)

Sinais e sintomas

• tetania latente - cãibras e fraqueza muscular, parestesia perioral, sinal de Chvostek*, sinal de
Trousseau**

• tetania franca - parestesia, espasmo facial e carpopedal espontâneo, convulsões, arritmias

• hipocalcemia crônica: fragilidade ungueal, pele seca, cabelos quebradiços, catarata,


alterações dentárias
*Sinal de Chvostek: percutir gentilmente o masseter e observar a contração muscular no mesmo lado da
face.

**Sinal de Trousseau: colocar o esfigmomanômetro com pressão entre sistólica e diastólica e aguardar
de 2 a 5 minutos. Contração característica da mão com adução do polegar e os dedos se estendem (mão
de parteiro)

Diagnóstico

Cálcio sérico < 8,5 mg/dL, fosfato elevado, paratormônio baixo se houver hipoparatireoidismo e alto nos
outros casos

Síndrome de Cushing

Etiologia

• hiperfunção do córtex da suprarrenal à cortisol antagoniza insulina com aumento da


glicemia, do catabolismo proteico e lipólise, retenção de sódio e aumento da diurese

• administração iatrogênica de esteroides ou hipersecreção de ACTH

• Doença de Cushing é um hipercortisolismo secundário a um tumor de hipófise.

Sinais e sintomas

• obesidade central

• giba de búfalo

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• fácies de lua cheia

• acne

• hirsurtismo

• edema

• HAS

• estrias abdominais púrpuras

• diabetes

• osteoporose

• fadiga

• oligomenorréia ou amenorréia

• impotência e perda de libido

• alterações da personalidade
Diagnóstico

Hiperglicemia, perda dos níveis diurnos de cortisol, leucocitose, cortisol elevado na urina de 24h, testes
de supressão com dexametasona, pesquisar tumores.

Doença de Addison

Etiologia

• insuficiência adrenocortical primária (autoimunidade)

• insuficiência suprarrenal secundária (hipopituitarismo ou supressão do ACTH hipofisário por


esteroides) - ausência de hiperpigmentação e hiperpotassemia

Sinais e sintomas

• Fraqueza

• Fadiga

• perda ponderal

• dor abdominal

• anorexia

• náusea

• vômitos

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• hiperpigmentação da pele e mucosas

• hipotensão

Diagnóstico

Teste de estimulação com ACTH, hiperpotassemia, hiponatremia, hipoglicemia, eosinofilia.

Síndrome de Ovários Policísticos (SOP)

Caracteriza-se por obesidade leve, irregularidade nos ciclos menstruais e sinais de excesso de
androgênios.

Sinais e sintomas

• irregularidade menstrual (amenorreia ou oligomenorreia)

• hiperandrogenização (hirsutismo, pele oleosa, acne)

• infertilidade

• obesidade – Síndrome de Stein-Leventhal


Diagnóstico

LH elevado, testosterona elevada, FSH/prolactina/TSH normais, ecografia dos ovários.

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Questões – Aula 9. Semiologia em Endocrinologia

9.1. (UNESC – 2018) Mulher, 32 anos, faz tratamento para Doença de Graves e refere que seu
olho direito “saltou para a frente” nos últimos quatro meses e ficou “arregalado”. Ao exame
nota-se aumento da fenda palpebral e deslocamento anterior do olho direito. Olho esquerdo
aparenta normalidade. Qual a terminologia médica que descreve adequadamente o achado
clínico aqui descrito?

a) Exoftalmia

b) Enoftalmia

c) Nistagmo

d) Xeroftalmia

e) Blefaroespasmo

9.2. Sobre a diabetes mellitus (DM), assinale a alternativa incorreta:

a) A DM tipo 1 é decorrente da destruição de células beta, produtoras de insulina, causando


deficiência absoluta desse hormônio

b) A DM tipo 1A se relaciona com autoimunidade

c) A DM tipo 2 é mais frequente em jovens, representando mais de 90% dos casos

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d) A DM tipo 1B é dita de causa idiopática

e) A DM tipo 1 é mais frequente em jovens e representa menos de 10% dos casos

9.3. Hipoglicemia, sintomas típicos e melhora com administração de glicose constituem a:

a) Tríade de Charcot

b) Tríade de Jaccoud

c) Tríade de Whipple

d) Tríade de Epstein

e) Tríade da cetoacidose
9.4. Não é sintoma de DM:

a) Poliúria

b) Polidipsia

c) Polifagia

d) Desidratação

e) NDA

9.5. Não faz parte da síndrome metabólica:

a) Dislipidemia

b) DM

c) Obesidade

d) Hipotireoidismo

e) Hipertensão arterial

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9.6. Assinale a alternativa que apresenta um sinal ou sintoma NÃO relacionado
ao hipertireoidismo:

a) Bradicardia

b) Fraqueza

c) Ansiedade

d) Irritabilidade

e) Lagoftalmia
9.7. Qual a alteração hidroeletrolítica relacionada primariamente ao hiperparatireoidismo?

a) Hipocalcemia

b) Hipocalemia

c) Hipercalemia

d) Hipercalcemia

e) Acidose metabólica

9.8. No exame físico de um paciente com queixa de fraqueza, apresenta contração


da musculatura facial quando percutida a região pré-auricular. Qual o nome do
achado?
a) Sinal de Cushing

b) Sinal de Trousseau

c) Sinal de Lemos Torres

d) Sinal de Chvostek

e) Sinal de Whipple

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9.9. No mesmo paciente da questão acima, o que você não esperaria encontrar
na investigação diagnóstica?

a) Sinal de Trousseau

b) Calcemia menor que 8,5 mg/dL

c) Fragilidade ungueal

d) Alargamento do intervalo QT no eletrocardiograma

e) Litíase renal
9.10. A síndrome de Cushing é causada por:

a) Hipercortisolismo

b) Hipocortisolismo

c) Hipocalcemia

d) Hipocalemia

e) Alcalose

9.11. Qual dos achados clínicos abaixo não é compatível com síndrome dos
ovários policísticos?

a) Infertilidade

b) Hiperpigmentação cutânea

c) Oligomenorreia

d) Hirsutismo

e) Obesidade

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9.12. A insuficiência adrenal pode ser primária (doença de Addison) ou secundária. Visto que
a secreção de aldosterona é vinculada ao sistema renina-angiotensina-aldosterona e não ao
ACTH hipofisário, qual das alterações abaixo você não esperaria encontrar na insuficiência
adrenal secundária?

a) Hipercalemia

b) Náuseas

c) Perda ponderal

d) Fadiga

e) NDA
9.13. Um paciente vem a consulta na unidade básica de saúde com queixas inespecíficas de
fraqueza, fadiga, perda ponderal e náuseas e vômitos esporádicos. Relata dor abdominal de
longa evolução, sem irradiações e fatores de melhora ou piora. Ao exame físico, apresentava
manchas hipercrômicas na região gengival inferior e PA de 100x80, sem outras alterações.
Qual o provável diagnóstico?

a) Doença de Cushing

b) Doença de Addison

c) Doença de Stein-Leventhal

d) Hiperaldosteronismo secundário

e) Insuficiência adrenal secundária – tumor de hipófise

9.14. A evolução da diabetes mellitus é muito preocupante, visto que apresenta


diferentes complicações (nefropatia, neuropatia, pé diabético) – evidenciando a
importância do tratamento correto e controle da glicemia do paciente. Qual das abaixo
não é uma manifestação de neuropatia autonômica do DM?

a) Hipotensão ortostática

b) Bexiga neurogênica

c) Retinopatia

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d) Neurite visceral

e) Impotência sexual

9.15. Em uma crise de cetoacidose diabética, é comum que o paciente apresente hálito
“de maçã verde” e respiração de Kussmaul. Qual é a causa dos respectivos distúrbios?

a) Acidose e cetose

b) Cetose e acidose

c) Acidose e hiperglicemia

d) Hiperglicemia e acidose

e) Cetose e hiperglicemia
9.16. Qual dos abaixo não se relaciona com a doença de Graves?

a) Baqueteamento digital

b) Exoftalmia

c) Unhas de Plummer

d) Mixedema pré-tibial

e) Fenômeno de Raynaud

9.17. São manifestações do hiperparatireoidismo, exceto:

a) Osteoporose

b) Tetania

c) Pancreatite

d) Litíase urinária

e) Psicose

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9.18. Masculino, 74 anos, diabético tipo II e doente renal crônico estágio IIIa, é encontrado
em casa em coma pelo cuidador. No transporte ao hospital, constata-se que o mesmo está
extremamente desidratado, com Glasgow 7 e glicemia sérica de 1200 mg/dL. Qual o
diagnóstico mais provável?

a) Coma Hiperosmolar

b) Cetoacidose diabética

c) Coma mixedematoso

d) Coma hipoglicêmico

e) Coma urêmico
9.19. Feminino, 45 anos, vem à consulta por queixa de edema. Na entrevista, refere
constipação intestinal, pele seca e aumento de cerca de 6 kg nos últimos 5 meses. Diz
também estar com dificuldade de concentração e memória ruim, além de ter muita sono.
Exame físico: PA 120/100mmhg, pele seca; reflexos tendinosos profundos diminuídos,
principalmente o Aquileu. Diante desse caso, qual achado você consideraria surprendeente
encontrar?

a) Bócio

b) Eletrocardiograma com baixa voltagem

c) TSH diminuído

d) Edema em membros inferiores

e) Bradicardia

9.20. Sobre as emergências endocrinológicas, assinale a alternativa incorreta:

a) A cetoacidose diabética é caracterizada por glicemia maior que 250, acidose e cetose, sendo
mais frequente em pacientes com diabetes mellitus tipo 1

b) O coma mixedematoso é relacionado a um quadro arrastado de hipotireoidismo, com


tratamento inadequado e queda muito importante dos hormônios tireoidianos

c) A crise tireotóxica é um quadro grave decorrente do aumento agudo dos hormônios

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circulantes, sendo considerado uma emergência endocrinológica – com queda da pressão
arterial e choque

d) Na vigência de crise tireotóxica, espera-se encontrar hormônios tireoidianos elevados, TSH


indectável e eletrocardiograma com taquiarritmia

e) A hipoglicemia pode causar rebaixamento do nível de consciência – assim, na vigência de


paciente irresponsivo, é imperiosa a necessidade de realizar glicemia capilar

GABARITO

1A 2C 3C 4E 5D 6A 7D 8D 9E 10A 11B 12A 13B 14C 15B 16E 17B 18A 19C 20C

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